Adora a Deus no "Dia do Senhor?”
"Os ímpios serão lançados no inferno e todas as gentes
que se esquecem de Deus."
Salmo 9.17
Certo pregador do Sudoeste dos Estados Unidos afirmou que o
homem lucra muito mais se observar o descanso semanal do que se trabalhar os
sete dias da semana. Um membro de sua igreja, que foi um dos primeiros a chegar
quando da colonização daquela região, contou o seguinte: "Posso provar o
que nosso pastor ensinou. Quando nos mudamos para cá, estávamos na frente de
todos. No primeiro domingo da viagem, soltei os cavalos e tirei a Bíblia para
ler.
Os outros perguntaram-me: Ora, não quer viajar hoje? Respondi-lhes que não
deixei o meu Deus em casa quando parti para a viagem, e que os animais e a
família precisavam de descanso. Todos os companheiros continuaram a viagem e,
na primeira semana, alcancei-os só na quinta-feira.
Na segunda semana,
alcancei-os na terça-feira e, depois, não me alcançaram mais; cheguei aqui
quinze dias antes de qualquer um deles; os cavalos estavam fortes e a carroça
em boas condições. Os outros companheiros perderam cavalos, membros de suas
famílias adoeceram, e as carroças deram trabalho". Este filho de Deus
tinha setenta anos de idade quando contou este caso; tinha sempre descansado no
domingo e quase nunca se ausentou dum culto.
Uma fábrica nos Estados Unidos ganhou destaque nos jornais
de sua época, pois, trocando a semana de sete dias pela de seis, conseguiu
atingir a produção exigida pela crise econômica do pós-guerra. A fábrica provou
que tinha condi¬ções de produzir mais, concedendo um dia de descanso aos seus
funcionários.
Num cartaz fixado na parede da missão de Robert Brown, em
Nova York, lia-se o seguinte: "A décima parte do que recebes e a sétima
parte do teu tempo pertencem a Deus". O "cheiro suave" que os
crentes do mundo inteiro ainda usufruem do ministério de Brown é prova cabal da
validade deste conceito.
O leitor conhece um crente espiritual, robusto e próspero,
que não descansa no domingo e não o separa como dia de culto ao Senhor?
Esta advertência continua a ecoar aos ouvidos desta
gera¬ção: "Os ímpios serão lançados no inferno e todas as gentes que se
esquecem de Deus (SI 9.17)". Se não dedicarmos pelo menos um dia da semana
para nos lembrarmos de Deus, cairemos no mesmo pecado do povo antediluviano:
"Comi¬am, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé
entrou na arca". Todas estas coisas são lícitas, mas não o são quando
concorrem para nos esquecermos de Deus.
Há uma ceia, mais que qualquer outra, que é exclusiva¬mente
do Senhor Jesus (1 Co 11.20). Igualmente há um dia que é exclusivamente do
Senhor (Ap 1.10). Neste dia, que é o primeiro da semana, Ele, vencendo as
ânsias da morte, ressuscitou. Pode haver uma maneira melhor que a de João em
Patmos que, em espírito, guardou este dia?
Podemos imaginar este apóstolo retirado inesperadamente do
meio de seus amados irmãos em Éfeso, e, agora, na solitária ilha de Patmos,
lembrando-se, talvez, da Ceia do Senhor.
Parecia que o inimigo estava destruindo a Igreja. Mas João,
arrebatado pelo Espírito, suplicava por eles.
Para muitos crentes, o domingo, em vez de ser o Dia do
Senhor, como o era para João em Patmos, tornou-se feriado em que se dorme um
pouco mais, visita-se e faz-se outras coisas que não se quer fazer durante a
semana. Por causa disto não seria demais dizer: "Há entre vós muitos
fracos e adoentados e não poucos dormem".
Nossas mais sagradas recordações não são apenas as dos
cultos domésticos, mas também as dos domingos. No dia anterior preparávamos até
as refeições. No "Dia do Senhor" não havia outro cuidado a não ser o
das coisas espirituais. Nossos pais nos levavam ao colo, alguns quilômetros,
até a "casa de Deus". Mais tarde estávamos na Escola Dominical, onde
recebíamos uma grande parte daquilo que hoje são os alicerces de nossas vidas.
E o dia sempre findava com uma gloriosa reunião onde todos sentíamos o poder do
Espírito Santo.
Perguntamos aos pais: Vossos filhos podem temer a Deus se
não os ensinardes a freqüentar e a reverenciar aos seus cultos? A maior parte
dos que lamentam o desvio de seus filhos, são obrigados a confessar que não
primavam pela observância do dia do Senhor.
Aqueles que assistiram à Semana Bíblica em Recife, em 1938,
creio que se recordam de como o pastor convidou a todos a passarem o primeiro
domingo no templo, ministrando perante o Senhor (Atos 13). Desde a madrugada e,
durante o dia todo, estávamos em jejum e oração. E Deus respondeu-nos, chamando
uma multidão de pecadores para a salvação naquela noite e nos dias que se
seguiram.
O exemplo deste grande estadista não foi mais notável do que
o de Francês Ridley Havergal, que apresentou as seguintes razões, porque
assistia aos cultos nos domingos chuvosos:
1) Deus
abençoou o dia do Senhor e o santificou, não fazendo exceção de dias frios nem
de mau tempo.
2) Espero
assistir meu pastor; seria grande a surpresa se ficasse em casa por causa do
tempo.
3) Se suas
mãos falhassem por fraqueza, sei que a culpa seria minha se eu não o
sustentasse com minhas orações e presença.
4) Se me
ausentar poderei, assim, perder as orações que podem trazer-me a bênção e o sermão
que seria para o meu bem.
5) Há mais
necessidade da minha presença nos domingos quando poucos assistem, do que nos
dias quando a igreja está repleta.
6) Seja qual
for o meu lugar na igreja, o meu exemplo deve influenciar os outros. Se eu me
ausentar, por que não o farão os outros?
7) Qualquer
negócio importante não me obriga a ficar em casa por causa da chuva. Assistir à
igreja é, perante Deus, tão importante como qualquer negócio.
8) Dentre as
multidões que procuram divertimento, noto que não há mau tempo capaz de evitar
que a mulher fraca assista ao baile ou ao teatro.
9) Tal tempo
revela para mim sobre qual fundamento a minha fé está edificada; prova quanto
amo a Cristo. O amor verdadeiro raramente falha no cumprimento da promessa de
encontrar um amigo no lugar marcado.
10) Aqueles que
se ausentam do culto porque faz calor, frio OU por causa de chuva,
freqüentemente perdem também os domingos de tempo bom. Não quero dar o primeiro
passo no sentido de me ausentar da casa de Deus.
11) Há promessa
especial, garantindo que, onde dois ou três estiverem reunidos em nome do
Senhor, Ele estará no meio deles.
12) A ausência
que se pode evitar, e não se evita, é prova de decadência espiritual. Aos
discípulos que seguem a Cristo de longe, como Pedro, não custa chegar a
desconhecê-lo.
13) Não sei
quantos domingos mais Deus quer conceder-me, e não estarei inteiramente
preparado para meu primeiro domingo no céu se tiver descuidado do meu último na
terra
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