Posted by : Francisco Souza
domingo, 29 de janeiro de 2017
Quando o apóstolo Paulo escreveu esta carta,
conforme lembra-nos o v. 20, ele estava preso por causa de seu amor ao
evangelho de Jesus.
Neste mesmo período de prisão, que foi em Roma, ele
também escreveu as cartas aos Filipenses, aos Colossenses e a Filemon, um
crente que morava em Colossos.
Em Roma lhe foi permitido permanecer numa prisão
domiciliar; uma casa que ele mesmo alugara, onde podia receber visitas, pregar
o evangelho, tendo soldados romanos que se revezavam no guardá-lo.
Interessante que em Filipenses, escrita pouco tempo
antes de ser liberto, ele diz que graças à sua prisão o evangelho se tornou
conhecido de toda a guarda pretoriana, e entre os que mandam saudações aos
irmãos no fim da carta, ele cita “os santos da casa de César”; muito
provavelmente se trata de guardas romanos que foram convertidos através do
testemunho de Paulo na prisão.
Em Roma ficava a elite do exército romano. E Paulo,
além de nutrir amizades, conversar e
evangelizar, deve ter tido muito tempo
para observar os soldados que o guardavam.
Ele observou, por exemplo, que em volta da cintura
cada soldado tinha um cinto, de quinze a vinte centímetros de largura, e no
qual estavam fixados a couraça, a bainha para a espada bem como a própria roupa
do soldado. Se o cinto não estivesse devidamente ajustado, o soldado ficaria
sem proteção, sem equilíbrio e sem liberdade de movimentos para lutar.
Também observou uma couraça que protegia o peito e
as costas do soldado, inclusive o coração. E o escudo, que o protegia contra as
armas do inimigo.
Nos pés havia sandálias com cravos que o faziam
firmemente preso ao chão e lhe davam estabilidade nos momentos de batalha.
Na cabeça, um capacete de proteção.
E Paulo gostava de fazer como seu Mestre Jesus, que
tirava da vida cotidiana ilustrações para nossa vida espiritual; então ele
pensou: “assim como um soldado, nós filhos de Deus, somos parte de um grande
exército”.
Vamos agora analisar cada peça da armadura e
discutir a sua utilidade:
01 - Cinto da verdade:
O cinto é o lugar onde o lutador prende suas armas
e munições; o cinto servia para guardar coisa como dinheiro, cantil, etc. (veja Mateus 10.9) Pecado é qualquer ato,
sentimento ou pensamento que vai contra os padrões de Deus. Quem peca
desrespeita as leis divinas, fazendo o que é errado ou injusto do ponto de
vista de Deus. (1 João 3:4; 5:17) A Bíblia também fala sobre o pecado da
omissão, ou seja, deixar de fazer o que é certo. — Tiago 4:17.
A verdade é necessária para o cristão porque uma
das principais armas de Satanás é a mentira (João 8.44). Se o cristão não tiver
o cinto da verdade não terá onde prender suas armas de ataque e pode ficar sem
elas. Nossas armas estão na verdade.
02 - Couraça da justiça: Isaías 59.14-17
Se o cristão não estiver protegido com a justiça
(justificado pelo sangue de Jesus - I João 1.9), a. A justiça de Deus é santa
Deus só pode ser justo. Sua santidade é a causa de
sua justiça. A santidade não permitirá que faça outra coisa senão o que é
justo.
b. A
justiça de Deus é o padrão de justiça
A vontade de Deus é a suprema regra de justiça; é o
padrão de eqüidade. Sua vontade é sábia e boa. Deus deseja somente o que é
justo e, portanto, é justo porque deseja ser.
c. A
justiça é natural ao ser de Deus
Deus faz justiça voluntariamente. A justiça flui de
sua natureza. Os homens podem agir injustamente, pois são forçados ou
subornados.
A vontade de Deus nunca será subornada, por causa
de sua justiça. Não pode ser forçado, por causa de seu poder. Ele pratica a
justiça por amor à justiça: "Amas a justiça" (SI 45.7).
d. A
justiça de Deus é perfeita
A justiça é a perfeição da natureza divina.
