Isaías
57:14-2
Texto: Nm.6:22-26; Is.23; Lc.2:8-14; Jo.14:16-31;
Rm.5:1-11;
Ef. 2:11-22; Cl.3:13-23.
INTRODUÇÃO
“SHALOM!”
Esta é a palavra hebraica que no A .T. é traduzida por paz.
Paz
é algo tão importante e necessário que, sem ela a vida perde o seu sentido. É
um desejo comum a todas as pessoas, especialmente nesses dias tão agitados e
turbulentos que temos enfrentado. Paz não é um dom de Deus pois se assim fosse
o mundo não estaria em guerra, a paz é dom do espírito humano, daí o texto:
“...se possível tendes paz uns com os outros”
se possível - este “se possível” diz respeito a nos pois em relação a
Deus sabemos que Ele é Deus dos impossíveis.
O
ensinamento bíblico a respeito da paz é riquíssimo. Tanto no Antigo como no
Novo Testamento, a palavra é verificada dezenas de vezes.
No
estudo de hoje buscaremos uma compreensão mais ampla e bíblica desse fruto do
espírito.
VISÃO BÍBLICA
1-
O que Jesus falou
acerca dos pacificadores? (Mt.5:9)
2-
Como Paulo descreve
a paz de Deus? (Fp.4:7)
3-
De que forma o
cristão deve aguardar a vinda do Senhor? (2ª Pd.3:14)
DEFINIÇÃO DO TERMO
Paz é mais
do simplesmente ausência de guerra. É a palavra correta para caracterizar o
relacionamento harmonioso do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com
o seu semelhante. Na análise de William Barclay, paz “descreve a saúde do
corpo, o bem-estar e a segurança, a prefeita serenidade e tranqüilidade, uma
vida e um estado em que o homem tem um relacionamento perfeito com o seu
próximo e com Deus”. O referido teólogo resume tudo isto, dizendo: “A paz é o
relacionamento certo em todas as esferas da vida”. No N.T., a palavra traduzida
por paz é “EIRENE”, a equivalente em grego á hebraica “SHALOM”. Notem: a
palavra “eirene” não faz lembrar PERENE?
APLICAÇÕES
I – A PAZ É UMA NECESSIDADE
DO SER HUMANO
A procura
de paz é algo comum a todas as pessoas em todas as épocas e em todos os
lugares. É uma necessidade inerente ao ser humano.
Vários
são os fatores que se somam para perturbar e roubar a paz. Mas, com certeza, a
rebelião do homem contra Deus pela desobediência – desde o Éden – é o fator
causal da falta de paz, pois “o pendor da carne é inimizade contra Deus”
(Rm.6:6-7). As circunstâncias apenas aumentam a necessidade de paz.
O
texto de Isaías fala de um povo sem paz. Uma liderança apegada ás coisas vãs e
opressoras (56:9-12), onde a morte significava para o justo a libertação desta
calamidade (57:1-2). Também a ilusão da idolatria estava tirando as
possibilidade de paz.
O
mondo de hoje é também um mundo sem paz. No anseio de paz, muitos se entregam a
busca vãs: na idolatria, na astrologia, no ocultismo, no esoterismo, na
jogatina e em tantas outras práticas que retratam a vida aflita e agitada das
pessoas sem Deus. Tais pessoas são comparadas pelo profeta ao “mar agitado, que
não s pode aquietar” (v.20).
“Este
ano quero paz no meu coração...” diz a canção popular, que traduz muito bem
essa necessidade humana.
II – A PAZ É UMA EXPERIÊNCIA
POSSÍVEL SOMENTE NO SENHOR
De acordo
com o texto, o Senhor é o autor da paz (57:18-19).
Nas
profecias vétero-testamentárias acerca de Cristo, Ele é apresentado como aquele
que traz a paz. Notem que Jesus diz que
veio trazer-nos espada, membros de famílias uns contra outros. Jesus deu-nos os
ensinamentos que faria guerra entre as duas naturezas que há entre nós, bem e o
mal. Cristo trouxe-nos paz após a consolidação do ensino de Jesus. O Evangelho
só traz mensagens contra o nosso velho homem. A este velho senhor o Evangelho
traz o antídoto para mata-lo. Cristo ressuscitado vem exatamente trazer vida
naquele que o Evangelho matou ressuscitando-o com uma nova vida, com o NOVO
NASCIMENTO.
O
Evangelho não agrada ao velho homem pois o homem não conhece nada de Deus e só
serve de escândalo para Jesus. Satanás, opositor, só entende de homens e não de
Deus (Mt.16:23).
