Archive for fevereiro 2018
3 CARACTERÍSTICAS DA PESSOA COM CRISTO
A partir do momento que Jesus começou a fazer
parte de sua vida, algo glorioso aconteceu com você. O mundo não entende, e nem
compreende a reconciliação que houve em Cristo Jesus para conosco. Em Cristo
você é uma nova criatura e muito mais. A Bíblia diz que:
1. Os meus pecados foram todos perdoados.
"Eis o Cordeiro de Deus, que tira o
pecado do mundo" (João 1:29).
"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça" (I João 1:9)
"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça" (I João 1:9)
2. Sou filho de Deus.
"Mas a todos quantos o receberem,
deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, a saber; aos que crêem no seu
nome" (João 1:12).
3. Sou uma nova pessoa em Cristo Jesus.
"Quando alguém está unido com Cristo, é
uma nova pessoa; as coisas antigas passaram, eis que tudo se fez novo" (II
Coríntios 5:17).
4. Deus me deu a sua justiça.
"Se manifestou a justiça de Deus...
mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem..." (Romanos
3:21-22).
5. Sou habitação do Espírito Santo.
"Como dono, Deus pôs a sua marca em nós,
colocando o Espírito Santo nos nossos corações, como garantia de tudo o que ele
tem para nós" (II Coríntios 1:22).
6. Meu nome está escrito no Livro da
Vida.
"Não obstante, alegrai-vos, não porque
os espíritos se vos submetem, e, sim, porque os vossos nomes estão escritos nos
céus" (Lucas 10:20).
7. Sou da família de Deus.
"Assim já não sois estrangeiros e
peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus"
(Efésios 2:19). E I Pedro 2:9-10 diz:
7.1. Sou raça escolhida,
7.2. Sou sacerdote do rei Jesus,
7.3. Sou de uma nação completamente dedicada a Deus,
7.4. Sou santo e puro e pertenço a meu Deus.
7.5. Sou sua testemunha.
7.2. Sou sacerdote do rei Jesus,
7.3. Sou de uma nação completamente dedicada a Deus,
7.4. Sou santo e puro e pertenço a meu Deus.
7.5. Sou sua testemunha.
Salvação é...
O que Deus fez
................................................... João 3:16
O que Jesus fez ................................................... Romanos 5:8
O que você precisa fazer ..................................... Mateus 11:28
O que Jesus fez ................................................... Romanos 5:8
O que você precisa fazer ..................................... Mateus 11:28
Jesus Cristo é...
Jesus meu Salvador--Mateus 1:21
Jesus meu Amigo--Jo 15:15
Jesus meu Caminho--Jo 14:6 a
Jesus minha Sabedoria--I Co 1:30 a
Jesus minha Verdade--Jo 14:6b
Jesus minha Justiça-- I Co 1:30b
Jesus minha Vida--Jo 14:6c
minha Santificação--I Co 1:30c
Jesus meu Mediador-- I Tm 2:5
Jesus minha Redenção--I Co 1:30d
Jesus meu Intercessor--Rm 8:34
Jesus minha Esperança--I Tm 1:1
Jesus meu Advogado--I Jo 2:1
Jesus minha Paz--Ef 2:14
Jesus minha luz.-- Jo 8:12
Jesus minha Alegria--Jo 16:22
Jesus meu Pastor.--Jo 10:11
Jesus minha Morada--Jo 14:23
Jesus minha Força-- Fp 4:13
Jesus meu TUDO--Cl 3:11
Jesus meu Amigo--Jo 15:15
Jesus meu Caminho--Jo 14:6 a
Jesus minha Sabedoria--I Co 1:30 a
Jesus minha Verdade--Jo 14:6b
Jesus minha Justiça-- I Co 1:30b
Jesus minha Vida--Jo 14:6c
minha Santificação--I Co 1:30c
Jesus meu Mediador-- I Tm 2:5
Jesus minha Redenção--I Co 1:30d
Jesus meu Intercessor--Rm 8:34
Jesus minha Esperança--I Tm 1:1
Jesus meu Advogado--I Jo 2:1
Jesus minha Paz--Ef 2:14
Jesus minha luz.-- Jo 8:12
Jesus minha Alegria--Jo 16:22
Jesus meu Pastor.--Jo 10:11
Jesus minha Morada--Jo 14:23
Jesus minha Força-- Fp 4:13
Jesus meu TUDO--Cl 3:11
CARACTERÍSTICAS
DA PESSOA SEM CRISTO.
Uma pessoa sem Cristo está
perdida, sem rumo na vida, vive em função de seu egoísmo e é escrava de seus
próprios desejos. Portanto, as Escrituras são bem claras o seu destino é o
inferno, lugar terrível, onde haverá choro e ranger de dentes, (Mateus 24:51);
onde o lago de fogo e enxofre não acaba (Apocalipse 21:8).
Bíblia declara a sua condição sem Cristo:
Pecador : "Todos
pecaram, todos fracassaram, e não puderam alcançar o ideal de Deus"
(Romanos 3:23). "O problema são os seus pecados;
Separado de Deus: por causa deles, vocês estão separados
de Deus... Ele não ouve mais o que vocês pedem" Isaías 59:2.
Condenado: "quem, não crer será condenado" Marcos 16:16.
Sofredor: "...sabemos que toda criação a um só tempo geme e suporta angústias até agora" Romanos 6:22.
Morto Espiritualmente: "O salário do pecado é a morte" Romanos 6:23.
Condenado: "quem, não crer será condenado" Marcos 16:16.
Sofredor: "...sabemos que toda criação a um só tempo geme e suporta angústias até agora" Romanos 6:22.
Morto Espiritualmente: "O salário do pecado é a morte" Romanos 6:23.
Conseqüências do pecado: Quando o homem pecou, este morreu (Rm 6:23). Principalmente no sentido
espiritual, por isto é chamado de morte espiritual, que é o estado de ficar
separado de Deus. A pessoa neste estado está sobre condenação (Jo 3:18),
e depois da morte física e juízo serão lançados no lago de fogo (Ap 21:11-15).
VÁRIAS NECESSIDADES DO HOMEM
SEM CRISTO
1 - Está perdido e necessita de um Guia;
2 - está enfermo e necessita de um médico;
3 - está escravizado, necessita de um Redentor;
4 - está moribundo e necessita de um Salvador;
5 - está espiritualmente morto, necessita de Vida Nova.
A lista pode ser aumentada
indefinidamente porque o homem natural ignora as verdades espirituais e
necessita de luz, iluminação; tem fome e sede de uma satisfação que não encontra.
O homem natural, até que se dê
conta de sua condição espiritual, e suas conseqüências, dificilmente busca a
Salvação. O nosso dever é ensinar-lhes que o pecado pode propiciar prazeres ao
corpo, mas não pode dar gozo à alma, e que Jesus é a única resposta para a
alma.
POR QUÊ EVANGELIZAR?
II.1 ORDENANÇA
O Senhor Jesus é o motivo supremo e também e a
Autoridade que nos manda pescar homens para Ele. Ele é o Mestre por excelência,
e o exemplo na arte de fazê-lo.
Ele promete êxito na tarefa,
se cumprimos a condição de O seguirmos.( Mt.4:19. ) Deve ficar claro, também,
que o êxito na incumbência de evangelizar não significa exatamente que se
converta casa pessoas a quem se fale.
Isto não aconteceu nem com o
Senhor Jesus, quando esteve corporalmente entre nós na terra (Mt.19:16-22).
O mesmo pode se dizer dos
Apóstolos (At.17:5, 32; At. 19:9), são exemplos de momentos em que a Palavra
levada pelos Apóstolos não foi aceita pelos seus ouvintes.
Porém, cada ser humano que
houve a Palavra de Deus , que é evangelizado, há de serntir-se responsável pela
sua reação, não perante quem lhe prega o evangelho, mas diante de Deus (IICo.
5:17-21).
Testificar aos homens,
apresentando-lhes as verdades do Evangelho ou Boas Novas a cerca de Jesus
Cristo, nosso Senhor e Salvador, é obrigação séria e responsabilidade de cada
cristão.
Não queremos responder esta
pergunta para simplesmente termos um conhecimento teórico das razões bíblicas
para evangelizarmos. Mas para encontrarmos as motivações bíblicas para a
evangelização, porque a motivação brota do coração, e a obra de evangelização
deve ser feita por um coração dominado pelo amor a Deus e ao próximo.
