Archive for janeiro 2016
APÓS Paulo dizer-nos no capítulo dois que é um cativo, ele
prossegue e diz-nos que temos de ser cartas de Cristo em 3:3. O segundo aspecto
de uma pessoa que vive no espírito, o santo dos Santos, é que ele é uma carta.
Em 3:3 Paulo disse que eles eram “cartas de Cristo, produzidas pelo nosso
ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente.” Uma
carta é algo que foi escrito. Mas se você nunca foi capturado por Cristo, nunca
será escrito pelo Espírito do Deus vivo. Primeiramente, temos de ser
capturados. Ser capturado por Cristo significa que nossas emoções são
subjugadas, nossa vontade é subjugada e
até mesmo nossos desejos são capturados. Então o Espírito tem um caminho livre
para escrever em nós tudo aquilo que quer escrever de Cristo. Cristo foi
colocado em você (Cl.1:27), e como o Espírito (2ª Co.3:17), ele está dentro de
você para escrever os elementos, as riquezas de Cristo no interior de todo o
seu ser. Mas se você for rebelde em sua mente, em suas emoções e em sua
vontade, não há como o Espírito de Cristo
escrever algo de Cristo no interior de seu ser. Ele está esperando você desejar
ser capturado por Cristo. Se você for conquistado, derrotado, subjugado e
capturado por Cristo, será um bom pedaço de papel para o Espírito escrever.
VOCÊ pode pensar
que é capaz de sair para fazer algumas obra para o Senhor, mas você meramente
pode ser “um pedaço de papel em branco” com não muito de Cristo escrito em
você. Quanto de Cristo os outros podem ler em seu ser? Não é simplesmente uma
questão de falar ou pregar, mas uma questão de ser lido pelos outros. Quanto de
Cristo pode ser visto ou lido pelos outros em você? Isso depende de quanto de
Cristo foi escrito em você.
O trabalhar interior do Cristo que habita interiormente é
uma escrito interior. O Espírito de Deus vivo está dentro de você aguardando a
todo o tempo por uma oportunidade para escrever algo de Cristo dentro de seu
ser, em suas partes interiores. Mas digo novamente que enquanto não desejar ser
capturado por Cristo, o Espírito não poderá escrever nada de Cristo em você.
Cristo está em seu espírito (2ª Tm.4:22), mas não está tanto em sua mente,
emoção e vontade. Você tem Cristo em seu interior, mas pode ser derrotado,
conquistado, subjugado, não doutrinaria, mas praticamente em sua mente, emoção
e vontade. Quando realmente estiver subjugado por Cristo, o Espírito Santo, que é o Espírito de Cristo
em seu interior, terá a oportunidade, o caminho livre para escrever algo de
Cristo gradualmente em cada parte de seu ser. Paulo usa a palavra “inscrita”,
não meramente escrita. Cristo é inscrito em cada parte de osso ser interior com
o Espírito do Deus vivo para fazer de nós suas cartas vivas, a fim de que ele
possa ser expresso e lido pelos outros em nós.
SOU a favor de
que se estude a Bíblia, mas se você estudá-la somente com o desejo de obter o
conhecimento da letra, ganhará muito pouco. Não é o conhecimento das letras,
mas é o Espírito que dá vida (3:6); não são os ensinamentos mas é o Espírito
que dá vida. Se pensa que ler ou estudar a Palavra de Deus é meramente para
obter algum conhecimento ou ensinamento, você está absolutamente errado. Ler e
estudar a Palavra é principalmente para alimentar seu homem interior, para
nutri-lo, não simplesmente para obter o conhecimento (Jr.15:16; 1ª Tm.4:6).
Independentemente de quanto conhecimento obtemos da Bíblia, se não somos
subjugados por Cristo e se não somos inscritos com o Espírito do Deus vivo, não
podemos fazer nada pelo Senhor de forma a realmente edificar o seu corpo.
SE desejamos edificar o Corpo, antes de mais nada precisamos
ser derrotados. Temos de ser conquistados. Então estaremos debaixo da escrita
interior do Espírito a todo o tempo. Haverá um escrever, um inscrever, de
Cristo agindo continuamente em nosso interior, não por meio de letras de
conhecimento em nossa mente, mas por meio do Espírito vivo dentro e fora de
nosso espírito. Algum elemento de Cristo será inscrito, será trabalhado nas
partes interiores de todo o nosso ser. Algo de Cristo, será inscrito em nossa
mente, emoção, vontade e toda nossa pessoa, todo nosso ser, tornar-se-á uma
carta de Cristo Não é simplesmente você sair a pregar Cristo através de seu
falar, mas que você será uma pessoa com Cristo inscrito em seu ser como uma
carta viva de Cristo. Aonde quer que vá, as pessoas verão e lerão algo de
Cristo no seu interior.
ISSO é uma questão de ministério, não de dom. Você pode
receber um dom num instante, mas se
quiser ter um ministério, necessitará de
certo tempo para ser conquistado, subjugado e capturado por Cristo. Por fim, o
caminho será pavimentada para que Cristo que habita interiormente escreva-se
gradualmente, pouco a pouco, em seu ser. Então você tornar-se-á um ministro com
um ministério, não apenas uma pessoa dotada de dom.
TUDO o que é
revelado nas ESCRITURAS tem de ser
escrito ou inscrito no seu interior, não meramente mediante seu estudo da
Palavra ou leitura da Bíblia, mas por meio de seu ser estar desejoso de ser
capturado por Cristo. Muitos cristãos pensam que se ouvirem boas mensagens para
adquirir mais conhecimento bíblico, tornar-se-ão melhores crentes. Este é um entendimento
errado. Se um ministro com um ministério para edificar o Corpo de Cristo não é
uma questão de receber melhores ensinamentos ou de receber certa ajuda ou ouvir
mensagens, mas uma questão de Cristo inscrever a si mesmo em nosso interior de
modo vivo, real, ativo e prático.
Capítulo 3
II Co 2:14-16; 3:3-6
Como vimos os últimos dois capítulos, 2ª Coríntios dá-nos um
retrato completo de uma pessoa vivendo na presença de Deus, isto é, no Santo
dos Santos. Após o capítulo um, o apóstolo Paulo começa a dizer-nos que tipo de
pessoa ele é enquanto está vivendo no Santo dos Santos. Ele menciona vários
aspectos de tal pessoa que está vivendo na a presença de Deus, no Santo dos
Santos, a todo tempo.
CATIVOS DE CRISTO
O primeiro aspecto
de uma pessoa vivendo a todo tempo no santo dos Santos pode ser visto em 2:14 onde
Paulo diz: “Graças, porém, a Deus que em Cristo sempre nos conduz em triunfo”.
