Posted by : Francisco Souza quinta-feira, 27 de março de 2014



A vida do Apostolo Paulo


Judeu, fariseu, encontrado pela primeira vez no livro de Atos com seu nome hebraico – Saulo ( Atos 7:58 ; 13:9 ). Nasceu em Tarso, Cicília, cidade localizada na Ásia Menor (atualmente sul da Turquia). Provavelmente nasceu uns dez anos depois de Cristo, pois é mencionado como “um jovem”, na ocasião do apedrejamento de Estevão (Atos 7:58). Seu pai sem dúvidas era judeu, mas comprou ou recebeu cidadania romana. Por essa razão, Paulo mais tarde utilizou desse direito por nascimento. Por isso, apelou para ser julgado em Roma pelo próprio imperador César (Atos 22:25). A despeito de sua cidadania, ele foi criado numa família judaica devotada, da tribo de Benjamim. Recebeu um instrução cuidadosa na lei judaica e tornou-se fariseu. Também descreveu a si mesmo como “hebreu de hebreus”. Foi criado de acordo com o judaísmo e circuncidado no oitavo dia de vida: portanto, era zeloso na obediência da cada ponto da lei mosaica (Fp. 3:5,6).
Paulo era tão zeloso da lei e de sua fé que, em certa época de sua vida, provavelmente no início da adolescência,
viajou para Jerusalém, onde foi aluno do mais famoso rabino de sua época. Posteriormente, disse aos líderes judeus: “E nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois” (Atos 22:3).
Todos os mestres judaico exerciam determinada função para sobreviver; por isso, não é de admirar que esse líder religioso altamente educado aprendesse também uma profissão com o seu pai. Paulo era fabricante de tendas (Atos 18:3) e ocasionalmente a Bíblia menciona como exerceu essa função para se sustentar ( I Co. 4:12; 2 Ts. 3:8: etc.) . Existem amplas evidências nessa e em outras passagens de que ele trabalhava, para não impor um julgo sobre as pessoas entre as quais desejava proclamar o evangelho de Cristo (I Co. 9:16-19). Além disso, dada a maneira como os professores itinerantes e filósofos esperavam ser sustentados pelas pessoas com alimentos a finanças, Paulo provavelmente não desejava ser considerado mais um aventureiro (I Ts. 2:3-6).

A VIDA E AS VIAGENS DE PAULO
Com a educação que possuía e a profissão de aceitação universal, é bem provável que Paulo já tivesse viajado bastante antes de se tornar cristão. Com certeza era fluente nas línguas grega, hebraica, latina a aramaica. É mencionada pela primeira vez em Atos, como responsáveis pelas vestes das mutidões que apedrejavam Estevão até à morte por causa da sua fé e seu compromisso com Cristo e o desejo de promover o Evangelho. “Também Saulo consentia na morte dele” (Atos 8:1).
Perseguidor dos cristãos. A partir da morte de Estevão, uma grande perseguição se levantou contra os seguidores de Cristo. As atividades zelosas de Saulo, como judeu, levaram-no a unir-se aos perseguidores. Não precisou ser forçado, mas ofereceu voluntariamente seus serviços aos líderes judaico de Jerusalém. Sua perseguição foi tão violente que a Bíblia diz: “Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão” (Atos 8:3; I Co. 15:9; Fp. 3:6). Em Atos 9:1, lemos que: “Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor”, pediu ao sumo sacerdote que lhe desse cartas, para que as levasse à sinagoga de Damasco, na Síria, a fim de também estabelecer a perseguição naquela cidade.
