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Naquele dia o Senhor castigará com a sua dura espada.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017
Posted by Francisco Souza














Naquele dia o Senhor castigará com a sua dura espada.

Vinte e Sete

Naquele dia o Senhor castigará com a sua dura espada... o dragão. Este versículo pertence ao parágrafo iniciado em Isa. 26.20. O caos também terá de ser derrotado. Para ilustrar o fato, o profeta usa uma referência mitológica, o temível monstro Leviatã (ver a respeito no Dicionário, bem como as notas adicionais de Jó 41.1). Há cinco referências a esse monstro marinho nas páginas do Antigo Testamento. Além destas três referências (este versículo, duas vezes; e então em Jó), temos Sal. 74.14 e 104.24. O nome cananeu desse monstro mitológico é Lotan. De acordo com a versão cananéia, o monstro é morto com um cacete, mas aqui é morto com a espada de Yahweh, o qual, pessoalmente, extinguirá a desarmonia e o caos, antes que chegue o Novo Dia. Sal. 74.13,14 pode refletir a versão cananéia, com a qual a versão babilónica é muito parecida.
No tablete I AB de Ras Shamra, encontramos as seguintes palavras:
Quando tiveres terido a L-t-n, a serpente que foge, (e) tiveres dado fim à serpente que se retorce, a poderosa com sete cabeças...
Note o leitor os paralelos verbais, que foge e que se retorce. A versão hebraica não menciona as sete cabeças, mas Sal. 74.13 tem algo similar. Ali o monstro, nas diversas versões, é um monstro marinho, ou, algumas vezes, personificado pelo mar. Ver Amós 9.3.

As palavras “que foge” significam “rápida”. Portanto, a imagem é de um monstro muito veloz, que se
contorce como uma serpente. Os intérpretes tentam identificar esse monstro com um império específico, tal qual a Babilônia ou o Egito, mas isso é limitar demais a questão a coisas terrenas, pois está em foco o caos sobrenatural.
A morte desse monstro, além de simbolizar o ato de livrar o mundo do caos cósmico, também fala da derrota de todos os inimigos de Deus, que são os agentes do caos e da iniqüidade neste mundo. Com a morte do monstro leviatã, será firmada a soberania de Deus, sem nenhuma oposição neste mundo, o que é necessário para que a era do Reino de Deus seja trazida, bem como as eras eternas que se seguirão.
Vários Nomes do Monstro. Leviatã (ver Jó 41.1; Sal, 74.14 e 104.24; Isa.
27.1); fíaabe (ver Jó 9.13; 26.12,13; Isa. 30.7; 51.9; Sal. 89.10); Tanim, usualmente traduzido por “dragão” ou monstro (ver Isa. 51.9; Eze. 29.3; 32.2; Sal. 74.13; Jó 7.12). Além disso, o mar é personificado como monstro (ver Isa. 51.10; Hab. 3.8; Sal. 74.13; Jó 7.12; 26.12; 38.8. Cf. Apo. 21.1).
Continua aqui o Pequeno Apocalipse de Isaías. Essa seção ocupa os capítulos 24-27. Ver a introdução à seção na introdução ao capítulo 24.
A Vinha do Senhor (27.2-6)
27.2

Naquele dia dirá o Senhor: Cantai a vinha deliciosa! Já vimos sobre essa figura, em Isa. 5.1-7, mas ali é dada a idéia oposta. A rebelde e apóstata nação de Israel é retratada como uma vinha que azeda e nada produz, a despeito de todas as provisões divinas. Mas aqui temos uma boa vinha, que Yahweh protege de espinhos, ou seja, de inimigos. O texto hebraico é problemático, tendo sofrido, como é patente, alguns antigos erros de escrita, ou então, desde o princípio, erros primitivos. A Septuaginta tem variantes significativas, algumas das quais poderiam representar o texto original.
A vinha é saudável e produtiva, um deleite para o vinhateiro; portanto, que seja levantado um cântico de louvor em sua honra. Isso deve ser contrastado com o quadro entristecedor de Isa. 5.1-7. Os tempos provocaram uma mudança; o terror chegou; o remanescente de Israel foi purificado (capítulo 24). Agora estamos em um novo dia, um dia escatológico, pelo que seja entoado um cântico de louvor. “O profeta aparece novamente (tal como em Isa. 26.1) como o compositor do hino do dia futuro de triunfo dos remidos. Ele tinha entoado um cântico fúnebre sobre a vinha infrutífera e entregue à desolação. Mas agora ele transforma o lamento em um poema” (Ellicott, in Ioc.).
27.3
Eu, o Senhor, a vigio e a cada momento a regarei. Yahweh é o plantador e o vigia da vinha; Ele a rega continuamente, garantindo-lhe cuidado e atenção, em uma base diária. Ele estabelece um posto de vigia, a fim de que nenhum destruidor se aproxime para praticar alguma coisa atrevida, montando vigilância dia e noite. As chuvas são abundantes, e há um sol adequado, mas sem excessos. Foram providas todas as condições apropriadas ao desenvolvimento e à frutificação.
Que mais se podia fazer ainda à minha vinha, que eu lhe não tenha feito?
(Isaías 5.4)
Cf. Can. 8.12 e Osé. 14.5-7. “Que privilégio é estar em uma plantação como essa, regada e defendida pelo próprio Senhor!” (John GUI, in Ioc.).
27.4

Não há indignação em mim. Yahweh se sentia feliz com a Sua vinha; Ele não guardava nenhuma ira contra ela, conforme se vê em Isa. 5.1-7. “Se alguém fizer uma muralha de espinhos na guerra, eu marcharei para ela e a queimarei” (NCV). Se qualquer inimigo vier em movimento para danificar a vinha, isso será considerado um ato hostil de guerra, e o Senhor dos Exércitos aniquilará o inimigo que ousou planejar contra a vinha.
Quem me dera espinheiros e abrolhos. Ou seja, os inimigos de Israel que procurassem fazer o mal, o adversário ímpio: Isa. 9.18; 10.17; II Sam. 23.6.0 ataque não mais seria contra a vinha infrutífera, mas contra qualquer fator perturbador que atacasse do lado de fora. O inimigo é pintado como plantas daninhas que prejudicassem a vinha, mas também fossem altamente inflamáveis, ou seja, de fácil eliminação.
27.5
Ou que homens se apoderem da minha força, e façam paz comigo. Uma
palavra graciosa é aqui dirigida aos inimigos potenciais de Israel. Se eles, como a vinha, fizessem de
Yahweh seu refúgio e fortaleza, sua proteção, conforme Israel tinha feito, então a paz poderia ser estabelecida. Yahweh convidou-os aqui a estabelecer com Ele paz, e não guerra. Então as bênçãos se multiplicariam e, presumivelmente, haveria nova vinha de produtividade, ou os inimigos tornar-se- iam parte da bendita vinha de Israel, visto que de Israel fluiriam benefícios espirituais, quando Jerusalém, uma vez mais, se tornasse o centro espiritual do mundo. Ver Isa. 26.9. O vs. 6, em seguida, subentende a mesma coisa. Ver no Dicionário o artigo chamado Paz, e cf. 9.6 e 26.3,12.
27.6

Dias virão em que Jacó lançará raízes. A vinha agradável e produtiva (Israel) lançará raízes, pelo que terá todas as condições necessárias para o crescimento e a produtividade. Surgirão a inflorescência e o botão, e a frutificação será grande. O mundo inteiro ficará cheio desse fruto, pelo que haverá universalização que beneficiará todos os povos. “Quando chegar a era do Reino,
2868 ISAIAS então Jacó (sinônimo de Israel) será produtivo de novo (cf. Isa. 35.1-3,6,7; Amos 9.13,14; Zac. 14.8), a nação por meio da qual Deus abençoará o mundo (cf. Gên. 12.3)" (John S. Martin, in toe, que se refere a uma das provisões do pacto abraâmico; ver sobre isso em Gên. 15.18).
Ora, se a transgressão deles redundou em riqueza para o mundo, e o seu abatimento em riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude!
(Romanos 11.12)
"A restauração deles será como as 'riquezas dos gentios' (Rom. 11.12; Osé. 14.6)" (Ellicott,//) toc.|
Significado dos Sofrimentos de Israel (27.7-11)
27.7

Porventura feriu o Senhor a Israel como àqueles que o feriram?
Provavelmente não devemos entender aqui que a vinha agradável e produtiva, mencionada nos vss. 1-6, agora estivesse ameaçada de julgamento. Esta breve seção é um oráculo separado que explica por que Israel tinha de sofrer. Yahweh cuida de Seu povo, e parte desses cuidados consiste em aplicar disciplina, sob forma de castigo, sempre que necessário. Isso posto, os julgamentos divinos são os dedos da amorosa mão de Deus, e não medidas destruidoras sem possibilidade de redenção. Israel, pois, seria ferida, tal como seus inimigos seriam feridos. É preciso que haja justiça. Este versfculo, apresentado como indagação, tem por intuito fazer distinção entre os tipos de punição que atingiam Israel e seus adversários. A restauração segue-se à punição que atinge Israel, o que, presumivelmente, não se segue à punição que atinge seus inimigos. Mas o Novo Testamento reverte até mesmo esse quadro lamentável, porquanto o Novo Testamento prevê que o amor universal (ver João 3.16) apagará tais distinções. Ver na Enciclopédia de Bfblia, Teologia e Filosofia o artigo chamado Restauração. Todos os julgamentos divinos são remediais, e não apenas retributivos, e é precisamente isso que poderfamos esperar de Deus, pois Deus é amor (ver I João 4.8).
27.8