W. J. Conybeare, em sua tradução de 2ª Coríntios, fala-nos que a palavra grega
traduzida por “conduz em triunfo” era uma palavra especial usada na antigüidade
para descrever uma procissão triunfal. No Império Romano quando um general
ganhava uma batalha, ele capturava muitas pessoas. Então no Capitólio
ocorria a celebração da vitória, e nesta
celebração havia uma procissão da vitória obtida pelo general. O apóstolo Paulo
adotou essa expressão para mostrar que Cristo é o General que obteve a vitória
e que Deus hoje está celebrando a vitória de Cristo.
ENTRE tantos que foram capturados por Cristo, estava Paulo.
Ele havia sido um dos maiores opositores a Cristo e a Seu Evangelho. Um dia, no
caminho para Damasco, ele foi conquistado, subjugado e capturado (At.9:1-9).
Daquele dia em diante, ele se tornou um cativo de Cristo. Podemos pensar que
Paulo saía viajando por diferentes lugares como um pregador maravilhoso. Mas de
acordo com o seu sentimento ele estava na procissão triunfal de Cristo como um
cativo. Deus está celebrando a vitória de Cristo com uma procissão triunfal,
com um desfile de cativos. Paulo era um cativo na celebração da vitória de
Cristo Ele fora capturados por Cristo.
O primeiro aspecto de uma pessoa vivendo no Santo dos Santos
é o aspecto de ser um cativo. Primeiramente, temos de ser cativos de Cristo no
desfile, na procissão da celebração da vitória de Cristo. Se desejamos viver no
Santo dos Santos, desfrutar Cristo como a boa terra, estar no espírito,
primeiro devemos ser capturados por Cristo. Cristo tem de nos conquistar,
subjugar e capturar. Falando sinceramente, muitos de nós devem admitir que em
vez de sermos cativos de Cristo, Cristo é par nós um cativo. O dia todo você
celebra a sua vitória, como Cristo como um cativo no desfile de sua
comemoração. Na sua experiência, quem é o cativo, Cristo ou você? Quem está celebrando a vitória? Quem foi
derrotado, você ou Cristo? Muitos de nós têm de admitir que quase todo o tempo,
Cristo nosso Salvador tem sido derrotado e capturado por nós, tornando-se nosso
cativo no desfile da celebração da nossa vitória carnal.
ESTE é o desafio neste capítulo: uma pessoa vivendo no santo
dos Santos deve ser um cativo no desfile da procissão triunfal de Cristo,
celebrando a vitória de Cristo na cruz. Em muitas coisas e em quase todas, não
somos subjugados ou conquistados por Cristo. Pode ser que a nossa vontade, a
vontade humana, a vontade própria, nunca tenha sido conquista. Por um lado,
você, como um crente, é um escravo de Cristo. Mas, por outro lado, você ainda é
um opositor, um inimigo de Cristo, porque até agora a sua vontade não foi
subjugada. Devemos considerar se osso
desejo foi ou não conquistado por Cristo. A partir de minhas próprias
experiências percebo que até mesmo buscando coisas espirituais podemos ainda
ser inimigos de Cristo. Enquanto estamos buscando coisas espirituais, ainda
somos inimigos de Cristo porque buscam9s coisas espirituais da nossa maneira,
de acordo com nós mesmos, segundo o nosso desejo. Você pode buscar o Senhor, e
ainda O estar buscando segundo a sua vontade. Por um lado, você é alguém que
busca o Senhor mas por outro, é um opositor de Cristo. Todos devemos perceber
que primeiramente temos de ser conquistados. Temos de ser derrotados, orando
das profundezas do nosso ser: “Senhor, derrota-me. Sê misericordioso para
comigo e nunca permita que eu tenha a vitória. O Senhor, quão perigoso e
lamentável será que eu seja vitorioso.
Senhor, mantenha-me derrotado.”
DIA após dia, existem
muitas lutas, não entre você e o mundo, mas entre você e o Senhor. Dia após
dia, existem muitas batalhas não entre você e os pecados, mas entre você e o
Senhor. Não se concentre no mundo nos pecados, mas atente para a batalha entre
você e o Senhor. Se você somente desejar ser derrotado pelo Senhor, todo o
mundo e todos os pecados estarão debaixo de seus pés. Por que você é derrotado
pelo mundo? Porque você derrotou a Cristo . Porque você é derrotado por
qualquer pecado que lhe assedia? Porque você a toda tempo está derrotando a
Cristo. Todas as suas vontades, seus desejos, suas emoções, seus pensamentos e
tantas coisas do ego ainda existem em você e dia após dia, hora após hora,
Cristo tem sido derrotado por você. Esse é o problema. Espero que você
concentre sua oração nesta única coisa: “Senhor, faz-me teu cativo. Nunca
permitas que eu vença. Derrota-me a todo o tempo.” Após orar dessa maneira,
você verá resultado.
PODEMOS pensar que fomos chamados para servir ao Senhor e
que faremos alguma obra para ele. Podemos pensar que estamos servindo ao Senhor
de forma absoluta, mas não conhecemos quantos elementos da rebelião ainda estão
em nosso interior. Os germes, os elementos rebeldes estão em nosso interior,
portanto temos de ser derrotados, conquistados, subjugados e, por fim, levados
como cativos na procissão triunfal da vitória de Cristo. A Segunda Epístola aos
Coríntios não é uma carta doutrina, mas a autobiografia de uma pessoa que se
considerava um cativo no desfile da procissão triunfal onde Deus celebra a
vitória de Cristo sobre seus inimigos. Paulo disse que Deus “sempre nos conduz
em triunfo.” Quando jovem, pensava que se tratava de meu triunfa. Hoje, no
entanto, percebo que este não é o meu triunfo, mas o triunfo dele. Deus sempre
nos conduz como cativos no triunfo de Cristo.
VOCÊ deseja ser um cativo? É necessário dizer para si mesmo
e dizer para o Senhor que você deseja de Cristo em sua procissão triunfal, para que todo os povos sejam
grandemente afetados. Muitos buscam dons de poder, mas o que a igreja
necessita, o que o mundo necessita não é de uma pessoa dotada, mas uma pessoa
capturada.
Hoje o que a igreja necessita não é um gigante espiritual, mas um
pequeno cativo. Neste universo e nesta terra, Deus está celebrando o triunfo de
Seu Filho, Cristo. Você quer ser somente um pequeno cativo nesta celebração? Se
você desejar, então, onde quer que vá, algo irá ocorrer.
Uma pessoa após outra será
capturada. Assim como você é um cativo, eles também tornar-se-ão cativos de
Cristo. Podemos considerar o apóstolo Paulo um grande pregador, mas ele se
considerava um cativo.
