Posted by : Francisco Souza
segunda-feira, 23 de junho de 2014
Os nomes do Espírito Santo.
Introdução: O Espírito Santo é uma pessoa da
Trindade divina e é conhecido por uma variedade de nomes que revelam suas
várias funções e características. Neste texto, exploraremos alguns desses nomes
e o significado por trás deles, destacando a natureza e o papel do Espírito
Santo na vida dos crentes.
(a) Espírito de Deus. O Espírito é o executivo da Divindade,
operando tanto na esfera física como na moral. Por intermédio do Espírito, Deus
criou e preserva o universo. Por meio
do Espírito — "o dedo de Deus" (Luc. 11:20) — Deus
opera na esfera espiritual, convertendo os pecadores, santificando e
sustentando os crentes.
1) é o Espírito Santo divino no sentido absoluto? Sim.
Prova-se sua divindade pelos seguintes fatos: Atributos divinos lhe são
aplicados; ele é eterno, onipresente, onipotente, e onisciente (Heb. 9:14; Sal.
139:7-10; Luc. 1:35; 1 Cor. 2:10,11). Obras divinas lhe são atribuídas, como
sejam: criação, regeneração e ressurreição (Gen. 1:2; Jo 33:4; João 3:5-8; Rom.
8:11). é classificado junto com o Pai e o Filho (1 Cor. 12:4-6; 2 Cor. 13:13;
Mat. 28:19; Apoc. 1:4).
2) O Espírito Santo é uma pessoa ou é apenas uma influência?
Muitas vezes descreve-se o Espírito duma maneira impessoal — como o Sopro que
preenche, a Unção que unge, e o Fogo que ilumina e aquece, a Água que é
derramada e o Dom do qual todos participam. Contudo, esses nomes são meramente
descrições das suas operações. Descreve-se o Espírito duma maneira que não
deixa dúvida quanto à sua personalidade. Ele exerce os atributos de
personalidade: mente (Rom. 8:27); vontade (1 Cor. 12:11); sentimento (Efés
4:30). Atividades pessoais lhe são atribuídas: Ele revela (2 Ped. 1:21); ensina
(João 14:26); clama (Gál. 4:6); intercede (Rom. 8:26); fala (Apo. 2:7); ordena
(Atos 16:6,7); testifica (João 15:26). Ele pode ser entristecido (Efés. 4:30);
contra ele se pode mentir (Atos 5:3), e blasfemar (Mat. 12:31,32). Sua
personalidade é indicada pelo fato de que se manifestou em forma visível de
pomba (Mat. 3:16) e pelo fato de que ele se distingue dos seus dons (1 Cor.
12:11). Alguns talvez tenham negado a personalidade do Espírito porque ele é
descrito como tendo corpo ou forma. Mas é preciso distinguir a personalidade e
a forma corpórea (possuir corpo). A personalidade é aquilo que possui
inteligência, sentimento e vontade; ela não requer necessariamente um corpo.
Além disso, a falta duma forma definida não é argumento contra a realidade. O
vento é real apesar de não possuir forma. (João 3:8.) Não é difícil formar um
conceito de Deus Pai ou do Senhor Jesus Cristo, mas alguns têm confessado certa
dificuldade em formar um conceito claro do Espírito Santo. A razão é dupla:
Primeiro, nas Escrituras as operações do Espírito são invisíveis, secretas, e
internas; segundo, o Espírito Santo nunca fala de si mesmo nem apresenta a si
mesmo. Ele sempre vem em nome de outro. Ele se oculta atrás do
Senhor Jesus Cristo e nas profundezas do nosso homem
interior. Ele nunca chama a atenção para si próprio, mas sempre para a vontade
de Deus e para a obra salvadora de Cristo. "não falar de si mesmo"
(João 16:13)
3) é o Espírito Santo uma personalidade distinta e separada de Deus? Sim; o Espírito procede de Deus, é enviado de Deus, é dom de Deus aos homens. No entanto, o Espírito não é independente de Deus. Ele sempre representa o único Deus operando nas esferas do pensamento, da vontade, da atividade. O fato de o Espírito poder ser um com Deus e ao mesmo tempo ser distinto de Deus é parte do grande mistério da Trindade.