A Bíblia nos apresenta vários apelos ao
evangelismo. Não podemos como crentes, ficar indiferentes diante da realidade
que se nos apresenta.
a- Apelo de Deus - Isaías 6.8
b- Apelo de Cristo
b.1. A força constrangedora da cruz - 2 Co 5.14
b.2. A força do Seu mandamento - Mt 28.19 e Jo 20.21
b.3. A força do Seu poder transformador - Mc 1.17
c- Apelo do Espírito Santo - Atos 13.2
d. Apelo dos perdidos - Mt 9.36
d.1. Sua alma tem valor - Mc 8.36-37
d.2. Estão condenados - Rm 3.10-12
d.3. Só Jesus pode salvá-los - Atos 4.12
e- Apelo dos servos de Deus - Lc 5.6-7
II.2 . IDE b- Apelo de Cristo
b.1. A força constrangedora da cruz - 2 Co 5.14
b.2. A força do Seu mandamento - Mt 28.19 e Jo 20.21
b.3. A força do Seu poder transformador - Mc 1.17
c- Apelo do Espírito Santo - Atos 13.2
d. Apelo dos perdidos - Mt 9.36
d.1. Sua alma tem valor - Mc 8.36-37
d.2. Estão condenados - Rm 3.10-12
d.3. Só Jesus pode salvá-los - Atos 4.12
e- Apelo dos servos de Deus - Lc 5.6-7
QUANDO? - Enquanto caminho, quando eu for. Enquanto o crente está indo, ou seja, vivendo, ele está levando alguém a uma tomada de posição em relação a Jesus Cristo.
ONDE? - todas as nações - grupos de povos, em toda a parte - lugar por onde passar.
II.2.1 Conhecimento do valor e da situação da alma humana
Sabemos que uma alma vale mais do que o mundo inteiro e que Deus amou a
humanidade de tal forma que mandou o seu Filho para morrer por ela. Mas a
situação de todas as almas é de condenação e perdição.
“Porque todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus...” (Rm 3:23)
“...quem não crê, já está condenado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (Jo 3:18).
“E aquele que não foi achado escrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo.” (Ap 20:15)
“...quem não crê, já está condenado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (Jo 3:18).
“E aquele que não foi achado escrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo.” (Ap 20:15)
II.2.2 Conhecimento de que só Cristo salva
Sabemos que só há um meio para a salvação – Jesus Cristo. E somente nós, os
cristãos, temos este pleno conhecimento. Como poderíamos, então, deixar de
falar de Cristo?
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o
caminho, a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (Jo 14:6)
“E em nenhum outro há salvação; porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (At 4:12)
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem...” (1 Tm 2:5)
“E em nenhum outro há salvação; porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (At 4:12)
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem...” (1 Tm 2:5)
II.2.3 Por amor ao próximo
Tendo conhecimento das motivações anteriores, chegamos a conclusão que o ato de
não evangelizar é um ato de profundo egoísmo. Sendo, assim, um pecado. Devemos
evangelizar porque amamos o nosso próximo e não queremos vê-lo perdido
eternamente. Paulo, dominado por este amor, estava disposto a sacrificar a
própria vida na pregação do evangelho (At 20:19-24)
“...Amarás ao teu próximo
como a ti mesmo.” (Mt 22:39)
“Livra os que estão destinados à morte, e os que são levados para a matança, se os puderes retirar.” (Pv 24:11)
“Livra os que estão destinados à morte, e os que são levados para a matança, se os puderes retirar.” (Pv 24:11)
II.2.4 Gratidão a Deus
Para
a glória de deus (ICo. 10:31) - Como em todas as cisas que fazemos em nossas
vidas. Pela gratidão a deus - Por Sua Graça ao salvar-nos , e o reconhecimento
por suas bênçãos. O amor a deus - O nosso amor a Deus.
Quando contemplamos o amor de Deus por nós,
este nos coloca um sentimento de gratidão a Ele por nossa salvação em Cristo. A
melhor forma de demonstrarmos gratidão a Deus é compartilharmos com os outros o
amor de Cristo e nossa fé nEle.
“Porque o amor de Cristo nos
constrange...” (2 Co 5:14)
“Nós amamos a Ele porque Ele nos amou primeiro.” (1 Jo 4:19)
“Nós amamos a Ele porque Ele nos amou primeiro.” (1 Jo 4:19)
II.2.5 Obediência a Cristo
Jesus Cristo nos deixou bem claro que a sua vontade é que cada um de nós leve
outras pessoas a Ele.
“Portanto ide, fazei
discípulos de todas as nações...” (Mt 28:19)
“...Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura.” (Mc 16:15)
“...assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.” (Jo 20:21)
“...Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura.” (Mc 16:15)
“...assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.” (Jo 20:21)
II.2.6 Responsabilidade diante de Deus
A idéia da responsabilidade
pessoal e a de prestar contas a Deus, o juiz soberano, era um estímulo
importante à evangelização na igreja primitiva. Com certeza todos iremos
comparecer diante de Deus e prestaremos contas pela divulgação ou não do
evangelho de Cristo.
“Pelo que desejamos também
ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes. Porque todos devemos
comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que
tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal. Assim que, sabendo o temor que se
deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé...” (2 Co 5:9-11)
“Se eu disser ao ímpio: O
ímpio, certamente morrerás; e tu não falares para dissuadir o ímpio do seu
caminho, morrerá esse ímpio na sua iniqüidade, mas o seu sangue eu o requererei
da tua mão. Todavia se advertires o ímpio do seu caminho, para que ele se
converta, e ele não se converter do seu caminho, morrerá ele na sua iniqüidade;
tu, porém, terás livrado a tua alma.” (Ez 33:8,9)
Desejo pela volta de Cristo
Gostamos de cantar e falar a palavra Maranata, que quer dizer “Ora, vem, Senhor
Jesus!” Se queremos realmente que Cristo volte, devemos pregar o evangelho em
todo o mundo.
“E este evangelho do reino será pregado em todo o
mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim.” (Mt 24:14)
II.2.8 Fazei discípulos
BATIZANDO é a identificação com Cristo. Pelo batismo o
crente se identifica com Cristo na Sua morte e ressurreição. Romanos 6.3-6. ENSINANDO - envolve o conhecimento e prática dos princípios que estão na Bíblia. Isso vai levar a pessoa mais e mais a um estilo de vida semelhante ao de Jesus.
Quatro coisas essenciais para uma pessoa se tornar discípulo de Cristo:
A- Conversão ou Novo Nascimento
B- Identificação com Cristo
C- Integração na nova vida
D- Reprodução Espiritual
B- Identificação com Cristo
C- Integração na nova vida
D- Reprodução Espiritual
Conceitos, Evangelização
CONCEITOSI.1 EVANGELHO
A Palavra grega evangelion – significa literalmente “boa notícia”. A palavra encontra-se no singular, mostrando assim, que há somente um evangelho, o evangelho de Jesus Cristo. Na prática, nenhuma outra religião pode usar esta palavra para referir à sua mensagem ou doutrina. Esta palavra pertence exclusivamente ao Cristianismo.
O Evangelho são boas novas de quê? De perdão para os pecados, de salvação para a alma e de vida eterna em Cristo Jesus. Paulo definiu o evangelho como “...o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.” (Rm 1:16)
O Evangelho teve seu início logo após o pecado, quando Deus prometeu que viria o descendente da mulher e este pisaria a cabeça da serpente (Gn 3:15). A palavra evangelho é encontrada 72 vezes no Novo Testamento nos seguintes contextos:
a) O Evangelho de Deus (Rm 1:10; 15:16; 2 Co 11:7)
b) O Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus (Mc 1:1)
c) O Evangelho do Seu Filho (Rm 1:9)
d) O Evangelho do Nosso Senhor Jesus Cristo (2 Ts 1:8)
e) O Evangelho de Cristo (2 Co 10:14)
f) O Evangelho da graça de Deus (At 20:24)
g) O Evangelho da glória de Cristo (2 Co 4:4)
h) O Evangelho da glória de Deus Bem-aventurado (2 Tm 1:11)
i) O Evangelho da vossa salvação (Ef 1:13)
j) O Evangelho da paz (Ef 6:15)
k) O Evangelho do Reino (Mt 4:23; 9:35; 24:14)
l) O Evangelho do Reino de Deus (Mc 1:14)
m) O Evangelho eterno (Ap 14:6)
I.2 EVANGELIZAÇÃO
É o ato de comunicar o evangelho. É o ato de evangelizar. A palavra “evangelização” indica ação, significando “pregar o evangelho”. Mas o que é evangelizar? Devo dizer que não existe unanimidade quanto a este conceito. Existem dois conceitos básicos sobre o que seria evangelizar:
Evangelizar é a comunicação do evangelho à alguém de tal maneira que este pudesse tomar uma decisão consciente de aceitação ou rejeição à pessoa de Jesus Cristo como Senhor e Salvador.