Deus nos conduz como cativos no triunfo de Cristo,
celebrando sua vitória. Todos devemos estar desejosos de ser cativos de Cristo.
ser um cativo de Cristo. Basta que algumas pessoas estejam desejosas de ser cativas
CREIO que hoje um grande número de jovens esteja pronto e
desejoso de servir ao Senhor, mas me preocupo grandemente com o fato de sua
busca ser relacionada a poder, dons, ensinamentos e conhecimento. Essa busca
está na trilha errada. Primeiramente você tem de ser conquistado, derrotado e
capturado por Cristo. Todos precisamos orar e dizer a Deus: “Senhor, quero ser
teu cativo”.
Por viver em seu espírito, Paulo aprendeu a lição de como t
ratar os pensamentos das pessoas. Em 2ª Coríntios á três passagens relacionadas
com a questão dos pensamentos. Em 3:14, Paulo diz-nos que os pensamentos dos
filhos de Israel foram endurecidos. Então em 4:4 ele diz que os pensamentos dos
incrédulos foram cegados pelo deus deste século. Finalmente, em 10:5; Paulo
indica que os pensamentos devem ser capturados par obedecerem a Cristo.
Os
pensamentos podem ser endurecidos pelo ego, cegados pelo deus deste século ou
ser capturados por aqueles que têm o ministério. Eles são capturados por
aqueles que guerreiam, que lutam a batalha, não segundo a carne, mas com as
armas que são poderosas em Deus (v.4). Quando você tem o ministério, quando é
uma pessoa realmente vivendo e andando no espírito, você não está lutando a
batalha segundo a carne, mas é equipado, qualificado a fazer uma obra para
capturar os pensamentos das pessoas, para levar todos os seus pensamentos
cativos á obediência de Cristo.
Você nunca subjugará as pessoas através de argumentos.
Quanto mais argumenta, mais estimula os pensamentos das pessoas. Algumas
pessoas podem ir até você para desafiá-lo a argumentar com elas, mas se o
fizer, somente estimulará seus pensamentos. Contudo, se você for alguém que tem
o ministério interior, será qualificado e equipado com as armas espirituais que
são poderosos em Deus para abater ou derrotar os arrazoamentos e para levar
cativo todo pensamento á obediência de Cristo
.
O QUE A IGREJA
NECESSITA HOJE: O MINISTÉRIO DE CRISTO
Em 1ª Coríntios existem os dons, o conhecimento e os
ensinamentos. Mas em 2ª Coríntios não podemos encontrar tais coisa. Não podemos
achar milagres ou curas. Em vez disso, há o espírito na carne de Paulo que o
Senhor recusou-se a tirar mesmo após Paulo Ter rogado a Ele três vezes
(12:7-9). Paulo pediu ao Senhor para realizar um milagre tirando o espírito,
mais o Senhor recusou-se a faze-lo. Nessa carta não vemos milagres, mas
sofrimento para reduzir o homem exterior a fim de que o ministério possa ser
produzido. Quanto mais sofremos, mais o homem exterior é reduzido, e mais
teremos do ministério.
Então teremos algo das riquezas de Cristo para ministrar
aos outros. Esta é a necessidade atual da igreja. A igreja não tem grande
necessidade de milagres, dons, ensinamentos ou conhecimento desta ou daquela
nação com seus costumes (tradições). Hoje a igreja necessita do ministério de
Cristo. A história os tem mostrado que algo pode ser edificado por meio dos
dons, mas que, por fim, o que foi edificado é derrubado pelos mesmos dons. Essa
é a história trágica que se tem repetido muitas vezes.
Se desejamos ser humilhados pela graça do Senhor e aprender
a como viver o espírito, o Senhor soberano atribuirá a cada um de nós certa
porção de sofrimento. Quanto mais amamos o Senhor Jesus, mais sofreremos e mais
seremos reduzidos. Por fim, certa porção de ministério será produzida e a
igreja será edificada. Isso é o que a igreja necessita hoje.
EM 1:12 Paulo disse que se conduzia “não em sabedoria carnal, mas na
graça de Deus” (IBB-Ver.) Confiar em si é ruim, mas Ter sabedoria
carnal é pior. Paulo não disse sabedoria humana, mas sabedoria carnal.
Geralmente entendemos que sabedoria relaciona-se á mente, mas Paulo fala de um
tipo de sabedoria relacionada á carne. Sabedoria carnal está em oposição á
graça de Deus. A sabedoria carnal é algo que liga a alma á carne. A graça de
Deus está no espírito, operando por meio da alma e do corpo. Confiamos em Deus
e este Deus está operando em nosso interior. Graça é o próprio Deus que opera
em nosso interior. Ele está operando a partir de nosso espírito, alcança do
nossa alma e corpo a fim de que todo o nosso ser esteja debaixo de Seu operar.
Não devemos Ter nenhuma confiança em nós, mas em Deus. Conversar, andar, viver
neste mundo não devem ser feitos em nossa sabedoria carnal, mas na graça de
Deus.
Isso significa que paramos com nossos atos e que agora Deus é quem opera
em nosso interior a partir(Cuidado
com a sabedoria carnal, isto é, com os falsos ensinadores dizendo que as
verdades de Deus se acham em seus ensinos carnais e que sempre estão dentro de
costumes ou até de textos bíblicos isolados. Sabedoria carnal é exatamente
estes ensinos que tem levado as religiões a se discordarem e, logicamente, a
fações.) Todo nosso ser está sob o operar de Deus. Esse tipo de pessoa
está sob o operar de Deus. Este tipo de possa está vivendo e andando no Santo
dos Santos todo tempo.
do nosso espírito alcançando nossa alma e corpo.
EM MEU ESPÍRITO
POR ser uma pessoa vivendo no Santo dos Santos, Paulo podia
dizer: “Não tive, contudo, tranqüilidade no meu espírito” (2:13).
Paulo não disse que não teve tranqüilidade na mente ou no coração. Se quer
entender 2ª Coríntios, você tem de assimilar as frases principais, tais como:
“não confiássemos em nós, mas em Deus”;
“não em sabedoria carnal, mas na graça de Deus”: e
“não tive, contudo, tranqüilidade no meu espírito”.
Paulo não disse que não tinha tranqüilidade no Espírito, mas
“no
meu espírito”. Paulo era uma pessoa que vivia, andava, trabalhava e
tinha seu ser no seu espírito. Não era um homem vivendo na alma ou na carne,
mas uma pessoa vivendo no espírito. Dessa forma, podia dizer que não tinha
tranqüilidade no seu espírito.