3) é o Espírito Santo uma personalidade distinta e separada de Deus? Sim; o Espírito procede de Deus, é enviado de Deus, é dom de Deus aos homens. No entanto, o Espírito não é independente de Deus. Ele sempre representa o único Deus operando nas esferas do pensamento, da vontade, da atividade. O fato de o Espírito poder ser um com Deus e ao mesmo tempo ser distinto de Deus é parte do grande mistério da Trindade.
(b) Espírito de Cristo. (Rom. 8:9.) não há nenhuma distinção
especial entre as expressões Espírito de Deus, Espírito de Cristo, e Espírito
Santo. Há somente um Espírito Santo, da mesma maneira como há somente um Deus e
um Filho. Mas o Espírito Santo tem muitos nomes que descrevem seus diversos ministérios.
Por que o Espírito é chamado o Espírito de Cristo?
1) Porque ele é enviado em nome de Cristo (João 14:26).
2) Porque ele é o Espírito enviado por Cristo. O Espírito é
o princípio da vida espiritual pelo qual os homens são nascidos no reino de
Deus. Essa nova vida é comunicada e mantida por Cristo (João 1:12,13; 4:10;
7:38), que também batiza com o Espírito Santo (Mat. 3:11). (3) O Espírito Santo
é chamado Espírito de Cristo porque sua missão especial nesta época é a de
glorificar a Cristo (João 16:14). Sua obra especial acha-se em conexão com
aquele que viveu, morreu, ressuscitou e ascendeu ao céu. Ele torna real nos
crentes o que Cristo fez por eles.
4) O Cristo glorificado está presente na igreja e nos
crentes pelo Espírito Santo. Ouve-se sempre que o Espírito veio tomar o lugar
de Cristo, mas é mais correto dizer que ele veio tornar real a Cristo. O
Espírito Santo torna possível e real a onipresença de Cristo no mundo (Mat.
18:20) e sua habitação nos crentes. A conexão entre Cristo e o Espírito é tão
íntima, que se diz que tanto Cristo como também o Espírito habitam no crente
(Gal. 2:20; Rom. 8:9,10); e o crente está tanto "em Cristo" como
"no Espírito". Graças ao Espírito Santo, a vida de Cristo torna-se a
nossa vida em Cristo.
(c) O Consolador. Esse é o título dado ao Espírito no
Evangelho de João, capítulos 14 a 17. Um estudo de fundo histórico destes
capítulos revelará o significado do dom. Os discípulos haviam tomado sua última
ceia com o Mestre. Os seus corações estavam tristes pensando na sua partida, e
estavam oprimidos pelo sentimento de fraqueza e debilidade. Quem nos ajudará
quando ele partir? Quem nos ensinará e nos guiará ? Quem estará conosco quando
pregarmos e ensinarmos? Como poderemos enfrentar um mundo hostil? Cristo aquietou
esses temores infundados com esta promessa: "Eu rogarei ao Pai, e ele vos
dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre" (João 14:16).
A palavra "Consolador" ("parácleto", no grego) significa
alguém chamado para ficar ao lado de outrem, com o propósito de ajudá-lo em
qualquer eventualidade, especialmente em processos legais e criminais. Era
costume nos tribunais antigos, as partes aparecerem no tribunal assistidas por
um ou mais dos seus amigos mais prestigiosos, que no grego chamavam, "parácleto",
e em latim, "advocatus". Estes assistiam seus amigos, não pela
recompensa ou remuneração, mas por amor e consideração; a vantagem da sua
presença pessoal era a ajuda dos seus sábios conselhos. Eles orientavam seus
amigos quanto ao que deviam dizer e fazer; falavam por eles;
representavam-nos, faziam da causa de seus amigos sua própria causa; amparavam-nos nas provas, dificuldades, e perigos da situação. Foi essa também a relação do Senhor Jesus com seus discípulos durante seu ministério na terra, e naturalmente eles sentiam tristeza ao pensarem na sua partida. Mas ele os consolou com a promessa de outro Consolador que seria seu defensor, seu ajudador e instrutor durante a sua ausência.
