Posted by : Francisco Souza
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Quero te fazer dez perguntas?
• Como vai sua
vida?
• Como você tem
vivido seus relacionamentos?
• Como você tem
vivido em família?
• Você tem se
preocupado com o próximo?
• Tem amado aquele
que mais fraco que você?
• Tem amado os que
são mais fortes que você?
• Como você tem
visto a igreja?
• Como você tem
sentido a igreja?
• Como você tem
sido a igreja?
• Como você tem
praticado o ser igreja?
Chega um momento em que realmente precisamos fazer estas
perguntas, para que possamos fazer uma auto-avaliação, para deixarmos de viver
uma mentira, e não sermos hipócritas.
Precisamos nos despertar e fazer uma análise de todos os
fatos e acontecimentos que envolvem nossa sociedade, e identificarmos à luz da
Bíblia onde nos encontramos no espaço-tempo do Kairós e do Cronos,
isto é, no
tempo de Deus, e no relógio da humanidade.
O que está acontecendo conosco, de acordo com Bíblia?
O título de nossa mensagem de hoje é:
Os habitantes da terra do gelo.
O lugar da indiferença e da morte.
Texto: Mateus 24.12
“E por se multiplicar a iniqüidade o amor de muitos se
esfriará.”
No capítulo 24 de Mateus, temos o relato do próprio Jesus,
do que aconteceria nos últimos dias, e neste versículo, temos a tese do texto.
Vivemos momentos onde o homem está cada vez mais frio, e
cada vez mais temos aumentado a população dos habitantes da Terra do Gelo, um
lugar frio e de muita indiferença.
Mais o quem tem gerado este esfriamento? Como o próprio
texto já diz a multiplicação da iniqüidade.
As pessoas se interessam por aquilo que lhe dizem respeito,
seus bens, seus desejos, seus sonhos, seu sustento, sua dor, sua ambição.
O amor próprio tem sido substituído por um egoísmo doentio,
onde o humanismo, e a individualidade, substituem o altruísmo, o interesse
pelas coisas dos outros e pelo reino.
Nós não queremos mais ser benção para o nosso próximo, e sim
queremos a benção dele, e quando não a temos, nós nos colocamos na posição de
crítica e maledicência, pois o outro não fez como e o que nós queríamos, e
sendo assim, temos uma “reverberação” na igreja, isto é, os relacionamentos
interpessoais cotidianos, e os conflitos familiares e relacionais refletem
dentro da igreja, e sendo assim, transformamos a igreja na Terra do Gelo, um
lugar de pessoas indiferentes ao problema do próximo, e de pessoas que só
querem ter seus desejos realizados, e seu ego massageado.
E por se multiplicar a iniqüidade , o amor de muitos se
esfriará.
E como está a igreja diante de uma realidade como esta?
Identificamos alguns aspectos que estão influenciando a
igreja neste nosso tempo:
1.Ausência de submissão
As pessoas cada vez mais, querem fazer as coisas do seu
jeito, conforme o seu gosto e tendências. Querem ouvir mais a voz do seu
coração do que a voz de Deus. E Aqueles que ouvem demasiadamente o seu
coração
podem se dar mal como diz o texto de Jeremias 17.9 e 10:
O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua
doença é incurável.Quem é capaz de compreendê-lo? “Eu sou o Senhor que sonda o
coração e examina a mente, para recompensar a cada um de acordo com a sua
conduta, de acordo com as suas obras.”
Agir de acordo com a própria vontade, transforma a pessoa,
gradativamente em insubmissa, a faz ter problemas com marido, esposo, patrão,
pastor, e entra em um pecado muito sério, transformando-se em feiticeiros e
idólatras como diz o texto de 1 Samuel 15.23:
“Pois a rebeldia é como o pecado da feitiçaria, e a
arrogância como o mal da idolatria. Assim como você rejeitou a palavra do
SENHOR, ele o rejeitou como rei”.
A ruína de muitas famílias e de muitas igrejas está
relacionada diretamente a insubmissão.
2.Ausência de vocacionados.
Pela falta de amor, resultante da iniqüidade, o materialismo
e o individualismo têm sido o cerne da vida do ser humano, pois o indivíduo de
hoje não dá um passo, sem que haja segurança e certeza de que aquilo que se vai
fazer, dê um respaldo financeiro, familiar, emocional e hedônico. O que é
hedônico. Hedônico é aquilo que é relacionado com o prazer. Seu eu não fizer
aquilo que me faça sentir, ou ter prazer,não é pra mim. Jesus não nos tem
chamado para um parque de diversões, ele nos tem chamado para “negarmos a nós
mesmos, carregarmos nossa cruz e segui-lo”. Está cada vez mais difícil, termos
pessoas que paguem um preço para servirem o Reino, e sim temos pessoas que
querem adaptar o Reino ao seu “modus vivendi”. Como diz o texto bíblico de
Isaías 6.8: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”! É esta a pergunta que
Jesus continua fazendo.