Com xô! xó! e exflio o trataste. Deus sempre julgará Israel de acordo com a medida correta, tendo em vista o beneffcio desse povo, e não a sua destruição. "Medida por medida" é como dizem as traduções do sirfaco, da Vulgata Latina e do Targum, para explicar uma palavra hebraica de significado incerto. A Septuaginta diz aqui "com guerra", o que concorda com o que se segue. Dois exflios foram sofridos depois dos ataques de inimigos estrangeiros. A nação do norte, Israel, foi atacada e levada para o exflio pela Assfria (722 A. C). Então Judá sofreu o mesmo tipo de tratamento por parte da Babilônia (596 A. C). Ver no Dicionário os verbetes intitulados Cativeiro Assírio e Cativeiro Babilónico. Foi a apostasia que causou essas medidas drásticas, mas elas não assinalaram o fim da história. Jesus reverteu o cativeiro assfrio (ver Mat. 4.15,16), e ainda haverá outros atos restauradores para possibilitar a era do Reino. Os julgamentos atingiram Israel como o sopro violento do vento que vem do deserto. O vento oriental, tão forte e quente no Oriente Próximo, fala, no Antigo Testamento, de testes e julgamentos. Mas aquele vento foi um sopro que visava o "bem" de Israel. O vento de Deus só soprou tão forte e por tanto tempo quanto redundasse para o bem final de Israel. Aqui o vento é a agência dos cativeiros. Os captores vieram do leste (estritamente falando, do nordeste).
27.9

Portanto, com isto será expiada a culpa de Jacó. O propósito do vento hostil não era operar uma hostilidade final contra Israel, mas soprar para longe a palha e assim restaurar o grão. Jacó tornou-se profundamente culpado em sua apostasia, e isso provocou o sopro de Yahweh contra ele. Mas esse sopro foi curador e removeu a culpa. O incidente todo envolveu expiação (ver sobre essa palavra no Dicionário). Com a remoção do pecado, haveria fruto pleno na vinha. O pecado principal era a idolatria, conforme o presente versfculo deixa claro. O julgamento divino esmagaria todos aqueles fdolos e os transformaria em pedaços. Apesar de ser uma situação extremamente complexa (pois havia muitos deuses envolvidos na adoração idolatra em que Israel caiu), as Aserás são destacadas para falar da situação toda. Ver no Dicionário o artigo chamado Deuses Falsos, III.4. Quanto a notas adicionais a respeito, ver I Reis 14.15. Ofereço notas expositivas abundantes naquelas referências, e não repito o material aqui. Havia muitos altares dedicados a muitos deuses, e as colunas de Aserá, sfmbolos de madeira da deusa cananéia da fertilidade, estavam entre os mais crassos tipos de idolatria que enganaram o povo de Israel.
27.10

Porque a cidade fortificada está solitária. Jerusalém, a alegada capital do culto a Yahweh, tinha cafdo em vergonhoso paganismo, fazendo com que Judá se tornasse apenas outra nação paga, perdida estava sua distinção como nação de Deus. Ver quanto a essa distinção em Deu. 4.4-8, com base na possessão e na prática da legislação mosaica. Jerusalém tinha sido fortificada para resistir a invasões dos inimigos, mas sem a proteção de Yahweh, como Sua "possessão distintiva", foi facilmente invadida, saqueada e levada cativa para a Babilônia. Assim sendo, a cidade que tinha sido agradável habitação para o povo foi transformada em deserto, que só tinha préstimo para servir de campo de pasto aos animais domesticados. E o pouco de erva verde que restou tomou-se alimento para os animais. Cf. esse simbolismo com Isa. 13.21,22, condição na qual a gloriosa Babilônia foi deixada, finalmente. Ver Isa. 25.2 quanto a uma predição de condenação semelhante para o povo de Deus. "O quadro da desolação — os animais agora se alimentavam onde tinham sido as ruas agitadas de uma cidade populosa" (Ellicott, in toe).
27.11
Quando os seus ramos se secam, são quebrados. A relva verde do lugar tinha sido destrufda. Os ramos das árvores se ressecaram e estavam mortos. As mulheres (as poucas que sobreviveram e permaneceram na área) vinham e faziam fogueiras dos galhos e dos ramos secos das árvores. Aquele povo adquirira uma mente crassa e teimosa, pelo que Yahweh os julgou incansavelmente, sem compaixão, porquanto uma operação radical era a única coisa que poderia curá-los. Foi necessário que Deus suspendesse temporariamente Sua compaixão, porque a ira foi o ápice da operação. No entanto, foi também uma faca misericordiosa, pois o julgamento não era uma finalidade, mas um meio de promover um novo dia.

O Dia da Colheita e a Última Trombeta (27.12-13)
27.12-13
Naquele dia em que o Senhor debulhará o seu cereal. O Pequeno Apocalipse de Isafas (capftulos 24-27) termina com esta nota. Trata-se de uma promessa escatológica de livramento. Dois versfculos retratam a questão. "No vs. 12, a figura de um dia final de colheita (cf. Joel 3.13; Mat. 13.39; Apo. 14.15) proclama a separação, não entre justos e fmpios, entre judeus e seu meio ambiente pagão, e a reunião deles como filhos de Israel. No vs. 13, a grande trombeta conclama os filhos de Israel à adoração (cf. Joel 2.15 e Sal. 81.3). Essa convocação é à paz e à adoração, e não à guerra (cf. I Sam. 13.3), chamando-os do exflio para fora das fronteiras ideais das terras de Israel, que eram: o rio Eufrates (cf. Gên. 15.18) e o ribeiro do Egito, o wadi-el-'Arish, 80 km a sudoeste de Gaza" (R. B. Y. Scott, in toe). Entretanto, o rio do Egito, o Mto, era a fronteira ideal com Israel. Ver sobre as provisões do pacto abraâmico nas notas de Gên. 15.18. De fato, as fronteiras de Israel chegaram ao wadi-el-'Arish, mas não às fronteiras ideais, o rio Nilo. É curioso que o profeta reduziu a visão das fronteiras ideais (vs. 12) do Nilo (conforme fora prometido), aowadi. Ver o Dicionário chamado Ribeiro do Egito (bem como o artigo chamado Egito, Ribeiro), quanto a detalhes.

No monte santo em Jerusalém. Esta cidade se tornará a capital do mundo religioso na era do Reino, ou milênio. Ver no Dicionário o verbete chamado Milênio. Ver as notas expositivas sobre Isa. 24.23, onde desenvolvo o tema.

O verdadeiro método da santificação.

terça-feira, 26 de setembro de 2017
Posted by Francisco Souza

O verdadeiro método da santificação.


O método bíblico de tratar com a carne, deve basear-se obviamente, na provisão objetiva para a salvação, o sangue de Cristo; e na provisão subjetiva, o Espírito Santo. A libertação do poder da carne, portanto, deve vir por meio da fé na expiação e por entregar-se à ação do Espírito.

O primeiro é tratado no sexto capítulo de Romanos, e o segundo na primeira parte do capítulo oitavo.

(a) Fé na expiação. Imaginemos que houvesse judeus presentes (o que sucedia com freqüência) enquanto Paulo expunha a doutrina da purificação pela fé. Nós os imaginamos dizendo em protesto: "Isso é uma heresia do tipo mais perigoso!" Dizer ao povo que precisam crer unicamente em Jesus, e que nada podem fazer quanto à sua salvação porque ela é pela graça de Deus, tudo isso resultará em que descuidarão de sua maneira de viver. Eles julgarão que pouco importa o que façam, uma vez que creiam.

   

Suadoutrina de fé fomenta o pecado. Se a justificação é pela graça e nada mais, sem obras, por que então romper com o pecado? Por que não continuar no pecado para que abunde ainda mais a graça? Os inimigos de Paulo efetivamente o acusaram de pregar tal doutrina. (Rom. 3:8; 6:1.) Com indignação Paulo repudiou tal perversão. "De modo nenhum . Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?" (Rom. 6:2). A continuação no pecado é impossível a um homem verdadeiramente justificado, em razão de sua união com Cristo na morte e na vida. (Vide Mat. 6:24.) Em virtude de sua fé em Cristo, o homem salvo passou por uma experiência que inclui um rompimento tão completo com o pecado, que se descreve como morte para o pecado, e uma transformação tão radical que se descreve como ressurreição. Essa experiência é figurada no batismo
nas águas. A imersão do convertido testifica do fato que em razão de sua união com o Cristo crucificado ele morreu para o pecado; ser levantado da água testifica que seu contacto com o Cristo ressuscitado significa que "como Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida" (Rom. 6:4). Cristo morreu pelo pecado a fim de que nós morrêssemos para o pecado.

"Aquele que está morto está justificado do pecado" (Rom. 6:7). A morte cancela todas as obrigações e rompe todos os laços. Por meio da união com Cristo, o cristão morreu para a vida antiga, e os grilhões do pecado foram quebrados. Como a morte dava fim à servidão do escravo, assim a morte do crente, que morreu para o mundo, o libertou da servidão ao pecado. Continuando a ilustração: A lei nenhuma jurisdição tem sobre um homem morto. Não importa qual seja o crime que haja cometido, uma vez morto, já está fora do poder da justiça humana. Da mesma maneira, a lei de Moisés, muitas vezes violada pelo convertido, não o pode "prender", pois, em virtude de sua experiência com Cristo, ele está "morto". (Rom. 7:1-4; 2 Cor. 5:14.)
"Sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não mais terá domínio sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado, mas, quanto a viver, vive para Deus.

Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor" (Rom. 6:9-11). A morte de Cristo pôs fim a esse estado terrenal no qual ele teve contacto como o pecado; sua vida agora é uma constante comunhão com Deus. Os cristãos, ainda que estejam no mundo, podem participar de sua experiência, porque estão unidos a ele. Como podem participar? "Considerai-vos como mortos para o pecado, nas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor." Que significa isso? Deus já disse que por meio da nossa fé em Cristo, estamos mortos para o
pecado e vivos para a justiça. Resta uma coisa a fazer; crer em Deus e considerar ou concluir que estamos mortos para o pecado. Deus declarou que quando Cristo morreu, nós morremos para o pecado; quando ele ressuscitou, nós ressuscitamos para viver uma nova vida. Devemos continuar considerando esses fatos como absolutamente certos; e, ao considerá-los assim, tornar-se-ão poderosos em nossa vida, pois, seremos o que reconhecemos que somos. Uma distinção importante tem sido assinalada, a saber, a distinção entre as promessas e os fatos da Bíblia. Jesus disse: "Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito" (João 15:7). Essa é uma promessa, porque está no futuro; é algo para ser feito. Mas quando Paulo disse que "Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras", ele está declarando um fato, algo que foi feito. Vide a expressão de Pedro: "Pelas suas feridas fostes sarados" (1 Ped. 2:24). E quando Paulo declara "que o nosso homem velho foi com ele crucificado", ele está declarando um fato, algo que aconteceu. A questão agora é: estamos dispostos ou não a crer

no que Deus declara que são fatos acerca de nós? Porque a fé é a mão que aceita o que Deus gratuitamente oferece. Será que o ato de descobrir a relação com Cristo não constitui a experiência que alguns têm descrito como "a segunda obra da graça"?