A conversão de Paulo. A caminho de Damasco, uma luz muito forte brilhou no céu ao redor dele, e fez com que
ele caísse por terra e ficasse cego. Enquanto isso, uma voz lhe disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Atônito, ele perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A resposta que recebeu deixou-o realmente surpreso a apavorado: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (Atos 9:4,5). Cristo então lhe disse que entrasse em Damasco e aguardasse outras informações. Saulo esperou três dias, sem comer nem beber, na casa de Judas, onde aguardou a visita da Ananias ( veja Ananias). Esse tempo sem comer nem beber provavelmente foi um jejum de arrependimento, pois a Bíblia diz que, quando o servo de Deus chegou, encontrou-o orando (v. 11).
Ananias impôs as mãos sobre ele, ocasião em que sua visão foi restaurada. Imediatamente ele recebeu o Espírito Santo e foi batizado. Saulo ainda ficou vários dias na companhia dos cristãos de Damasco, sem dúvida para aprender o máximo que podia sobre Jesus. Entretanto, esse processo de aprendizado não demorou muito tempo : “E, logo, nas sinagogas, pregava que Jesus era filho de Deus” (v. 20). Seu extraordinário entendimento teológico somado à mudança total de sua perspectiva sobre Cristo, permitiu que confundisse “os judeus que habitavam em Damasco, provando que Jesus era Cristo” (v. 22). Provavelmente, depois de um tempo considerável como pregador naquela cidade, os judeus decidiram silenciar a mensagem dele, ao planejar assassiná-lo.


Ele escapou durante a noite e voltou para Jerusalém, onde descobriu que era difícil unir-se aos demais discípulos de Cristo, pois naturalmente todos tinham medo dele. Barnabé levou-o à presença do apóstolos, os quais lhe deram a sua aprovação. Paulo pregava e discutia abertamente com os judeus, até que novamente sua vida foi ameaçada; os discípulos o levaram para Cesaréia, onde embarcou num navio para Tarso (Atos9:29,30;Gl1:18-24). A extraordinária rapidez de mudança no coração de Paulo e a velocidade com que entendeu as Escrituras sob uma nova luz e começou a pregar o Evangelho de Cristo proporcionaram a mais dramática evidência da obra do Espírito Santo em sua vida, depois do encontro que teve com Cristo na estrada  de Damasco. Ele próprio contou sobre sua experiência de conversão em duas ocasiões posteriores. Na primeira instância, em Atos 22, quando foi preso em Jerusalém e pediu para falar à multidão. Na Segunda, em Atos 26, quando fazia sua defesa diante do rei Agripa.
Chamado para os gentios. A rapidez com que Paulo dedicou-se a viajar pelos territórios gentílicos é mais uma indicação de que o Espírito Santo guiava em direção ao seu chamado, ou seja, o de apóstolo entre os gentios. Ele menciona em suas cartas seu compromisso especial com Deus, para ser um ministro entre os povos (Rm. 11:13;Gl.2:8;Itm.2:7). Embora Pedro fosse chamado para os judeus e Paulo para os gentios (Gl2:8), sabemos que ambos pregavam em qualquer lugar onde tivessem uma oportunidade. Saulo, de fato, primeiramente visitava a sinagoga, em qualquer cidade em que chegasse. Ali ele pregava, onde havia muitas conversões, até ser expulso pelos judeus que opunham (desta maneira, praticava o que ensinou em Romanos 2:16;2:9,10;etc.). Um dos primeiros trabalhos de Paulo entre os gentios, após ser aceito pelos apóstolos em Jerusalém (Gl. 1), foi iniciado por Barnabé, o qual o levou de Tarso para a cidade de Antioquia, situada no norte da síria. A igreja já estava estabelecida naquela cidade e sem dúvida o amigo o envolveu naquele trabalho, devido ao ensino que ele era capaz de ministrar (Atos 11:19-30). O trabalho da igreja ali iniciara-se entre os judeus e posteriormente espalhara-se aos gentios (gregos), e a habilidade de Paulo para debater e que já fizera previamente sem dúvida o ajudaram. Enquanto estava em Antioquia, o profeta Ágabo advertiu sobre um iminente período de fome na região da Judéia, de maneira que aquela igreja local concordou em levantar fundos para ajudar os irmãos carentes em Jerusalém; enviaram o dinheiro por intermédio de Paulo e Barnabé (v. 30).