3.Ausência de missões.
Num país com quase 30 milhões de crentes, a força da ação
missionária é proporcionalmente insignificante: são cerca de 2 mil os obreiros
brasileiros que anunciam o evangelho ao redor do mundo. Estamos fracassando
como celeiro missionário. Nas décadas de 70 e 80, o Brasil era saudado como
futuro celeiro missionário mundial, coisa que hoje não se concretizou,
exatamente pela escassez de vocacionados. Hoje ao invés de Terra que arde com
missões, podemos nos intitular a Terra do Gelo, do indiferentismo e da morte
espiritual. Igrejas lotadas de consumidores da fé, pessoas acostumadas com a
fé, que vão à igreja por que fez isto a vida inteira, ou pessoas que buscam
igrejas que satisfaçam seu desejo pessoal por shows pirotécnicos. Podemos
listar alguns fatores que atropelam o furor missionário:
1º Pagar o preço para me submeter ao Senhorio de Cristo e à
sua ordem de ir ao campo custe o que custar. Esta história já era. Ou então
2º estou esperando Deus confirmar se é sua vontade eu pregar
o evangelho... Não precisa esperar Deus falar, porque Ele já falou em sua
palavra: “ide e pregai o evangelho a toda a criatura...”
3ºHoje nós é conveniente terceirizarmos missões. Mandamos um
dinheiro para alguma instituição que faça, e tiro o peso da minha consciência.
Nós precisamos ser missionários, e não apenas fazer missões. Ou então
4ºTransferir responsabilidade; Ah, o pastor não faz um trabalho
evangelístico adequado, e por isso eu não participo; esta igreja não tem um
plano de ação missionária, então não vou participar; não fiz nenhum curso
missiológico; sou tímido etc... Lembre-se: ovelha gera ovelha, pastor as
conduzem. Pare de ficar achando desculpas, e ficar se esquivando de sua
responsabilidade missionária, vá e pregue, ou melhor: Viva o que prega.
E o último aspecto que identificamos é:
4.Ausência da motivação correta.
Quando queremos buscar um perfil de igreja, que melhor se
pareça com aquilo que Deus deseja para
sermos, temos um único padrão a seguir a
igreja de Atos. Leiamos Atos 2. 42 a 47:
42 Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão,
ao partir do pão e às orações.43 Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas
e sinais eram feitos pelos apóstolos.44 Os que criam mantinham-se unidos e
tinham tudo em comum. 45 Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada
um conforme a sua necessidade.46 Todos os dias, continuavam a reunir-se no
pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das
refeições, com alegria e sinceridade de coração, 47 louvando a Deus e tendo a
simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam
sendo salvos.
Muitos estudiosos, pastores e líderes perguntam: porque esta
igreja era assim? Porque não conseguimos ser iguais? Será que é por causa do
povo judeu que era diferente do nosso? Será porque eles eram pessoas bem mais
santificadas que nós? Será que esta igreja só poderia ser para aquela época e
que agora os tempos são outros e isto não é possível? Muitas são as tentativas
de explicação,para justificar nossa omissão e frieza espiritual. A Bíblia nos
ensina por que aquela igreja era A Igreja, como está escrito em João 14.3: “E
se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês
estejam onde eu estiver.”
O que fazia aquela igreja ser “quente” e motivada
corretamente, era a certeza de que Cristo estava às portas. Eles tinham em
mente que Jesus arrebataria a igreja nos próximos dias, e por isso, dividiam
tudo o que tinham, viviam a serviço do Reino e da pregação do evangelho, e por
isso viam milagres e maravilhas, e muitas almas se convertiam ao Senhor. Se
hoje vivemos uma ausência de conversões, é porque a igreja pensa que as
conversões de almas estão na responsabilidade do pastor e mais uma meia dúzia
de obreiros.
Conclusão:
Se não clamarmos a Deus que restaure o desejo iminente de
maranata em nossos corações, o sentimento de que Jesus realmente está voltando,
e por isso, precisamos nos santificar como igreja, seremos pessoas frias que
continuaremos morando na Terra do Gelo, e sendo assim, sempre ficaremos presos
a picuinhas, discussões tolas, busca de auto-realização, e jamais conseguiremos
nem que seja de longe, reproduzir um pouco que seja daquela igreja de Atos.
Você tem pensado no Arrebatamento da Igreja?
Você sabia que pode ser amanhã, e se você não estiver de
acordo com sua palavra, você poderá continuar a praticar sua frieza espiritual
sem a presença da Igreja?
Está disposto a mudar o seu modus vivendi? Oremos para que o
Espírito Santo restaure: A submissão da igreja ao Senhorio de Cristo;
Que haja uma explosão de vocacionados responsáveis com o
Reino;
Que sejamos de verdade uma igreja missionária;
E que tenhamos verdadeiramente a motivação correta de servir
a Deus, sempre tendo em mente a volta de Cristo.