É muito importante
saber que Deus tem dois povos: Israel e a Igreja. Mas isso não implica que haja
dois modos de salvação. A Bíblia claramente diz que Jesus Cristo, em Sua obra
redentora, é o Único Caminho, uma vez que judeus e gentios são descendentes do
mesmo homem caído - Adão. Israel é particularmente uma escolha de Deus, por
várias razões. Entre elas:
1 uma
propriedade particular e nação santa (Êx 19:5-6);
2 um
povo que revelaria ao mundo a sabedoria de Deus (Dt 4:5-8);
3 Israel
deveria trazer o Messias ao mundo e a salvação aos gentios (Rm 9:4-5; Jo 4:22).
Estes são aspectos
importantes de Israel. Nenhum cristão deve negar esses aspectos quando leva a
sério as Escrituras. A Igreja é uma obra à parte do povo judeu. Isso por
inúmeras razões.
Vejamos algumas mais importantes:
1 a Igreja
nasceu em Pentecostes e Israel há muitos séculos. Para provar isso lemos em Mt
16:18 que a Igreja ainda seria edificada;
2 a Igreja
só poderia existir após certos acontecimentos no ministério de Jesus Cristo. A
ressurreição e ascensão são inclusos nesses eventos, bem como a capacitação do
Espírito Santo através de dons;
3 a Igreja
é um mistério, referência nunca dada a Israel. Na Bíblia lemos algumas
características que demonstram a Igreja ser um mistério: judeus e gentios são
unidos em um só corpo (Ef 3:3-6); Cristo em cada crente (Cl 1:27); a Igreja
como noiva de Cristo (Ef 5:32); o arrebatamento da Igreja (1 Co 15:51-52);
4 o
relacionamento entre judeus e gentios na Igreja é peculiar, completamente
diferente do relacionamento incrédulo entre ambos (Ef 2:11-16). Deus ainda
salva pessoas judias e gentios combinando-os em um terceiro organismo
completamente novo, a Igreja;
5 a
distinção em Gl 6:16 é clara: “Israel de Deus” é logicamente uma referência aos
judeus convertidos ao Cristianismo. Isso mostra também a separação do Israel
incrédulo, a quem Paulo chama de “Israel segundo a carne” em 1 Co 10;
6 no livro
de Atos, Israel e a Igreja existem simultaneamente, o termo Israel é mencionado
20 vezes e o termo Igreja, 19 vezes.
Israel e a
Igreja são vistos como dois organismos diferentes pela Bíblia. Se fosse apenas
um não haveria necessidade da restauração de Israel.
Não é
correto fundir Israel e a Igreja em um único objeto apenas, pois além de todas
as razões já vistas, lemos no N.T. o arrebatamento da Igreja e não de Israel, o
qual passará pela Tribulação e ao fim da mesma se converterá a Jesus Cristo,
contemplando Aquele a Quem transpassaram.
Uma
distinção entre Israel e a Igreja, conforme ensinada na Bíblia, oferece mais
uma base de apoio ao arrebatamento pré-tribulacional.
ARREBATAMENTO DA IGREJA:
“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim,
eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar
lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver
estejais vós também.” (Jo 14:2-3)
O propósito de Cristo, no arrebatamento, é receber Sua noiva
(o conjunto de todos os salvos do N.T.= igreja) em eterna e bendita união (Ef
5:27; Ap 19:6-8; 22:20). Retirada a Igreja (seu sal), o mundo rapidamente
entrará no mais completo estado de putrefação moral e espiritual (Gn 6:3; Mt
5:13-16; 2 Ts 2:6-8).
Os corpos de todos os que morreram em Cristo (logo, só os
salvos do N.T.) serão ressuscitados. Uma fração de segundos depois, os corpos
de todos os salvos, então vivos, serão transformados.
“Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados
juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim
estaremos sempre com o Senhor.”
(I Ts 4:17)
AS RESSURREIÇÕES:
Imediatamente após a morte, vai-se para um estado real e
consciente: os salvos para o Paraíso, para gozo inefável (2 Co 5:6-9); os
perdidos para o inferno, para sofrimento indescritível (Lc 16:19-31).
A Bíblia ensina sobre a ressurreição física, corporal, literal
(Gn 22:5; 1 Rs 17:21-22; Lc 14:13-14; 1 Co 15:20-22; 1 Ts 4:16-17; Ap 20:4-6,
12-13).
• Há 2 ressurreições distintas:
- A 1ª ressurreição (para a vida) é em etapas:
• Etapa Primícias: Cristo, quando ressuscitou (1 Co 15:23a;
Mt 27:52-53);
• Etapa Igreja: Todos os salvos do N. T., no arrebatamento
(1 Co 15:23; 1 Ts 4:16);
• Etapa das 2 testemunhas do Apocalipse: Moisés e Elias (Ap
11:11);
• Etapa V. T. + mártires da Tribulação: Todos os salvos do
V. T. + os mártires da Tribulação, ao final dos seus 7 anos (Is 26:19; Ez
37:12-14; Dn 12:2-3; Ap 20:4);
• Etapa milênio: Necessariamente haverá ressurreição ou
transformação dos corpos dos salvos do milênio. Mas a Bíblia não dá detalhes.