Isso os mostra que Paulo não se importava com as
circunstâncias nem com aquilo que pensava ou podia ver. Somente se importava
com seu espírito. O irmão Tito não havia chegado, portanto ele não teve tranqüilidade em seu espírito. Gosto
deste termo: “no meu espírito”. Temos de ser lavados á percepção de nosso
espírito, aprender como fazer tudo em nosso espírito. Se ficamos felizes,
devemos ficar felizes no espírito. Se ficarmos
tristes, temos de estar tristes no espírito. Muitas vezes estamos
felizes meramente em nossa emoção. Podemos não saber como ficar felizes no espírito. Mas temos de
aprender a ser felizes no espírito, aprender a como ter tranqüilidade no
espírito e a ser
pessoas vivendo no espírito.
Então em 4:13 Paulo fala-nos que ele e os irmãos com ele
tinham “o mesmo espírito da fé”. Todos temos de aprender a exercitar o espírito
a tal ponto. Em tudo o que fizemos em tudo que dissermos, temos de estar certos
de que temos o mesmo espírito, de que estamos no mesmo espírito. Não se trata
de algo na alma ou na carne, mas no espírito Quando vamos visitar um irmão,
temos de ir no espírito. Quando temos comunhão, devemos tê-la no espírito.
O HOMEM EXTERIOR SE DESGASTANDO, CONTUDO O HOMEM INTERIOR SENDO RENOVADO
“Por isso não desanimamos: pelo contrário, mesmo que o nosso homem
exterior se corrompa, contudo o nosso homem interior se renova de dia em dia”.
(4:16) O homem interior é o nosso espírito regenerado como a vida e a pessoa,
tendo nossa alma renovada como seu órgão. O homem exterior é nosso corpo como o
órgão com nossa alma como sua vida e pessoa. O homem exterior está perecendo,
desgastando-se, ou sendo enfraquecido, reduzido e consumido. Mas o homem
interior está sendo renovado, refrescado, encorajado e fortalecido por ser
nutrido como o suprimento refrescante da vida de ressurreição. Á medida que
nosso corpo moral, nosso homem exterior, está sendo consumido pela obra
aniquiladora da morte, nosso homem interior, isto é, nosso espírito regenerado
com as partes interiores de nosso ser (Jr.31:33; Hb.8:10; Rm.7:22, 25) está
sendo metabolicamente renovado dia a dia com o suprimento da vida de
ressurreição.
O homem exterior tem de ser consumido. Ele está
desgastando-se e sendo reduzido. O homem
interior tem de ser encorajado e
refrescado. Para entender o pleno significado daquilo que Paulo apresenta aqui,
temos de juntar os quatro primeiros capítulos. No primeiro capítulo, ele os diz
que foi pressionado sem limite (v.8). Então no quarto capítulo ele nos mostra
como foi pressionado por todos os lados ou atribulado em tudo (v.8), Os
versículos 7 a 18 do capítulo quarto mostram que os apóstolos viviam uma vida
crucificada em ressurreição ou uma vida ressurreta sob o aniquilar da cruz, ara
levarem a cabo o seu ministério. Paulo foi muito atribulado e aturdido, mas
percebeu que tais aflições e perplexidades realizavam um bom trabalho para
reduzir seu homem exterior. Porém, enquanto o homem exterior estava sendo
reduzido, o homem interior era refrigerado
e encorajado dia a dia. Isso significa que temos de ser mantidos lo9nge de
nossa alma, o deserto o Santo Lugar. Devemos ser mantidos plena e totalmente no
Santo dos Santos. Temos de viver e agir no Santo dos Santos.
DISCUTIR com a s pessoas é nutrir ou alimentar nossa vida da
alma. Quanto mais você discute, mais forte torna-se o homem exterior. Algumas
vezes esposas e maridos são tentados a contender ou argumentar. Suponha que a
esposa esteja irada, mas que o irmão não diga uma única palavra para discutir
com ela. O irmão poderá dizer que não disse nada porque tem aprendido a sofrer.
Esse modo de agi, no entanto, não é o modo cristão, pode ser a maneira dos
seguidores de Confúcio ou de Buda. Se você me perguntasse porque não discuto com minha esposa, diria que não
gosto de alimentar ou nutrir minha alma. Quanto mais discuto com minha esposa,
mais alimento a minha alma. Temos de aprender a lição de matar a alma de fome,
de reduzi-la.
O homem exterior tem de ser reduzido. Devemos perceber que tudo o
que ocorre conosco tem um
propósito. O propósito de Deus é que nosso homem
exterior seja reduzido de maneira que o homem interior possa ser fortalecido,
refrescando, encorajando, nutrindo e renovado de dia em dia.
Quando osso homem exterior é reduzido e nosso homem interior
é renovado, somos guardados no Santo dos Santos. É aqui no Santo dos Santos, no
nosso espírito, que desfrutamos e temos a experiência em Cristo. É aqui que
você experimenta todas as coisas divinas com Deus e em Deus. Gradualmente nós
próprios nos tornaremos um ministério.
Não seremos meramente um ministro, mas
um ministro com um ministério. Então ministraremos vida, Deus e as riquezas de
Cristo aos outros. Não somente passaremos aos outros certos ensinamentos,
doutrinas e conhecimento. Tudo o que fizermos será um ministrar Cristo, Deus,
aos outros. Essa é a necessidade atual.
ANDAR NO MESMO ESPÍRITO
Em 2ª Coríntios 12:18 Paulo diz que ele e Tito andavam no
mesmo espírito. Esse versículo e os outros versículos sobre os quais tivemos
comunhão mostram-nos que tipo de pessoa o apóstolo Paulo era. Ele era uma
pessoa total, absoluta e inteiramente vivendo no espírito. Ele nunca era tirado
do espírito.
Capítulo 2
II Co 1:9,12; 2:13; 4:13,16; 12:18; 10:3-4; 3:14;
4:4.
Se você penetrar no espírito das Epístolas de
Paulo a os Coríntios, verá que ao escrever essas duas cartas tinha por pano de
fundo a história dos filhos de Israel. Toda a história dos filhos de Israel é
um tipo completo das experiências dos cristãos no Novo Testamento (1ª Co.10:6
a11). Muitos cristãos estão claros quanto ao fato de que a Páscoa (1ª Co.5:7),
o êxodo do Egito (1ª Co.10:1-2), a peregrinação no deserto (Hb.3:7-19) e o
desfrute do maná celestial e da água proveniente da rocha fendida (1ª
Co.10:3-4) são todos tipos de nossa experiência cristã atual. Mas a maioria dos
cristãos não está tão clara de que entrar na boa terra, viver, andar, trabalhar
e labutar nela também são tipos de nossa experiência cristã (Cl.2:6-7). Nossa
necessidade é conhecer mais e mais acerca do viver, andar, trabalhar, lavrar e
também da luta do povo de Israel na boa terra.