(b) Cooperação com o Espírito. Os capítulos 7 e 8 de Romanos continuam o assunto da santificação;
tratam da libertação do crente do poder do pecado, e do crescimento em santidade. No cap. 6 vimos que a vitória sobre o poder do pecado foi obtida pela/é. O capítulo 8 apresenta outro aliado na batalha contra o pecado — o Espírito Santo.
Como fundo para o capítulo 8 estuda-se a linha de pensamento no cap. 7, o qual descreve um homem voltando-se
para a lei a fim de alcançar santificação. Paulo demonstra aqui a impotência da lei para salvar e santificar, não porque a lei não seja boa, mas por causa da inclinação pecaminosa da natureza humana, conhecida como a "carne". Ele indica que a lei revela o fato (v. 7), a ocasião (v.8), o poder
(v.9), a falsidade (v. 11), o efeito (vs. 10,11), e a vileza do pecado (vs. 12,13).
Paulo, que parece estar descrevendo sua própria experiência passada, diz-nos que a própria lei, que ele tão ardentemente desejava observar, suscitava impulsos pecaminosos dentro dele. O resultado foi "guerra civil" na sua alma. Ele é impedido de fazer o bem que deseja fazer, e impelido a fazer o que odeia. "Acho então esta lei em mim; que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros" (vs. 21-23).

   

A última parte do capítulo 7, evidentemente, apresenta o quadro do homem debaixo da lei, que
descobriu a perscrutadora espiritualidade da lei, mas em cada intento de observá-la se vê impedido pelo pecado que habita nele. Por que descreve Paulo esse conflito? Para demonstrar que a lei é tão impotente para santificar como o é para justificar.
"Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?" (v. 24 Vide 6:6). E Paulo, que descrevia a experiência debaixo da lei, assim testifica alegremente de sua experiência debaixo da graça: "Dou graças a Deus (que a vitória vem) por Jesus Cristo nosso Senhor" (v. 25). Com essa exclamação de triunfo entramos no maravilhoso capítulo oitavo, que tem por tema dominante a libertação da natureza pecaminosa pelo poder do Espírito Santo.

Há três mortes das quais o crente deve participar: 1) A morte no pecado, isto é, nossa condenação. (Efés. 2:1; Col. 2:13.) O pecado havia conduzido a alma a essa condição, cujo castigo é a morte espiritual ou separação de Deus. 2) A morte pelo pecado, isto é, nossa justificação. Cristo sofreu sobre a cruz a sentença duma lei infligida, e nós, por conseguinte, somos considerados como a havendo sofrido nele. O que ele fez por nós é considerado como se fosse feito por nós mesmos. (2 Cor. 5:14; Gál. 2:20.) Somos considerados legal ou judicialmente livres da pena duma lei
violada, uma vez que pela fé pessoal consentimos na transação. 3) A morte para o pecado, isto é, nossa santificação. (Rom. 6:11.) O que é certo para nós deve ser feito real em nós; o que é judicial deve se tornar prático; a morte para a pena do pecado deve ser seguida pela morte para o poder do pecado. E essa é a obra do Espírito Santo. (Rom. 8:13.) Assim como a seiva que ascende na árvore elimina as folhas mortas que ficaram presas aos ramos, apesar da neve e das tempestades, assim o Espírito Santo, que habita em nós, elimina as imperfeições e os hábitos da vida antiga.

Meios divinos de santificação.

Posted by Francisco Souza

Meios divinos de santificação.


São meios divinamente estabelecidos de santificação: o sangue de Cristo, o Espírito Santo e a Palavra de Deus. O primeiro proporciona, primeiramente', a santificação absoluta, quanto à posição perante Deus. É uma obra consumada que concede ao pecador penitente uma posição perfeita em relação a Deus. O segundo meio é interno, efetuando a transformação da natureza do crente. O terceiro meio é externo e prático, e diz respeito ao comportamento do crente. Dessa forma, Deus fez provisão tanto para a santificação interna como externa.

(a) O sangue de Cristo, (Eterno, absoluto e posicionai.) (Heb. 13:12; 10:10,14; 1João 1:7.) Em que sentido seria a pessoa santificada pelo sangue de Cristo? Em resultado da obra consumada de Cristo, o pecador penitente é transformado de pecador impuro em adorador santo. A santificação é o resultado dessa "maravilhosa obra redentora do Filho de Deus, ao oferecer-se no Calvário para aniquilar o pecado pelo seu sacrifício. Em virtude desse sacrifício, o crente é eternamente separado para Deus; sua consciência é purificada, e ele próprio é transformado de pecador impuro, em santo adorador, unido em comunhão com o Senhor Jesus Cristo; pois, "assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos" (Heb. 2:11).

Que haja um aspecto contínuo na santificação pelo sangue, infere-se de 1 João 1:7: "O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado." Se houver comunhão entre o santo Deus e o homem, necessariamente terá que haver uma provisão para remover a barreira de pecado, que impede essa comunhão, uma vez que os melhores homens ainda assim são imperfeitos. Ao receber Isaías a visão da santidade de Deus, ele ficou abatido ao perceber a sua falta de santidade; e não estava em condições de ouvir a mensagem divina enquanto a brasa do altar não purificasse seus lábios. A consciência do pecado ofusca a
comunhão com Deus; confissão e fé no eterno sacrifício de Cristo removem essa barreira. (1 João 1:9.)
(b) O Espírito Santo. (Santificação Interna.) (1 Cor. 6:11; 2 Tess. 2:12; 1 Ped. 1:1,2; Rom. 15:16.)
Nessas passagens a santificação pelo Espírito Santo é apresentada como o início da obra de Deus nos corações dos homens, conduzindo-os ao inteiro conhecimento da justificação pela fé no sangue aspergido de Cristo. Tal qual o Espírito pairava por cima do caos original (Gên. 1:2), seguindo-se o estabelecimento da ordem pelo Verbo de Deus, assim o Espírito paira sobre a alma humana, fazendo-a abrir-se para receber a luz e a vida de Deus. (2 Cor. 4:6.)


O capítulo 10 de Atos proporciona uma ilustração concreta da santificação pelo Espírito Santo. Durante os primeiros anos da igreja, a evangelização dos gentios retardou-se visto que muitos cristãos-judeus consideravam os gentios como "imundos", e não-santificados por causa de sua não conformidade com as leis alimentares e outros regulamentos mosaicos. Exigia-se uma visão para convencer a Pedro que aquilo que o Senhor purificara ele não devia tratar de comum ou impuro. Isso importava em dizer que Deus fizera provisão para a santificação dos gentios para serem o seu povo. E quando o Espírito de Deus desceu sobre os gentios, reunidos na casa de Cornélio, já não havia mais dúvida a respeito.

Eram santificados pelo Espírito Santo, não importando se obedeciam ou não às ordenanças mosaicas (Rom. 15:16), e Pedro reptou os judeus que estavam com ele a negarem o símbolo exterior (batismo nas águas) de sua purificação espiritual. (Atos 10:47; 15:8.)

(c) A Palavra de Deus. (Santificação externa e prática.) (João 17:17, Efés 5:26; João 15:3; Sal. 119:9; Tia. 1:23-25.) Os cristãos são descritos como sendo "gerados pela Palavra de Deus"(l Ped. 1:23). A Palavra de Deus desperta os homens a compreenderem a insensatez e impiedade de suas vidas. Quando dão importância à Palavra arrependendo-se e crendo em Cristo, são purificados pela Palavra que lhes fora falada. Esse é o início da purificação que deve continuar através da vida do crente. No ato de sua consagração ao ministério, o sacerdote israelita recebia um banho sacerdotal completo, banho que nunca se repetia; era uma obra
feita uma vez para sempre. Todos os dias porém, era obrigado a lavar as mãos e os pés. Da mesma maneira, o regenerado foi lavado (Tito 3:5); mas precisa uma separação diária das impurezas e imperfeições conforme lhe forem reveladas pela Palavra de Deus, que serve como espelho para a alma. (Tia. 1:22-25.) Deve lavar as mãos, isto é, seus atos devem ser retos; deve lavar os pés, isto é, "guardar-se da imundície que tão facilmente se apega aos pés do peregrino, que anda pelas estradas deste mundo".

4. Idéias errôneas sobre a santificação.
Muitos cristãos descobrem o fato de que seu maior impedimento em chegar à santidade é a "carne", a
qual frustra sua marcha para a perfeição. Como se conseguirá libertação da carne? Três opiniões erradas têm sido expostas:

(a) "Erradicação" do pecado inato é uma dessas idéias. Assim escreve Lewis Sperry Chafer: "se a erradicação da natureza pecaminosa se consumasse, não haveria a morte física, pois esta é o resultado dessa natureza. (Rom. 5:12-21.) Pais que houvessem experimentado essa "extirpação", necessariamente gerariam filhos sem a natureza pecaminosa. Mas, mesmo que fosse realidade essa "extirpação", ainda haveria o conflito com o mundo, a carne (à parte da natureza pecaminosa) e o diabo; pois a "extirpação" desses males é obviamente antibíblica e não está incluída na própria teoria.
A erradicação é também contrária à experiência.