Evangelizar é a comunicação do Evangelho seguida da conversão do ouvinte.
Diante deste dilema, fica a pergunta: quando podemos considerar alguém evangelizado? Quando uma pessoa ouve o evangelho e encontra-se capaz de decidir se quer ou não seguir a Jesus? Ou quando ouve o evangelho e toma a decisão de seguir a Cristo?
O segundo conceito é equivocado. Porque este define a evangelização em termos de um efeito produzido na vida dos outros. Os missionários que lutam muito, às vezes sem ver nenhuma conversão, poderíamos dizer que eles não estão evangelizando? De maneira nenhuma. Sabemos pelas escrituras que o Evangelho deve ser pregado por todos os cristãos, mas quem convence e opera o novo nascimento é o Espírito Santo (Jo 3:7, 8; Ez 36:26 e 27). Sabemos ainda que Deus deu ao homem capacidade volitiva para decidir se quer ou não seguir a Cristo. O evangelista lança a semente, mas o Senhor dá crescimento. O Evangelista lança redes mas o Senhor traz os peixes. E o ouvinte se entrega ou rejeita a Cristo. O Dr. Peter Wagner e o Dr. John Stot definiram da seguinte forma o conceito da evangelização:
“A natureza da evangelização é a comunicação das boas novas. O propósito da evangelização é dar aos indivíduos e grupos uma oportunidade válida para aceitarem a Jesus Cristo. A meta da evangelização é persuadir homens e mulheres para que cheguem a ser discípulos de Jesus Cristo e sirvam a Ele na comunhão de sua Igreja.”
Diante desta definição, queremos destacar três aspectos que constituem a ação evangelizadora:
Proclamação: Seria a comunicação ao pecador a respeito de sua condição de escravo do pecado, da natureza e conseqüência dessa escravidão, do amor de Deus e Sua providência em Jesus Cristo para salvação deste e da chamada divina para uma decisão por Cristo Jesus
Convencimento – O evangelista nesta ação, seria apenas um instrumento nas mãos do Espírito. Pois é o Espírito que convence e muda o coração do pecador.
Integração – Depois da conversão do pecador, este deve ser levado a um compro-misso com o corpo visível de Cristo (a Igreja), onde seria discipulado e levado ao desenvolvimento e amadurecimento da sua fé em Cristo Jesus (Ef 4:12,13).
O fato de evangelizar significa:
Ganhar vidas para
Edificar vidas em
Enviar vidas por
II Corintios 5.17; Colossenses 1.28; João 20.21
O Dividir Alma e Espírito
Porque a palavra de Deus é
viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra
até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para
discernir os pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que não
seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão
descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas
(Hebreus 4:12, 13).
Primeiro
O dividir alma e espírito é
essencial pois relaciona-se com o crescimento espiritual. Como pode o cristão
buscar o que é espiritual se não conhece a distinção entre espírito e alma?
Muitas vezes confundirá o que procede da alma como procedendo do espírito, e
desta forma permanece muito tempo no reino do viver da alma em vez de buscar o
viver no espírito. A Palavra de Deus cita, muitas vezes, as feições do espírito
e também as da alma. Por exemplo, a Bíblia registra a tristeza no espírito e
também a tristeza na alma; menciona o alegrar-se no espírito tanto quanto o
alegrarmo-nos na alma. Daí as pessoas tiram a conclusão que uma vez que as
expressões do espírito e da alma são as mesmas, o espírito deve ser a alma.
Isto é como se disséssemos: "Já que você se alimenta, e eu também, logo
você deve ser eu." Entretanto, Hebreus 4:15 diz que "a palavra de
Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e
penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e
apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração". Uma vez que
alma e espírito devem ser separados, a alma deve ser alma e o espírito deve ser
espírito
Gênesis 2 diz que quando Deus, no princípio, criou o homem, ele "formou ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente" (v. 7). Este fôlego de vida é o espírito do homem vindo diretamente de Deus, que ao tocar o corpo do homem, produziu a alma — e o homem tornou-se alma vivente. O espírito do homem tem consciência de Deus, conhece sua voz, e pode comunicar-se com ele. Mas depois da queda de Adão, seu espírito morreu para Deus; logo, o espírito de Adão, (e de todos os seus descendentes) ficou tão opresso pela alma que foi interligado intimamente com ela. Quando a pessoa é salva, seu espírito é vivificado para Deus; mas devido à união íntima do espírito com a alma por tanto tempo, é preciso que a Palavra de Deus os divida ou os separe.
Gênesis 2 diz que quando Deus, no princípio, criou o homem, ele "formou ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente" (v. 7). Este fôlego de vida é o espírito do homem vindo diretamente de Deus, que ao tocar o corpo do homem, produziu a alma — e o homem tornou-se alma vivente. O espírito do homem tem consciência de Deus, conhece sua voz, e pode comunicar-se com ele. Mas depois da queda de Adão, seu espírito morreu para Deus; logo, o espírito de Adão, (e de todos os seus descendentes) ficou tão opresso pela alma que foi interligado intimamente com ela. Quando a pessoa é salva, seu espírito é vivificado para Deus; mas devido à união íntima do espírito com a alma por tanto tempo, é preciso que a Palavra de Deus os divida ou os separe.
Segundo
Embora as expressões "da
alma" e "do espírito" pareçam semelhantes, pertencem a reinos diferentes
— procedem de duas fontes diversas. Se você estiver alegre hoje, esta alegria
pode proceder da alma ou do espírito. A alegria está sendo expressa, mas há
diferença de procedência. Da mesma forma, você pode sentir-se triste hoje.
Ora, pesar é pesar; entretanto, pode advir de fontes diferentes. De onde
procede? E esta a pergunta que será feita pelo próprio Deus. Procede essa
emoção de sua alma ou do seu espírito?
Por exemplo, Deus prometeu um
filho a Abraão. Nessa época Abraão já era avançado em idade e aparentemente não
havia muita esperança. Depois de esperar muito tempo sem ver o cumprimento da
promessa de Deus, sua esposa planejou para que ele se casasse com Hagar, sua
criada, e assim nasceu Ismael a Abraão. Mas depois de catorze anos, Deus fez
com que a esposa de Abraão, Sara, desse à luz a Isaque. Ao lermos os capítulos
15, 16, 17 e 21 de Gênesis, pode ser que não percebamos o que Isaque e Ismael
representam; mas ao lermos Gálatas 4, no Novo Testamento, discernimos
imediatamente o significado de ambos. Paulo nos diz que um (Isaque) é nascido
da promessa e que o outro (Ismael) é nascido segundo a carne (v. 23). Percebe
você, agora, a diferença? As pessoas arrazoam que se tão-somente conseguirem um
filho, tudo está bem. Mas Deus perquire do modo pelo qual esse filho nasceu.
Desejamos um filho, quer seja ele Isaque ou Ismael. Entretanto, a Palavra de
Deus diz que Ismael representa o que é carnal e Isaque representa o espiritual.
Ismael representa o que o homem obtém com sua própria sabedoria e por seu
próprio poder; Isaque representa o que procede de Deus e o que é dado por ele.
Logo, o que é da alma? Da alma é aquilo que é feito pela própria pessoa. E o que é espiritual? É aquilo que é feito por Deus. Estas duas coisas são radicalmente diferentes. A pessoa pode fazer algo sem precisar esperar em Deus nem confiar nele. Tal ação procede da carne e da alma. Mas se a pessoa não pode falar antes que Deus fale, não pode agir a não ser que Deus aja primeiro; se essa pessoa olha para Deus, espera nele e dele depende — então essa pessoa e sua ação são espirituais. Portanto, perguntemos a nós mesmos se tudo o que fazemos é feito no Espírito Santo. Esta é uma pergunta muitíssimo importante. Muitas vezes nada há de errado com o que fazemos: entretanto, registra-se condenação dentro de nós ao fazermos tal coisa. O motivo desse sentimento interior não é que o que fazemos externamente seja necessariamente errado mas que a coisa que fazemos não foi iniciada em Deus — isto é, não é resultado da operação do Espírito Santo em nós.