O Espírito Santo é chamado "outro" Consolador porque seria ele, em forma invisível aos discípulos, justamente o que Jesus lhes havia sido em forma visível. A palavra "outro" faz distinção entre o Espírito Santo e Jesus; no entanto, coloca-os no mesmo nível. Jesus enviou o Espírito; mas, Jesus vem espiritualmente a seus discípulos pelo Espírito. O Espírito Santo é o sucessor de Cristo como também a sua Presença. O Espírito Santo torna possível e real a presença continua de Cristo na igreja. É ele quem faz com que a pessoa de Cristo habite nos crentes de maneira que possam dizer como Paulo: "Cristo vive em mim." Por conseguinte, é a vida de Cristo, sua natureza, seus sentimentos e suas virtudes que o Espírito comunica aos crentes.
representavam-nos, faziam da causa de seus amigos sua própria causa; amparavam-nos nas provas, dificuldades, e perigos da situação. Foi essa também a relação do Senhor Jesus com seus discípulos durante seu ministério na terra, e naturalmente eles sentiam tristeza ao pensarem na sua partida. Mas ele os consolou com a promessa de outro Consolador que seria seu defensor, seu ajudador e instrutor durante a sua ausência.
O Espírito Santo é chamado "outro" Consolador porque seria ele, em forma invisível aos discípulos, justamente o que Jesus lhes havia sido em forma visível. A palavra "outro" faz distinção entre o Espírito Santo e Jesus; no entanto, coloca-os no mesmo nível. Jesus enviou o Espírito; mas, Jesus vem espiritualmente a seus discípulos pelo Espírito. O Espírito Santo é o sucessor de Cristo como também a sua Presença. O Espírito Santo torna possível e real a presença continua de Cristo na igreja. É ele quem faz com que a pessoa de Cristo habite nos crentes de maneira que possam dizer como Paulo: "Cristo vive em mim." Por conseguinte, é a vida de Cristo, sua natureza, seus sentimentos e suas virtudes que o Espírito comunica aos crentes.
É segundo a semelhança de Cristo que ele os transforma, segundo o modelo que Cristo nos deixara. Sem
O Cristo glorificado não somente envia o Espírito mas também se manifesta por meio do Espírito. Na carne ele podia estar somente em um lugar de cada vez; na sua vida glorificada ele é onipresente pelo Espírito. Durante sua vida terrestre, não habitava no interior dos homens; pelo Espírito ele pode habitar na profundidade de suas almas. Certo escritor esclareceu essa verdade da seguinte maneira: Se ele tivesse permanecido na terra em sua vida física, ele teria sido somente um exemplo a ser copiado; mas, desde que subiu a seu Pai e enviou o seu Espírito,
então ele representa uma vida a ser vivida. Se tivesse permanecido visível e tangível conosco, sua relação para conosco seria meramente como o modelo é para o artista que esculpe o mármore, mas não seria como a idéia e a inspiração que produzem a verdadeira obra de arte. Se tivesse permanecido na terra, ele teria sido o objeto de prolongada observação de estudo cientifico, e sempre teria estado fora de nós, externo para nós: uma voz externa, uma vida externa, um exemplo externo... mas graças a seu Espírito, agora ele pode viver em nós como a verdadeira Alma da nossa alma, o verdadeiro Espírito do nosso espírito, a Verdade da nossa mente, o Amor do nosso coração, e o Desejo da nossa Vontade. Se a atuação do Espírito é comunicar a obra do Filho, que vantagem haveria na partida de um a fim de fazer possível a vinda do outro? Resposta: não é o Cristo terreno que o Espírito comunica, mas o Cristo celestial — o Cristo reinvestido de seu poder eterno, revestido de gloria celestial. O Dr. A. J. Gordon empregou a seguinte ilustração: é como se um pai, cujo parente tivesse falecido, dissesse a seus filhos: "Somos pobres, mas tornei-me herdeiro de um parente rico. Se vocês estão dispostos a me deixarem ausentar de casa a fim de ir além-mar
para receber a herança, enviarei a vocês mil vezes mais do
que poderia dar se permanecesse com vocês.