(b) Legalismo, ou a observância de regras e regulamentos. Paulo ensina que a lei não pode santificar (Rom. cap. 6), assim como também não pode justificar (Rom. 3). Essa verdade é exposta e desenvolvida na carta aos Gálatas. Paulo não está de nenhuma maneira depreciando a lei. Ele a está defendendo contra conceitos errôneos quanto a seu propósito. Se um homem for salvo do pecado, terá que ser por um poder à parte de si mesmo. Vamos empregar a ilustração dum termômetro. O tubo e o mercúrio representam o indivíduo. O registro dos graus representará a lei. Imaginem o termômetro dizendo: "Hoje não estou funcionando

exatamente; devo chegar no máximo a 30 graus." Será que o termômetro poderia elevar-se à temperatura exigida? Não, deveria depender duma condição/ora dele mesmo. Da mesma maneira o homem que percebe não estar à altura do ideal divino não pode elevar-se em um esforço por alcançá-lo. Sobre ele deve operar uma força à parte dele mesmo; essa força é o poder do Espírito Santo.
(c) Ascetismo. É a tentativa de subjugar a carne e alcançar a santidade por meio de privações e sofrimentos — o método que seguem os católicos romanos e os hindus ascéticos.
Esse método parece estar baseado na antiga crença pagã de que toda matéria, incluindo o corpo, é má. O corpo, por conseguinte, é uma trava ao espírito, e quanto mais for castigado e subjugado, mais depressa se libertará o espírito. Isso é contrário às Escrituras, que ensinam que Deus criou tudo muito bom. É a alma e não o corpo que peca; portanto, são os impulsos pecaminosos que devem ser subjugados, e não a carne material. Ascetismo é uma tentativa de matar o "eu", mas o "eu" não pode vencer o "eu". Essa é a obra do Espírito.

A Santificação

Posted by Francisco Souza
A SANTIFICAÇÃO

1. Natureza da santificação

Em estudo anterior afirmamos que a chave do significado da doutrina da expiação, encontrada no Novo Testamento, acha-se no rito sacrificial do Antigo Testamento. Da mesma forma chegaremos ao sentido da doutrina do Novo Testamento sobre a santificação, pelo estudo do uso no Antigo Testamento da palavra "santo".
Primeiramente, observa-se que "santificação", "santidade", e "consagração" são sinônimos, como o são: "santificados" e "santos". Santificar é a mesma coisa que fazer santo ou consagrar. A palavra "santo" tem os seguintes sentidos:

(a) Separação. "Santo" é uma palavra descritiva da natureza divina. Seu significado primordial é "separação "; portanto, a santidade representa aquilo que está em Deus que o toma separado de tudo quanto seja terreno e humano — isto é, sua perfeição moral absoluta e sua divina majestade.
Quando o Santo deseja usar uma pessoa ou um objeto para seu serviço, ele separa essa pessoa ou aquele objeto do seu uso comum, e, em virtude dessa separação, a pessoa ou o objeto toma-se "santo".

(b) Dedicação. Santificação inclui tanto a separação de, como dedicação a alguma coisa; essa é "a
condição dos crentes ao serem separados do pecado e do mundo e feitos participantes da natureza divina, e consagrados à comunhão e ao serviço de Deus por meio do Mediador".
A palavra "santo" é mais usada em conexão com o culto. Quando referente aos homens ou objetos, ela expressa o pensamento de que esses são usados no serviço divino e dedicados a Deus, no sentido especial de serem sua propriedade. Israel é uma nação santa, por ser dedicada ao serviço de Jeová; os levitas são santos por serem especialmente dedicados aos serviços do tabernáculo; o sábado e os dias de festa são santos porque representam a dedicação ou consagração do tempo a Deus.
(c) Purificação. Embora o sentimento primordial de "santo" seja separação para serviço, inclui também a idéia de purificação.

O caráter de Jeová age sobre tudo que lhe é consagrado. Portanto, os homens consagrados a ele participam de sua natureza. As coisas que lhe são dedicadas devem ser limpas. Limpeza é uma condição de santidade, mas não a própria santidade, que é, primeiramente, separação e dedicação.
Quando Jeová escolhe e separa uma pessoa ou um objeto para o seu serviço, ele opera ou faz com
que aquele objeto ou essa pessoa se torne santo. Objetos inanimados foram consagrados pela unção do azeite (Êxo. 40:9-11). A nação israelita foi santificada pelo sangue do sacrifício da aliança. (Êxo. 24:8. Vide Heb. 10:29). Os sacerdotes foram consagrados pelo representante de Jeová, Moisés, que os lavou com água, ungiu-os com azeite e aspergiu-os com o sangue de consagração. (Vide Lev., cap. 8.)
Como os sacrifícios do Velho Testamento eram tipos do sacrifício único de Cristo, assim as várias abluções e unções do sistema mosaico são tipos da verdadeira santificação que alcançamos pela obra de Cristo. Assim como Israel foi santificado pelo sangue da aliança, assim "também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta" (Heb. 13:12).
Jeová santificou os filhos de Arão para o sacerdócio pela mediação de Moisés e o emprego de água, azeite e sangue. Deus o Pai (1 Tess. 5:23) santifica os crentes para um sacerdócio espiritual (1 Ped. 2:5) pela mediação do Filho (I Cor. 1:2,30; Efés 5:26; Heb 2:11), por meio da Palavra (João 17:17; 15:3), do sangue (Heb. 10:29; 13:12) e do Espírito (Rom. 15:16; 1 Cor. 6:11; 1 Ped. 1:2).

(d) Consagração, no sentido de viver uma vida santa e justa. Qual a diferença entre justiça e santidade? A justiça representa a vida regenerada em conformidade com a lei divina; os filhos de Deus andam retamente ( 1 João 3:6-10). Santidade é a vida regenerada em conformidade com a natureza divina e dedicada ao serviço divino; isto pede a remoção de qualquer impureza que estorve
esse serviço. "Mas como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver" (1 Ped. 1:15). Assim a santificação inclui a remoção de qualquer mancha ou sujeira que seja contrária à santidade da natureza divina.
Em seguida à consagração de Israel surge, naturalmente, a pergunta: "Como deve viver um povo santo?" A fim de responder a essa pergunta, Deus deu-lhes o código de leis de santidade que se acham no livro de Levítico. Portanto, em conseqüência da sua consagração, seguiu-se a obrigação de viver uma vida santa. O mesmo se dá com o cristão. Aqueles que são declarados santos (Heb. 10:10) são exortados a seguir a santidade (Heb. 12:14); aqueles que foram purificados (1 Cor. 6:11) são exortados a purificar-se a si mesmos (2 Cor. 7:1).

(e) Serviço. A aliança é um estado de relação entre Deus e os homens no qual ele é o Deus deles e eles o seu povo, o que significa um povo adorador. A palavra "santo" expressa essa relação contratual. Servir a Deus, nessa relação, significa ser sacerdote; por conseguinte, Israel é descrito como nação santa e reino de sacerdotes (Êxo. 19:6). Qualquer impureza que venha a desfigurar essa
relação precisa ser lavada com água ou com o sangue da purificação.
Da mesma maneira os crentes do Novo Testamento são "santos", isto é, um povo santo consagrado. Pelo sangue da aliança tornaram-se "sacerdócio real, a nação santa... sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo" (1 Ped. 2:9,5); oferecem o sacrifício de louvor (Heb. 13:15) e dedicam-se como sacrifícios vivos sobre o altar de Deus (Rom. 12:1).
Assim vemos que o serviço é elemento essencial da santificação ou santidade, pois é esse o único sentido em que os homens podem pertencer a Deus, isto é, como seus adoradores que lhe prestam serviço. Paulo expressou perfeitamente esse
aspecto da santidade quando disse acerca de Deus: "De quem eu sou, e a quem sirvo" (Atos 27:23). Santificação envolve ser possuído por Deus e servir a ele.

2. O tempo da santificação.
A santificação reúne: 1) idéia de posição perante Deus e instantaneidade; 2) prática e progressiva.

(a) Posicional e instantânea. A seguinte declaração representa o ensino dos que aderem à teoria de santificação da "segunda obra definida", feita por alguém que ensinou essa doutrina durante muitos anos:
Supõe-se que a justificação é obra da graça pela qual os pecadores, ao se entregarem a Cristo, são feitos justos e libertados dos hábitos pecaminosos. Mas no homem meramente justificado permanece um princípio de corrupção, uma árvore má, "uma raiz de amargura", que continuamente o provoca a pecar. Se o crente obedece a esse impulso e deliberadamente peca, ele perde sua justificação; segue-se portanto, a vantagem de ser removido esse impulso mau, para que diminua a possibilidade de se desviar. A extirpação dessa raiz pecaminosa é santificação. Portanto, é a purificação da natureza de
todo pecado congênito pelo sangue de Cristo (aplicado pela fé ao realizar-se a plena consagração), e o fogo purificador do Espírito Santo, o qual queima toda a escória, quando tudo é depositado sobre o altar do sacrifício. Isso, e somente isso, é verdadeira santificação — a segunda obra definida da graça, subseqüente à justificação, e sem a qual essa justificação provavelmente se perderá.
A definição supra citada ensina que a pessoa pode ser salva ou justificada sem ser santificada. Essa teoria, porém, é contrária ao ensino do Novo Testamento.
O apóstolo Paulo escreve a todos os crentes como a "santos" (literalmente, "os santificados") e como já santificados (1 Cor. 1:2; 6:11). Mas essa carta foi escrita para corrigir esses cristãos por causa de sua carnalidade e pecados grosseiros. (1 Cor. 3:1; 5:1,2,7,8.) Eram "santos" e "santificados em Cristo", mas alguns desses estavam muito longe de ser exemplos de cristãos na conduta. Foram chamados a ser santos, mas não se portavam dignos dessa vocação santa.
Segundo o Novo Testamento existe, pois, um sentido em que a santificação é simultânea com a justificação.


(b) Prática e progressiva. Mas será que essa santificação consiste somente em ser conferida a posição de santos? Não, essa separação inicial é apenas o começo duma vida progressiva de santificação. Todos os cristãos são separados para Deus em Jesus Cristo; e dessa separação surge a nossa responsabilidade de viver para ele. Essa separação deve continuar diariamente: o crente deve esforçar-se sempre para estar conforme à imagem de Cristo. "A santificação é a obra da livre graça de Deus, pela qual o homem todo é renovado segundo a imagem de Deus, capacitando-nos a morrer para o pecado e viver para a justiça." Isso não quer dizer que vamos progredir até alcançar a santificação e, sim, que progredimos na santificação da qual já participamos.