Logo, o que é da alma? Da alma é aquilo que é feito pela própria pessoa. E o que é espiritual? É aquilo que é feito por Deus. Estas duas coisas são radicalmente diferentes. A pessoa pode fazer algo sem precisar esperar em Deus nem confiar nele. Tal ação procede da carne e da alma. Mas se a pessoa não pode falar antes que Deus fale, não pode agir a não ser que Deus aja primeiro; se essa pessoa olha para Deus, espera nele e dele depende — então essa pessoa e sua ação são espirituais. Portanto, perguntemos a nós mesmos se tudo o que fazemos é feito no Espírito Santo. Esta é uma pergunta muitíssimo importante. Muitas vezes nada há de errado com o que fazemos: entretanto, registra-se condenação dentro de nós ao fazermos tal coisa. O motivo desse sentimento interior não é que o que fazemos externamente seja necessariamente errado mas que a coisa que fazemos não foi iniciada em Deus — isto é, não é resultado da operação do Espírito Santo em nós.
Terceiro
1 Coríntios 3 trata da
edificação. Refere-se à nossa obra e ao nosso serviço para Deus. Alguns
edificam com ouro, prata e pedras preciosas; outros constroem com madeira, feno
e palha. Qual é a obra feita com madeira, feno e palha? Nas Escrituras, o ouro,
a prata e as pedras preciosas apontam para aquilo que procede de Deus. O ouro
representa a glória que procede do Pai; a prata, a redenção que é obra do Filho
e as pedras preciosas, a obra do Espírito Santo, uma vez que estas pedras são
compostos formados no subsolo mediante calor intenso.
Aquilo que leva em si a
eterna glória de Deus, a cruz do Filho, a organização do Espírito Santo é chamado
de ouro, prata e pedras preciosas. Então, a que apontam a madeira, o feno e a
palha? Obviamente a tudo que procede do próprio homem; a glória do homem é como
a palha (feno) e como as flores; a natureza do homem é como a madeira, e a obra
do homem, é como a palha.
Ora, o ouro, a prata e as
pedras preciosas geralmente não aparecem na superfície da terra. Têm de ser
tirados dos profundos recessos do subsolo. A madeira, o feno e a palha, por
outro lado, crescem sobre a face da terra e podem ser obtidos facilmente. Daí
depreendemos que tudo o que procede das profundezas, como resultado do que é
realizado no profundo do coração dos homens, mostra a obra de Deus neles; mas
tudo o que pode ser feito pela carne, procede do homem e não tem valor algum. O
que pode ser facilmente realizado não possui muito valor espiritual, pois é de
procedência externa; mas o que advém das profundezas, por ser de Deus, é de
muito valor.
Pode-se notar esta diferença
na pregação. Alguns, ao pregar, precisam esperar em Deus até que se forme um
fardo, como na concepção. Esta é a obra de ouro, prata e pedras preciosas.
Alguns pregam porque seu cérebro é brilhante e seus lábios eloqüentes. E também
podem lembrar-se de muitas coisas. Portanto podem levantar-se e pregar. Edificam
ativamente; mas tudo é madeira, feno e palha à vista de Deus — logo tem mui
pouco valor espiritual.
Certo irmão pregava em determinado lugar. Da perspectiva humana, as condições externas eram excelentes; logo ele devia estar razoavelmente alegre. Mas estranhamente, com o passar do tempo sentia-se esvaziado por dentro. Embora trabalhasse vigorosamente, dentro de si mesmo sentia mais fome, mais aridez e um vazio cada vez mais profundo. Terminada a obra, teve de confessar seus pecados perante Deus e reconhecer que a obra fora feita por ele mesmo.
Certo irmão pregava em determinado lugar. Da perspectiva humana, as condições externas eram excelentes; logo ele devia estar razoavelmente alegre. Mas estranhamente, com o passar do tempo sentia-se esvaziado por dentro. Embora trabalhasse vigorosamente, dentro de si mesmo sentia mais fome, mais aridez e um vazio cada vez mais profundo. Terminada a obra, teve de confessar seus pecados perante Deus e reconhecer que a obra fora feita por ele mesmo.
A questão aqui não se refere
à condição externa da obra mas, principalmente, a quem realiza a obra; isto é,
sua origem. Por exemplo, certo pregador pode aprender a dizer as mesmas
palavras e pregar a mesma mensagem que outro, entretanto, as pessoas vêem-no
simplesmente como uma pessoa inteligente; enquanto todos percebem que o outro
é uma pessoa que conhece a Deus. A presença de alguns servos de Deus abaixamos
a cabeça, dizendo: "Deus está aqui"; com outros, podemos somente
dizer que são inteligentes e eloqüentes. Se você toca a Deus, pode fazer com
que outras pessoas também o toquem; mas se você toca somente a alma, só pode
fazer com que as pessoas toquem você. Quão grande é a diferença!
Quarto
Isto não é verdade somente
quanto ao ver a Deus mas é igualmente verdade em nossa vida na terra.
Certo dia um cristão foi
conversar com um servo de Deus. Temendo a crítica, esse cristão exerceu o
máximo de seu poder a fim de conservar-se humilde durante a conversa. Sua
atitude e também suas palavras tinham uma tonalidade bem humilde. Mas ao tentar
ser humilde, os que estavam ao redor detectaram esse esforço.
Ora, se a pessoa for
verdadeiramente humilde, não precisa exercer tanto esforço. Na verdade, este
cristão estava simulando a humildade, portanto requeria grande esforço. Podemos
dizer que ele não era humilde? Bem, parecia sê-lo, mas de fato, era humildade
humana, e esse tipo de humildade pertence à alma. Se Deus tivesse operado nesse
irmão, ele poderia ter apresentado a humildade natural. Ele mesmo teria
sentido ser humilde, e os que estavam ao seu redor também podiam ter visto a
obra de Deus nele.
A senhora que empoa o rosto precisa olhar-se no espelho freqüentemente, mas o rosto de Moisés brilhava sem que ele tivesse consciência disso. Aquele que manifesta os efeitos da operação de Deus, esse tal pode ser chamado de espiritual. Mas a pessoa que tenta manufaturar algo, deve empregar muita força; logo sente-se cansada por ser cristã, embora o cristão nunca devia exercer sua própria força em caso algum. Muitas vezes julgamos que enquanto algo parecer bom, provavelmente estará certo, mas Deus olha para a fonte: se procede dele ou é imitação no poder da carne.
A senhora que empoa o rosto precisa olhar-se no espelho freqüentemente, mas o rosto de Moisés brilhava sem que ele tivesse consciência disso. Aquele que manifesta os efeitos da operação de Deus, esse tal pode ser chamado de espiritual. Mas a pessoa que tenta manufaturar algo, deve empregar muita força; logo sente-se cansada por ser cristã, embora o cristão nunca devia exercer sua própria força em caso algum. Muitas vezes julgamos que enquanto algo parecer bom, provavelmente estará certo, mas Deus olha para a fonte: se procede dele ou é imitação no poder da carne.
O mesmo aplica-se em outra
situação. Digamos que alguém tenta ser paciente. Entretanto, quanto mais tenta
ser paciente, tanto mais a pessoa com o espírito de discernimento, sente pena
dele. Mas outra pessoa pode ser paciente sem ter consciência desse fato. Nesse
caso inclinamos a cabeça em agradecimento, dizendo que Deus verdadeiramente
operou nessa vida. Percebemos que o segundo caso é de Deus e que o primeiro é
de si mesmo. A diferença está não na aparência externa, mas na fonte.
Oh, que possamos perceber,
que embora alguma coisa da vida natural pode parecer bastante espontânea, em
si mesma não significa que ela seja do espírito. Por exemplo, alguém pode
nascer com uma natureza amável. Entretanto, algum dia perceberá a diferença
entre sua gentileza natural e a amabilidade dada por Cristo.
Outro indivíduo pode ter
nascido com a capacidade natural de amar aos outros, entretanto, ele também
algum dia perceberá a diferença entre seu amor e o amor que procede do Senhor.
O mesmo pode ser verdade do
que nasce com a humildade natural de caráter, mas esse também, algum dia,
discernirá a diferença entre a humildade dada por Deus e sua humildade natural.
Este algo com que a pessoa
nasce tem a tendência de substituir com mais facilidade o que é espiritual do
que o que pode ser simulado pelo homem. Com quanta freqüência as pessoas tomam
o que é dom natural como substituto para o que o Senhor procura operar nelas.
Mas na realidade, o que procede da alma não tem ligação alguma com Deus, pois
somente o que procede do espírito relaciona-se com ele.
O homem mais manso de todos,
algum dia, descobrirá que a tentação é mais forte que sua mansidão natural.
Algum dia sua mansidão se esgotará, sua paciência chegará ao fim: há um limite
para o que ele pode suportar, há um grau para sua mansidão.