É muito difícil estabelecer um cronologia exata da vida de Paulo nessa época, pois Atos e Gálatas dão informações parciais; o ministério entre os gentios, contudo, já estava estabelecido e o papel principal de Paulo foi visto quase imediatamente no trabalho em Antioquia. Ele e Barnabé deixaram a cidade dirigidos pelo Espírito Santo (Atos 13:2). Desse momento em diante a vida dele é vista constantemente em pleno em pleno movimento por todo império. Ás vezes, permanecia mais tempo em certa cidade e em outra ocasiões ficava apenas por um período bem curto de tempo; na maioria das vezes viajava de acordo com sua própria vontade; entretanto, especialmente nas últimas viagens, freqüentemente era escoltado por guardas a caminho da prisão, dos julgamentos e finalmente de Roma.
A primeira viagem missionária. As viagens de Paulo são geralmente chamadas de “viagens missionárias”. A primeira , realizada provavelmente entre os anos 42 e 48 d.C, iniciou-se na terra de Barnabé, a ilha de Chipre. Atravessaram todo o território, anunciando o Evangelho. Quando chegaram a Pafos, Paulo teve oportunidade de proclamar a Palavra de Deus ao prôconsul romano Sérgio Paulo (veja Sérgio Paulo). Então o procônsul creu, maravilhado da doutrina do Senhor” (Atos 13:12). Esta conversão representa a confirmação final para Paulo de que ele realmente contemplaria gentios influentes tornar-se cristãos por meio de seu ministério. Talvez seja significativo que a partir desse momento Saulo começou a ser chamado por seu nome latino, Paulo (Atos 13:9). De Chipre, ele e Barnabé navegaram para Perge, na Ásia Menor (atual Turquia). Quando chegaram lá, João Marcos, que estivera com eles desde a Antioquia, deixou o grupo e retornou a Jerusalém. Dali viajaram para o Norte, e passaram por Antioquia da Pisídia a Icônio, a leste, e Listra de Derbe, ao sul.
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Voltaram pelo mesmo caminho e navegaram de volta para Antioquia da Síria, partindo da Atalia. Os resultados do trabalho deles durante essa viagem variaram de lugar para lugar; toda a viagem está registrada em Atos 13 e
14. Os benefícios entretanto, foram consideráveis, pois a Segunda viagem envolveu a visita às igrejas que haviam fundado, “confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé” (Atos 14:22). Também advertiram os novos cristãos “que por muitas tribulações nos é permitido entrar no reino de Deus”. Paulo e seus companheiros experimentavam essas tribulações em suas viagens, por meios do antagonismo não somente por parte dos gentios, mas também dos judeus, os quais criavam sérios problemas e diversas dificuldades. Mesmo assim, as igrejas foram bem estabelecidas por Paulo e Barnabé, fortes o suficiente para nomear líderes em cada uma, à medida que os missionários seguiam adiante.
Quando voltaram a Antioquia, alguns mestres chegaram da judéia com o argumento de que a verdadeira salvação dependia da circuncisão. Paulo e Barnabé discutiram acaloradamente com eles sobre a questão. A igreja da Antioquia decidiu então enviar os dois a Jerusalém para se reunir com outros apóstolos, onde a questão seria tratada.

O concílio de Jerusalém. Os apóstolos e os líderes cristãos compareceram a tal reunião, que ficou conhecida como “concílio de Jerusalém” (Atos 15:1-35). Primeiro ouviram os relatórios de toda a obra de evangelização que era desenvolvida na Ásia Menor, em Antioquia e entre os gentios de modo geral que houve muito louvor a Deus. Alguns cristãos, entretanto, que antes foram fariseus, argumentaram que os convertidos entre os gentios deveriam ser circuncidados (Atos 15:5). Seguiu-se demorada discussão, até que Pedro se levantou para falar à assembléia. Em sua declaração, presumivelmente bem aceita pelo líderes (Tiago e os demais apóstolos), ele fez algumas observações interessantes. Destacou que ele próprio foi o primeiro a levar o Evangelho para os gentios (ao referir-se ao episódio da visão que teve e da viagem à casa de Cornélio, Atos 10).