- A 2ª ressurreição (para a morte): ocorrerá após o Milênio
(Jo 5:29b; Ap 20:5a, 11-13).
A IMINÊNCIA DA VOLTA DE JESUS CRISTO: (Iminência = “a
qualquer momento”)
O momento do
arrebatamento é e sempre foi IMINENTE.
Ao lermos o N.T. veremos que o ensino dado sobre a volta de
Jesus Cristo aqui para arrebatar Sua Igreja é sem que ocorra algum evento
precedente; isto é, não há nenhum sinal prévio e obrigatório para anteceder a
vinda de Cristo à Igreja.
Portanto, o N.T. ensina a volta iminente de nosso Senhor
Jesus Cristo.
O Novo Testamento uniformemente instrui a igreja a olhar
para a volta de Jesus Cristo; ao passo que os santos da Tribulação são
exortados a observar os sinais.
O Que é Iminência?
Uma definição bíblica para um fato iminente é descrita como
segue:
1 Um
acontecimento iminente é aquele que está prestes a acontecer, a qualquer
momento, sendo que outros fatos podem até ocorrer antes, mas nada precisa
ocorrer antes de acontecer o evento iminente. Se houver necessidade de ocorrer
algo antes, então o fato não é iminente.
2 Se o fato
é iminente, não existe um período de tempo pré-determinado ao fato; isto é, ele
pode ocorrer a qualquer momento.
3 Não
existe uma data pré-estabelecida para um evento iminente, seja ela direta ou
implícita.
4 Um
acontecimento iminente não pode ser “em breve”, porque um fato breve precisa
ocorrer dentro de um período de tempo pequeno. Contudo, o fato iminente pode
até ocorrer em um período pequeno de tempo, mas não precisa ser assim para ser
iminente.
Nas
Escrituras lemos a Doutrina da Vinda Iminente de Jesus Cristo à Sua Igreja, nos
seguintes
textos sagrados: 1 Co 1:7; 1 Co 16:22; Fp 3:20; Fp 4:5; 1 Ts
1:10; 1 Ts 4:15-18;1 Ts
5:6; 1 Tm 6:14; Tt 2:13; Hb 9:28; Tg 5:7-9; 1 Pe 1:13; Jd 21; Ap 3:11; Ap 22:7,
12, 20 e Ap 22:17, 20.
Nos textos acima verificamos a doutrina da iminência quando
o leitor é ensinado a aguardar pacientemente a Vinda de Nosso Senhor Jesus
Cristo (observe que não há aviso prévio, apenas diz que Ele virá a qualquer
momento).
A Igreja aguarda Alguém, Uma Pessoa - Jesus Cristo - e não
uma série de eventos, pois todos os sinais que Jesus diz ocorrer em Mateus 24,
por exemplo, estão relacionados com a Tribulação e a volta dEle, com Sua
Igreja, para estabelecer Seu Reino Milenar. Porém, para o arrebatamento não há
nenhum sinal deixado por Ele.
“Maranata” ou “Marah natha” significa Vem Nosso Senhor, um
termo que só tem sentido se a vinda for a qualquer momento, isto é, iminente.
Os cristãos antigos utilizavam esse termo como uma saudação (1 Co 16:22).
Não devemos nos esquecer que uma série de eventos tem
ocorrido nos últimos anos, os quais nos levam a crer na Vinda de Jesus estar
realmente às portas.
Observe que poderá ocorrer ainda este ano ou daqui a vários
anos. A questão é que se vive em dias difíceis (2 Tm 3:1), onde a Igreja de
Jesus Cristo padece, é atacada por uma variedade de investidas, às vezes
partindo de dentro de si mesma.
A volta de Jesus Cristo deve ser aguardada a qualquer
momento, mais agora do que nunca! Pode ser que Ele volte hoje!
[MAR (Senhor) ANA (nosso) THA (vem) Como devemos aguardar a
volta de Jesus (arrebatamento da igreja)?
“Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação
a todos os homens, ensinando- nos que, renunciando à impiedade e às
concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e
piamente, aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do
grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo; O qual se deu a si mesmo por nós
para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial,
zeloso de boas obras.” (Tt 2:11-14) Só alcançaremos o nível espiritual e a vida
santificada que o N. T. ensina, quando a espera pelo Senhor receber tanto
espaço em nossos corações, como o tinha nas igrejas dos tempos apostólicos.
O Dr.
Kaftan disse: “O maravilhoso poder da igreja primitiva residia única e
exclusivamente em sua esperança viva pela volta visível e pessoal de Cristo”.
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