Posted by : Francisco Souza
domingo, 10 de novembro de 2013
João Batista foi um profeta que marcou a sua geração
João Batista foi um profeta que marcou a sua geração. Um arauto da verdade, denunciador do erro. Foi um mensageiro que propagou o arrependimento como caminho para a salvação. Foi voz, não éco. Foi profeta, não mercenário. Foi um homem acima de tudo comprometido com a verdade. Foi um mensageiro inegociável e não um paroleiro mercadológico. Preferiu ser um sentinela inovador do que um profeta acomodado.
Na sua época o ritual do batismo já era comum, os judeus pregavam o batismo para os gentios. Acreditavam que, por pertencerem a árvore genealógica de Abraão, estavam livres da necessidade de se arrependerem. Que conceito errado! Todos necessitamos de arrependimento. Ninguém é tão santo que nunca tenha cometido pecado. Ninguém é tão correto que nunca tenha errado.
João
Batista foi o primeiro a pregar o batismo entre judeus. Rompeu com a opinião
unânime da massa judaica que caminhava a passos largos para o precipício,
direcionados por uma falácia fantasiada de verdade. João Batista dizia que não
lhes bastava apenas serem filhos de Abraão, era necessário que demonstrassem
frutos dignos de arrependimento.
Sua mensagem inovadora mexeu com os judeus. A verdade destroí os pressupostos da mentira e provoca um turbilhão onde se instala. Somente a verdade possui poder emancipador. Por este motivo revoluciona o cenário que antes era dominado pelos sofismas. Rapidamente João Batista tornou-se uma figura popular na Palestina. Sua mensagem inflamável e exortativa trouxe uma enorme agitação no mundo de sua época.
Sua mensagem inovadora mexeu com os judeus. A verdade destroí os pressupostos da mentira e provoca um turbilhão onde se instala. Somente a verdade possui poder emancipador. Por este motivo revoluciona o cenário que antes era dominado pelos sofismas. Rapidamente João Batista tornou-se uma figura popular na Palestina. Sua mensagem inflamável e exortativa trouxe uma enorme agitação no mundo de sua época.
Ele
pregou por quatro meses no vau da Betânia antes de partir para o norte, subindo
o Jordão. Dezenas, milhares de ouvintes, de todas as partes vieram para
escutá-lo. Pecadores e religiosos, publicanos, soldados, fariseus, saduceus,
pessoas que vieram das partes da Judéia, Peréia, Samaria e Galiléia. Todos
queriam ouvir a mensagem deste profeta pitoresco e enigmático. Ele arrebatava
discípulos de vários lugares. Os historiadores especulam que João Batista
durante a sua rápida missão batizou aproximadamente 100 mil pessoas. Um
ministério meteórico. Mesmo trilhando o caminho da fama, a vaidade, a soberba,
jamais esteve presente em João Batista. Aquele pregador leonino, jamais deixou
o orgulho entrar no seu coração.
João
Batista não lutou para ter um espaço no templo, preferiu atuar no deserto. Não
fez de seu credo religioso uma vitrine para estampar a sua espiritualidade à
semelhança dos fariseus. Não fez de sua fé um outdoor de autopromoção moral.
Enquanto os sacerdotes queriam visibilidade no templo - o coração da religião
judaica - João Batista optou em ser frutífero. Ensinou onde ninguém queria
ensinar. Fez do ar livre a sua sala de aula. Rompeu o silêncio de um deserto
causticante com os brados do arrependimento. Neste contexto, quando a Bíblia se
refere ao deserto não está querendo dizer região sem vegetação, não arborizado.
Nas línguas originais, quer o hebraico quer o grego, esta palavra significa uma
região não edificada, mas que podia ter tanto zonas completamente estéreis e
outras com alguma vegetação. João Batista não estava fugindo das águas, das
árvores, na verdade estava fugindo da fama, dos holofotes. A sociedade corrupta
na época de João Batista estava carente de homens de Deus. João Batista fugiu
do desejo de se tornar objeto de consumo.
No
ápice do seu ministério João Batista foi abordado por uma comissão inquiridora
que tentava descobrir sua real identidade. Perguntaram se ele era o Cristo. E a
sua resposta exalou simplicidade: “Sou apenas uma voz”. Em outras palavras,
queria dizer: “sou apenas um som que se propaga no deserto”. João Batista fugiu
da fama, da veneração, dos aplausos. Som não tem imagem, portanto, não pode ser
adorado. O som surge e se espalha. Não pode ficar preso. Encarcerar o som é
impedi-lo de se propagar. João Batista, não permitiu que o orgulho entrasse no
seu coração e corrompesse o seu ministério. Mais adiante, quando se encontrou
com Jesus disse que não era digno de desatar as correias das sandálias dos seus
pés. Que humildade! Jesus disse que dos nascidos de mulher, ninguém era maior
do que João Batista. A grandeza de João Batista estava em
reconhecer a sua
pequenez.
Aproveito
esta oportunidade para advertir aqueles que de alguma forma são usados por
Deus. Cuidado com o orgulho! O orgulho é a arma que Satanás tem usado para
destruir os ungidos e destroçar o homem. É um veneno. Foi o orgulho que
expulsou Nabucodonosor para fora da sociedade dos homens, que expulsou Saul do
reinado de Israel, expulsou Adão para fora do paraíso, Hamã para fora da corte,
Lúcifer para fora do céu. O Orgulho transformou anjos em demônios. É o pecado
mais antigo do universo. Agostinho dizia que o “orgulho é o desejo perverso das
alturas” e depois declarou que “o homem deveria ter vergonha de ser orgulhoso,
visto que Deus foi humilhado por amor a ele”. Que possamos extrair o exemplo de
humildade deixado por João Batista. Que possamos ser apenas uma voz...Que clama
no Deserto
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