Depois apelou para o fato de que “Deus, que conhece os corações, deu testemunho a favor deles, concedendo-lhe o Espírito santo, assim como também a nós”(Atos 15:8). Em outras palavras, assim como a presença do Espírito Santo fora “manifesta” aos apóstolos no dia de Pentecostes em Jerusalém, quando falaram em línguas e louvaram a Deus (Atos 2:4,47), assim a presença do Espírito Santo foi “manifesta” novamente entre os gentios, quando também falaram em outras línguas e tecera para a surpresa de todos os crentes circuncidados (Atos10:45,46). Para Pedro esta evidência fora suficiente para se tomar a iniciativa da batizar esses novos cristãos, não como uma forma de comunidade cristã plena, na qual os próprios apóstolos foram batizados ( Atos 10:47,48).

Desde que Deus “não fez diferença alguma entre eles e nós”, argumentou Pedro (Atos 15:9-11), seria totalmente impróprio insistir em que os convertidos entre os gentios fossem circuncidados. A circuncisão claramente não era uma exigência para alguém ser cristão, pois a real marca do crente era a possessão do Espírito Santo. A salvação operava inteiramente pela fé na graça do Senhor Jesus Cristo (v.11). Paulo e Barnabé também participaram da discussão e destacaram a grande obra da graça que se manifestava entre os gentios e os milagres que Deus operava entre eles. Tiago, entretanto, teve a sublime felicidade de dar a palavra final.
Tiago levantou-se, expôs a escritura e mostrou como os profetas falaram sobre o tempo em que os gentios se voltariam para Deus. Concordou que os novos convertidos não

eram obrigados a circuncidar-se mas deviam mostrar seu amor pelos cristão judeus, ao abster-se da carne sacrificada aos ídolos e da imoralidade sexual (Atos 15:13-21). Desde que essa decisão não envolvia qualquer questão de princípio, todos concordaram e uma carta foi envidada às igrejas gentílicas, a fim de informar a decisão do concílio. O grande significado dessa reunião foi a maneira como se estabeleceu definitivamente a legítima aceitação dos gentios como filhos de Deus. A defesa de Paulo da universalidade da mensagem do Evangelho prevalecera.
A Segunda e terceira viagens missionárias. A Segunda viagem durou de 49 a 52 d.C. (Atos 15:36 a 18:22). Ela foi muito importante, pois espalhou o Evangelho de maneira ainda mais ampla, tanto pela Ásia Menor como pela Europa. Infelizmente, porém começou com uma diferença de opinião entre Paulo e Barnabé. O segundo queria levar João Marcos novamente com eles. Talvez o jovem tenha retornado a Jerusalém na primeira viagem devido as suas dúvidas sobre a pregação entre os gentios, mas não podemos determinar com certeza. Paulo achava que não devia leva-lo; por isso Barnabé e João Marcos foram para Chipre, a fim de consolidar o trabalho ali, e Paulo foi para o Norte. Na companhia de Silas, passou por Tarso, na Cicília, e visitou novamente as igrejas recém - fundadas em Derbe, Listra e Icônio.
