Posted by : Francisco Souza
domingo, 22 de dezembro de 2013
1. O que
significa a Páscoa?
A verdadeira Páscoa é uma festa anual que comemora a saída
do povo de Israel do Egipto. Na noite anterior a sua libertação o anjo da morte
iria passar a meia-noite para matar todos os primogénitos egípcios, incluindo
os animais, como décima e última praga de Deus sobre o Egipto. Para salvar os
filhos de Israel, Deus ordenou que cada família tinha de tomar um cordeiro
macho de um ano de idade, sem defeito e sacrificá-lo ao entardecer. Parte do
sangue deveria aspergir nas duas ombreiras e na verga da porta de casa. E
quando o anjo da morte passasse e visse o sangue na porta passaria por cima
daquela casa. Daí a palavra “Páscoa”, do hebreu significa “pular além da
marca”, “passar por cima” ou “poupar”. Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os
judeus foram poupados da morte naquele dia. Deus ordenou o sinal do sangue na
porta da csa do Seu povo preparando-o para o advento do Cordeiro de Deus, Jesus
Cristo, que séculos mais tarde viria a Se sacrificar para tirar o pecado do
mundo. (João 1:29)
Naquela noite específica, os Israelitas deviam estar
vestidos e preparados para viajar (Êxodo 12:11). Teriam de assar o Cordeiro e
não fervê-lo, e comê-lo com ervas amargas e pão sem fermento (Êxodo 12:1-14).
Mas o mundo transformou a festa de liberdade de um povo numa festa pagã,
envolvendo coelhos e chocolates.
2. Qual o
sentido da Páscoa judaica para os cristãos?
Para a Igreja Cristã, a Páscoa reúne importantíssimos
simbolismos proféticos para falar do Senhor Jesus Cristo. O novo testamento
ensina que as festas judaicas são “sombras das coisas futuras” (Colossenses
2:16-17 ; Hebreus 10:1), ou seja, apontam a redenção pelo sangue do Senhor
Jesus. Senão, vejamos:
• O âmago
da Páscoa era a graça salvadora de Deus. Ele libertou Seu povo do Egipto, não
porque era merecedor, mas porque o amava e porque era fiel a Sua Aliança com
seus pais (Deuteronômio 7:7-10). Por semelhante modo, a salvação que recebemos
do Senhor Jesus nos vem através da graça de Deus (Efésios 2:8-10 ; Tito 3:4-5).
• O
propósito do sangue aplicado na porta era para livrar da morte o primogénito de
cada família. Esse facto prenuncia o derramamento do sangue do Senhor Jesus, o
Primogénito de Deus, a fim de nos salvar da morte eterna e da ira de Deus
contra o pecado (Êxodo 12:13,23,27 ; Hebreus 9:22). Quer dizer: a salvação dos
primogénitos dos homens pelo Primogénito de Deus.
• O
cordeiro pascal era um sacrifício que serviu de substituto do primogénito de
cada família. Isto prenuncia a morte do Senhor em substituição a morte dos que
O aceitam. Por isso o apóstolo Paulo diz claramente que o Senhor Jesus é o
nosso Cordeiro Pascal (I Coríntios 5:7).
• O
cordeiro macho a ser sacrificado tinha de ser perfeito (Êxodo 12:5), e é figura
da condição de Jesus sem ser pecado (João 8:46 ; Hebreus 4:15).
• Alimentar-se
do cordeiro identificava os filhos de Israel com o sacrifício do cordeiro, o
qual os salvou da morte física. Assim, como no caso da Páscoa, só a morte de
alguém sem pecado, ou seja, perfeito, serviria como sacrifício eficaz para a
salvação da alma. Ao participarmos da Sua carne na Santa Ceia, o fazemos em
memória d’Aquele que não tinha pecado, não tinha culpa ... (I Coríntios 11:24).
Mesmo assim, o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos ... (Isaías
53:6).
• A
aspersão do sangue nas vergas das portas foi feita na base da fé obediente
(Êxodo 12:28 ;
Hebreus 11:28). Essa obediência pela fé resultou então em
redenção mediante o sangue (Êxodo 12:7-13). Da mesma forma, a salvação mediante
o sangue do Senhor Jesus se obtém somente através da “obediência da fé”
(Romanos 1:5 ; 16:26).
A IURD também celebra a Páscoa do seu povo no terceiro
domingo de Agosto, logo após a campanha de fé do monte Sinai. Assim, como o
povo de Israel foi liberto naquela noite, também o povo da Universal um dia foi
livre dos egípcios espirituais, ou seja, dos espíritos destruidores pelo poder
do Espírito do Senhor Jesus Cristo.