QUANDO Paulo escreveu essas duas cartas, ele
deve Ter tido como pano de fundo essa história. Em 1ª Coríntios 5:7 ele disse
que Cristo era nossa Páscoa. Então, no capítulo dez, disse-nos que hoje estamos
desfrutando o maná celestial e estamos bebendo a água viva da rocha fendida
(vs.3-4). Isto significa que em 1ª Coríntios o povo havia sido levado para fora
do Egito e peregrinava no deserto. Essa era a verdadeira situação dos
coríntios, e com respeito a isto, atualmente muitos cristãos são coríntios. Não
devemos pensar que somos melhores do que os coríntios. Alguns falam sobre a
igreja celestial na carta de Efésios, contudo, muitos dentre eles, não são
celestiais. Pose-se falar sobre a boa terra, Canaã, mas ainda se pode estar no
Egito ou no deserto. Quando está em seu espírito, você está nos lugares
celestiais (Ef.2:6) porque os lugares celestiais não podem ser separados de seu
espírito. Os lugares celestiais estão no espírito, e o espírito está nos lugares celestiais (
Hb.4). Sempre que vive no espírito, você é elevado e encontra-se nos lugares.
Mas você acha que hoje esta andando plenamente no espírito?
OS coríntios falavam muito acerca de coisas
espirituais, mas faziam-no de maneira carnal e almática. O apóstolo Paulo
disse-lhes na primeira carta que eram carnais, não espirituais (3:1). No
capítulo dois
da primeira carta ele falou de homens almáticos (v.14). Um homem
espiritual (2:15) é alguém que não se
comporta segundo a carne ou age segundo a vida da alma, mas que vive segundo o
espírito, ou seja, segundo seu espírito, ou seja, segundo seu espírito (Rm.1:9)
amalgamado com o Espírito de Deus (Rm.8:16; 1ª Co.6:17). Essa pessoa é
dominada, governada dirigida, movida e guiada por este espírito amalgamado.
Embora os coríntios falassem muito sobre as coisas espirituais, o apóstolo
Paulo chamou-os de carnais e almáticos. Estavam falando sobre coisas
espirituais na alma e na carne. Alguns podem falar acerca das coisas celestiais
em Efésios, mas o fazem como os
coríntios: na alma ou na carne.
A
Segunda Epístola aos Coríntios é bem mais profunda que a primeira. Parece que
não muitos têm dado atenção a esta Segunda carta. Em Romanos há a justificação
pela fé, e em Efésios, está a igreja como o Corpo de Cristo. Mas qual é o
conteúdo de 2ª Coríntios? Que impressão você extrai desta carta? Devo dizer-lhe
que esta carta é totalmente no espírito. Muitos cristãos estão vivendo na carne
ou na alma, não no espírito. Muitos conhecem algo acerca do Espírito Santo, mas
poucos conhecem acerca de seu espírito humano no qual o Espírito Santo habita.
A - Após a carne e a alma em 1ª
Coríntios, chegamos ao espírito em 2ª Coríntios.
B - Após o átrio exterior e o
Santo Lugar, chegamos ao Santo dos Santos;
C - Após o Egito e o deserto,
chegamos a boa terra, á terra de Canaã.
Nesta
carta você pode ver a boa terra. Também pode ver a vida prática do Santo dos
Santos. Nesta carta pode-se ver alguns seres humanos absolutamente no espírito.
NÃO CONFIAR EM NÓS MESMOS, MAS EM
DEUS
EM 2ª
Coríntios 1, Paulo diz-nos que ele e seus cooperadores foram “sobremaneira
oprimidos acima das nossas forças, de modo tal que até da vida desesperamos”
(V.8- IBB-Ver). Neles mesmos já tinham tido a sentença de morte a fim de não
confiarem em si, mas no Deus que ressuscita os mortos (v.9). Necessitamos ser
impressionados com estas palavras em 1:9). “Para que não confiássemos em nós,
mas em Deus” (VRC). Pela redenção de Cristo, o próprio Deus, que está nos céus,
veio até nós, para dentro de nosso espírito (Cl.1:27;2ª Tm.4:22). Agradecemos
ao Senhor por ele estar agora em nosso espírito, chamando-nos para esquecer as
coisas almáticas e para voltar-nos ao nosso espírito para encontrá-lo. Devemos
não mais confiar em nosso ego ou em nossa alma, mas em Deus que está em nosso
espírito. PODEMOS conhecer a doutrina acerca de não mais confiarmos em nós
mesmos, mas em Deus. Dizer que confiamos em Deus é fácil, mas em nossa
experiência pode ser diferente. Se a esposa não for agradável para seu marido,
a primeira coisa que ele normalmente fará é exercitar a mente para considerar a
situação de sua esposa. Esse é o significado de confiar em si mesmo. Se
realmente aprendemos a lição de não confiar em nós, primeiramente exercitaremos
o espírito, não a mente puramente humana e exercitaremos o espírito após termos
a mente de Cristo. Imediatamente voltaremos ao espírito e exercitaremos o
espírito para contactar Deus. Isso significa, na prática, que não confiarmos em
nós, mas em Deus. Todos precisamos deste tipo de experiência hoje.
1- Marca de Propriedade: II
Timóteo 2:19
O selo
traz a idéia de possuir ou marcar
propriedade. Ao colocar o selo como um
símbolo, o local está sinalizado de quem pertence tal coisa como uma
autenticação do dono. Isso serve para mostrar que os crentes em Jesus são
propriedade particular de Deus (I Pd 1.9). Somente quem recebe a Jesus
Cristo e o declara como Senhor de sua vida é que temo selo do Espírito Santo (I
Coríntios 12.3).
Você se
sente propriedade de Jesus? Ou se comporta como se fosse dono de si mesmo?
2- Marca de Santidade: Êxodo
39.30
O sumo-sacerdote
ao assumir seu posto, recebia uma coroa que consistia numa lâmina de ouro onde
estaria escrito: SANTIDADE AO SENHOR! (Êxodo 28.36-38).
Da mesma
forma nós hoje somos sacerdotes do Deus Vivo e podemos ministrar em Sua
presença, mas a única exigência do Senhor é Santidade. Se um sacerdote entrasse
na presença do Senhor e estivesse em pecado ele morria.
A
santidade é o compromisso com Deus e a luta contra o pecado.
Você tem
buscado a santidade em sua vida?
3- Marca de Promessa: Efésios
1.13 e 4.30
A Bíblia
diz que somos selados com o Espírito Santo da promessa (Ef
1.13). Os crentes têm sido selados (Ef. 4: 30), mas devem ter o
cuidado para não destruir a impressão deste selo (II Co 1.22).