Ao passo que a força natural
do homem é limitada, a força que nos é dada pelo Senhor é algo completamente
diverso. O que o Senhor pode fazer, eu não posso; pois não sou eu quem o faz
mas é a presença do Senhor em mim que faz com que eu realize tal coisa
espontaneamente. E depois maravilho-me de tal coisa ter acontecido. Somente
posso inclinar a cabeça e dizer: "Não tenho paciência, entretanto, ó
Senhor, tu operas isso em mim." E, sem dúvida alguma, o que é realizado é
verdadeiramente espiritual.
Quinto
Devemos reconhecer,
entretanto, que não nos é fácil diferenciar o espiritual do que procede da alma
meramente por sua aparência. É vão perguntar a nós mesmos diariamente se isto
é espiritual ou se aquilo procede da alma. Tal indagação não tem valor
espiritual algum. Podemos perguntar, mas não receberemos a resposta. Podemos
analisar, mas não conseguiremos nenhum resultado. Se não perguntarmos, certamente
jamais conheceremos; entretanto, ainda que perguntemos, não o saberemos.
Nas coisas espirituais, a
auto-análise não somente falhará em mostrar-nos a realidade, mas também criará
paralisia espiritual. A visão e a compreensão verdadeiras somente vêm da iluminação
de Deus. Quando a luz brilha, vemos naturalmente. Portanto, não precisamos
fazer perguntas a nós mesmos; tudo que precisamos fazer é pedir que Deus faça
com que sua palavra brilhe em nós, pois a Palavra de Deus é viva e eficaz; e
mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de
dividir a alma e espírito, juntas e medulas. No momento em que a Palavra de
Deus entra, imediatamente podemos separar o que é da alma e o que é do
espírito. Dentro de você existe um julgamento mais cortante do que qualquer
juízo humano. Quando agimos, nosso sentido interior nos diz que tal ação não é
correta ou não é profunda o suficiente, que somos nós mesmos que estamos
fazendo as coisas e tentando influenciar pessoas. Ao ver interiormente, vemos
de verdade. Que Deus possa ter misericórdia de nós concedendo-nos a luz
interior com a qual possamos distinguir interiormente.
O dividir a alma e espírito é
o fundamento do poder de discernir do cristão. Entretanto, o possuir ou não
esse poder de discernir depende da iluminação interior e não da instrução externa.
O que devemos esperar perante Deus é que a entrada de sua Palavra traga luz
para que ele possa mostrar-nos o que em nossa vida e obra é da alma e o que é
espiritual.
Nos ajude novo canal
Espiritual ou Mental ?
O qual nos habilitou para
sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a
letra mata, mas o espírito vivifica (2 Coríntios 3:6).
A palavra "letra" aqui
aponta para a lei. Comparando a lei com o Espírito Santo descobrimos que a lei
nada pode fazer para o homem a não ser matá-lo, pois não possui o poder de dar
a vida como o possui o Espírito. "O espírito", diz Jesus "é o
que vivifica" (João 3:63). Nada, a não ser o Espírito Santo, pode dar
vida. Até a vida de Deus está no Espírito Santo. Além disso, nosso mundo físico
foi restaurado, no princípio, por meio da atividade do Espírito Santo (Gênesis
1:2). E o nascimento do Senhor Jesus, como Deus na carne, aconteceu pelo poder
do Altíssimo. Segundo a revelação da Bíblia, tudo o que possui ou concede vida
está no Espírito Santo, ou é por virtude dele. Mas uma vez que a lei é
estabelecida na letra e não no Espírito Santo, faz com que o homem morra.
Entretanto não é só na Antiga Aliança que existe a "letra"
(isto é, a lei) que mata; até a Nova Aliança tem a sua "letra". O que
a Antiga Aliança ressalta é a lei; entretanto, a lei, como nos diz a Escritura
— é de Deus, sendo santa, justa e boa (Romanos 7:12). Mas por existir ausência
do Espírito Santo nela, a lei torna-se a letra que mata, como as outras muitas
"letras" no mundo. Entretanto descobrimos uma possibilidade similar
na Nova Aliança. Pois embora muitas das verdades, mandamentos, exortações e
ensinos do evangelho da Nova Aliança sejam de Deus e possam regular a conduta
humana e influenciar a moral do comportamento dos homens, não obstante, se estiverem
divorciados do poder do Espírito Santo também serão transformados em letra que
mata.
Sem o Espírito de Deus, tudo é morto e sem poder
A verdade enunciada acima
infelizmente é negligenciada por muitos crentes: fora do Espírito Santo não há
vida, fora do Espírito de Deus tudo é morto. Devemos ver claramente que à parte
de confiar totalmente na operação do Espírito de Deus, somos absolutamente
inúteis. Embora reconheçamos a corrupção da carne, mui freqüentemente não
compreendemos o poder do Espírito Santo. Logo, a despeito de nossa confissão,
não somos libertados do domínio da carne. Deus deseja levar-nos ao ponto em que
vivamos inteiramente por seu Espírito. Deseja que compreendamos que todas as
nossas obras, feitos, orações e procura da verdade são empresas mortas se não
forem o resultado da operação do Espírito Santo em nós e se não forem produzidos
por seu poder. Aos olhos de Deus essas são obras mortas destinadas à sepultura.
O chamado de Deus hoje é que
seus filhos obtenham a vida mais abundante. Deseja que nos livremos da morte, vençamos
a morte. Entretanto, nossa atenção mui freqüentemente é colocada em vencer
pecados mas não em vencer a morte. Ainda assim, Deus livrar-nos-á não somente
da lei do pecado mas também da lei da morte: "Porque a lei do Espírito da
vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte" (Romanos 8:2).
Somente o Espírito pode conceder essa vida. Onde existe ausência dele, não há
vida alguma, antes, o enchimento da morte. Os cristãos deviam não somente refrear-se
do pecar, mas também deviam vencer a morte e ser cheios de vida. Deus odeia
tanto a morte como o pecado. O pecado nos separa dele; e a morte impede nossa
comunhão com ele. Vencer o pecado é negativo, ser cheio de vida é positivo.
Precisamos ver que quem está
em Cristo tem a vida. Como? Pelo Espírito Santo, pois "a lei do Espírito
da vida em Cristo Jesus..."
Assim o que o versículo 6 de
2 Coríntios 3 revela é: (1) que tudo o que é da carne é morto, e (2) que até a
lei perfeita dada por Deus, se estiver fora do Espírito Santo, também é morta,
pois a letra mata.
A Palavra de Deus e o Espírito de Deus
A Palavra de Deus e o
Espírito de Deus são inseparáveis. Dando-nos a Bíblia, Deus dá-nos sua Palavra,
mas ao mesmo tempo acrescenta uma condição: os homens devem receber sua palavra
no poder de seu Espírito. Deus apóia sua Palavra com o Espírito; prova sua
Palavra com seu Espírito. Usa seu Espírito a fim de preservar sua Palavra para
que ninguém fique destituído. Todo aquele que entrar em contato com a Palavra
de Deus sem entrar em contato com o Espírito Santo não verá o poder da Palavra
de Deus. Pois sem o Espírito de Deus a Palavra de Deus torna-se letra morta.
"Ora, o homem natural
não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura" (1
Coríntios 2:14a). Para o incrédulo que examina as Escrituras com sua própria
sabedoria a Bíblia não passa de um livro morto. Isto não quer dizer que a
Bíblia não seja a Palavra de Deus, nem que a Palavra de Deus não tenha poder.
Simplesmente significa que sem o Espírito Santo a Bíblia, na experiência desse
incrédulo, simplesmente é um livro morto e sem poder.
A Palavra de Deus permanece a
mesma. Para alguns, entretanto, torna-se vida, enquanto para outros é somente
letra. Qual o motivo de tal diferença? Não é outro senão que o primeiro tipo de
pessoas recebe a Palavra de Deus no poder do Espírito Santo enquanto o segundo
tipo tenta compreender a mesma Palavra pela sabedoria de sua mente.
A Palavra de Deus é poderosa
e tem vida. Entretanto quando a pessoa a recebe só por meio da mente, não
experimenta o poder nem a vida da Palavra de Deus. Toda verdade aceita só com a
mente torna-se mero pensamento para essa pessoa. Tal verdade não é eficaz para
seu caminhar. Não pode depender dela em tempos de necessidade. Embora essa pessoa
possa conhecer o argumento, o fato ou o procedimento, não poderá obter o poder
que nela está. Para ela e sua vida, a verdade não é verdade mas só ensinamento
vazio, porque não pode demonstrar sua veracidade.
Para que o crente saiba que
recebeu a Palavra de Deus no poder do Espírito Santo, somente precisa perguntar
a si mesmo se ao receber a Palavra a recebeu com poder em sua vida; porque Deus
envia o Espírito Santo a fim de provar ao crente a veracidade de sua Palavra.
