Posted by : Francisco Souza
quinta-feira, 15 de maio de 2014
- O objetivo supremo desta obra é glorificar a Deus.
- Esse é o ponto central. Esse ;é o objetivo que deve dominar e sobrepujar
todos os demais. O primeiro objetivo da pregação do evangelho não é salvar
almas; É GLORIFICAR A DEUS. Não se tolerará que nenhuma outra coisa, por
melhor que seja nem por mais nobre, usurpe esse primeiro lugar.
- O único poder que realmente
pode realizar esta obra é o Espírito Santo. Quaisquer que sejam os dons
naturais que um homem possua , o que quer que um homem seja capaz de fazer
como resultado das suas propensões naturais, o trabalho de apresentar o
evangelho e de levar àquele supremo objetivo de glorificar a Deus na
salvação dos homem, é um trabalho que só pode ser feito pelo Espírito
Santo. Vocês vêem isso no próprio Novo Testamento. Sem o Espírito, é-nos
dito, não podemos fazer nada. (Desde os tempos bíblicos até a história da
igreja nos mostra que somente através da obra do Espírito Santo é que o
evangelho foi pregado com poder e autoridade).
- O único e exclusivo meio pela qual o Espírito Santo opera é a Palavra de Deus.
- Isso é algo que se pode provar facilmente. Vejam o sermão que foi pregado por Pedro no dia de Pentecoste. O que ele fez realmente foi expor as Escrituras. Ele não se levantou para relatar as suas experiências pessoais. Ele deu a conhecer as Escrituras; esse foi sempre o seu método. E esse é também o método característico de Paulo, como se vê em Atos 17:2: "disputou com eles sobre as Escrituras". No trato com o carcereiro de Filipos, vocês vêem que ele pregou-lhe Jesus Cristo e a Palavra do Senhor. Vocês
-
recordarão
as suas palavras na Primeira Epístola a Timóteo, onde ele diz que a
vontade de Deus ;e que todos os homem sejam salvos e sejam levados ao
conhecimento da verdade (1 Tm.2:4). O meio usado pelo Espírito Santo é a
verdade.
- A verdadeira motivação para a
evangelização deve provir da apreensão destes princípios. E, portanto, de um zelo pela
honra e glória de Deus e de um amor pelas almas dos homens.
- Há um constante perigo de erro
e de =heresia, mesmo entre os mais sinceros, e também o perigo de um falso
zelo e do emprego de métodos antibíblicos. Não há nada sobre o que somos
exortados mais vezes no Novo Testamento do que sobre a necessidade de
constante auto-exame e de retorno às Escrituras.
Aí, penso eu, vocês têm
cinco princípios fundamentais claramente ensinados na Palavra de Deus e
confirmados profusamente na subsequente história da Igreja Cristã.
A Aplicação dos Princípios
Isto me leva à Segunda
divisão principal do nosso assunto, que é a aplicação desses princípios à obra
concreta da apresentação do evangelho. Este é um assunto que se divide
naturalmente em duas partes principais. Há primeiro a obra de evangelização, e
depois a obra de edificação e instrução na justiça.
A Evangelização e os Seus
Perigos
- O primeiro é o de exaltar a
decisão como tal, e este é um perigo especialmente quando vocês estão
trabalhando com jovens (...). Mostra-se às vezes no uso da música. (...)
Fiam-se na música e no cântico de coros para produzirem o efeito desejado
e de ocasionarem decisão. (...) Há os que tem o Dom de contar histórias de
maneira comovente e eficaz. Outros parecem por a sua confiança no encanto
pessoal do orador.(...)
- O segundo perigo é que as
pessoas podem chegar a uma decisão resultante de um falso motivo. Às vezes
as pessoas se decidem por Cristo simplesmente porque estão desejosas de
ter a experiência que outros tiveram (...) Ou pode ser o desejo de Ter
este maravilhoso tipo de vida do qual lhe falaram. O evangelho de Jesus
Cristo dá-nos uma vida da maravilhosa, e louvamos a Deus por isso, mas a
verdadeira razão para nos tornarmos cristãos não é que tenhamos uma vida
maravilhosa; é, antes, que estejamos em correta relação com Deus. Às vezes
Cristo é apresentado como herói. (...) poderá ser que (...) se unam a
nossa classe bíblica ou à nossa Igreja simplesmente porque a mensagem
atraiu o seu instinto heróico. (...)
