Posted by : Francisco Souza
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
ENCORAJADOS POR DEUS
A Segunda
Epístola aos Coríntios 1:4-6 diz “Que nos consola em toda a nossa tribulação,
para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, pela
consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. Porque, como as
aflições de Cristo transbordam para conosco, assim também por meio de Cristo
transborda a nossa consolação. Mas, se somos atribulados, é para vossa
consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação é, a qual
se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos”
. Orar e ler estes versículos repetidamente nos ajudará a ver que a necessidade
atual da igreja é o ministério. Deus nos encoraja em toda a nossa tribulação
com um propósito: que sejamos capazes de encorajar a outros. A palavra grega
para consolação no versículo 4 também significa encorajamento. Ser consolado
por Deus significa ser encorajado por Ele.
O OPERAR DA CRUZ
QUANDO mais
os sofrimentos de Cristo abundam em nós, mais encorajamento ou refrigério
seremos capazes de desfrutar. Se desejamos ministra algo de Deus em Cristo aos
outros, temos de sofrer (o sofrimento de Cristo) para Ter a experiência. É pelo
caminho da cruz que teremos algumas riquezas de Cristo para ministrar aos
outros. O ministério não surge de nenhuma outra maneira, mas somente pelo
operar da cruz.
PAULO nos
disse que Deus colocou-o numa situação onde foi “sobremaneira” (1:8) ou
“excessivamente sobrecarregado” a fim de que ele pudesse confortar a outros.
Você pode ser perguntar por que tem tantos problemas. Pode Ter problemas com o
seu cônjuge, com os filhos e mesmo com seu corpo. Você percebeu que nessa carta
existe a frase: “excessivamente sobrecarregado” ou “sobremaneira pressionado”?
Você pode ser pressionado, mas é pressionada sobremaneira? Isso significa que a
obra da cruz terminou com você, levou-o a um fim.
PAULO
diz-nos que ele e seus cooperadores foram excessivamente sobrecarregados acima
de sua capacidade ou força de modo que se desesperaram da própria vida (1:8).
Muitos dos irmãos jovens têm força. Porém mais cedo ou mais tarde, o Senhor
pressionar-lhe-á repentinamente, e você tentará suportar o sofrimento. Por fim
dirá: “Senhor, abandono minha resistência porque a Tua pressão é algo bem acima
das minhas forças.” Quando você se
encontra sob determinado tido de sofrimento, nunca tente exercitar sua própria
força para suportá-lo sozinho. Nunca tente vencê-lo por si mesmo. Você deve
perceber que por fim o Senhor irá pressioná-lo acima de suas forças. Quando vem
a pressão, você pode exercitar toda sua força: fisicamente, mentalmente e
espiritualmente. Mas quanto mais você exercitar sua força mais será
pressionado. Por fim, admitirá que a pressão está bem acima de suas forças.
Louvada seja o Senhor pela pressão sem limite acima de osso poder!
DEPOIS que
Paulo nos disse que ele e seus cooperadores foram tão sobrecarregados que se desesperam até da
própria vida, ele disse: “Contudo, já em nós mesmos tivemos a sentença de
morte, para que não confiemos em nós, e, sim, no Deus que ressuscita os mortos”
(1:9). Quando os apóstolos estavam sob a pressão da aflição, desesperados até
da própria vida, devem Ter-se perguntado qual seria o resultado de seu
sofrimento. A resposta era a morte. A experiência de morte, contudo,
introduz-nos na experiência de ressurreição. Ressurreição é o próprio Deus que
ressuscita os mortos (Jo.11:25). A obra da cruz termina com nosso ego para que
possamos experimentar Deus em ressurreição. A experiência da cruz sempre
resulta no desfrute do Deus da ressurreição. Tal experiência produz e forma o
ministério (2ª Co.1:4-6). Esta experiência é descrita mais detalhadamente em
4:7-12.
A palavra de
Paulo nos mostra que precisamos ser terminados. Necessitamos chegar ao fim. Aí,
então, aprenderemos a não confiar em nós mesmos, mas em Deus. Dizer que
precisamos confiar em
Deus e não em nós é fácil, mas sermos completamente
trabalhados nessa questão requer bastante experiência. Deus está trabalhando
por meio da cruz para terminar conosco. (Obs. A cruz terminou para Jesus e
quando disse que tudo estava consumado estava também dizendo para nós que a cruz ficava como herança para nós
daí o texto que diz para tomarmos nossa cruz e Segui-lo). Deus está trabalhado
para levar-nos a um fim, até mesmo para que nossa espiritualidade, nossas
conquistas espirituais, sejam levadas a um fim. Você pode confiar muito em suas
conquistas espirituais, mas até isso tem de ser terminado.
EM 1:12,
Paulo diz: “Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de
que com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal, mas na
graça de Deus, temos vivido no mundo, e principalmente convosco” (VRC). Em sua
consciência, Paulo tinha o testemunho de que andava, movia-se e tinha seu ser
nesta terra não em sabedoria carnal, mas na graça de Deus. Para alguns,
sabedoria pode ser uma maneira inteligente de enfrentar determinada situação,
mas essa sabedoria vem da nossa mente. A sabedoria humana é algo que você
possui visando fazer algo para si mesmo. A graça de Deus é que você não faça
nada, mas que Deus faça tudo em seu interior. Não é você fazer algo para
enfrentar a situação, mas permitir que Deus faça tudo em você e por você (Isto
é: o grande problema é o seu PERMITIR. A única coisa a fazer é o PERMITIR e
isto não é fácil. Não podemos fazer nada humanamente falando: ir ao monte,
jejuar, comprar seu passaporte com dízimos, com campanhas. O nosso papel no
tomar a cruz é o de forçar mente e deixar que a ESPADA penetre dentro de nós e
nos corte dividindo o que o pecado misturou e lutar pela transformação de nosso
entendimento. O esforço, como disse não é humano pois sem fé é impossível
agradar a Deus e fé é o firme fundamento ). Isso é a graça de Deus.
PAULO disse
que se conduzia na simplicidade e sinceridade de Deus. Simplicidade pode também
significar singeleza. Deus é simples e Deus é singelo. Quanto mais estamos na
carne e na alma, mas complexos somos. Então não temos simplicidade, mas
complexidade. Uma pessoa almática é muito complexa. No entanto, quanto mais
permanecemos no Santo dos Santos, no espírito, mais simples nos tornamos.
Quanto mais ficamos no espírito, mais somos simples e sinceros. Somos sinceros
na motivação, no objetivo e em tudo o que desejamos. Em 1:12 estão a
simplicidade ou singeleza de Deus, a graça de Deus e a sinceridade de Deus. Se fomos
tratados com a cruz, de tal maneira que ela nos levou ao fim, seremos pessoas
pacíficas que desfrutam e experimentam a graça de Deus cuidando de tudo por
nós. Assim seremos tão simples e tão sinceros em nossa motivação e em nosso
objetivo. Desfrutaremos a graça de Deus e teremos a simplicidade e sinceridade
de Deus.