Conseqüentemente, se a Palavra de Deus falha em ser provada, é porque o poder
do Espírito está ausente dela.
O perigo, hoje em dia, é que
os crentes ouçam a palavra de Deus, leiam a Bíblia ou procurem a verdade só com
a sabedoria da mente. Deus une sua Palavra e seu Espírito, mas o homem tem a
tendência de separar a Palavra do Espírito ou o Espírito da Palavra. O perigo
dos dois extremos é igual em ambas as direções. Pois ao separar a Palavra de
Deus do Espírito de Deus, o que a pessoa obtém é mera idéia ou mero ideal. E ao
separar o Espírito de Deus da Palavra de Deus, a pessoa se transforma numa
coisa estranha. Mais pessoas caem na armadilha do primeiro extremo que na do
segundo.
Muitos lêem a Bíblia como se
examinassem um livro científico. É como se, com uma mente fina, um pouco de instrução
e esforço próprio, pudessem compreender a Bíblia. Tal tipo de pesquisa pode
capacitar a pessoa a conhecer um pouco da história e da doutrina bíblica mas
não a ajudará experimentar o poder da Palavra de Deus. O Senhor deve levar-nos
ao ponto em que dependamos de seu Espírito ao lermos a sua Palavra. Então
compreenderemos sua verdade e seu poder. Somente o Espírito Santo pode aplicar
a Palavra de Deus com sua vida e poder ao caminhar do crente. Aceitar a verdade
só com o poder mental não o capacitará a experimentar esta vida e este poder em
sua experiência diária.
Diferença real
Qual é a diferença real entre
receber a verdade no poder do Espírito e recebê-la no poder da mente?
(A) Se a pessoa adquire
alguma verdade religiosa de um livro ou de um mestre ou mesmo da própria Bíblia
sem a necessidade de oração, ou sem renunciar a seu próprio poder nem depender
completamente do Espírito Santo, ela está recebendo essa verdade no poder de
sua mente. Pois a aceitação da verdade no poder da mente significa recebê-la
diretamente de um livro, mestre ou da Bíblia, deixando-se de lado o Espírito
Santo.
Os fariseus conheciam as Escrituras desta forma; logo acabaram possuindo algo morto, destituído de qualquer experiência viva perante Deus — pois a Palavra de Deus leva as pessoas a se aproximarem dele, e o próprio Deus é Espírito. Mas o ler a Palavra de Deus sem seu Espírito falha em efetuar qualquer contato entre o homem e Deus.
Os fariseus conheciam as Escrituras desta forma; logo acabaram possuindo algo morto, destituído de qualquer experiência viva perante Deus — pois a Palavra de Deus leva as pessoas a se aproximarem dele, e o próprio Deus é Espírito. Mas o ler a Palavra de Deus sem seu Espírito falha em efetuar qualquer contato entre o homem e Deus.
(B) Os crentes gaiatas
voltaram a guardar a lei depois de terem crido no evangelho e começado a andar
pela fé. De modo que Paulo lhes pergunta: "Recebestes o Espírito pelas
obras da lei, ou pela pregação da fé?" (Gálatas 3:2). O que o apóstolo
queria dizer era que, deveras, haviam começado com a fé mas agora confiavam nas
obras. E perguntou-lhes mais: "Tendo começado no Espírito, estais agora
vos aperfeiçoando na carne?" (3:3). Ele indicava que, deveras, tinham
começado dependendo do Espírito mas que agora começaram a depender da carne.
Por estas duas perguntas descobrimos um princípio muitíssimo importante: tudo
o que é do Espírito Santo é pela fé e tudo o que é da carne é pelas obras. O
Espírito e a fé estão unidos num só, assim como a carne e as obras são uma.
Assim, o procurar a verdade
com o poder da mente e procurar a verdade no poder do Espírito têm entre si uma
diferença vital — o primeiro é sem a fé e o segundo a requer.
A fim de receber a verdade no
Espírito Santo a pessoa deve ter fé. Receber no poder da mente só dá à pessoa
algum conhecimento, mas receber no Espírito Santo traz-lhe fé. Exemplifiquemos
isto. A co-morte do crente em Cristo é a fonte da vida e do poder cristãos. A
esta verdade temos dado muita ênfase e a temos pregado muitas vezes. Hoje
muitos crentes já compreenderam esta verdade, e até mesmo já testificaram
dela. Mas quantos realmente receberam esta verdade no Espírito Santo? Seu
falar trai a ineficácia de sua experiência. Conheço certo irmão, por exemplo,
que pensa realmente conhecer a verdade da co-morte. Certa vez estava pregando
e disse: "E necessário que a pessoa morra; se às vezes você não puder
morrer, mate-se a si mesmo no poder da cruz." — Ora, estas palavras
parecem muito espirituais, mas na realidade são muito superficiais. Por quê?
Porque ele não tem fé, mas ainda espera consegui-la por si mesmo. Isto mostra
que no que se refere à verdade da co-morte ele só a compreende com sua mente e
falta-lhe o poder do Espírito Santo.
Como podemos explicar isso?
Se a pessoa realmente desejar experimentar o poder do Espírito Santo deve, em
primeiro lugar, ter fé, pois o Espírito Santo somente opera por ter a pessoa
crido na Palavra de Deus. A fé vem primeiro, e então a operação do Espírito no
homem. Sem a fé, a verdade que a pessoa conhece não passa de uma idéia, pois o
Espírito Santo ainda não operou nela o que a verdade já realizou.
Voltemos à verdade da
co-morte por alguns instantes. O Espírito Santo nos ensina que quando Cristo
morreu, já nos incluiu em sua morte. E assim como o morrer de Cristo por nós é
um fato, também o termos morrido com Cristo é um fato. Assim como é real a
morte de Cristo, assim também é real a nossa morte. Assim como somos libertos
da penalidade do pecado crendo na morte de Cristo, da mesma forma somos
libertos do poder do pecado crendo que já morremos com Cristo. É isto
que a Palavra de Deus nos ensina. Então tudo se resume em crermos ou não. Se
cremos, o Espírito Santo dará testemunho da Palavra de Deus e fará com que
experimentemos a realidade de que "o pecado não terá domínio sobre"
nós (Romanos 6:14). E a esta altura podemos verdadeiramente dizer que recebemos
a verdade no poder do Espírito.
Donde podemos discernir a
ordem necessária para receber-se a verdade no Espírito Santo: (1) o ensinamento
da Bíblia, (2) a fé do crente e (3) a operação do Espírito Santo. Não pode
faltar nenhum destes três fatores. Mas aquele que recebe a verdade pela mente
não tem fé. Ouvindo as Escrituras ou ouvindo outros pregarem ele pode vir a
compreender o argumento da co-morte e pode conhecer que a pessoa
que está morta é livre do pecado. Não obstante, em tudo isso lhe falta a fé;
logo não pode ver claramente a posição do velho homem na morte de Cristo nem
pode dizer ser uma pessoa já crucificada com Cristo.
De modo que está
continuamente a colocar a si mesmo à morte, e ao aconselhar outros acerca deste
assunto não pode deixar de dizer: "Devem morrer" (assim como o
"certo irmão" de nossa ilustração anterior aconselhou em sua mensagem).
Ainda que, às vezes, ofereça orações e comece a compreender a realidade de sua
co-morte em Cristo, o que faz com que ele confesse com sua boca ser uma pessoa
crucificada, não obstante, em seu viver diário confia mais na autocrucificação
do que no já ter sido crucificado com Cristo.
(C) Se a verdade é aceita no
Espírito Santo, invariavelmente se tornará na experiência dessa pessoa. O
Espírito não revela a verdade meramente para dar ao crente um pouco mais de
material mental. Ele deseja, acima de tudo, levar o crente ao que a verdade
diz. A compreensão mental pode fazer com que ele louve a verdade, mas não lhe
dará o benefício da verdade. Muitos podem aprovar certa verdade, podem até
mesmo amar tal verdade; não obstante, só a possuem mentalmente. Se a verdade
não possui poder de produzir efeito na vida da pessoa, é indicação segura de
que tal verdade é somente mental e não leva em si o poder do Espírito de Deus.
Precisamos perceber a
diferença e também a relação entre o princípio e a prática. O princípio pode
ser obtido mediante a revelação do Espírito de Deus. Devido ao acúmulo de
conhecimento e à multidão de pregadores, muitos chegaram a compreender
numerosos princípios da vida espiritual. Entretanto, muitas vezes, tais
princípios estão só em sua mente. A fim de colocar esses princípios em prática
na vida necessitam do Espírito divino.