- E, a seguir, o último perigo
que desejo acentuar sob o presente título, é a terrível falácia de
apresentar o evangelho em termos de "Cristo precisa de você", e
de dar a impressão de que, se o rapaz não se decide por Cristo, é um mal
sujeito. (...)
Devemos apresentar a
verdade; esta terá que ser uma exposição positiva do ensino da Palavra de Deus.
Primeiro e acima de tudo, devemos mostrar aos homens a condição em que se acham
por natureza, à vista de Deus. Devemos levá-los a ver que, independentemente do
que façamos e do que tenhamos feito, todos nós nascemos com "filhos da
ira"; nascemos num estado de condenação, culpados aos olhos de Deus; fomos
concebidos em pecado e fomos formados em iniquidade. Isso
vem em primeiro lugar.
Feito isso, devemos prosseguir e demonstrar a enormidade do pecado. Não significa apenas que devemos mostrar a iniquidade de certos pecados. Não há nada que seja tão vital como a distinção entre pecado e pecados. (...) Depois devemos conclamar os nossos ouvintes a confessarem e a reconhecerem os seus pecados diante de Deus e dos homens. E então devemos ir adiante e apresentar a gloriosa e estupenda oferta de salvação gratuita , que se acha unicamenteem Jesus Cristo , e Este
crucificado. A única decisão, que é do mais diminuto valor, é a que se baseia
na compreensão dessa verdade. Podemos fazer os homens se decidirem como
resultado dos nossos cânticos, como resultado do encanto da nossa
personalidade, mas o nosso dever não conseguir seguidores pessoais. O nosso
dever não é simplesmente aumentar o tamanho das nossas classes de estudo da
Bíblia ou das organizações e igrejas. O nosso dever é reconciliar almas com
Deus. Repito que não há nenhum valor numa decisão que não esteja baseada na
aceitação da verdade.
Feito isso, devemos prosseguir e demonstrar a enormidade do pecado. Não significa apenas que devemos mostrar a iniquidade de certos pecados. Não há nada que seja tão vital como a distinção entre pecado e pecados. (...) Depois devemos conclamar os nossos ouvintes a confessarem e a reconhecerem os seus pecados diante de Deus e dos homens. E então devemos ir adiante e apresentar a gloriosa e estupenda oferta de salvação gratuita , que se acha unicamente
A Edificação
A minha Segunda
subdivisão relacionada com a apresentação do evangelho é a obra de edificação.
Este é um grande tema, e tudo o que eu posso fazer é simplesmente lançar certos
princípios. Em nenhuma oura parte o perigo de um falso método é mais real do
que esta particular questão de edificação, como o que me refiro ao ensino
concernente à santificação e à santidade. Não se pode ler o Novo Testamento sem
perceber logo Que a Igreja Primitiva reagia contra problemas, perigos e
heresias incipientes que a assediavam. Havia os que diziam, por exemplo:
"Continuemos no pecado para que a graça seja mais abundante". Havia
os que diziam que, contanto que você fosse cristão, não importava o que você
tinha feito, que, contanto que você estivesse certo em suas crenças, o seu
corpo não importava e você podia pecar o quanto quisesse. Isto é conhecido como
antinomianismo. Havia os que se diziam sem pecados. Havia os que partiam em
busca de "conhecimento", que alegavam Ter alguma experiência
esotérica especial que os outros , cristãos inferiores, ignoravam. (...)
Se posso fazer um sumário de todos esses perigos, é o perigo de isolar um texto ou uma idéia e construir um sistema em torno dele, em vez de comparar Escritura com Escritura. Isso é procurar atalho no mundo espiritual. As pessoas tentam chegar à santificação com um só movimento, e assim se privam do processo descrito no Novo Testamento. A maneira de evitar esse perigo é estudar o Novo Testamento, especialmente as Epístolas. Devemos ter o cuidado de não tomar um incidente dos Evangelhos e tecer uma teoria em torno dele(...) Devemos compreender que o nosso padrão nesta questão particular(santidade/santificação) acha-se nas Epístolas.(...)
