Posted by : Francisco Souza
terça-feira, 5 de novembro de 2013
A Exaltação de Cristo e A Ceia do Senhor
I CORÍNTIOS 15.1-8 Quando Jesus ensinou os discípulos sobre a ceia, ensinou que essa ordenança, que anuncia “a morte do Senhor”, deve ser observada “até que venha” (I Co 11.26). A ceia do
Senhor anuncia claramente a humilhação de Cristo, pois Ele
esvaziou-se e tomou forma
de servo para ser o Salvador dos pecadores arrependidos
(Filipenses 2.6-8). O fato que o
anúncio da Sua morte deve ser lembrado repetidas vezes, “até que
venha”, declara abertamente
que “Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há
de vir assim como
para o céu o vistes ir” (Atos 1.11).
A Ceia do Senhor é ligada diretamente à ressurreição e
A Ceia do Senhor é ligada diretamente à ressurreição e
à ascensão de Cristo. E a ressurreição e a ascensão declaram a
Sua exaltação.
Se a celebração da Ceia do Senhor anuncia vividamente a
humilhação do Senhor
pela Sua morte, as instruções de celebrá-la, “até que venha”,
proclamam convincentemente
ouvir a exaltação soberana de Cristo pelo Pai.
Os anjos convidaram os discípulos a ver o lugar onde Cristo
jazia (Mateus 28.6).
Vendo o lugar vazio, confirmaram a veracidade da profecia de
Cristo e todos os profetas,
que Ele ia ressurgir. O testemunho ocular do túmulo vazio
deveria ter fortalecido a fé
dos discípulos na obra redentora de Cristo. Cristo foi
ressuscitado para a justificação dos
Seus e para tornar a ser as primícias daqueles que “dormem”
(Gill, comentário de Mateus
28.6; Salmo 16.11; I Coríntios 15.12,20). Portanto, na
ressurreição de Jesus dos mortos,
ao terceiro dia, a exaltação de Cristo é percebida.
A ressurreição de Cristo, ou seja, o próprio ato não foi
testemunhado. Mas foi
verificada gloriosamente pelo fato que Cristo foi visto “por Cefas,
e depois pelos doze.
Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos...
Depois foi visto por Tiago,
depois por todos os apóstolos”, e também por Paulo (I Coríntios
15.5-8).
Essa verificação
Essa verificação
testemunhava da divindade de Cristo (João 20.28 “E Tomé
respondeu, e disse-lhe: Senhor
meu, e Deus meu!”). Por ser ressurreto, Ele foi exaltado, pois
foi “declarado Filho de Deus
em poder” (Romanos 1.4).
AS ORDENANÇAS DA IGREJA
A ascensão e exaltação de Cristo ao céu são de grande
importância. O fato que a
ascensão foi assistida, de dia, pelos apóstolos, manifesta clara
e publicamente a certeza da
Sua divindade, a aprovação Divina da Sua obra redentora e a Sua
exaltação. A ascensão,
que a Ceia do Senhor declara todas as vezes que comemos tal pão
e bebemos tal cálice
“até que venha”, é importante pelas seguintes razões:
1. Foi uma confirmação da verdade do Evangelho, “grande mistério
da piedade” (I
Timóteo 3.16).
2. Os apóstolos poderiam testemunhar pessoalmente da verdade,
claramente vista
por todos, que Jesus verdadeiramente está no céu. Disso não
deviam ter dúvida. Ressaltou
também a verdade que o reino de Cristo é espiritual, e não, até
este ponto pelo menos,
terreno.
3. Ressaltou que Cristo terminou a obra que o Pai O deu a fazer
na terra (João
17.4; 19.30).
4. Abriu o caminho para o Espírito Santo descer para fazer a Sua
parte na obra da
redenção (João 16.7).
5. Abriu o caminho para Jesus começar outra obra celestial: a de
intercessão. No
Velho Testamento, o sumo sacerdote não só fazia a expiação, como
também apresentava o
sangue do holocausto diante da presença de Deus, no
propiciatório, para o povo (Levítico
16.11-14). Cristo fez o mesmo ainda mais gloriosamente (Hebreus
9.7,8,11,12). Essa
obra de representação em prol dos Seus obtém, para nós, a graça
e misericórdia necessária
para uma vida cristã vitoriosa (Hebreus 4.16).
6. Jesus exaltado assumiu o exercício do Seu ofício de Rei (I
Coríntios 15.25) (Barnes
New Testament Notes, Online Bible, comentário de Atos 1.9).