A mente pode entender os princípios, mas
somente o Espírito de Deus pode colocar esses princípios em prática. Ao
resolver um problema de álgebra, é fácil para o estudante resolver uma equação;
entretanto é um pouco difícil adicionar um assunto a essa equação. Da mesma
forma, é bastante fácil aprender um princípio espiritual com a mente, mas
colocar esse princípio em prática na vida está além da capacidade mental.
Aquele que estuda geografia pode saber as capitais e as grandes cidades das
nações do mundo, e também suas situações agrícolas, industriais e comerciais,
sem precisar talvez nem mesmo sair de casa. Pela pesquisa, mediante o poder mental,
portanto, a pessoa pode compreender muito da Bíblia. Mas sem depender do
Espírito Santo, não terá nenhuma experiência.
O perigo de hoje é que muitos
buscam o conhecimento da Bíblia com a mente. Compreendem alguns mistérios,
entendem muitos princípios espirituais, colhem alguns significados mais
profundos da Palavra de Deus, e até mesmo apreciam, até certo grau, a obra
realizada por Cristo na cruz. Entretanto, tudo isto está em sua mente. Isto não
lhe foi dado pelo Espírito Santo, logo não existe nenhum poder prático
envolvido. E o resultado é que a Bíblia fica reduzida ao nível de um tratado
científico no qual o leitor e o escritor não têm contato pessoal algum. Por
outro lado, a Palavra de Deus — embora seu conteúdo tenha sido dado oralmente
muito tempo atrás, e mais tarde tenha sido registrado, formando o que hoje
conhecemos como Bíblia — está, não obstante, no Espírito, da mesma forma que
Deus está no Espírito. Se o leitor recebe a Palavra de Deus diretamente, sem
depender do poder do Espírito Santo, não terá nenhum relacionamento com Deus.
Isto reduzirá o valor da Palavra de Deus e torná-la-á um dentre os livros
mortos do mundo.
A compreensão das Escrituras
pode ajudar a esclarecer o pensamento e conceitos do homem, mas não terá
eficácia prática em sua experiência e obra espirituais. Isto pode explicar, em
parte, por que a verdade pode, deveras, ser pregada e no entanto não ter poder
nenhum sobre o que prega nem sobre os que ouvem. Se a verdade estiver
inteiramente circunscrita na mente do pregador, somente alcançará a mente dos
ouvintes.
Ter a verdade sem ter o
espírito da verdade é totalmente inútil. Quando o Senhor Jesus disse a seus
discípulos ser ele a verdade, continuou dizendo-lhes que o Espírito da verdade
viria a fim de levá-los a todas as verdades. Compreendamos de uma vez por
todas que o crente é ligado à verdade pelo Espírito da verdade; doutra forma, a
verdade permanece como verdade e o crente permanece como crente. Assim como os
discípulos de antigamente não podiam compreender nem verdadeiramente experimentar
Cristo antes de terem recebido o Espírito de Deus, assim também os crentes de
hoje não podem genuinamente conhecer nem experimentar a Palavra de Deus a não
ser pelo poder do Espírito Santo.
Obra espiritual verdadeira
Quem pode asseverar quanto da
pregação de hoje procede da sabedoria do homem? A pregação pode ser bem
profunda e incluir lições espirituais genuínas; a mesma fé apresentada por ela
pode ser sã e as interpretações dadas, lógicas; além disso, tal pregação pode,
às vezes, tocar os ouvintes afetando-lhes, até certo ponto, a conduta e a
moral. Não obstante, tal pregação pode proceder não do Espírito Santo mas da
sabedoria do homem. Devemos até mesmo estar abertos à possibilidade de que as
máximas ditas pelos profundamente experientes, embora na realidade produzam
algumas conseqüências aparentemente satisfatórias estimulando e mudando as
pessoas, podem não ser, de fato, o resultado da operação do Espírito Santo.
A carne do homem deve
ser eliminada, os esforços do homem devem ser reduzidos a nada; o homem velho
com sua sabedoria e habilidade devem ser desfeitos na cruz. Uma vez que Deus
possui tudo e pode fazer tudo, ele deve ser tudo.
Tudo deve ser no poder do Espírito Santo.
Alguns pensam que se o homem for reduzido a
zero, a Palavra de Deus sofrerá grandemente — que tudo parará de progredir e
que o fruto será diminuído, senão erradicado totalmente. Mas damos ênfase à
obra espiritual verdadeira e ao fruto espiritual verdadeiro perante Deus. Somente
em circunstâncias como estas haverá maior utilidade espiritual. A obra feita
pela sabedoria do homem pode prosperar de várias maneiras, mas falta-lhe o
verdadeiro valor espiritual e é de pouco uso nas mãos de Deus. Somente o
Espírito Santo pode fazer a obra de Deus. Quanto menos proeminência tiver o
homem, tanto mais manifesto será o poder do Espírito. A obra do Espírito em
cinco minutos tem mais utilidade espiritual do que todo o nosso labor de uma
noite inteira, que nada consegue. Não é muito melhor esperar pelo mandamento do
Senhor e retirar uma rede cheia de peixes em um só lançamento?
O lugar do poder mental
Tal sendo o caso, é o poder
mental totalmente inútil na verdade de Deus? Não, o cérebro (ou a mente) tem o
seu lugar. Devemos fazer diferença entre o usar o espírito do homem e o usar
sua inteligência. Quem revela a verdade é o Espírito Santo, e quem recebe a
revelação do Espírito Santo é o espírito renovado do homem. Somente o espírito
renovado do homem pode receber a revelação, o cérebro não pode recebê-la.
Notemos que o trabalho da
mente é transmitir. A mente renovada ajuda a transmitir aos outros a verdade
recebida em revelação. Mas a mente renovada por si mesma não descobre a verdade
de Deus. Uma mente velha pode prejudicar a pessoa no trabalho da transmissão,
mas se o espírito dessa pessoa for renovado, ainda pode receber revelações.
Deus coloca de lado a velha criação. A deficiência natural não impede
que as pessoas recebam revelações, tampouco a eficiência natural ajuda
as pessoas a receber revelações. Uma mente excelente pode ajudar na
transmissão, mas não pode dar revelação a si mesma nem aos outros.
Vaidade do talento natural
Devido à habilidade natural
surpreendente, muitos mestres da Palavra de Deus podem pesquisar, compreender e
entregar algumas verdades a outros. E muitos há que dizem estar sendo ajudados
por tais mestres. Entretanto, falando francamente, estes mestres nada realizaram
de valor espiritual verdadeiro. As pessoas que têm mais talentos naturais
geralmente tornam-se mestres dos menos talentosos, mas seu estado espiritual é
exatamente o mesmo ou menos; em alguns casos, os que estão sendo ensinados são
mais espirituais do que os que ensinam.
O perigo da situação da
igreja hoje reside no fato de que muitos dos famosos, em lugares de destaque,
estão lá não porque sejam realmente mais espirituais mas por terem talentos
naturais mais elevados. Referimo-nos não somente aos eruditos e sábios do mundo
secular, mas especialmente aos famosos do mundo espiritual. Muitos mestres da
Bíblia e líderes congregacionais hoje em dia têm êxito não por conhecerem mais
do Espírito Santo do que as outras pessoas, mas por voltarem seus talentos
naturais superiores à Bíblia e às coisas espirituais. São muitos os assim
chamados espirituais que, de fato, não são espirituais! E por quê?
Porque o Espírito Santo não
está neles! O conteúdo de seu ensino ou pregação simplesmente é pensamento
espiritual da mente. Muito do ensino e da pregação não é senão resultado
de pesquisa e não aprendizagem das lições do Espírito Santo. Naturalmente,
portanto, tais líderes só podem ajudar as mentes das outras pessoas.
Muitos cristãos acham que
enquanto o talento natural for usado no lugar certo, pode realizar o trabalho
de glorificar a Deus! Entretanto, talento natural é talento natural; e
ainda que esteja engajado nas coisas espirituais, tal talento não é
aceitável a Deus.
O Espírito Santo pode usar o
talento natural, mas esse talento deve estar completamente entregue a ele.
Deus precisa mais de indivíduos que sejam cheios do Espírito Santo do que de
qualquer outro tipo de pessoas. Devemos esclarecer bem o ponto importante
levantado pela seguinte pergunta: É por nossos pensamentos serem mais inteligentes
que somos capazes de liderar outras pessoas ou é porque na realidade conhecemos
o Espírito de Deus?