Em Listra, Paulo foi apresentado a um jovem, convertido ao cristianismo, que se tornou um de seus melhores amigos – Timóteo. Seu pai era grego, porém sua mãe era judia. Os líderes da igreja em Listra insistiram para que Paulo o levasse consigo e “davam bom testemunho dele” (Atos 16:1,2). Pertencente a uma família grega, isso significava que Timóteo não era circuncidado. Devido ao fato de sua mãe ser judia, Paulo achou que seria melhor para o ministério de Timóteo entre as comunidades judaicas se ele fosse circuncidado. Sob a orientação do apóstolo, Timóteo passou pela cerimônia da circuncisão (Atos 16:3). Aqui não há conflito no pensamento de Paulo com o antagonismo que demonstrou para com a circuncisão em sua carta aos Gálatas. Um judeu ser circuncidado para alcançar melhor o seu próprio povo era uma coisa, mas obrigar os gentios a se circuncidar com base num entendimento equivocado de que precisavam ser “judeus” para receber a salvação era outra coisa bem diferente!
A próxima etapa da viagem foi em um território novo. Fizeram uma caminhada por terra até Trôade, onde foram orientados “pelo Espírito de Jesus” para não trabalhar naquela região (Atos 16:7). Enquanto pregavam naquela cidade, numa noite, Paulo contemplou numa visão alguém o chamava para ministrar a Palavra de Deus na Macedônia. Concluindo que era uma direção divina para a próxima etapa da viagem, atravessaram de barco para a província grega da Macedônia, onde pregavam em Neápolis, Filipos, Tessalônica e Beréia. Dali, navegaram para o Sul e pregaram em Atenas e Corinto (onde ficaram por 18 meses), antes de atravessarem de volta para Éfeso, na Ásia Menor, e de lá navegaram para Cesaréia, Jerusalém e finalmente Antioquia, local de partida.
A obra de evangelização expandiu-se rapidamente durante essa viagem estavam bem firmes e cresciam cada vez mais em número (Atos 16 a 19). Havia muito encorajamento bem - sucedido de muitas outras igrejas. Também viu os resultados das mensagem do Evangelho na vida de homens e mulheres que, sem dúvidas, tornaram-se amigos especiais da equipe de missionários. Em Filipos, conheceram uma mulher de negócios chamada Lídia, que se converteu e hospedou o grupo em sua casa. também
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testemunharam a incrível conversão do carcereiro quando foram presos em Filipos (veja carcereiro Filipense). Em Tessalônica testemunharam conversões como a de Jasom, o qual foi preso pela causa do Evangelho. Apreciaram imensamente a recepção que tiveram dos “nobres” moradores de Beréia, “pois de bom grado receberam a palavra, examinado cada dia nas Escrituras se estas coisa era assim” (Atos 17:11). Paulo e seus companheiros viram como a mensagem do Evangelho tocavam os corações e as vidas de pessoas de diferentes classes sociais, quando “creram muitos deles, e também mulheres gregas de alta posição, e não poucos homens” (v.12).
Em Atenas, Paulo testemunhou pelo menos algumas conversões, quando debateu com um dos maiores filósofos da época. De volta a corinto, ele desenvolveu uma grande amizade com um casal de judeus que também fabricavam tendas e tornaram-se grandes cooperadores na obra de Cristo, ou seja, Áqüila e Priscila (Atos 18:1-3). Os dois o acompanharam na viagem de Corinto a Éfeso, onde ajudaram Apolo a entender mais claramente a verdade do Evangelho. Este então foi enviado a Grécia e desenvolveu seu ministério em Corinto. Enquanto isso, Paulo fez uma parada rápida em Éfeso e logo retornou a Cesaréia e Jerusalém, onde saudou a igreja e em seguida subiu para Antioquia.
Em cada cidade em que pregava, Paulo encontrava severa resistência ao Evangelho. Em Filipos, foi preso junto com Silas por causa do antagonismo da multidão e só foram soltos depois da intervenção sobrenatural de Deus, a qual levou a conversão do carcereiro. Em Tessalônica outros irmãos foram presos porque o apóstolo não foi encontrado, quando o procuraram. Em Corinto, apesar da soltura imediata, Paulo foi atacado pelos judeus e levado diante do tribunal presidido por Gálio.