Aristóteles disse: "A justiça engloba em si todas as virtudes". Dizer
que Deus é justo é dizer que é tudo o que há de excelente: as perfeições se
encontram nele como linhas convergem para um centro. Ele não é somente justo,
mas a própria justiça.
e. A
justiça de Deus é exata
Deus nunca cometeu nem nunca cometerá o mínimo erro
em relação às suas criaturas. A justiça de Deus já foi distorcida, mas nunca
distorceu. Deus não segue de acordo com o rigor da lei, ele alivia sua
severidade. Pode infligir penas mais pesadas do que impõe: "Xos tens
castigado menos do que merecem as nossas iniqüidades" (Ed 9.13). As misericórdias
para conosco são mais do que merecemos, e nossas punições são menos do que
merecemos.se houver pecado em seu coração pode vir a perfurar a couraça e
correr risco de vida.
A couraça protege o coração!
03- Calçados do Evangelho: Isaías 52.7 e Salmo
119.105
O guerreiro tem que estar calçado para não correr o
risco de machucar os pés e ficar impossibilitado de andar. Jesus nos ajuda nesta tarefa, ao usar uma parábola, registrada em Lucas
e em Mateus.
Lucas (6.48-49) registra os ensinos de Jesus nos
seguintes termos:
"Eu lhes mostrarei com quem se compara aquele
que vem a mim, ouve as minhas palavras e as pratica.
É como um homem que, ao construir uma casa, cavou
fundo e colocou os alicerces na rocha. Quando veio a inundação, a torrente deu
contra aquela casa, mas não a conseguiu abalar, porque estava bem construída.
Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as
pratica é como um homem que construiu uma casa sobre o chão, sem alicerces. No
momento em que a torrente deu contra aquela casa, ela caiu, e a sua destruição
foi completa”.
(Lucas 6.47-49) Quando o crente está firmado sobre
a Palavra não corre o risco de tropeçar e cair.
04- Escudo
da Fé: Provérbios 30.5
“tomai sobre tudo”- o escudo serve para proteger
todo o corpo.
Esse escudo, chamado 'scutum', era aquele escudo
longo que cobria dos pés à cabeça. Muitas vezes,
imaginamos um escudo redondo e
pequeno, mas aqui, Paulo especifica esse tipo de escudo que é muito peculiar ao
exército romano e muito significativo na simbologia que ele empregou para as
armas espirituais O escudo romano, assim
como o escudo da fé, tinha dois objetivos principais. O objetivo primário era a
proteção do exército contra as lanças, flechas e espadas inimigas. Todavia,
existe um segundo aspecto não tão conhecido. O escudo era usado para
possibilitar o avanço de toda uma legião Deus quer que o cristão ao pelejar
coloque a sua fé na frente dos problemas como sua defesa. Com a fé podemos
apagar os dardos do maligno. A força defensiva do escudo permite à
Igreja contra-atacar o inimigo. A palavra nos diz que as portas do inferno não
prevaleceriam contra a Igreja de Jesus (Mateus 16:18). Aqui, Jesus está
claramente demonstrando um aspecto ofensivo da Igreja, e assim podemos dizer
que pela fé poderemos avançar contra as portas do inferno. Se temos pensado na
fé enquanto uma certeza que se realiza, podemos também dizer que, quando
evangelizamos e as pessoas se convertem, estamos atuando exatamente nesse
sentido da fé e roubando o inferno. Certamente, suas portas não prevalecerão
contra nós. Esse é só um exemplo da fé operante, mas existem outros. O exemplo
de Jesus, em Lucas 4, é um excelente exemplo do escudo sendo usado na
defensiva. Ali, Jesus se firmou na palavra com tamanha fé que o diabo nada teve
a fazer senão recuar. O que isso nos lembra? Tiago 4:7 nos diz: “Sujeitai-vos,
pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”.