A vinda
do Espírito Santo é a maior promessa de Jesus para seu povo. Quando recebemos o
Espírito Santo, somos selados, marcados por Deus.
Você crê
na promessa do Espírito Santo?
4- Marca de Salvação: Apocalipse
7.2,3
Antes da
volta de Jesus, Deus mandará selar os seus para suportarem à Grande Tribulação
e os selados pelo Espírito Santo não receberão a marca da besta. O selo de Deus
será a garantia da salvação e proteção contra todo o mal.
A marca
do Espírito Santo selando as frontes dos crentes significa uma convicção
profundo de fé e mentes esclarecidas contra todo o engano e perseguição do
inimigo. A certeza da salvação é uma marca do selo do Espírito em nossas
mentes.
Você tem
essa convicção em sua mente e coração que é protegido e salvo por Deus?
I. O que é o selo do Espírito Santo?
O Espírito Santo é referido como o "penhor",
"selo" e "garantia" no coração dos cristãos (2 Coríntios
1:22; 5:5, Efésios 1:13-14; 4:30). O Espírito Santo é o selo de Deus sobre o
Seu povo, a Sua reivindicação sobre nós como pertencentes a Ele. A palavra
grega traduzida como "garantia" nestas passagens é arrhabōn que
significa "penhor, entrada", isto é, parte do dinheiro de compra ou
de propriedade dada antecipadamente como garantia para o resto. O dom do
Espírito para os crentes é um sinal da nossa herança celestial que Cristo nos
prometeu e garantiu na cruz. É porque o Espírito nos selou que temos a certeza
da nossa salvação. Ninguém pode quebrar o selo de Deus.
O Espírito Santo é dado aos crentes como uma "primeira
parcela" para assegurar-nos de que a nossa plena herança como filhos de
Deus será entregue. O Espírito Santo nos é dado para
confirmar que pertencemos
a Deus, o qual nos concede o Seu Espírito como um dom, assim como Sua graça e
fé são dons (Efésios 2:8-9). Através do dom do Espírito, Deus renova e nos
santifica. Ele produz em nossos corações os sentimentos, esperanças e desejos que
são evidência de que somos aceitos por Deus, que somos considerados Seus filhos
adotivos, que a nossa esperança é genuína e que a nossa redenção e salvação são
certas da mesma forma que um selo garante um testamento ou acordo. Deus
concede-nos o Seu Espírito Santo como o penhor certo de que somos Seus para
sempre e seremos salvos no último dia. A prova da presença do Espírito é a Sua
transformação no coração que produz o arrependimento, o fruto do Espírito
(Gálatas 5:22-23), a conformidade com os mandamentos e vontade de Deus, uma
paixão pela oração e louvor, assim como amor pelo Seu povo. Essas coisas são as
evidências de que o Espírito Santo renovou o coração e que o cristão está
selado para o dia da redenção.
Por isso, é através do Espírito Santo, Seus ensinamentos e
poder orientador que somos selados e confirmados até o dia da redenção,
completos e livres da corrupção do pecado e da morte. Porque temos o selo do
Espírito em nossos corações, podemos viver com alegria, confiantes de nosso
lugar certo em um futuro que contém glórias inimagináveis.
II. Qual a diferenca entre batismo e selo do Espirito?
Muitas pessoas erram
ao pensar que 1 Coríntios
12 esteja falando do recebimento do Espírito Santo
pelo convertido, quando ali o assunto é a inclusão
do crente naquilo que aconteceu uma só vez no dia
de Pentecostes.
1Co 12:12-14 Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos
membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo
também. Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer
judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um
Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.
Veja que o contexto é o corpo de Cristo e não a salvação
individual e nem ao recebimento do Espírito Santo. Paulo fala aos Coríntios
"todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo".
Obviamente o corpo não é formado cada vez que alguém se converte e recebe o
Espírito, portanto isso aqui não aconteceu quando os de Corinto se converteram
ou foram selados com o Espírito Santo, mas foi o que ocorreu em Pentecostes
(quando os de Corinto nem tinham sido salvos ainda). Mas aquele evento de
Pentecostes é válido para todos os que foram salvos depois. Todos estavam
incluídos naquele batismo que formou a Igreja em Pentecostes. Pense no
exército: ele foi formado em um determinado dia e a partir daí cada soldado é
acrescentado ao "corpo" do exército sem que o exército seja formado outra
vez. Pense no batismo no Espírito como um evento único que não se repete.
Efs 4:4-6 Há um só
corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança
da
vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de
todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.
Eu entendo que o versículo 5 esteja falando do batismo nas
águas, porque no versículo 4 ele falou do corpo e do Espírito no qual esse um
só corpo foi batizado.
Efs 1:13-14 Em quem
também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da
vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo
da promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão
adquirida, para louvor da sua glória.
Aqui não é o batismo no Espírito, mas o recebimento do selo
do Espírito, que é o próprio Espírito habitando em nós. No batismo de
Pentecostes o Espírito veio habitar na terra e particularmente na igreja,
embora naquele momento os 120 crentes ali tenham recebido individualmente o
selo do Espírito também. Mas a partir daí (e é o assunto de Efésios) recebemos
o selo do Espírito quando cremos. Chamar de batismo no Espírito é o mesmo que
dizer que o corpo de Cristo é formado a cada pessoa que se converte. Mas não é,
somos meramente acrescentados a um Corpo que já existe.
Efs 5:18 E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda,
mas enchei-vos do Espírito;
Aqui já é outra coisa que não tem a ver com o batismo de
Pentecostes e nem com o recebimento do selo quando cremos. Aqui fala de nos
enchermos do Espírito e é possível ver que a diferença é grande quando nos
lembramos de que os santos do Antigo Testamento também eram cheios do Espírito,
embora nenhum deles tenha participado da igreja (que foi criada quando o
Espírito desceu em Pentecostes) e nem tinham o selo do Espírito (que é
característico daqueles que fazem
parte do corpo de Cristo, que é a Igreja).
Ao comparar com a embriaguez o apóstolo mostra que está
falando de uma influência adicional, muito embora a embriaguez nos leve a
perder os sentidos, o que o Espírito Santo não fará. Mas os aspectos
semelhantes são a pessoa sendo influenciada por algo fora dela mesma, ficando
mais alerta e disposta e agindo e caminhando de modo diferente. O
"encher-se do Espírito" causa esse tipo de influência em nós, mas é
algo que depende de nossa comunhão com Deus.
Então veja que temos algumas coisas distintas relacionadas ao
Espírito:
- O encher-se do Espírito de Ef 5:18 que era algo possível
mesmo aos santos do Antigo Testamento.