Paulo passou algum tempo em Antioquia antes de embarcar para a terceira viagem missionária, realizada no período entre os anos 53 e 57 d.C. (Atos 18:23 a 21:16). Nesta viagem, o apóstolo novamente dirigiu-se ao Norte e Oeste, por terra, e visitou outra vez as igrejas na Galácia e Frigia (Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia). Quando finalmente chegou em Éfeso, lemos que Paulo encontrou “alguns discípulos”. Eles tinham recebido apenas o batismo de João e, quando o apóstolo lhe falou sobre Jesus Cristo e o Espírito Santo, foram imediatamente batizados “em nome do Senhor Jesus” e o Espírito desceu sobre eles (Atos 19:1-7). Esse episódio dá uma indicação de que o trabalho do Batista tivera um alcance muito mais amplo do que o relato dos evangelhos poderia sugerir.


Ao começar novamente a pregar na sinagoga, Paulo foi expulso e pregou para os gentios na cidade de Éfeso por dois anos (v.10). fica claro que muitos milagres acompanharam a proclamação do evangelho, e uma breve menção disto é feita no v. 11. Um grande número de pessoas se converteu, quando muitos mágicos e pessoas adeptas da feitiçaria se converteram e entregaram seus livros de magia, os quais foram queimados publicamente, o v.20 resume esse período de ministério: “Assim a Palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia.
Foi durante esse período que aconteceu um grande tumulto em Éfeso. A cidade era famosa pelo templo da deusa Ártemis. O livro de atos não relata os detalhes a perseguição que Paulo experimentou ali, mas provavelmente foi considerável (veja Rm. 16:3,4; I Co.15:32; 2 Co. 1:8-11). O apóstolo então enviou Timóteo e Erasto diante dele para a Macedônia e Acaia (Atos 19:21) e informou às pessoas que desejava muito ir até Roma.
Foi durante essa viagem que Paulo se preocupou em angariar dinheiro para ajudar os crentes mais pobres de Jerusalém. Deu instruções às igrejas para que se unissem a ele
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nesta campanha, pois observava nisso um sinal de unidade da igreja e especialmente entre os convertidos judeus e gentios (Rm. 15:25-32).
Paulo navegou para a Macedônia e repetiu seu trajeto anterior por Filipos, Tessalônica e Beréia, a fim de encorajar os crentes. Uma rápida estadia na Grécia, talvez em Atenas, levou a mais perseguições; por isso ele retornou a Macedônia antes de embarcar e navegar novamente para Trôade, onde continuou a pregar. Num antigo exemplo de reunião e culto no primeiro dia da semana (Domingo), lemos que Paulo pregou depois que partiram o pão juntos. Ensinou até tarde da noite, pois partiria no dia seguinte. Devido ao calor da sala lotada e à hora avançada, um jovem chamado Êutico adormeceu sentado numa janela e caiu do terceiro andar, sendo levado morto. Paulo o restaurou novamente à vida e continuou sua pregação (Atos 20:7-12).
Na manhã seguinte Paulo viajou e passou por várias cidades portuárias no caminho para o sul, inclusive Mileto, onde se encontrou com os líderes da igreja em Éfeso. Ali, falou-lhes sobre os perigos dos falsos ensinos e a necessidade de viajarem por si mesmos e pelo rebanho.


 Encomendou-os a Deus e disse-lhes que e a compelido pelo Espírito Santo a ir até Jerusalém. A tristeza da despedida é descrita dramaticamente, quando todos se ajoelharam para orar juntos e perceberam que não veriam novamente o amado apóstolo (v.36-38). O restante da jornada é descrito rapidamente por Lucas em Atos 21:1-17. A única parada mais significativa foi em Cesaréia, onde o profeta Ágabo advertiu Paulo de que a perseguição o esperava em Jerusalém. Talvez seja importante notar que a declaração anterior de Paulo, que era compelido pelo Espírito Santo a visitar a cidade Santa, teve a prioridade sobre a advertência de Ágabo para não ir. Ao que parece, embora profecia estivesse correta, sua interpretação estava equivocada. O profeta claramente esperava que Paulo desistisse de ir a Jerusalém, mas foi pra lá que o apóstolo se dirigiu, o que culminou com a sua prisão. Ao fazer isso, o apóstolo mostrou que estava pronto a morrer por Cristo, se fosse necessário (v.13).