Devemos ter o Espírito Santo
Deus deseja que saibamos com
profundidade que assim como as Escrituras são inspiradas pelo Espírito
Santo, da mesma forma as Escrituras requerem a revelação do Espírito Santo.
Assim como a Bíblia foi escrita por homens movidos pelo Espírito de Deus, da
mesma forma a Bíblia também precisa de seu espírito para mover as pessoas que a
lêem. Assim como o Livro Sagrado foi registrado pelo Espírito Santo, assim
também o Livro precisa da iluminação do Espírito Santo. Aqui a sabedoria do
homem é inútil. Deus também deseja que saibamos que até a interpretação mais
clara da Bíblia não é adequada. Nosso poder deve advir do Espírito Santo. A
sabedoria do homem pode fazer com que as pessoas compreendam o significado das
Escrituras, mas não lhes dará o benefício da verdade.
Na procura da verdade, muitos
vêm com o motivo errado. Se não buscam satisfazer seu próprio desejo de
conhecimento, preparam mensagens para ensinar a outros. Seu motivo básico é
resolver dificuldades mentais e não cultivar sua própria vida espiritual. Uma
vez que essa é sua intenção, sentem-se muito cômodos se puderem, afinal,
compreender. Pois agora podem ensinar outros. Está claro que não buscam a
realidade espiritual.
Só depois de compreendermos
que o homem pode ser salvo somente pelo Espírito Santo, que a verdade só pode
ser apreendida no Espírito Santo, que a oração só pode ser ouvida mediante o
Espírito Santo, e que nossa vida espiritual só pode progredir no Espírito
Santo, verdadeiramente creremos no Espírito Santo e dele dependeremos. Quão a
miúdo realmente pedimos que Deus nos dê luz? É provável que passemos mais tempo
pensando, pesquisando e procurando do que orando. E por isso que o caminhar
espiritual de inúmeros crentes é árido embora compreendam muitas verdades.
Muito da pregação moderna dá
ênfase ao conteúdo mental em vez de colocá-la na vida do Espírito. Devemos
saber que as obras de valor real são realizadas no espírito das pessoas e não
em suas mentes. A obra que Deus reconhece só possui uma feição: a obra de seu
Espírito no espírito do homem despejando no espírito do homem a vida de Cristo
— quer seja dando a vida pela primeira vez quer seja outorgando a vida mais
abundante. O mero receber a aprovação racional dos homens sem haver o derramamento
da vida de Cristo neles é obra de vaidade.
Disciplina de Deus
Tal lição é muito difícil de
aprender. A carne do homem rebela-se contra Deus por gostar de pecar e por não
desejar obedecer à lei de Deus. Ainda que tente agradar a Deus, a carne
proclama sua independência dele como se pudesse servi-lo sem esperar o poder
que dele vem. Assim jamais dependerá do Espírito de Deus. Enquanto busca a
verdade, a carne mental do homem tem a tendência de pensar que sua própria
sabedoria já é suficiente. Deus, portanto, é forçado a deixar que seus filhos
passem por experiências dolorosas a fim de ensinar-lhes que tudo o que é obtido
por seu próprio poder, com sua própria sabedoria não pode ajudá-los nem aos
outros, e que se disponham a deixar toda a sua força e sabedoria carnais e
buscar o Espírito Santo e seu poder. Por exemplo, muitas obras parecem ter um
início promissor mas logo perdem seu apoio entusiasta inicial e gradualmente
desaparecem de modo a alertar os obreiros de Deus de que algo deve ter saído
errado. O excitamento da carne dura muito pouco. Desta forma Deus leva seus
servos a reconhecer quão vazias e vãs são suas obras e que comecem de novo com
o Espírito Santo. Quão dolorosa deve ser tal experiência!
Ou tome como outro exemplo da
disciplina de Deus a situação seguinte. Há muitos crentes que pensam saber
muito. Pensam ser mais do que vencedores porque conhecem muitas verdades.
Entretanto, pela vida, são derrotados vez após vez. Embora tentem com todo o
seu esforço agarrar-se a estas verdades, ainda se encontram em desamparo, pois
no tempo da batalha as verdades que conhecem tão bem transformam-se em armas de
palha. Choram e derramam muitas lágrimas. Podem ser as verdades de Deus
erradas, ou há alguma outra coisa errada? Oh, Deus quer que eles percebam que
somente o Espírito Santo pode manejar a Espada do Espírito (que é a palavra e a
verdade de Deus). Quando a carne tenta usar a Espada do Espírito é como Davi
tentando usar a armadura de Saul, totalmente inadequada para sua batalha com
Golias. Embora conheçam muito bem a verdade mentalmente, estas pessoas não
dependeram do Espírito Santo para tornar sua vida em verdade.
O processo de receber a verdade
A verdade de Deus geralmente
vem ao crente em dois passos sucessivos: (1) na mente e (2) no espírito.
Frequentemente vem ao espírito depois de vir à mente. O espaço de tempo pode
ser de vários meses ou até mesmo vários anos. Depois de Deus conceder certa verdade
a um crente (isto é, depois que o crente começa a conhecer esta verdade em sua
mente), ele operará no ambiente para levar o crente ao ponto de não poder
vencer a não ser mediante essa verdade. Aí então o crente conhecerá a verdade
no poder do Espírito Santo e terá experiência satisfatória dessa verdade. Quão
triste, entretanto, é que assim que o crente conhece a verdade de Deus em sua
mente, fica tão contente com isso que não procura ter uma experiência dela, ou
começa ensiná-la a outras pessoas. E assim fica difícil para Deus levá-lo à
realidade da verdade.
Poder: o sinal inegável
No passado, muitas vezes
demos ênfase ao fato de o Espírito Santo ser cheio de vida e de poder; logo,
tudo que é do Espírito de Deus, sem exceção, terá vida e poder em si. De modo
que quando vemos uma pessoa que conhece certa verdade mas essa verdade não
ajuda sua vida espiritual nem lhe dá poder, uma vez que meramente lhe enche a
mente com um lindo pensamento mas não o socorre no tempo de tentação, duvidamos
haver nessa pessoa a obra do Espírito de Deus. Não fiquemos satisfeitos com
palavras significativas. Devemos buscar o poder de Deus. São muitas as vezes em
que as pessoas falam da verdade do Espírito Santo sem possuir nem um pouquinho
de seu poder. O de que o crente precisa nada mais é que vida de Deus.
É interessante notar que se a
pessoa compreende a verdade de Deus com a mente, deve exercitar-se com
frequência a fim de apegar-se a esta verdade. Mas se conhece a verdade no poder
do Espírito Santo e a mantém nesse mesmo poder, não precisará apegar-se a ela
no tempo de necessidade, como a pessoa que se afoga procura agarrar a corda que
lhe é atirada; antes, ela mesma será segurada e salva pela verdade mediante o
Espírito Santo. Esta distinção é bem evidente.
Compreendamos que a verdade
de Deus, à parte do Espírito de Deus é morta. Assim como não se pode
interromper a vida do homem momentaneamente, da mesma forma, o poder dado pelo
Espírito deve ser sempre renovado e suprido. O que o Espírito de Deus faz em
determinada ocasião pode não ser o que fará em outras. Cada conta to com ele
traz novo poder. Nossa comunicação com o Espírito Santo não é de uma vez para
sempre. Por este motivo, ao recebermos a verdade de Deus devemos depender
continuamente do poder de Deus. Quando, por exemplo, ouvimos as experiências
espirituais dos outros, naturalmente tentamos imitá-las. Esperamos que Deus
nos conduza da mesma maneira e dê-nos o mesmo resultado. E quantas vezes
ficamos desapontados com isso!
Tal acontece porque a
experiência deles procede do Espírito Santo e a nossa é puramente mental. Deus
tem de permitir que nos desapontemos muitas vezes para que o procuremos
dependendo diretamente do Espírito Santo. A imitação mental é
completamente fútil.
E esta mesma conclusão pode
ser aplicada ao citarmos passagens bíblicas a fim de ganharmos poder
espiritual. Presumimos que uma vez que a Bíblia foi inspirada pelo Espírito
Santo, deve haver poder em citar mais palavras dela. Para surpresa nossa,
entretanto, o resultado é negativo. E por quê? Porque o Espírito Santo deve
falar de novo e com novidade.
O que devemos procurar hoje,
portanto, é que o Espírito Santo nos dê vida mediante a verdade. Devemos buscar
sua revelação e sua aplicação. Devemos permitir que ele transfira a verdade de
nossa cabeça para nosso coração. Que possamos crer na Palavra de Deus com todo
o nosso coração, acreditando que tudo o que ele diz é verdade. Que nunca
possamos estar contentes com o conhecimento de meras teorias.
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