- O batismo do Espírito que aconteceu apenas uma vez em
Pentecostes quando foi formado o corpo de Cristo, que é a igreja em Atos 2.
- O Espírito Santo habitando no crente como consequência
disso, conforme o Senhor prometeu em João 14:16.
- O recebimento do selo do Espírito Santo, que é a garantia
da nossa salvação em Ef 1:13-14.
- A unção do Espírito que permite que o crente entenda as
coisas de Deus, como ensina 1 João 2:27.
Quando você compara a descida do Espírito sobre o Senhor
Jesus em seu batismo nas águas com a descida do Espírito sobre os 120 na
formação da igreja em Atos, encontra um grande contraste: sobre o Senhor o
Espírito desceu em forma de pomba, mas sobre a igreja em forma de línguas como
de fogo. A pomba nos fala de paz e o fogo de purificação. Não havia nada no
Senhor que precisasse ser purificado, mas na igreja sim, daí a diferença.
Nós, individualmente, passamos primeiro pelo novo nascimento,
ao nascermos da água e do
Espírito, que nos infunde vida para podermos sentir o
peso de nossos pecados (ou nem sentiríamos isso) e crer no Salvador. O sangue
derramado na cruz nos purifica de todo pecado, deixando-nos portanto aptos a
sermos feitos morada do Espírito.
Quanto à sua dúvida sobre batismo de crianças, tal prática
não existe na Bíblia, mas existe sim o batismo de famílias como a do carcereiro
em Atos 16:30-34 e de Estéfanas em 1 Co 1:16, que foram obviamente batizadas na
fé do cabeça da casa, como aconteceu em figura com todos os israelitas que
saíram do Egito e passaram pelo mar ("Todos foram batizados em Moisés, na
nuvem e no mar" - 1 Co 10:2), mesmo aqueles que não tinham entendimento do
que estava acontecendo.
É importante entender que o batismo não tem conotação com a
salvação da alma, mas com o colocar alguém "a salvo" deste mundo por
introduzi-lo na esfera cristã. Existem hoje no mundo milhões de pessoas que
nunca foram salvas e mesmo assim professam ser cristãs por terem sido batizadas
(independente da idade) em nome de Cristo.
QUANDO a
cruz de Cristo trabalha em você, este trabalho introduz a ressurreição.
Portanto, em 1:21-22 diz-se que Deus nos ungiu, selou e nos deu o penhor, o
antegozo do Espírito. Se desejamos ministrar algo de Cristo a outras, temos de
experimentar Cristo pelo operar da cruz, e o operar da cruz é para a unção, o
selar e o penhor do Espírito. O ministério provém de tal experiência. Estamos
agora em Cristo e Cristo é nossa porção, mas experimentamos Cristo pelo operar
da cruz. Necessitamos da obra da cruz porque temos o ungir, o selar e o
antegozo, a garantia do espírito em nosso interior. Se você não foi levado a um
fim, ser-lhe-á muito difícil se importar com a unção e o selar interiores.
Ser-lhe-á difícil desfrutar do penhor interior do Espírito. O operar da cruz destina-se
á experiência da unção interior, do selar e do desfrute interior do penhor do
Espírito. Todos necessitamos do operar da cruz a fim de desfrutarmos o penhor
do Espírito e para que possamos experimentar a unção e o selar do Espírito
1º A unção;
2º O selar
3º O penhor.
Deus nos
ungiu Consigo mesmo. A unção é como uma pintura. Quanto mais alguém pinta mais
tinta
deposita-se sobre a coisa que está sendo pintada. Hoje Deus é o pintor
divino. Ele nos pinta com todos os Seus elementos. Quanto mais nos pinta com
seus elementos divinos, mais esses elementos de Deus serão lavrados em nosso
interior. Portanto, a unção de Deus em nós é a sua transmissão de todos os Seus
elementos divinos dentro de nós. Quando éramos incrédulos, não tínhamos os
elementos divinos.
Somente tínhamos o elemento humano. Desde que nos tornamos
cristãos, Deus está ungindo-nos Consigo mesmo em nosso interior para que
possamos ter os elementos divinos dispensados para todas as nossas partes
interiores. Deus unge-nos Consigo mesmo a fim de podermos ser totalmente
mesclados a Ele, com os Seus elementos divinos, para sermos totalmente um com
Ele.
A unção
transmite os elementos de Deus para o nosso interior e o sela imprime os
elementos divinos para expressar a imagem de Deus. Se, com um carimbo
carimbarmos um pedaço de papel, a figura do carimbo será deixada no papel. O
selar nos dá a figura ou a imagem. Deus não somente nos ungiu com todos os Seus
elementos, como também selou-nos com Sua própria imagem. Quanto mais somos
selados por Deus, mais teremos a sua imagem.
Finalmente
temos o penhor do Espírito. O penhor do Espírito é o antegozo de Deus como uma
amostra e garantia do pleno gozo de Deus. Deus colocou-se em nós como um tipo
de sinal de pagamento ou o antegozo para que possamos prová-lo em nosso
interior.
Devemos ser
impressionados pelo fato de Deus Ter-nos ungido para todos os seus elementos,
selado com sua própria imagem e Ter-se colocado em nós como um tipo de sinal de
pagamento para nosso desfrute. Devemos aprender a perceber a unção interior, a
como cooperar com o selar interior e como desfrutar o penhor interior, o sinal
do pagamento, a garantia, o antegozo do Espírito Santo. Fazemos isso pelo
operar da cruz.
A cruz tem de levar-nos ao fim. Então poderemos dizer: “Senhor, agora tenho a sentença de morte.
Estou desesperado de minha vida. Estou acabado. Estou terminado.”
Imediatamente sentiremos a unção interior, o selar interior e mesmo o penhor
interior do Espírito. Por meio dessas três experiências do Espírito que unge
como a unção, o selar e o penhor, juntamente com a experiência da cruz, o ministério de Cristo é produzido.
Mediante o operar da cruz com a unção, selar e antegozo ou penhor interiores,
teremos a experiência adequada de Cristo. Então teremos o ministério de que o
Corpo de Cristo necessita desesperadamente nos dias de hoje. Que o Senhor seja
misericordioso para conosco a fim de que sejamos levados á percepção de como
precisamos do operar da cruz levando-nos ao fim e de quanto precisamos
experimentar a unção interior, o selar e o penhor do Espírito a fim de que
tenhamos um ministério verdadeiro para o Corpo de Cristo.