Essa terceira jornada contemplou muitas pessoas convertidas e experimentou muito mais oposições e perseguições; mas também foi um tempo de grande encorajamento. Paulo teve oportunidade de conhecer muito jovens envolvidos no ministério da palavra de Deus. Entre os que foram mencionados durante essa viagem, estavam pessoas como “Sópatro de Beréia, filho de Pirro; e de Tessalônica, Aristarco e segundo; Gaio de Derbe e Timóteo; e dos da Ásia, Tíquico e Trófimo” (Atos 20:4). Apesar de o apóstolo nunca mais retornar a muitos daqueles lugares, sabia que o trabalho continuaria nas mãos das novas gerações de missionário e pastores fiéis ao Senhor.
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A prisão e julgamento. Assim que Paulo chegou a Jerusalém, a profecia de Ágabo se cumpriu. Os judeus instigaram a oposição e o apóstolo foi preso para sua própria proteção, no meio de um tumulto contra ele que quase levou-o à morte (Atos 21: 27-36). Paulo pediu permissão ao comandante romano para falar à multidão e aproveitou a oportunidade para mais uma vez pregar o Evangelho de Jesus, quando falou sobre a sua própria conversão e chamado para o ministério para os gentios. Quando mencionou a salvação dos povos, novamente a turba se alvoroçou e o apóstolo foi conduzido com segurança a fortaleza. Foi obrigado a apelar para a sua cidadania romana, a fim de não ser chicoteado. No dia seguinte o comandante romano convocou o sinédrio e Paulo se defendeu diante de seus acusadores (Atos 23). Inteligentemente, o apóstolo causou uma divisão entre os seus acusadores ao alegar que era julgado porque acreditava na ressurreição. Os fariseus, que também acreditavam, discutiram com os saduceus, que não aceitavam tal doutrina. Novamente, para sua própria proteção, o apóstolo foi levado à fortaleza. Naquela noite o Senhor lhe apareceu e o encorajou, ao dizer-lhe que deveria ir a Roma testificar do Evangelho (Atos 23:11).
Foi descoberto um complô para matar Paulo e o comandante do destacamento romano, Claudiolícias, decidiu transferi-lo para Cesaréia, onde seu caso seria examinado pelo governador Félix. O capítulo 24 de Atos descreve o julgamento do apóstolo diante de Félix, que pareceu interessado no que ouviu de Paulo acerca do “caminho”, mas que em deferência aos judeus manteve o apóstolo preso por mais dois anos. Quando Pórcio Festo assumiu o governo da províncias, os líderes judaicos lhe pediram que cuidasse do caso de Paulo. o novo governado fez menção de entrega-lo aos judeus, mais o apóstolo, sabedor de que não teria um julgamento justo em Jerusalém considerando a palavra do Senhor de que deveria ir a Roma, apelou para ser julgado pelo imperador César. Essa atitude de fato livrou-o totalmente do sistema legal judaico. Logo depois o rei Agripa visitou Cesaréia e Festo pediu-lhe que ouvisse o caso de Paulo. Novamente o apóstolo contou sobre sua conversão e testemunho do Evangelho de Jesus Cristo. Enquanto Festo pensava que Paulo estivesse louco, Agripa pareceu tocado pelo que o apóstolo dissera, e até mesmo insinuou que por pouco não se tornara cristão (Atos 26:28). A conclusão de Agripa foi de que Paulo tinha tudo para ser solto, se não tivesse apelado para Roma (v.32).