A vida de Cristo na terra representa
os dias de sua pobreza (2 Cor. 8:9) e humilhação; na cruz ele ganhou as
riquezas de sua graça (Efés 1:7); no trono assegurou as riquezas da sua gloria.
(Efés. 3:16). Depois da sua ascensão ao Pai, ele enviou o Espírito para
comunicar as riquezas da sua herança. Pela sua ascensão, Cristo teria mais para
oferecer, e a igreja teria mais para receber. (João 16:12; 14:12.) "O rio
da vida disporá de mais força em razão da fonte mais elevada da qual
procede." O consolador ensina somente as coisas de Cristo, no entanto,
ensina mais do que Cristo ensinou. Até a Crucificação, a Ressurreição e a
Ascensão, o conjunto da doutrina cristã ainda estava incompleto e, portanto,
não poderia ser plenamente comunicado aos discípulos de Cristo. Em João
16:12,13, é como se Jesus dissesse: "Tenho-vos encaminhado um pouco no
conhecimento da minha doutrina; ele vos conduzirá até ao fim do caminho."
A ascensão teve por finalidade trazer maior comunicação da verdade como também
maior comunicação de poder.
(d) Espírito Santo. Ele é chamado santo, porque é o Espírito
do Santo, e porque sua obra principal é a santificação. Necessitamos dum
Salvador por duas razões: para fazer alguma coisa por nós, e alguma coisa em
nós. Jesus fez o primeiro ao morrer por nós; e pelo Espírito Santo ele habita
em nós, transmitindo às nossas almas a sua vida divina.
O Espírito Santo veio para reorganizar a natureza do homem e para opor-se a todas as suas tendências más.
O Espírito Santo veio para reorganizar a natureza do homem e para opor-se a todas as suas tendências más.
(e) Espírito da promessa. O Espírito Santo é chamado assim
porque sua graça e seu poder são umas das bênçãos principais prometidas no
Antigo Testamento. (Ezeq. 36:7; Joel 2:28.) A prerrogativa mais elevada de
Cristo, ou o Messias, era a de conceder o Espírito, e esta prerrogativa Jesus a
reivindicou quando disse: "Eis que sobre vos envio a promessa de meu
Pai" (Luc. 24:49; Gál. 3:14).
(f) Espírito da verdade. O propósito da Encarnação foi
revelar o Pai; a missão do Consolador é revelar o Filho. Ao contemplar-se um
quadro a óleo, qualquer pessoa notará muita beleza de cor e forma; mas para
compreender o significado intrínseco do quadro e apreciar o seu verdadeiro
propósito precisará de um intérprete experiente. O Espírito Santo é o
Intérprete de Jesus Cristo. Ele não oferece uma nova e diferente revelação, mas
abre as mentes dos homens para verem o mais profundo significado da vida e das
palavras de Cristo. Como o Filho não falou de si mesmo, mas falou o que recebeu
do Pai, assim o Espírito não fala de si mesmo, como se fosse fonte independente
de conhecimento, mas declara o que ouviu daquela vida íntima da Divindade.
(g) Espírito da graça. (Heb. 10:29; Zac. 12:10.) O Espírito
Santo dá graça ao homem para que se arrependa, quando peleja com ele; concede o
poder para santificação, perseverança e serviço. Aquele que trata com desdém ao
Espírito da graça, afasta o único que pode tocar ou comover o coração, e assim
se separa a si mesmo da misericórdia de Deus.
(h) Espírito da vida. (Rom. 8:2; Apoc. 11:11.) Um credo
antigo dizia: "creio no Espírito Santo, o Senhor, e Doador da vida."
O Espírito é aquela Pessoa da Divindade cujo oficio especial é a criação e a
preservação da vida natural e espiritual.
(i) Espírito de adoção; (Rom. 8:15.) Quando a pessoa é
salva, não somente lhe é dado o nome de filho de Deus, e adotada na família
divina, mas também recebe "dentro de sua alma o conhecimento de que
participa da natureza divina. Assim escreve o bispo Andrews: "Como Cristo
é nossa testemunha no céu, assim aqui na terra o Espírito testifica com o nosso
espírito que somos filhos de Deus"