domingo, 13 de julho de 2014

Quantas vezes eu quis


Sermão 24º Dom. Pentecostes - A

Tema:  Quantas vezes eu quis
Texto: Mt 23.34-35

     Há alguns anos atrás, num zoológico, nasceu um casal de hipopótamos gêmeos. Devido a importância do acontecimento, chamaram o prefeito, para ele dar nomes aos dois bebês. Quando o prefeito chegou, houve um problema: a mãe dos filhotes não deixava ninguém chegar perto o suficiente, para saber se eles eram machos ou fêmeas. E os dois bebês, de 18 quilos cada, não saíam debaixo da mãe, tirando apenas o nariz pra fora da água. E ninguém queria arriscar a vida para tentar tira-los e descobrir o sexo. Somente alguns meses depois eles foram “batizados”.

     O hipopótamo mãe não dava bola para as multidões que ficavam do lado de fora da cerca, querendo ver os filhotes. A única coisa que ela queria era alimenta-los bem e protege-los de qualquer perigo.

     No Evangelho de hoje, Jesus não usa hipopótamos, mas uma galinha e seus pintinhos como exemplo. Acho que vocês conhecem o suficiente de pintinhos para saber de que eles nunca ficam longe da mãe. Eles sabem que ela é quem arruma para eles comida, proteção, calor, etc. Um pintinho abandonar a sua “mãe” é contra a natureza, pois foi assim que Deus o criou.

     E isto não vale apenas para hipopótamos e galinhas, mas vale para
todos os animais. - Menos para a maioria dos seres humanos: estes vão contra a natureza, e geralmente deseja viver longe do amor e da proteção de seu Deus, quem o fez.

Assim como uma galinha espalha suas asas protetoras em cima dos pintinhos, assim Deus deseja nos colocar sob a sua proteção. Mas aquilo que nem os animais não fazem, o ser humano costuma fazer com Deus: preferem eles mesmos arrumar proteção para si, seguir o seu próprio modo de pensar, ao invés de aceitar a proteção das asas de Deus.

     É isto que Jesus afirma em nosso texto, dizendo: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não quisestes”. Eles preferiram matar os profetas que Deus enviou, ao invés de escutar aquilo que o Senhor Deus mandou dizer. Como diz em João 1.11: “Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam”.

Isto faz a gente pensar: Como podemos ser tão bobos assim? Como podemos nós, que nos dizemos inteligentes, agir assim de uma maneira tão antinatural? Porque, com certeza, eu, você, e todas as pessoas as vezes tentamos sair debaixo das asas de Deus, para seguir o nosso próprio rumo. Pensamos que não precisamos de Deus.

Quem já morou na colônia sabe que quando um pintinho foge da mãe, esta o chama de volta. E quanto mais demora, tanto mais ela grita. - Assim também Deus faz conosco. Ele nos chama através de sua Palavra.

Na terça feira tivemos a reunião das diretorias das três Comunidades de Joaçaba. E um dos assuntos mais discutidos foi o quanto muitos membros não freqüentam os Cultos. Alguns freqüentam uma vez por mês. Outros somente em datas especiais, ou esporadicamente. E outros faz tempo que não vem, apesar de terem sido procurados várias e várias vezes, tanto pelo Pastor, ou pela diretoria.

E a questão é: Porque eles não vem? Na última revista servas esta questão também é abordada. E é lembrada a Europa, aonde as igrejas estão cada vez mais vazias. Em alguns lugares somente os velhos ainda vão. E o Pastor Oscar, conselheiro das servas, fala que isto é conseqüência de falta de fé. Deus está sobrando. Há tantas outras coisas para fazer. Será que aqui também seguiremos o caminho da Europa, e teremos as igrejas cada vez mais vazias?

Se tomarmos nosso Evangelho, podemos dizer que estamos entrando no mesmo caminho do povo de Israel no tempo de Jesus: o ser humano não quer mais a proteção das asas de Deus. Ele se acha auto-suficiente. Não tem mais tempo pra Deus. Não tem mais amor a Deus. E muitos, mesmo que venham à igreja de vez em quando, no fundo do coração não tem mais a fé verdadeira.

De repente, Jesus também está chorando sobre nosso triste mundo de hoje. Para os moradores de Jerusalém Jesus disse: “Eis que a vossa casa ficará deserta”. Jesus está dizendo: “Vocês não serão mais de Deus, não terão mais a salvação”. Em muitos lugares, as casas de Deus já estão completamente desertas, vazias.

Eu me lembro, do tempo que morava na colônia, o que fazia uma galinha quando o seu pintinho saía debaixo de suas asas. Como disse antes, primeiro ela chamava. Se continuava saindo, ele o empurrava com o bico debaixo de suas asas. E quando o pintinho teimava sempre de novo em sair, a galinha chegava a dar algumas bicadas. Então o pintinho saia correndo para debaixo da choca, e, quando muito, dava só uma “espiadinha” para fora, por entre as penas.

As vezes, Deus também tem que dar umas “bicadas” em nós. A Bíblia diz que Ele usa a “vara”. É quando Deus nos manda problemas, dificuldades, dores e sofrimentos. Tudo para nos chamar de volta. - Por isto, nestas horas, temos que tentar ver o que Deus estará querendo nos ensinar. Nem sempre, mas, as vezes, Deus manda estas coisas porque estamos querendo sair debaixo de suas asas. E sair debaixo das asas de Jesus é destruição certa.

Outra coisa que se vê muito na agricultura é o seguinte: de repente a galinha se “acroca” e começa a gritar de um jeito totalmente diferente, meio desesperada. Então todos os pintinhos correm depressa para debaixo de suas asas. Vocês sabem porque?... É porque a galinha percebeu ou viu algum gavião por perto. E, nestas horas, pintinho longe das asas da mãe está perdido.

Em termos espirituais, tem muito gavião por aí. São as igrejas que oferecem recompensas materiais em lugar da salvação, como a IURD. São os mormons, que não acreditam na Bíblia. São os espíritas, que não crêem em Jesus como Filho de Deus e único Salvador... Além disto, tem por aí tanto pecado, que destrói mais a alma do que um gavião consegue estraçalhar um pinto. Também tem os prazeres e diversões, que engolem muitas pessoas por inteiro, como uma raposa engoliria um pinto.

Jesus, cheio de amor, diz: ”Quantas vezes quis eu...” O amor de Jesus por todos nós é muito maior do que o de qualquer animal por seus filhotes. O amor de Jesus é tão grande, que ele é capaz de dar a sua vida por nós. Fez Ele derramar seu sangue. Morrer, para não termos que morrer.


No Sl 91.3-4 lemos: “O Senhor te livrará do laço do passarinheiro. Cobrir-te-á com suas penas, sob suas asas estarás seguro”. E no Sl 36.7 diz: “Por isso, os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas”. - Lembre-se que as “asas de Deus” sempre estão prontas para te abrigar, proteger, e, especialmente, SALVAR. Amém.

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