A santificação é posicionai e prática — posicional em que é primeiramente uma mudança de posição pela qual o imundo pecador se transforma em santo adorador; prática porque exige uma maneira santa de viver. A santificação adquirida em virtude de nova posição, indica-se pelo fato de que todos os coríntios foram chamados "santificados em Cristo Jesus, chamados santos" (1 Cor. 1:2). A santificação progressiva está implícita no fato de alguns serem descritos como "carnais" (1 Cor. 3:3), o que significa que sua presente condição não estava à altura de sua posição concedida por Deus. Em razão disso, foram exortados a purificar-se e assim melhorar sua consagração até alcançarem a perfeição. Esses dois aspectos da santificação estão implícitos no fato de que aqueles que foram tratados como santificados e santos (1 Ped. 1:2; 2:5), são exortados a serem santos (1 Ped. 1:15).

Aqueles que estavam mortos para o pecado (Col 3:3) são exortados a mortificar (fazer morto) seus membros pecaminosos (Col 3:5). Aqueles que se
despiram do homem velho (Col. 3:9) são exortados a vestirem-se ou revestirem-se do homem novo. (Efés 4:22; Col. 3:8.)

Os meios de regeneração.

Posted by Francisco Souza

Os meios de regeneração.


(a) Agência divina.
O Espírito Santo é o agente especial na obra de regeneração. Ele opera a transformação na pessoa. (João 3:6; Tito 3:5.) Contudo, todas as Pessoas da Trindade operam nessa obra. Realmente as três Pessoas operam em todas as divinas operações, embora cada Pessoa exerça certos ofícios que lhe são peculiares. Dessa forma o Pai é preeminentemente o Criador; contudo,


tanto o Filho como o Espírito Santo são mencionados como agentes na criação. O Pai gera (Tia. 1:18) e no Evangelho de João, o Filho é apresentado como o Doador da vida. (Vide caps. 5 e 6.)
Notem especialmente a relação de Cristo com a regeneração do homem. É ele o Doador da vida. De que maneira ele vivifica os homens? Vivifica-os por morrer por eles, de forma que, ao
comerem sua carne e beberem seu sangue (que significa crer em sua morte expiatória), eles recebem a vida eterna.

Qual é o processo de conceder a vida aos homens? Uma parte da recompensa de Cristo era a prerrogativa de conceder o Espírito Santo (Vide João 3:3,13; Gál.3:13,14), e ele ascendeu para que pudesse tomar-se a Fonte da vida e energia espiritual (João 6:62; Atos 2:33). O Pai tem vida em
si (João 5:26); portanto, ele concede ao Filho ter vida em si; o Pai é a Fonte do Espírito Santo, mas ele concede ao Filho o poder de conceder o Espírito; desta forma o Filho é um "Espírito vivificante" (1 Cor. 15:45), tendo poder, não somente para ressuscitar os mortos, fisicamente, (João 5:25,26) mas também vivificar as almas mortas dos homens. (Vide Gên 2:7; João 20:22; 1 Cor. 15:45.)
(b) A preparação humana. Estritamente falando, o homem não pode cooperar no ato de regeneração, que é um ato soberano de Deus; mas o homem pode tomar parte na preparação para o novo nascimento. Qual é essa preparação? Resposta: Arrependimento e fé.

4. Efeitos da regeneração.
Podemos agrupá-los sob três tópicos: posicionais (adoção); espirituais (união com Deus); práticos (a vida de justiça).

(a) Posicionais. Quando a pessoa passa pela transformação espiritual conhecida como regeneração, torna-se filho de Deus e beneficiário de todos os privilégios dessa filiação. Assim escreve o Dr. William Evans: "Pela adoção, o crente, que já é filho de Deus, recebe o lugar de filho adulto; dessa forma o menino torna-se filho, o filho menor torna-se adulto." (Gál. 4:1-7.) A palavra "adoção" significa literalmente: "dar a posição de filhos" e refere-se, no uso comum, ao homem que toma para seu lar crianças que não são as suas pelo nascimento.

Quanto à doutrina, devemos distinguir entre adoção e regeneração: o primeiro é um termo legal que indica conceder o privilégio de filiação a um que não é membro da família; o segundo significa a transformação espiritual que toma a pessoa filho de Deus e participante da natureza divina. Contudo, na própria
experiência, é difícil separar os dois, visto que a regeneração e a adoção representam a dupla experiência da filiação.


No Novo Testamento a filiação comum é, às vezes, definida pelo termo "filhos" ("uioi"— no grego),
termo que originou a palavra "adoção"; outras vezes é definida pela palavra "tekna", no grego, também traduzida por "filhos", que significa literalmente "os gerados", significando a regeneração. As duas idéias são distintas e ao mesmo tempo combinadas nas seguintes passagens: "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder (implicando adoção) de serem feitos filhos de Deus... os quais... nasceram... de Deus" (João 1:12,13). "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados (implicando adoção) filhos de Deus (a palavra que significa "gerados" de Deus)" (1 João 3:1). Em Rom. 8: 15,16 as duas idéias se entrelaçam: "Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos Abba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus."

(b) Espirituais. Devido à sua natureza, a regeneração envolve união espiritual com Deus e com Cristo mediante o Espírito Santo; e essa união espiritual envolve habitação divina (2 Cor. 6:16-18; Gál. 2:20; 4:5,6; 1 João 3:24; 4:13.) Essa união resulta em um novo tipo de vida e de caráter, descrito de várias maneiras; novidade de vida (Rom. 6:4); um novo coração (Ezeq. 36:26); um novo espírito (Ezeq. 11:19); um novo homem (Efés. 4:24); participantes da natureza divina (2 Ped. 1:4). O dever do crente é manter seu contacto com Deus mediante os vários meios de graça e dessa forma preservar e nutrir a sua vida espiritual.

(c) Práticos. A pessoa nascida de Deus demonstrará esse fato pelo ódio que tem ao pecado (1 João 3:9; 5:18), por obras de justiça (1 João 2:29), pelo amor fraternal (1 João 4:7) e pela vitória que alcança sobre o mundo (1 João 5:4).
Devemos evitar estes dois extremos: primeiro, estabelecer um padrão tão baixo que a regeneração se torne questão de reforma natural; segundo, estabelecer um padrão elevado demais que não leve em conta as fraquezas dos crentes. Crentes novos que estão aprendendo a andar com Jesus estão sujeitos a tropeçar, como o bebê que aprende a andar. Mesmo os crentes mais velhos podem
ser surpreendidos em alguma falta. João declara que é absolutamente inconsistente que a pessoa nascida de Deus, portadora da natureza divina, continue a viver habitualmente no pecado (1 João 3.9), mas ao mesmo tempo ele tem cuidado em escrever: "Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo" (1 João 2:1).

Natureza da regeneração.

Posted by Francisco Souza



Natureza da regeneração.


A regeneração é o ato divino que concede ao penitente que crê uma vida nova e mais elevada mediante união pessoal com Cristo.
O Novo Testamento assim descreve a regeneração:

(a) Nascimento. Deus o pai é quem "gerou", e o crente é "nascido" de Deus (1 João 5:1), "nascido do Espírito" (João 3:8), "nascido do alto" (tradução literal de João 3:3,7). Esses termos referem-se ao ato da graça criadora que faz do crente um filho de Deus.

(b) Purificação. Deus nos salvou pela "lavagem" (literalmente, lavatório ou banho) da regeneração". (Tito 3:5.) A alma foi lavada completamente das imundícias da vida de outrora, recebendo novidade de vida, experiência simbolicamente expressa no ato de batismo. (Atos

(c) Vivificação. Somos salvos não somente pela "lavagem da regeneração", nas também pela "renovação do Espírito Santo" (Tito 3:5. Vide também Col. 3:10; Rom. 12:2; Efés. 4:23; Sal. 51:10). A essência da regeneração é uma nova vida concedida por Deus Pai, mediante Jesus Cristo e pela operação do Espírito Santo.

(d) Criação. Aquele que criou o homem no princípio e soprou em suas narinas o fôlego de vida, o recria pela operação do seu Espírito Santo. (2 Cor. 5:17;Efés. 2:10; Gál. 6:15; Efés. 4:24; vide Gên. 2:7.) O resultado prático é uma transformação radical da pessoa em sua natureza, seu caráter, desejos e propósitos.

(e) Ressurreição. (Rom. 6:4,5; Col. 2:13; 3:1; Efés. 2:5, 6.) Como Deus vivificou o barro inanimado e o fez vivo para com o mundo físico, assim ele vivifica a alma em seus pecados e a faz viva para as realidades do mundo espiritual. Esse ato de ressurreição espiritual é simbolizado pelo batismo nas águas. A regeneração é "a grande mudança que Deus opera na alma quando a vivifica; quando ele a
levanta da morte do pecado para a vida de justiça" (João Wesley).


Notar-se-á que os termos acima citados são apenas variantes de um grande pensamento básico da regeneração, isto é, uma divina comunicação duma nova vida à alma do homem. Três fatos científicos relativos à vida natural também se aplicam à vida
espiritual; isto é, ela surge repentinamente; aparece misteriosamente, e desenvolve-se gradativamente.
Regeneração é o aspecto singular da religião do Novo Testamento. Nas religiões pagãs, reconhece-se universalmente a permanência do caráter. Embora essas religiões recomendem penitências e ritos, pelos quais a pessoa espera expiar os seus pecados, não há promessa de vida e de graça para transformar a sua natureza.

A religião de Jesus Cristo é "a única religião no mundo que declara tomar a natureza decaída do homem e regenerá-la, colocando-a em contacto com a vida de Deus". Assim declara fazer, porque o Fundador do Cristianismo é Pessoa Viva e Divina, que vive para salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus. (Heb. 7:25.) Não existe nenhuma analogia entre a religião cristã, e, digamos, o Budismo ou a religião maometana. De maneira nenhuma se pode dizer: "quem tem Buda tem a vida". (Vide 1João 5:12.) Buda pode ter algo em relação à moralidade. Pode estimular, causar impressão, ensinar, e guiar, mas nenhum elemento novo foi acrescido às almas que professam o Budismo. Tais religiões podem ser produtos do homem natural e moral. Mas o Cristianismo declara-se ser muito mais. Além das coisas de ordem natural e moral, o homem desfruta algo mais na Pessoa de Alguém mais, Jesus Cristo.

