Posted by : Francisco Souza terça-feira, 16 de julho de 2013


Muitos cristãos querem ser cheios do Espírito, mas seu desejo é um tipo de sentimento romântico e indistinto que dificilmente merece ser chamado de desejo. Eles quase não têm idéia do quanto lhes custaria se dar conta desta verdade.Antes que sejamos cheios do Espírito, o desejo de ser cheio deve ser extremamente profundo. Deve ser, por ora, a coisa mais importante da vida, tão intensa, a ponto de impedir a entrada de qualquer outra coisa.


 O grau de plenitude em qualquer ser concorda perfeitamente com a intensidade do verdadeiro desejo. Temos tanto de Deus quanto, na verdade, gostaríamos de ter. Um dos maiores impedimentos para uma vida cheia do Espírito é a teologia da complacência tão amplamente aceita entre os evangélicos dos nossos dias. De acordo com esta visão, o desejo intenso é uma evidência de incredulidade e prova da falta de conhecimento das Escrituras. Uma refutação suficiente desta posição é fornecida pela própria Palavra de Deus e pelo fato de que ela sempre deixa de produzir a verdadeira santidade entre aqueles que a defendem.
Portanto, duvido que uma pessoa que já recebeu aquela inspiração divina com a qual nos preocupamos aqui não tenha primeira experimentado um momento de profunda ansiedade e agitação interior. 

O contentamento religioso sempre é o inimigo da vida espiritual. As biografias dos santos ensinam que o caminho para a grandeza espiritual sempre foi por meio de muito sofrimento e dor no íntimo. A frase "o caminho da cruz", embora apareça em determinados grupos com o sentido de algo muito belo e até agradável, ainda significa para o verdadeiro cristão o que sempre significou: o caminho da rejeição e da perda. Ninguém jamais gostou de uma cruz, assim como ninguém jamais gostou de uma forca. O cristão que está à procura de coisas melhores e que, para seu temor, se viu em um estado de total desespero consegue mesmo não precisa se sentir desanimado. O desespe­ro com o ego, quando acompanhado da fé, é um bom aliado, pois destrói um dos inimigos mais poderosos do coração e prepara a alma para a ministração do Consolador. Uma sen­sação de completo vazio, de frustração e de trevas pode (se estivermos atentos e cientes do
 que está acontecendo) ser o fantasma no vale das sombras que leva àqueles campos frutíferos ao longe. Se não entendermos bem este princípio e resistirmos a esta visitação de Deus, podemos perder por completo todos os benefícios que um Pai celeste e bondoso tem em mente para nós. Se cooperarmos com Deus, Ele levará os auxílios naturais que nos serviram, como a figura da mãe ou de uma enfermeira, por tanto tempo e nos colocará em um lugar onde não poderemos receber outra ajuda senão a do próprio Consolador  Ele arrancará aquela coisa falsa que os chineses chamam de "face" e nos mostrará o quanto arduamente somos realmente pequenos. Quando tiver acabado Sua obra em nós, saberemos o que nosso Senhor quis dizer quando disse: "Bem-aventurados os hu­mildes de espírito" (Mt 5.3).

Não se esqueça, no entanto, de que nestas disciplinas árduas não seremos abandonados pelo nosso Deus. Ele nunca nos deixará nem nos desamparará, nem ficará irado conosco nem nos reprovará. Não quebrará Sua aliança nem mudará as palavras que saíram de Seus lábios. Ele nos guardará como a menina de Seus olhos e zelará por nós como uma mãe a cuidar de seu filho. Seu amor não falhará ainda que esteja nos conduzindo a esta experiência tão real e tão terrível de crucificação do nosso ego, de modo que só podemos expressá-la por meio do pranto: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Sl 22.1; Mt 27.46). O Homem deve ter Certeza de
que Deseja ser Cheio do Espírito

