Posted by : Francisco Souza
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
A Vida Com Deus Entre os Irmãos
Não é possível ter uma boa relação com Deus sem ter uma boa relação com os irmãos. I João 4.20. Consideremos algumas coisas:
1. O AMOR
Há diversos aspectos de amor, ou seja, o amor de Deus, o amor a Deus, o amor ao
próximo, o amor entre esposo e esposa, o amor ao inimigo, etc. . Mas o tema que
nos interessa, o que estamos estudando é o amor fraternal, isto é, o amor entre
irmãos. Jesus disse que o que sobressairia na comunidade dos discípulos seria o
amor entre si, “nisto conhecerão que sois meus discípulos se tiveres amor uns
pelos outros” (João 13:55). Este é o mandamento
principal
e fundamental entre irmãos. O contrário do amor não é necessariamente o ódio,
mas o egoísmo que leva ao individualismo. O egoísmo se manifesta por um cuidado
excessivo por mim mesmo e desinteresse pelos demais. Nota-se isto quando todos
os afetos e esforços convergem para si mesmo. Por outro lado, amar é dar-se,
entregar-se, o que nos leva a vida comunitária.
1. O
QUE AMA ESTÁ CUMPRINDO A LEI
Quando
perguntaram a Jesus (Mateus 22:36-40). “Mestre, qual é o grande mandamento da lei?”.
Jesus respondeu, resumindo todos os mandamentos em somente dois: amar a Deus e amar
ao próximo. O fato é que os dez mandamentos se dividem da seguinte maneira: os
primeiros
quatro se conferem a deveres para com Deus e os seis restantes dizem respeitos
aos meus semelhantes. Em relação a Deus, o mais importante é amar-lhe com todo
o meu ser, e em relação ao nosso próximo o mandamento maior é também AMAR-LHES.
Não é que os
demais
mandamentos não são importantes, mas se verdadeiramente amo meu próximo não furtarei,
não o desonrarei, não lhe mentirei, não cobiçarei, não lhe matarei, não adulterarei,
etc. Paulo
declara: Porque toda a lei se cumpre nesta palavra: Amarás a teu próximo
como
a ti mesmo (Gálatas 5:14,15). Também
diz: O que ama ao próximo tem cumprido a lei (Romanos 13:8-10). Como
também o que ama a seu próximo, não só evitará fazer-lhe mal, mas
principalmente far-lhe-á o bem. Deste conceito surgiu o dito de Santo
Agostinho: ame a teu irmão e faze o que quiseres.
2. O
MANDAMENTO NOVO E PRINCIPAL QUE JESUS ENSINOU
Um
novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros como vos tenho amado,
assim amai uns aos outros (João 13:34;
15:12,17; I João 2:7-10; 3:23).
Por que
este é um mandamento novo? Moisés já havia dito: “Amarás ao teu próximo como a ti
mesmo” (Levitico 19:18). O novo do mandamento de Jesus consiste em que nos amemos
COMO
ELE NOS AMOU.
Jesus é
a encarnação do amor. Nunca ninguém pode dizer: “Ame assim como eu lhe amo”. Jesus
é a medida e expressão concreta, prática e visível do amor. Seus discípulos
puderam apreciar o amor em uma dimensão prática e não em definições teóricas.
Jesus nos atinge e transforma a vida com este mandamento:
DEVEMOS
AMAR NOSSOS IRMÃOS COMO
JESUS
NOS AMOU. Podemos dizer: da mesma maneira, com o mesmo interesse, com a
mesma
força, com a mesma plenitude, com o mesmo espírito, com as mesmas implicações, com
o mesmo compromisso (João 3:16 e I João 3:16)., recordemos que o propósito de
Deus é que sejamos iguais a Jesus em tudo. O rasgo principal e que sobressai na
vida e caráter de Jesus é o seu amor para conosco. É um mandamento: o que se
faz com um mandamento? Simplesmente se obedece. Cristo não apela a nossos
sentimentos, mas a nossa vontade. Se o amor ao meu irmão se baseasse nos meus
sentimentos seria um amor débil e flutuante.
Determino
amar a meu irmão em obediência ao Senhor; é um mandamento e eu obedeço; na obediência
rompe-se o poder que já estava dentro de mim pelo Espírito. Depois os
sentimentos
seguirão a minha ação. Na obediência com fé se desata a benção de Deus. (Tiago 1:26,27
/ Mateus 5:21-22 / Romanos 12:10 / Colossenses 3:14/ I Tessalonicenses 4:9 / I
Pedro 2:17 ; 3:8 / Hebreus 13:1 / II João 5,6 / I Tessalonicenses 5:12-22).
3.
AQUELE QUE NÃO AMA A SEU IRMÃO PERMANECE EM TREVAS
E MORTE
O amor
a nosso irmão é a prova de nossa permanência em Cristo. É o teste que demonstra
se estamos na vida do Senhor ou em trevas. A primeira epístola de João é muito
clara e objetiva neste respeito:
Leiamos
com cuidado I João:
2:9-11 “o
que aborrece a seu irmão está em trevas”
3:10,11
“o que não ama a seu irmão não é de Deus”
3:14 “o
que não ama a seu irmão permanece na morte”
3:15 “todo
aquele que aborrece a seu irmão é homicida”
4:7,8 “todo
aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”
4:20,21
“se alguém diz: “amo a meu irmão e o aborrece, é mentiroso”.
É
impossível seguir a Cristo e não amar a seu irmão, a qualquer irmão, a todos os
irmãos.
4. O
AMOR É A ÚNICA MOTIVAÇÃO LEGÍTIMA PARA A PRÁTICA
DA VIDA
CRISTÃ
Se
tivesse todos os dons e a maior consagração e sacrifício e não tenho amor, nada
sou e isso de nada serve (I Coríntios 13:1-3). Isto é: o verdadeiro e genuíno
amor deve ser nossa mais íntima motivação em cada coisa, em cada ação. Deus não
nos mede pelas ações exteriores, nem pela operação dos dons, ele não olha
unicamente para a intensidade de nossos esforços e sacrifícios pelos irmãos,
mais ele olha os nossos corações para ver se o que nos move em nossas ações é o
amor de Deus.
Os serviços e ações mais sagrados como orar, jejuar, dar esmolas, pregar, profetizar, etc., podem vir de motivações impuras tais como ostentação, vanglória, disputas etc. . Se a profunda intenção do coração não é AMOR, o que faço não tem valor, é vaidade. Muitas vezes é normal ter uma mistura de motivações, é por isso que precisamos
Os serviços e ações mais sagrados como orar, jejuar, dar esmolas, pregar, profetizar, etc., podem vir de motivações impuras tais como ostentação, vanglória, disputas etc. . Se a profunda intenção do coração não é AMOR, o que faço não tem valor, é vaidade. Muitas vezes é normal ter uma mistura de motivações, é por isso que precisamos
Freqüentemente
da operação da cruz em nosso homem interior para que, despojados de toda intenção
natural, estejamos imbuídos e motivados pela vida de Cristo em nós e o amor de Cristo
governe nossas ações. A operação da cruz deve preceder, acompanhar e penetrar
nossas intenções em cada coisa que fazemos (I Coríntios 13:4-7).