Paulo foi então transportado para Roma na condição de prisioneiro, sob a custódia de um centurião chamado Júlio. Depois de um naufrágio na ilha de Malta, o qual Paulo usou como uma oportunidade para pregar o Evangelho, finalmente o grupo chegou a Roma, onde o apóstolo foi colocado num regime de prisão domiciliar e tinha permissão para receber visitas (Atos28). Durante dois anos vivendo nesse sistema, Paulo continuou “pregando o reino de Deus e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum” (Atos 28:31).
A morte de Paulo. Existem poucas indicações sobre o que aconteceu depois desse período de prisão domiciliar em Roma. É claro que Paulo aproveitou a oportunidade da melhor maneira possível para pregar o evangelho, mas Lucas encerra seu livro neste ponto, ao estabelecer o direito legal para que a Palavra de Deus fosse pregada na capital do império. Existe muita discussão entre os estudiosos sobre o que aconteceu. Desde que as epístolas pastorais referem-se a eventos na vida do apóstolo que não são mencionados em Atos, pressupões-se que Paulo realmente as escreveu. Então, muitos chegam a sublime conclusão de que o apóstolo foi declarado inocente das acusações e colocado em liberdade. Ele
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próprio dá a entender isso em filipenses 1:19,25;2:24. Provavelmente após a sua absolvição ele acalentou o desejo de ir à Espanha (Rm. 15:24 –28). Este período também seria a época em que as cartas a Timóteo e Tito foram escritas. Quando o cristianismo foi considerado ilegal, Paulo foi preso e novamente levado de volta a Roma, onde escreveu 2 Timóteo. Seu período de liberdade provavelmente durou até por volta de 62 a 66 d.C. 2 Timóteo 4 é então o triste relato do que certamente foi o julgamento final do apóstolo, no qual foi condenado à morte (v.18). mesmo nesse triste capítulo, entretanto, percebe-se que Paulo aproveita todas as oportunidades para pregar (2Tm 4:17,18). A tradição diz que morreu em Roma, como mártir nas mãos do imperador Nero, por volta do ano 67 d.C.
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CONCLUSÃO
Certamente Paulo foi o maior mestre da fé cristã depois do próprio Senhor Jesus Cristo. Chamado a dirigido pelo Espírito santo para proclamar o evangelho aos gentios, esse grande teólogo expôs as profundidades da fé cristã de uma maneira que se mostra fundamental para a igreja de Jesus através dos séculos. Seu total compromisso com o Evangelho do Cristo crucificado permanece como um exemplo para todos os crentes de todas as épocas. Seu desejo de perseverar a verdade contra todas as heresias ou qualquer coisa que tentasse desfazer o direito a salvação somente pela graça brilha através de todos os seu escritos. Seu profundo zelo pela aplicação da verdade do Evangelho na vida do crente levou-o a escrever páginas sobre como se deve viver o autêntico cristianismo no meio de uma sociedade pagã. Tudo isso só seria alcançado por meio do Espírito santo, que vive no interior do crente para realizar os propósitos do pai. Seu profundo amor pelos irmãos na fé e a maneira como sofria e entristecia-se com os pecados e sofrimentos deles são vistos não somente no modo como escreveu sobre os crentes, ou seja, com grande carinho e encorajamento, mas também em suas repetidas referências às orações que fazia por eles.
Sua profunda convicção de que todos pecaram e estão abaixo do julgamento de Deus e sua preocupação para que homens e mulheres ao redor do mundo encontrassem a salvação de que precisavam tão desesperadamente levaram Paulo a responder ao chamado para pregar o Evangelho aos Gentios. Para o apóstolo, Cristo era a única resposta. Ele era o foco e o poder da vida de Paulo e, acima de tudo, aquele que morreu para que ele recebesse o perdão e encontrasse a justificação e a vida eterna no último dia.

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