ENCORAJADOS POR DEUS
A Segunda
Epístola aos Coríntios 1:4-6 diz “Que nos consola em toda a nossa tribulação,
para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, pela
consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. Porque, como as
aflições de Cristo transbordam para conosco, assim também por meio de Cristo
transborda a nossa consolação. Mas, se somos atribulados, é para vossa
consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação é, a qual
se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos”
. Orar e ler estes versículos repetidamente nos ajudará a ver que a necessidade
atual da igreja é o ministério. Deus nos encoraja em toda a nossa tribulação
com um propósito: que sejamos capazes de encorajar a outros. A palavra grega
para consolação no versículo 4 também significa encorajamento. Ser consolado
por Deus significa ser encorajado por Ele.
O OPERAR DA CRUZ
QUANDO mais
os sofrimentos de Cristo abundam em nós, mais encorajamento ou refrigério
seremos capazes de desfrutar. Se desejamos ministra algo de Deus em Cristo aos
outros, temos de sofrer (o sofrimento de Cristo) para Ter a experiência. É pelo
caminho da cruz que teremos algumas riquezas de Cristo para ministrar aos
outros. O ministério não surge de nenhuma outra maneira, mas somente pelo
operar da cruz.
PAULO nos
disse que Deus colocou-o numa situação onde foi “sobremaneira” (1:8) ou
“excessivamente sobrecarregado” a fim de que ele pudesse confortar a outros.
Você pode ser perguntar por que tem tantos problemas. Pode Ter problemas com o
seu cônjuge, com os filhos e mesmo com seu corpo. Você percebeu que nessa carta
existe a frase: “excessivamente sobrecarregado” ou “sobremaneira pressionado”?
Você pode ser pressionado, mas é pressionada sobremaneira? Isso significa que a
obra da cruz terminou com você, levou-o a um fim.
PAULO
diz-nos que ele e seus cooperadores foram excessivamente sobrecarregados acima
de sua capacidade ou força de modo que se desesperaram da própria vida (1:8).
Muitos dos irmãos jovens têm força. Porém mais cedo ou mais tarde, o Senhor
pressionar-lhe-á repentinamente, e você tentará suportar o sofrimento. Por fim
dirá: “Senhor, abandono minha resistência porque a Tua pressão é algo bem acima
das minhas forças.” Quando você se
encontra sob determinado tido de sofrimento, nunca tente exercitar sua própria
força para suportá-lo sozinho. Nunca tente vencê-lo por si mesmo. Você deve
perceber que por fim o Senhor irá pressioná-lo acima de suas forças. Quando vem
a pressão, você pode exercitar toda sua força: fisicamente, mentalmente e
espiritualmente. Mas quanto mais você exercitar sua força mais será
pressionado. Por fim, admitirá que a pressão está bem acima de suas forças.
Louvada seja o Senhor pela pressão sem limite acima de osso poder!
DEPOIS que
Paulo nos disse que ele e seus cooperadores foram tão sobrecarregados que se desesperam até da
própria vida, ele disse: “Contudo, já em nós mesmos tivemos a sentença de
morte, para que não confiemos em nós, e, sim, no Deus que ressuscita os mortos”
(1:9). Quando os apóstolos estavam sob a pressão da aflição, desesperados até
da própria vida, devem Ter-se perguntado qual seria o resultado de seu
sofrimento. A resposta era a morte. A experiência de morte, contudo,
introduz-nos na experiência de ressurreição. Ressurreição é o próprio Deus que
ressuscita os mortos (Jo.11:25). A obra da cruz termina com nosso ego para que
possamos experimentar Deus em ressurreição. A experiência da cruz sempre
resulta no desfrute do Deus da ressurreição. Tal experiência produz e forma o
ministério (2ª Co.1:4-6). Esta experiência é descrita mais detalhadamente em
4:7-12.
A palavra de
Paulo nos mostra que precisamos ser terminados. Necessitamos chegar ao fim. Aí,
então, aprenderemos a não confiar em nós mesmos, mas em Deus. Dizer que
precisamos confiar em
Deus e não em nós é fácil, mas sermos completamente
trabalhados nessa questão requer bastante experiência. Deus está trabalhando
por meio da cruz para terminar conosco. (Obs. A cruz terminou para Jesus e
quando disse que tudo estava consumado estava também dizendo para nós que a cruz ficava como herança para nós
daí o texto que diz para tomarmos nossa cruz e Segui-lo). Deus está trabalhado
para levar-nos a um fim, até mesmo para que nossa espiritualidade, nossas
conquistas espirituais, sejam levadas a um fim. Você pode confiar muito em suas
conquistas espirituais, mas até isso tem de ser terminado.
EM 1:12,
Paulo diz: “Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de
que com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal, mas na
graça de Deus, temos vivido no mundo, e principalmente convosco” (VRC). Em sua
consciência, Paulo tinha o testemunho de que andava, movia-se e tinha seu ser
nesta terra não em sabedoria carnal, mas na graça de Deus. Para alguns,
sabedoria pode ser uma maneira inteligente de enfrentar determinada situação,
mas essa sabedoria vem da nossa mente. A sabedoria humana é algo que você
possui visando fazer algo para si mesmo. A graça de Deus é que você não faça
nada, mas que Deus faça tudo em seu interior. Não é você fazer algo para
enfrentar a situação, mas permitir que Deus faça tudo em você e por você (Isto
é: o grande problema é o seu PERMITIR. A única coisa a fazer é o PERMITIR e
isto não é fácil. Não podemos fazer nada humanamente falando: ir ao monte,
jejuar, comprar seu passaporte com dízimos, com campanhas. O nosso papel no
tomar a cruz é o de forçar mente e deixar que a ESPADA penetre dentro de nós e
nos corte dividindo o que o pecado misturou e lutar pela transformação de nosso
entendimento. O esforço, como disse não é humano pois sem fé é impossível
agradar a Deus e fé é o firme fundamento ). Isso é a graça de Deus.
PAULO disse
que se conduzia na simplicidade e sinceridade de Deus. Simplicidade pode também
significar singeleza. Deus é simples e Deus é singelo. Quanto mais estamos na
carne e na alma, mas complexos somos. Então não temos simplicidade, mas
complexidade. Uma pessoa almática é muito complexa. No entanto, quanto mais
permanecemos no Santo dos Santos, no espírito, mais simples nos tornamos.
Quanto mais ficamos no espírito, mais somos simples e sinceros. Somos sinceros
na motivação, no objetivo e em tudo o que desejamos. Em 1:12 estão a
simplicidade ou singeleza de Deus, a graça de Deus e a sinceridade de Deus. Se fomos
tratados com a cruz, de tal maneira que ela nos levou ao fim, seremos pessoas
pacíficas que desfrutam e experimentam a graça de Deus cuidando de tudo por
nós. Assim seremos tão simples e tão sinceros em nossa motivação e em nosso
objetivo. Desfrutaremos a graça de Deus e teremos a simplicidade e sinceridade
de Deus.