Antes de ser pleno do Espírito, o homem deve ter certeza de que deseja que isto aconteça. E esta questão deve ser levada a sério. Muitos cristãos querem ser cheios do Espírito, mas seu desejo é um tipo de sentimento romântico e indistinto que dificilmente merece ser chamado de desejo. Eles quase não têm ideia do quanto lhes custaria se dar conta desta verdade. Imagine que estamos conversando com uma
pessoa que tem dúvidas, algum jovem cristão impulsivo, digamos, que nos procurou para aprender sobre a vida cheia do Espírito. Da maneira mais gentil possível, considerando a natureza intencional das perguntas, son­daríamos sua alma da seguinte forma: "Você tem certeza de que deseja ser cheio de um Espírito que, embora seja como Jesus em Sua bondade e amor, pedirá que seja Senhor de sua vida? Você está disposto a deixar que sua personalidade seja controlada por outra, mesmo que esta seja o Espírito do próprio Deus? Se assumir o controle de sua vida, o Espírito esperará uma obediência incondicional em tudo. Ele não tolerará em você os pecados do ego mesmo que estes sejam permitidos e perdoados pela maioria dos cristãos  Quando digo pecados do ego refiro-me a amor-próprio, autocomiseração, egoísmo, autoconfiança, farisaísmo, auto-exaltação, autodefesa. Você descobrirá que o Espírito faz firme oposição às maneiras fáceis do mundo e da massa heterogênea que estão dentro dos limites da religião. Ele terá ciúmes de você para seu próprio bem. Jamais permitirá que você se comporte com ostentação, vangló­ria ou exibicionismo. Colocará o controle de sua vida longe de seu alcance. Fará com que os justos o provem, o disciplinem, o castiguem por amor à sua alma. Poderá privá-lo de muitos daqueles prazeres incertos que outros cristãos desfrutam, mas que lhe são uma fonte de mal requintado. Por tudo isso, Ele irá envolvê-lo em um amor tão imenso, tão poderoso, tão abrangente, tão maravilhoso que suas perdas parecerão ganhos, e suas pequenas dores, alegrias. Contudo, a carne protestará sob o fardo do Espírito e irá censurá-lo como um jugo muito pesado para ser carregado. E você terá permissão para desfrutar do solene privilégio de sofrer para encher-se daquilo que está por trás das aflições de Cristo em sua carne por amor do corpo de Cristo, que é a Igreja. Diante dessas condições, você ainda quer ser cheio do Espírito Santo?" Se isso parecer sério, lembremo-nos de que o caminho da cruz nunca é fácil. O brilho e a fascinação que acompanham os movimentos religiosos populares são tão falsos quanto o resplendor nas asas do anjo das trevas quando ele, por um instante, se transforma em anjo de luz. A timidez espiritual que teme mostrar a cruz em seu verdadeiro caráter não deve ser justificada sob nenhuma razão. Ela pode resultar apenas em frustração e tragédia no final. Não se esqueça, no entanto, de que nestas disciplinas árduas não seremos abandonados pelo nosso Deus. Ele nunca nos deixará nem nos desamparará, nem ficará irado conosco nem nos reprovará. Não quebrará Sua aliança nem mudará as palavras que saíram de Seus lábios. Ele nos guardará como a menina de Seus olhos e zelará por nós como uma mãe a cuidar de seu filho. Seu amor não falhará ainda que esteja nos conduzindo a esta experiência tão real e tão terrível de crucificação do nosso ego, de modo que só podemos expressá-la por meio do pranto: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Sl 22.1; Mt 27.46).
 
A "noite escura da alma" não conhece um raio turvo da luz enganosa do farisaísmo. Não merecemos a unção que anelamos por meio do sofrimento, nem esta devastação da alma faz com que sejamos pessoas estimadas por Deus nem nos dá outro favor aos Seus olhos. O valor da experiência de privação está em seu poder de nos desvincular dos interesses passageiros da vida e nos lançar de volta à eternidade. Serve para esvaziar nossos vasos terrenos e preparar-nos para o infundir do Espírito Santo.

O encher-se do Espírito, portanto, exige que abramos mão do nosso ser como um todo, que nos submetamos a uma morte interior  que libertemos nosso coração daquele refugo adâmico que se acumulou ao longo dos séculos e abramos todos os compartimentos do nosso ser para o Convidado celestial.

O Espírito Santo é uma Pessoa viva e deve ser tratado como tal. Nunca devemos pensar Nele como uma energia cega nem como uma força impessoal. Ele ouve, vê e sente como qualquer outra pessoa. Ele fala e ouve quando falamos. Podemos agradar-Lhe, entristecê-Lo ou calá-Lo como podemos fazê-lo com qualquer outra pessoa. Ele responderá ao nosso tímido esforço por conhecê-Lo e virá ao nosso encontro no meio do caminho.

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