7. Manifestou Cristo com sendo verdadeiramente Deus (I Timóteo
3.16).
“E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se
manifestou em carne,
foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos
gentios, crido no mundo,
recebido acima na glória” (I Timóteo 3.16).
O fato que Cristo foi “recebido acima na glória” determina a Sua
exaltação, pois Ele
voltou a manifestar a glória que tinha com Seu Pai, antes de
ocultar tal glória, ao esvaziar-
-se e tomar a forma de servo (João 17.5, 24). Tudo que envolve
Cristo sendo “recebido
acima na glória” faz parte, “sem dúvida alguma” de um “mistério
da piedade”.
Paulo ensina Timóteo um “mistério”, algo que foi oculto para os
do Velho Testamento, agora entendido na Pessoa e Obra de Cristo. Parte deste
grande mistério refere-se
a Sua ascensão ao céu. “Nenhum evento foi maior, em todo o
universo, do qual temos
de ter feito a redenção de um mundo” (Barnes New Testamente
Notes, Online Bible,
comentário de I Timóteo 3.16). Portanto percebemos a Sua exaltação
pela singularidade
da Sua ascensão.
Os gentios daquele dia, como muitos povos hoje, tinham filosofias
religiosas que
continham muitas invenções misteriosas. A consideração do mistério
de piedade, de Jesus
Cristo, superou gloriosamente qualquer invenção do homem. Esse
mistério, revelado pela
vida de Cristo, culminou-se em Cristo sendo recebido em cima, e
assim Ele anunciou a
Sua superioridade e divindade (John Owen, Cristologia).
A ressurreição e a ascensão de Cristo anunciam a exaltação de
Cristo, pois, por ser
recebido em glória, Cristo é estabelecido para julgar o mundo. Atos 17.31: “Portanto
tem
determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão
que
destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos”. João 5.22, “E
também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo”. Este
juízo é dado ao Filho
“para que honrem o Filho” (v.23), exaltando-O. Essa exaltação, como Juiz, manifesta que
devemos a nossa obediência a Deus por Cristo, pois nós devemos,
no fim, “compadecer
ante o tribunal de Cristo” (Romanos 14.10-12). Deus nos julgando
pelo Filho exalta-O,
pois para julgar necessita de poder e autoridade, os quais
o Pai tem dado ao Filho (Mateus
28.18).
A exaltação de Cristo é manifesta por Deus, “segundo a operação da
força do Seu
poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-O dentre os
mortos, e pondo-O à Sua direita
nos céus”
(Efésios 1.19,20). Nesta posição de exaltação, Cristo estará quando Deus julgar
todos no último julgamento.
Salmos 18.37-46 refere-se à glória que Deus recebe por Cristo
vencer sobre todos
os seus inimigos, que são: os anjos que caíram, o próprio Satanás,
e todo homem que
não ama os Seus mandamentos (Apocalipse 20.7-15; I João
2.4-6,15-17,22-23; Mateus
7.21-23). A Ceia do Senhor manifesta essa gloriosa exaltação de
Cristo, pois nos focaliza
não somente na Sua humilhação, mas também na Sua ascensão, e,
consequentemente, na
glória da Sua exaltação. Até que Ele venha, Ele goza da exaltação
soberana que Deus lhe
Cristo foi exaltado pela Sua ascensão e virá, em juízo, sobre
todos que não se curvaram
a Ele como Senhor. Portanto, não se contente com uma vida moral e
religiosa,
mas que não é submissa ao Rei Jesus, que com retidão julgará o
mundo (Atos 17.31).
Pela exaltação de Cristo sobre a morte, sobre o pecado, sobre
Satanás e sobre qualquer
outro nome ou poder, convém a nós examinar a nós mesmos se estamos
nEste exaltado
Salvador e Juiz (II Coríntios 13.5 “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis
na fé;
provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que
Jesus Cristo está em
vós? Se não é que já estais reprovados”).
A exaltação de Cristo anunciada pela Ceia do Senhor, sendo
celebrada até que Ele
venha, nos impele a fazer a nossa vocação e eleição firme. A nossa
eleição é confirmada
quando o homem novo é exteriorizado pela obediência da Palavra de
Deus, com temor
e tremor (Filipenses 2.12). Como vai a sua obediência? O Cristo
exaltado por Deus é
exaltado pela sua vida Cristã? Então se pode tomar a Ceia do
Senhor anunciando a Sua
morte, até que Ele venha.
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