2. Necessidade da regeneração.
A entrevista de nosso Senhor com Nicodemos (João 3) proporciona um excelente fundo histórico para o estudo deste tópico. As primeiras palavras de Nicodemos revelam uma série de emoções provenientes do seu coração. A declaração abrupta de Jesus no verso 3, que parece ser uma repentina mudança do assunto, explica-se pelo fato de Jesus estar respondendo ao coração de Nicodemos e não às palavras de sua interrogação. As primeiras palavras de Nicodemos revelam. 1) Fome espiritual. Se esse chefe judaico tivesse expressado o desejo de sua alma, talvez teria dito: "Estou cansado do ritualismo morto da sinagoga vou lá mas volto para casa com a mesma fome com que saí. Infelizmente, a glória divina afastou-se de Israel; não há visão e o povo perece. Mestre, a minh'alma suspira pela realidade! Pouco conheço de tua pessoa, mas tuas palavras tocaram-me o coração. Teus milagres convenceram-me de que és Mestre vindo de Deus.


Gostaria de te acompanhar. 2) Faltou a Nicodemos profunda convicção. Sentiu a sua necessidade, mas necessidade dum instrutor e não dum Salvador. Tal qual a mulher samaritana, ele queria a água da vida (João 4:15), mas, como aquela, Nicodemos teve de compreender que era pecador, que precisava de purificação e transformação. (João 4:16-18.) 3) Nota-se nas suas palavras um rasto de autocomplacência, coisa muito natural num homem de sua idade e posição. Ele diria a Jesus: "Creio que foste enviado a restaurar o reino de Israel, e vim dar-te alguns conselhos quanto aos planos para conseguir esse objetivo." Provavelmente ele supôs que sendo israelita e filho de Abraão, essas qualificações seriam suficientes para o tornarem membro do reino de Deus.

"Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." Parafraseando essa passagem, Jesus diria: "Nicodemos, tu não podes unir-te à minha companhia como se te unisses a uma organização. O pertencer à minha companhia não depende da qualidade de tua vida; minha causa não é outra senão aquela do reino de Deus, e tu não podes entrar nesse reino sem experimentar uma transformação espiritual. O reino de Deus é muito diferente do que estás pensando, e o modo de estabelecê-lo e de juntar seus súditos é muito diferente do meio de que estás cogitando."

Jesus apontou a necessidade mais profunda e universal de todos os homens — uma mudança radical e completa da natureza e caráter do homem em sua totalidade. Toda a natureza do homem ficou deformada pelo pecado, a herança da queda; essa deformação moral reflete-se em sua conduta e em todas as suas relações. Antes que o homem possa ter uma vida que agrade a Deus, seja no presente ou na eternidade, sua natureza precisa passar por uma transformação tão radical, que seja realmente um segundo nascimento. O homem não pode transformar-se a si mesmo; essa transformação terá que vir de cima.

Jesus não tentou explicar o como do novo nascimento, mas explicou opor quê do assunto. "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido de Espírito é espírito." Carne e espírito pertencem a reinos diferentes, e um não pode produzir o outro. A natureza humana pode gerar a natureza humana, mas somente o Espírito Santo pode gerar a natureza espiritual. A natureza humana somente pode produzir a natureza humana; e nenhuma criatura poderá elevar-se acima de sua própria natureza. A vida espiritual
não passa do pai ao filho pela geração natural; ela procede de Deus para o homem por meio da geração espiritual.


A natureza humana não pode elevar-se acima de si própria. Escreveu Marcus Dods:
Todas as criaturas possuem certa natureza segundo a sua espécie, determinada pela sua ascendência. Essa natureza que o animal recebe dos seus pais determina, desde o princípio, a sua capacidade e a esfera desse animal. A toupeira não pode subir aos ares como o faz a águia; nem tampouco pode o filhote da águia cavar um buraco como afaz toupeira.

Nenhum treino jamais fará a tartaruga correr como o antílope, nem fará o antílope tão forte como o leão... Além de sua natureza, nenhum animal poderá agir.
O mesmo princípio podemos aplicar ao homem. O destino mais elevado do homem é viver com Deus para sempre; mas a natureza humana, em seu estado presente, não possui a capacidade para viver no reino celestial. Portanto, será necessário que a vida celestial desça de cima para transformar a natureza humana, preparando-a para ser membro desse reino.

Pastor, missionário

Posted by Francisco Souza
Francisco Souza
QUAIS AS FUNÇÕES DE UM PASTOR

Indo direto ao ponto, é  dever do pastor dirigir a Igreja Local e cuidar de suas necessidades espirituais. Em Atos 20.28-31, estão discriminadas algumas atribuições específicas do pastor, tais como: apascentar a Igreja, refutar heresias doutrinárias e exercer vigilância contra pretensos opositores.

curso de pastor
A figura do pastor é primordial para que a Igreja alcance seus propósitos, devendo o mesmo ter como modelo o próprio Jesus Cristo, qualificado como “o bom pastor” (ver: João 10.11,14; I Pedro 2.25; 5.2-4).
Em sua primeira carta universal, o apóstolo Pedro identificou Jesus Cristo como sendo o “Sumo Pastor” da Igreja Cristã (ler: I Pedro 5.5).


O Ministério pastoral é reconhecido como o mais alto patamar eclesiastico.Sendo que cada igreja evangélica ou protestante têm sobre os pastores locais, pastores que lhes ajudam a reger as condições maiores em âmbito regional ou nacional. Vamos agora ver o que costuma ensinar um curso de pastor.

Yom Kippur: conclusão dos altos dias sagrados

segunda-feira, 25 de setembro de 2017
Posted by Francisco Souza

Yom Kippur: conclusão dos altos dias sagrados



Em Rosh HaShanah, os judeus tradicionalmente acreditam (seja figurativamente ou literalmente dependendo de sua interpretação) que Deus abre o Livro da Vida (Sefer Chaim) e escreve nele o destino de cada pessoa, incluindo "quem viverá e quem morrerá".

Em Yom Kippur, esse destino no Livro da Vida é selado. Começando com  Rosh HaShanah, através dos Dias do Impulso e até o fim de Yom Kippur, os judeus acreditam que o arrependimento, a oração e os atos de misericórdia (a tradução um tanto desinteressante das palavras de Hebreus tshuvah, tefillah e tzedaká ) são capazes de "evitar o decreto severo ". A decisão é selada e definida na conclusão de Yom Kippur.


Importância Dado Yom Kippur

De um modo geral, Yom Kippur pode ser considerado o dia mais importante da observância no judaísmo.

Entre os judeus observantes, tradicionalmente, a observância semanal do sabado aos sábados é o feriado judaico mais importante. Na prática, porém, para muitos judeus que não podem freqüentar regularmente os serviços semanais do sábado, atendem aos serviços nos dias sagrados altos e, especialmente, em Yom Kippur.  (Por favor, note que não estou de forma alguma a tomar uma posição sobre o que é ou não é uma observância adequada para qualquer religião nessas atualizações, mas simplesmente tentando conscientizar a comunidade em geral das várias práticas religiosas, pois afetam atividades para funcionários , estudantes ou outros).

Namoro Yom Kippur

Yom Kippur, como todos os feriados judeus, parece vagar no calendário secular. Isso ocorre porque o calendário secular não é consistente com o calendário judaico. No calendário judaico, no entanto, o feriado realmente ocorre no mesmo dia do calendário judaico (o 10º dia do mês hebraico de Tishri).

Além disso, como o calendário judaico é baseado na lua, o dia começa com o pôr-do-sol e termina com o pôr-do-sol. Tradicionalmente, o feriado não fecha até uma hora após o pôr-do-sol para garantir que o sol já esteja pronto. Esta é uma prática de adicionar uma hora adicional geralmente é observada pelos judeus ortodoxos e conservadores, mas menos freqüentemente observada por judeus reformistas e reconstrucionistas.


O rápido


Yom Kippur é um dia rápido completo. Este é um jejum de 25 horas que começa antes do pôr-do-sol na véspera de Yom Kippur e continua até o anoitecer do dia seguinte. Ao longo dos judeus de Yom Kippur, os judeus se abstêm de
Comer ou beber qualquer coisa (incluindo água)
vestindo perfume ou loção
tomando banho
tendo relações sexuais
vestindo couro (incluindo sapatos de couro)
A maioria dos judeus interpreta o jejum para incluir a abstenção de fumar também.

Como com todos os jejuns judeus, a saúde tem precedência sobre o jejum. As mulheres no parto ou as mulheres que nasceram nos últimos três dias são, por exemplo, proibidas de forma explícita, mesmo que desejem fazê-lo. Do mesmo modo, as crianças menores de nove estão expressamente proibidas de serem rápidas mesmo que desejem fazê-lo. As mulheres que estão grávidas e as crianças entre os 9 e os 13 anos são permitidas rapidamente, mas devem quebrar o jejum se se sentirem fracas. Do mesmo modo, as pessoas com doenças que exigem que comem regularmente (como diabetes) ou com condições de saúde enfraquecida são permitidas para rápido, mas devem quebrar o jejum se acharem que sua saúde está sendo afetada.


Em Yom Kipur, os judeus são proibidos do trabalho de qualquer tipo. Isso inclui escrever, usar o telefone ou computador, trabalho físico e outros.

Porque jogar música também é proibido, o feriado termina somente após o pôr-do-sol, de modo que é possível que o balão seja removido (ou bico de carneiro). Por favor, veja a publicação em Rosh HaShanah para mais informações sobre isso em

http://davidvictorvector.blogspot.com/2012/09/rosh-hashanah-2012.html


Serviço Yom Kippur

Tempo de serviço

Yom Kippur é o serviço de adoração mais longo no calendário judaico. Isso é verdade para todos os ramos do judaísmo.

Embora a duração dos serviços varie de um ramo do judaísmo para outro, não é incomum que os judeus ortodoxos e conservadores passem quase todo o dia na sinagoga, deixando apenas dormir à noite. Mesmo nos serviços às vezes mais curtos de Yom Kippur de muitos ramos Reformistas e Reconstrutivos do Judaísmo, a maioria dos adoradores ainda gasta a grande maioria do dia em serviços na sinagoga ou templo.