Se posso fazer um sumário de todos esses perigos, é o perigo de isolar um texto ou uma idéia e construir um sistema em torno dele, em vez de comparar Escritura com Escritura. Isso é procurar atalho no mundo espiritual. As pessoas tentam chegar à santificação com um só movimento, e assim se privam do processo descrito no Novo Testamento. A maneira de evitar esse perigo é estudar o Novo Testamento, especialmente as Epístolas. Devemos ter o cuidado de não tomar um incidente dos Evangelhos e tecer uma teoria em torno dele(...) Devemos compreender que o nosso padrão nesta questão particular(santidade/santificação) acha-se nas Epístolas.(...)
Conclusão
Permitam-me resumir tudo
o que eu venho tentando dizer, da maneira seguinte: se vocês quiserem ser
competentes ministros do evangelho, se quiserem apresentar a verdade de modo
certo e verdadeiro, terão que ser estudantes assíduos da Palavra de Deus, terão
de lê-la sem cessar. Terão que ler todos os bons livros que os ajudem a
entendê-la e os melhores comentários da Bíblia que puderem encontrar. Terão que
ler o que denomino teologia bíblica, a explicação das grandes doutrinas do Novo
Testamento, para que venham a entendê-las cada vez mais claramente e, daí,
sejam capazes de apresentá-las com clareza cada vez maior aos que venham
ouvi-los. A obra do ministério não consiste meramente em oferecer a nossa
experiência pessoal, ou em falar das nossa vidas ou das vidas de outros, mas
sim, em apresentar a verdade de Deus de maneira tão simples e clara quanto
possível. E o jeito de fazer isso é estudar a Palavra e toda e qualquer coisa
que nos ajude nessa tarefa suprema.
Talvez vocês me perguntem: quem é suficiente para estas coisas? Temos outras coisas que fazer; somos homens ocupados. Como poderemos fazer o que você nos pede que façamos? Minha resposta é que nenhum de nós é suficiente para estas coisas, todavia Deus pode capacitar-nos para fazê-las, se de fato estamos desejosos de servi-lO. Não me impressionam muito esses grandes argumentos de que vocês são homens ocupados, de que vocês têm que fazer muitas coisas no mundo e, por isso, não têm tempo de ler estes livros sobre a Bíblia e de estudar teologia, e por esta boa razão: alguns dos melhores teólogos que conheci, alguns dos mais santos, alguns dos homens mais culto, tiveram que trabalhar mais duro que qualquer de vocês e, ao mesmo tempo, foram-lhes negadas as vantagens que vocês gozam. "Querer é poder". Se eu e vocês estivermos preocupados com as almas perdidas, jamais deveremos alegar que não temos tempo para preparar-nos para este grande ministério; temos que fabricar tempo. Temos que aparelhar-nos para a tarefa, consciente da séria e Terrível responsabilidade da obra. Temos que estudar, trabalhar, suar e orar para podermos conhecer a verdade cada vez mais e cada vez mais perfeitamente. Temos que pôr em prática em nossas vidas as palavras que se acham em 1 Tm.4:12-16. Conceda-nos Deus a graça e o
poder para fazê-lo, para a honra e a glória do Seu santo nome.
Talvez vocês me perguntem: quem é suficiente para estas coisas? Temos outras coisas que fazer; somos homens ocupados. Como poderemos fazer o que você nos pede que façamos? Minha resposta é que nenhum de nós é suficiente para estas coisas, todavia Deus pode capacitar-nos para fazê-las, se de fato estamos desejosos de servi-lO. Não me impressionam muito esses grandes argumentos de que vocês são homens ocupados, de que vocês têm que fazer muitas coisas no mundo e, por isso, não têm tempo de ler estes livros sobre a Bíblia e de estudar teologia, e por esta boa razão: alguns dos melhores teólogos que conheci, alguns dos mais santos, alguns dos homens mais culto, tiveram que trabalhar mais duro que qualquer de vocês e, ao mesmo tempo, foram-lhes negadas as vantagens que vocês gozam. "Querer é poder". Se eu e vocês estivermos preocupados com as almas perdidas, jamais deveremos alegar que não temos tempo para preparar-nos para este grande ministério; temos que fabricar tempo. Temos que aparelhar-nos para a tarefa, consciente da séria e Terrível responsabilidade da obra. Temos que estudar, trabalhar, suar e orar para podermos conhecer a verdade cada vez mais e cada vez mais perfeitamente. Temos que pôr em prática em nossas vidas as palavras que se acham em 1 Tm.4:12-16. Conceda-nos Deus a graça e o
poder para fazê-lo, para a honra e a glória do Seu santo nome.