06- Capacete
da salvação: I Tessalonicenses 5.8
O capacete serve para proteger a cabeça que é a
parte que comanda todo o corpo. As peças de uma armadura têm o
objetivo de proteger o soldado e deixá-lo livre para enfrentar os ataques do
inimigo. Os capacetes são indispensáveis para qualquer soldado. No meio de uma
guerra, o capacete é a garantia de proteção para a parte do corpo que controla
todo o resto. A cabeça.
Proteger a cabeça é proteger a sede dos
pensamentos, da consciência e da capacidade de decisão. Por isso os capacetes
são importantes.
A mente humana é uma das mais complexas estruturas
que conhecemos e o pouco que sabemos sobre ela só reforça a sua importância
para que tudo funcione bem. Em outras palavras, ao protegermos nossa mente
estamos preservando nossa capacidade de permanecermos na luta. Por isso o
inimigo ataca a mente com tanta ferocidade. O crente precisa estar com sua
mente protegida contra as setas (heresias e tentações) do inimigo e a proteção
é a salvação; se estivermos com a mente envolvida com a certeza da salvação,
não cairemos em ciladas.
07- Espada do Espírito: Hebreus 4.12 (Salmo
149.5-6).
A espada serve para ferir, cortar, sangrar. Todas
as outras armas são de defesa e essa é a única de ataque. Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que
espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e
das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do
coração. [Hebreus 4:12]
Esta é a melhor arma e a que o inimigo mais teme.
Infelizmente os cristãos hoje não têm usado muito essa arma e alguns não a
conhecem bem. Jesus usou a Palavra de Deus para enfrentar Satanás em todas as
tentações no deserto (Mateus 4.1-11). "espada do Espírito" é
encontrada apenas uma vez nas Escrituras, em Efésios 6:17. A espada é parte da
armadura espiritual que Paulo diz aos cristãos para colocar a fim de poderem
lutar eficazmente contra o mal (Efésios 6:13).
A espada é uma arma tanto ofensiva quanto defensiva
usada para se proteger do mal ou para atacar o inimigo e vencê-lo. Era
necessário que um soldado tivesse um treinamento rígido sobre o uso correto de
sua espada para obter dela o máximo benefício. Todos os soldados cristãos precisam
do mesmo treinamento rígido para saberem como lidar corretamente com a Espada
do Espírito, "que é a palavra de Deus". Já que cada cristão
encontra-se em uma batalha espiritual contra as forças satânicas deste mundo,
precisamos saber como manusear a Palavra corretamente. Só então ela será
uma
defesa eficaz contra o mal e uma ofensa valiosa para "destruir
fortalezas" do erro e da mentira (2 Coríntios 10:4-5).
A Palavra também é chamada de espada em Hebreus
4:12. Aqui, a Palavra é descrita como viva e eficaz e mais penetrante que uma
espada de dois gumes. A espada romana era comumente de dois gumes, tornando-a
melhor para perfurar e cortar em ambos os sentidos. A ideia das Escrituras
penetrando significa que a Palavra de Deus atinge o "coração", o
centro de ação, e traz à tona os motivos e sentimentos daqueles em quem ela
toca.
O propósito da Espada do Espírito -- a Bíblia -- é
nos fortificar e capacitar a suportar os ataques de Satanás (Salmo 119:11;
119:33-40; 119:99-105). O Espírito Santo usa o poder da Palavra para salvar
almas e dar-lhes força espiritual para serem soldados maduros para o Senhor.
Quanto melhor conhecermos e compreendermos a Palavra de Deus, mais úteis
seremos em fazer a vontade de Deus e mais eficazes em enfrentar o inimigo de
nossas almas.
É interessante notar que essa espada é do Espírito
e o servo de Deus depende do espírito santo para usa-la com autoridade (João
14.26 e II Pedro 1.20-21). Satanás tentou usa-la contra Jesus, mas não teve
sucesso porque não tem o espírito (autor da Bíblia).
Da mesma forma nós ao citar a palavra de Deusa não
teremos êxito se o Espírito não estiver conosco para convencer a pessoa (João
16.7-13).
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