O serviço na véspera de Yom Kippur está centrado na oração de Kol Nidre. A oração toma o nome de suas duas primeiras palavras que são "Kol Nidre", que significa "todos os votos" no aramaico.

A oração começa muito logo após o serviço noturno começar. Isto é porque, para ser válido, a oração de Kol Nidre deve ser recitada antes do pôr-do-sol.

O Kol Nidre Tune

O canto de Kol Nidre está entre as melodias mais antigas da liturgia judaica, e sua melodia pretende fazer eco dos sons de suspirar ou soluçar. A origem da sintonia atual data, pelo menos, do final do século 13 com as chamadas melodias de "MiSinai" (literalmente "do Sinai"). As melodias "MiSinai" são um grupo de 52 melodias litúrgicas das quais o mais notável é Kol Nidre Chant. Os historiadores da música datam de quase toda a música "MiSinai" de volta a Maharam de Rothenberg (que morou de 1220 a 1293). Dito isto, não se sabia quantos anos as melodias eram quando Maharam de Rothenberg as aprendeu, nem se alguma das melodias "MiSinai" o fechou (desde que as próprias músicas foram transmitidas sem serem escritas há séculos).

Enquanto a maioria das versões do canto de Kol Nidre tem uma origem comum nas melodias "MiSinai", existe uma variação considerável na interpretação da música. Assim, existem, por exemplo, versões alemãs, boêmias e polacas com pequenas diferenças. Além disso, cada cantor ou cantor da música também adiciona um estilo único.


Três variações regionais da melodia de Kol Nidre


Na Música Clássica

Ludwig van Beethoven trouxe pela primeira vez a melodia da oração de Kol Nidre popularizada para o mundo não-judeu em 1821 (embora nunca creditada tão indiretamente) como base do tema central do sexto movimento de seu Quarteto de Cordas No. 14 (Opus 131 ).


O violoncelista Yo-Yo Ma gravou uma famosa versão do Opus 41 de
Bruch, Kol Nidre, para violoncelo e orquestra
A melodia de Kol Nidre foi inicialmente trazida explicitamente para o mundo não-judeu 60 anos depois através do Opus 41 de Max Christian Friedrich Bruch (Kol Nidrei). Esta peça apresenta uma variação inspirada na melodia principal do canto reproduzido no violoncelo apoiado por uma orquestra completa.

Para ouvir o desempenho de Yo-Yo Ma em 2005 desta peça, ouça

http://www.npr.org/player/v2/mediaPlayer.html?action=1&t=1&islist=false&id=4955739&m=4955759

Outros compositores clássicos para incluir em Menos parte da melodia de Kol Nidre em seus trabalhos são Arnold Schoenberg (em 1938 com o Opus 39, Kol Nidrei) e, mais recentemente, o Kol Nidre, de Johann Zorn, para String Quartet.


Em Música Popular

Na área da cultura popular, Kol Nidre também foi freqüentemente apresentado. Nos primeiros inícios do filme, Al Jolson canta uma versão da oração no filme The Jazz Singer de 1927 .

Na música popular, as gravações de Kol Nidre foram feitas por cantores tão variados como Perry Como, Neil Diamond e Johnny Mathis.


O Conteúdo do Chão Kol Nidre

O conteúdo do canto de Kol Nidre é menos uma oração real do que uma formulação legal seca. A redação é a seguinte:

Todos os votos ("kol nidre"), obrigações, juramentos e anátemas, seja chamado "ḳonam", "ḳonas", ou por qualquer outro nome, que possamos prometer ou jurar ou prometer, ou por meio do qual possamos estar vinculados, deste Dia da Expiação até o próximo (cuja alegria feliz esperamos), nós nos arrependemos. Que sejam considerados absolutos, perdoados, anulados e anulados, e sem efeito; eles não devem nos ligar nem ter poder sobre nós. Os votos não devem ser considerados votos; as obrigações não serão obrigatórias; nem os juramentos sejam juramentos. (tradução da Enciclopédia judaica).

Porque o judaísmo ensina a fazer qualquer voto com a máxima seriedade, o propósito da oração é ser perdoado de quaisquer votos precipitados feitos a Deus no próximo ano que não se pode cumprir. A oração de Kol Nidre não absolve um dos votos feitos a outras pessoas; Apenas votos feitos entre o adorador e Deus.



Debate sobre Kol Nidre

Há muito debate sobre a oração, mesmo dentro da comunidade judaica. Este debate foi realizado em toda a Idade Média e nos tempos modernos por motivos teológicos. Nos tempos modernos, vários líderes no período inicial do Movimento de Reforma no século XIX tentaram abolir a oração, mas por diferentes motivos que os tradicionalmente argumentados, mas sim como um meio de desarmar seu uso para desculpas do anti-semitismo (veja abaixo ).

Versões do Chan Kol Nidre: diferenças litúrgicas

O canto de Kol Nidre é um dos mais antigos do judaísmo, que remonta a alguma versão, pelo menos, ao tempo de Amram Gaon durante sua liderança da Jewish Talmud Academy of Sura (o que significa entre 857 e 875 CE). Algumas fontes sugerem que esta versão em si foi simplesmente estabelecida a partir de uma versão anterior muito anterior. No livro de orações ( siddur ) de Amram, a oração é em hebraico, aramaico não (e, portanto, é chamada Kol Nedarim vs. Kol Nidrei).


The Kol Nidre Chant
no Machzor of Worms, Alemanha
(aproximadamente 1270-1280)
A versão hebraica ainda era amplamente utilizada no Roman Mahzor (livro de oração) datado da década de 1480. Na versão hebraica, os votos foram absolvidos pelos votos quebrados durante o ano anterior (em vez dos votos potencialmente insatisfeitos do próximo ano). A versão hebraica ainda era a versão padrão para os judeus da Itália e do Romanian (ou Balkin ) antes do seu extermínio durante o Holocausto. Alguns dos membros sobreviventes dessas comunidades continuam essa tradição de recitar a versão hebraica.

A maioria dos judeus, no entanto, recita a versão aramaica. Dito isto, a versão da oração difere de acordo com uma interpretação ou a outra. Uma formulação da oração (chamada versão antiga) mantém a redação sobre os votos a partir do ano anterior, enquanto uma segunda formulação (chamada nova versão) traz a modificação do ano passado para o próximo ano. A "nova versão" data do início dos anos 1100 quando o rabino francês Meir ben Samuel (chamado Ram) modificou-o.

Os judeus de Espanha rejeitaram as modificações da "nova versão". Os descendentes desta comunidade judaica são chamados de judeus sefarditas (do hebraico para espanhol). Hoje, os judeus sefarditas continuam a recitar a "versão antiga" da oração aramaica. Os judeus Ashkenazi (o nome dos judeus que se estabeleceram na Europa Central e Oriental), ao contrário, recitam a "nova versão" da oração aramaica.


Os judeus Sephardi e Ashkenazi hoje, porém, já não estão geograficamente determinados. Os judeus sefarditas já não são encontrados na Espanha (os judeus só foram autorizados a retornar à Espanha em 1968), mas estão espalhados pelo mundo. Para mais informações, veja minha postagem no Tisha B'Av em

http://davidvictorvector.blogspot.com/2012/07/tisha-bav.html

Após a expulsão forçada dos judeus da Espanha em 1492, os judeus sefarditas foram distribuídos longe da Espanha, especialmente nos Países Baixos, Marrocos e (antes das expulsões judaicas da maioria dos países árabes após a fundação de Israel em 1948) do Norte da África e do Médio Leste. Da mesma forma, os judeus asquenazis são espalhados ao redor do mundo, depois dos tumultos dos pogroms russos e ucranianos do século XIX, seguidos pelo Holocausto e depois pela perseguição pós-Segunda Guerra Mundial sob a era soviética.

Hoje nos Estados Unidos, Canadá, Argentina, França, Austrália e Israel, as duas tradições vivem lado a lado. Em algumas congregações, como um compromisso, a oração é repetida em ambas as versões.

Antisemitismo e Chan Kol Nidre

É importante esclarecer aqui que o perdão de votos de Kol Nidre trata apenas de votos entre adoradores e Deus. Não anula votos entre aquele que faz o voto e qualquer outra pessoa. A razão pela qual é importante ressaltar isso é a longa história de antisemitismo associada ao mal-entendido do canto de Kil Nidre. Como a Enciclopédia judaica explica:
O "Kol Nidre" tem sido um dos meios amplamente utilizados pelos apóstatas judeus e pelos inimigos dos judeus para lançar suspeita sobre a confiabilidade de um juramento feito por um judeu ... de modo que muitos legisladores consideraram necessário ter uma forma especial de juramento administrado a judeus ("juramento de judeus"), e muitos juízes se recusaram a permitir que eles fizessem um juramento suplementar, baseando suas objeções principalmente nesta oração . http://www.jewishencyclopedia.com/articles/9443-kol-nidre#anchor9
Os ataques contra judeus usando Kol Nidre como uma suposta prova de duplicidade ou falta de confiança judaica têm uma história muito longa. A primeira acusação gravada formalmente em um tribunal remonta a 1240 quando Jehuel de Paris foi levado a julgamento para defender acusações com base na oração de Kol Nidre.


Em muitos países europeus ao longo da Idade Média através da emancipação dos judeus no século 19, o testemunho judaico foi submetido a restrições extras ou proibidas, pelo menos em parte, com a desculpa de que a oração de Kol Nidre fez seu testemunho indigno de confiança.

Bem, nos tempos modernos, o uso do canto de Kol Nidre para justificar o anti-semitismo era generalizado, desde a diatribe anti-semita de Henry Ford no judeu internacional(1921) através da citação da oração na propaganda nazi antisemita.

Continua a ser um elemento básico entre dezenas de grupos de ódio anti-judeus hoje, como exemplificado pelo título do sermão de 2009 do Pastor Mark Downey: "Por que odiamos judeus, parte 3: Lies Kol Nidre" no site do Kinsman Redeemer Ministry (eu escolhi para reter os links da web aqui para não promover ainda mais o comportamento do ódio).