O
profeta Isaías, em relação a Cristo, o chama de “Príncipe da Paz” (Is.9:6-7).
O
profeta Miquéias, por sua vez, se refere a Ele, dizendo: “E este será a nossa
paz” (Mq.5:2-5ª).
Quando
do nascimento de Jesus uma multidão da milícia celestial proclamou glória a Deus
e paz na terra (Lc.2:13-14).
E
o próprio Senhor Jesus ao despedir-se dos discípulos lhes fez a promessa da paz
(Jo.14:27)
A
paz verdadeira é uma experiência possível somente no Senhor. É por isso que Ele
salienta que a paz por Ele oferecida é dada não como a dá o mundo. A instável
paz dada pelo mundo é circunstancial, tem uma conotação profundamente
materialista e complexa. Compreendendo isto, o poeta declara em sua canção:
“Você pode Ter a casa repleta de amigos, paredes e pisos cobertos de bens: ter um
carro do último tipo e andar conforme der na cabeça; mas nunca terá a paz que
existe lá dentro, que não se encontra pra poder comprar, porque esta paz só tem
a pessoa que se encontra com Cristo”.
Nas
cartas do N. Testamento, por diversas vezes o Senhor é chamado de “O Deus da
paz” (Rm.15:33; Fp.4:9; Hb.13:20-21).
III – É UMA BENÇÃO
DECORRENTE DO ACERTO DA VIDA COM DEUS
É
preciso compreender que paz é muito mais que simplesmente estabilidade
econômica e financeira, segurança, falta de contas para pagar ou ausência de
conflitos. Paz é um estado de espírito decorrente do acerto da vida com Deus.
Não basta apenas desejar e pedir esta paz. É preciso acertar a vida com Deus
para recebê-la, porque “Para os perversos, diz o meu Deus, não há paz” (57:21).
A paz é, portanto, um estado de espírito que toma conta daquele que acerta sua
com Deus (Rm.5:1).
O
salmista apresenta o seguinte conselho: “Procura a paz, e empenha-te por
alcançá-la” (Sl.34:14). Esse empenho implica no acerto da vida diante do
Senhor, pois, no mesmo versículo o salmista antes recomenda: “Aparta-te do mal
e pratica o que é bom”.
A paz não é uma conquista humana, ou
que esteja em qualquer parte de sua alma: mente, vontade e emoção, é um fruto
do espírito. É algo experimentado em sua amplitude pois a paz é de Deus,
portanto é um dos tesouro escondido no vaso de barro, dentro de nosso espírito
(2ª Co.4:7). A paz é uma conquista e somente por aqueles que confiam no Senhor
e nos quais o Espírito de Deus age livremente
(Is.26:3; 48:28-22).
IV- É UMA CONDIÇÃO DE VIDA
QUE PRECISA SER PROMOVIDA
Ensina-nos
a Bíblia que “Deus não é de confusão; e, sim, de paz” (1ª Co.14:33). A partir
disso, somos chamados a viver em paz e a promover a paz (2ª Co.13:11; Rm.12:18;
Jr.29:7).
Conforme o
ensino de Jesus no SERMÃO da MONTANHA, todo cristão é chamado a ser um
pacificador (Mt.5:9,39-41) Na carta aos
Romanos aprendemos que o Reino de Deus é justiça e alegria no Espírito Santo
(Rm.14:17-19). No mesmo texto somos exortados a promover a paz.
Muitas
vezes, o lar e a igreja se tornam cenários de confusão e inimizade.
Evidentemente, não podemos de forma alguma conviver com esta incoerência na
vida cristã, pois conforme o ensino bíblico de Tiago em sua carta, “é em paz
que s semeia o
fruto da justiça, para os que promovem a paz” (Tg.3:18)
Assumindo
esta conduta, podemos então cumprir a missão proposta pelo compositor sacro:
“Num mundo que sufoca, evoca, canta, toca e sai, vai e anuncia a paz. Aos
homens que carentes, descrentes do amor maior, vai e anuncia a paz”.
O
compromisso tem a experiência da paz. Unindo ao Senhor Jesus, o Príncipe da
paz, através de uma vida de consagração e fidelidade, o cristão é envolvido
pela paz. E esta experiência o impulsiona a promover esta condição de vida que
é uma das marcas principais do REINO de DEUS.
“A paz que
consiste em relacionamento certos não detém de modo fácil ou automático, mas
quando a desejamos de todo o coração e buscamos com toda a nossa mente, usando
todas as nossas faculdades para achá-la, Deus abre a sua mão e dá
abundantemente”.
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