Outras Orações e Práticas de Yom Kippur

Componentes de serviço extra

Como mencionado anteriormente, Yom Kippur é o serviço de oração mais longo no calendário judaico. Yom Kippur tem cinco partes (para judeus reformistas e reconstrucionistas) ou seis partes (para judeus ortodoxos e conservadores, em vez das três orações comuns no judaísmo.

Na oração diária, tradicionalmente o judaísmo tem apenas três serviços: orações da noite (Ma'ariv, neste caso, com o serviço Kol Nidre adicional), Orações da manhã (Shacharit) e Orações da tarde (Mincha). Em Kipur, existem cinco (em vez de três) serviços. Para os três mencionados, são adicionados o chamado Serviço de Oração Adicional (Musaf), que também é recitado nos outros feriados principais, bem como nas Orações de encerramento (Ne'ilah) que são recitados apenas em Yom Kippur.

Ne'ilah



Rosas foram entregues em
Ne'ilah na Alemanha
antes do Holocausto

As orações de encerramento ou Ne'ilah duram cerca de uma hora e são ditas enquanto permanecem o tempo todo enquanto o dia chega ao fim. Por causa do dia inteiro de intenso pryaer acompanhado de jejum, muitas pessoas podem se sentir fracas ou fracas. Por lei judaica, qualquer pessoa que se sinta assim deve sentar-se.

Em várias culturas, as tradições nei'ilah específicas surgiram para aumentar a força na última hora do jejum. Por exemplo, é costume de judeus no Chile passarem por uma laranja ou limão em que os cravos foram colocados de modo que o cheiro dê força à medida que a hora se atrasa.

Da mesma forma, durante séculos foi costume dos judeus da Alemanha entregar as rosas às mulheres da congregação para fortalecê-las com a sua fragrância. Hoje, após a anulação dos judeus da Alemanha, algumas congregações, independentemente da origem, continuam essa prática como forma de manter viva a memória daqueles mortos no Holocausto.


Serviço Avodah

No judaísmo ortodoxo e conservador, há também um aditamento especial chamado Avodah. Este não é um serviço de oração da mesma forma que os outros cinco, mas sim uma forma de reconstituição do serviço do Templo nos tempos antigos. No serviço de Avodah, os descendentes dos sacerdotes (os Kohanim) do Templo em Jerusalém (mais ou menos) conduzem uma versão do que teria sido o serviço feito no Templo, o romano não o havia destruído em 70 CE. A palavra "avodá" é hebraica para o trabalho, referindo-se ao trabalho dos sacerdotes.

Outras orações especiais

Enquanto Yom Kippur está repleto de orações especiais, três são talvez particularmente dignos de nota:

o Ashamnu (confessionário curto
o Al Cheyt (longo confessionário e
o Unetaneh Tokef (mais ou menos uma oração de julgamento).


É costume golpear o peito
durante os confessionários de Yom Kippur
Todas as orações confessionais estão na segunda pessoa do plural ("nós"). Esta confissão comunitária serve muitos propósitos e está sujeita a muitos comentários no judaísmo. Entre estes é a crença de que confessando comunalmente, cada pessoa reconhece a responsabilidade dele pelos outros. Assim, mesmo que os adoradores individuais possam não ter sentido que eles cometem essa ou essa transgressão particular, eles continuam culpados por não impedir que outros o façam. Outro comentário freqüentemente citado sobre a confissão plural é que ele permite ao indivíduo que pode estar muito envergonhado de confessar uma transgressão particular em público para confessá-la em voz alta a Deus como parte de toda a congregação. De qualquer forma, ao recitar a confissão do grupo, o indivíduo também pode incluir petições privadas simultaneamente.

A Confissão Curta ou Ashamnu

O Ashamnu toma seu nome da palavra inicial da oração "ashamnu", que significa "transgredimos" ou "culpamos". A oração de Ashamnu consiste em 24 linhas escritas como uma acrostica (essa é a letra de abertura de cada linha que começa com cada letra sucessiva no alfabeto hebraico - o equivalente hebraico de um conjunto de linhas de A a Z foi a oração de estar em inglês ).

O Ashamnu é dito em voz alta por toda a congregação na forma plural da primeira pessoa (por exemplo, "transgredimos, traímos, roubamos, falamos falsamente" e assim por diante).

O Ashamnu é recitado enquanto está de pé com a cabeça inclinada. Com cada item, o adorador ataca seu peito para imprimir as palavras no coração.

The Long Confessional ou Al Cheyt



 Judeus de Maurycy Gottlieb orando na sinagoga em Yom Kippur (1878)

A Confissão Longa ou Al Cheyt toma seu nome das primeiras palavras de cada uma das 48 linhas da oração "Al Cheyt", que significa "Para o pecado" em hebraico. As 48 linhas da oração de Al Cheyt começam pela frase "Pelo pecado que pecamos contra você ..." com a seguinte palavra formando um duplo acrostico (lista alfabética dupla).

A oração é recitada 10 vezes durante Yom Kippur. Tal como acontece com o Ashamnu, o Al Cheyt é recitado enquanto está de pé com a cabeça inclinada e com o adorador golpeando seu peito para imprimir as palavras no coração.

Significativamente, dos 44 pecados recitados, 40 lidar com pecados de pessoa contra pessoa e apenas 4 lidar com pecados de pessoa contra Deus. É dada especial importância aos pecados confessantes da fala, dos quais 12 de 44 estão preocupados (por exemplo, "pelo pecado que cometi contra você através do discurso áspero" ou "pelo pecado que pecamos contra você por enganar um companheiro humano estar ", etc.).

Untonano Tokef


Provavelmente a oração mais conhecida dos serviços de Rosh HaShanah e Yom Kippur após Kol Nidre é a oração de Unctaneh Tokef. As palavras de abertura da oração a partir das quais leva seu nome significam algo ao longo das linhas de "Devemos atribuir ...", o que leva a uma introdução mais longa descrevendo Yom Kippur como um Dia do Juízo.

A seção central do poema trata do julgamento (veja abaixo). A oração então fecha com os atributos de Deus e a impotência dos adoradores e termina com o reconhecimento da natureza duradoura de Deus.

Todas as partes do Unonete Tokef são importantes, mas a parte central da oração é talvez a mais conhecida fora dos círculos judeus. Esta parte da oração trata do equilíbrio do comportamento de alguém, resultando na decisão de quem será inscrito no Livro da Vida (Sefer Chaim) e quem morrerá e de que maneira.

A redação desta seção da oração Untaneh Tokef é a seguinte:

Em Rosh Hashanah será inscrito
e em Yom Kippur será selado
quantos passarão da terra
e quantos serão criados;
quem viverá e quem morrerá;
Quem morrerá em seu tempo predestinado
e quem antes de seu tempo;
quem pela água e quem pelo fogo,
quem pela espada, que por besta,
Quem pela fome, que com sede,
Quem por convulsões, que por peste,
quem estrangulando e quem, por lapidação.
Quem vai descansar e quem vai vagar,
Quem viverá em harmonia e quem será atormentado,
que curtirão a tranquilidade e quem sofrerá,
que serão empobrecidos e que serão enriquecidos,
Quem será degradado e quem será exaltado.
Mas arrependimento, oração e caridade
evitar o decreto severo! "
( tradução de: http://www.ou.org/chagim/roshhashannah/unetanehtext.htm )



Leonard Cohen "Who By Fire"
é baseado no Unetaneh Tokef
Isso ocorre porque a oração é comumente discutida em discussões teológicas gerais. Também pode ser conhecido através de suas adaptações (como acontece com Kol Nidre) na música secular, como na música "Who By Fire" de Leonard Cohen.

Embora central para todos os ramos do judaísmo, existe um debate considerável entre eles no que diz respeito à maneira literária em que deve tomar as palavras da oração. Estes variam desde muito literal entre os judeus Haredi até simbolicamente simbólicamente entre os judeus reconstrutivos, com variações consideráveis ​​entre eles.



Terminando o serviço e quebrando o jejum

O serviço Yom Kipur conclui com uma única explosão do shofar. Isto é seguido por um serviço Havdalah (geralmente recitado). "Havdalah" em hebraico significa "separação" e é usado para marcar uma separação para todos os feriados judeus dos dias normais da semana.

Depois disso, a maioria das congregações quebra o jejum na sinagoga ou no templo antes que as pessoas saem com algum tipo de comida e bebida leve (bolo e suco, por exemplo). Depois que essas pessoas vão para casa ou se reúnem nas casas de parentes ou amigos para uma refeição maior para quebrar o jejum.


Egg noodle kugel
O que as pessoas comem no intervalo da refeição rápida difere da tradição para a tradição. Dito isto, a maioria das tradições rompe o jejum com uma refeição de lácteos (em oposição a uma refeição de carne), pois isso é mais fácil de digerir com o estômago vazio. Muitas vezes, a refeição é distribuída em estilo buffet com ofertas fáceis de fornecer, como bagels com peixe defumado e creme de queijo.

Muitas tradições incluem ovos ou pratos feitos com ovos como símbolo do nascimento de um novo ano. O pudim de macarrão de ovo (chamado lukshen kugel), frequentemente adoçado com passas é uma escolha comum. Para obter uma receita para o kugel de macarrão e ovo doce, consulte http://kosherfood.about.com/od/dairymaindishes/r/kugel_noodle_d.htm


Queijo blintz
Finalmente, é comum caracterizar doces, mel e compotas para representar simbolicamente a chegada de um ano "doce" ou bom. Uma escolha popular para isso é o queijo blintz, uma espécie de crepe doce cheio de queijo cheio. Para uma receita de queijo blintz com mirtilos, veja:

http://www.epicurious.com/articlesguides/holidays/highholydays/yom-kippur-recipes-kugels-blintzes/recipes/food/views/Cheese-Blintzes-with- Blueberry-Sauce-232828


Conclusão

Yom Kippur é um feriado muito importante no judaísmo, e esta é apenas uma breve visão geral. Quase todos os aspectos da prática e liturgia do feriado foram sujeitos a séculos de debate. Não é minha intenção sugerir que esse post seja uma cobertura abrangente destes ou que eu estou de qualquer forma em posição alguma sobre isso. Sinta-se à vontade para compartilhar seus comentários.

L'Shanah Tovah! Para um bom ano adiante!
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