Posted by : Francisco Souza sexta-feira, 10 de março de 2017



Atributos Naturais / Tri‐Unidade

CLASSIFICAÇÃO DOS ATRIBUTOS:

A) Naturais e Morais: Também chamados de "intransitivos e transitivos",
"incomunicáveis e comunicáveis", "absolutos e relativos", "negativos e positivos"
ou "imanentes e emanentes".

B) Atributos Naturais:

1) Vida: Deus tem vida; Ele ouve, vê, sente e age, portanto é um Ser vivo
(Jo.10:10; Sl.94:9,l0; IICr.16:9; At.14:15; ITs.1:9). Quando a Bíblia fala do olho, do
ouvido, da mão de Deus, etc., fala metaforicamente. A isto se dá o nome de
antropomorfismo. Deus é vida (Jo.5:26; 14:26) e o princípio de vida (At.17:25,28).

2) Espiritualidade: Deus, sendo Espírito, é incorpóreo, invisível, sem substância
material, sem partes ou paixões físicas e, portanto, é livre de todas as limitações
temporais (Jo.4:24; Dt.4:15‐19,23; Hb.12:9; Is.40:25; Lc.24:39; Cl.1:15; ITm.1:17;
IICo.3:17) 3) Personalidade: Existência dotada de auto‐consciência e auto‐determinação
(Ex.3:14; Is.46:11).

a) Volição ou vontade = querer (Is.46:10; Ap.4:11).

b) Razão ou intelecto = pensar (Is.14:24; Sl.92:5; Is.55:8).

c) Emoção ou sensibilidade = sentir (Gn.6:6, IRs.11:9, Dt.6:15; Pv.6:16; Tg.4:5)

4) Tri‐Unidade:

a) Unidade de Ser: Há no Ser divino apenas uma essência indivisível. Deus é um
em sua natureza constitucional. A palavra hebraica que significa um no sentido
absoluto é yacheed (Gn.22:2), isto é, uma unidade numérica simples. Essa
palavra não é empregada para expressar a unidade da divindade. A unidade da
divindade é ensinada nas palavras de Jesus: Eu e o Pai somos um. (Jo.10:30).
Jesus está falando da unidade da essência e não de unidade de propósito.
(Jo.17:11,21‐23, IJo.5:7)  b) Trindade de Personalidade: Há três Pessoas no Ser divino: o Pai, o Filho e o
Espírito Santo. A palavra hebraica que significa um no sentido de único é echad
que se refere a uma unidade composta. Esta palavra é empregada para expressar
a unidade da divindade. Esta palavra é usada em Dt.6:4; Gn.2:24 e Zc.14:9 (Veja
também Dt.4:35;32:39; ICr.29:1; Is.43:10;44:6;45:5; IRs.8:60; Mc.10:9;12:29;
ICo.8:5,6; ITm.2:5; Tg.2:19; Jo.17:3; Gl.3:20; Ef.4:6).

c) Elohim: Este nome está no plural e não concorda com o verbo no singular
quando designativo de Deus (Gn.1:26;3:22; 11:6,7;20:13;48:15; Is.6:8)

d) Há distinção de Pessoas na Divindade: Algumas passagens mostram uma das
Pessoas divinas se referindo à outra (Gn.19:24; Os.1:7; Zc.3:1,2; IITm.1:18;
Sl.110:1; Hb.1:9).
5) Auto‐Existência: Jerônimo disse: Deus é a origem de Si mesmo e a causa de
Sua própria substância. Jerônimo estava errado, pois Deus não tem causa de
existência, pois não criou a Si mesmo e não foi causado por outra coisa ou por Si mesmo; Ele nunca teve início. Ele é o Eterno EU SOU (Ex.3:14), portanto Deus é
absolutamente independente de tudo fora de Si mesmo para a continuidade e
perpetuidade de Seu Ser. Deus é a razão de sua própria existência (Jo.5:26;
At.17:24‐28; ITm.6:15,16).


6) Infinidade ou Perfeição É o atributo pelo qual Deus é isento de toda e
qualquer limitação em seu Ser e em seus atributos (Jó.11:7‐10; Mt.5:48). A
infinidade de Deus se contrasta com o mundo finito em sua relação tempoespaço.
a) Eternidade: A infinidade de Deus em relação ao tempo é denominada
eternidade. Deus é Eterno (Sl.90:2; 102:12,24‐27; Sl.93:2; Ap.1:8; Dt.33:27;
Hb.1:12). A eternidade de Deus não significa apenas duração prolongada, para
frente e para traz, mas sim que Deus transcende a todas as limitações temporais
(IIPe.3:8) existentes em sucessões de tempo. Deus preenche o tempo. Nossa vida se divide em passado, presente e futuro. mas não há essa divisão na vida de
Deus. Ele é o Eterno EU SOU. Deus é elevado acima de todos os limites temporais
e de toda a sucessão de momentos, e tem a totalidade de sua existência num
único presente indivisível (Is.57:15).


b) Imensidão: A infinidade de Deus em relação ao espaço é denominada
imensidão ou imensidade. Deus é imenso (Grande ou Majestoso; Jó.36:5,26;
Jó.37:22,23; Jr.22:18; Sl.145:3). Imensidão é a perfeição de Deus pela qual Ele
transcende (ultrapassa) todas as limitações espaciais e, contudo está presente
em todos os pontos do espaço com todo o seu Ser PESSOAL (não é panteísmo). A
imensidão de Deus é intensiva e não extensiva, isto é, não significa extensão
ilimitada no espaço, como no panteísmo. A imensidão de Deus é transcendente
no espaço (intramundano ou imanente = dentro do mundo ‐ Sl.139:7‐12;
Jr.23:23,24) e fora do espaço (supramundano = acima do mundo; extramundano
= além do mundo; emanente = fora do mundo ‐ IRs.8:27; Is.57:15).

c) Onipresença: É quase sinônimo de imensidão: A imensidade denota a
transcendência no espaço enquanto que a onipresença denota a imanência no  espaço. Deus é imanente em todas as Suas criaturas e em toda a criação. A
imanência não deve ser confundida com o panteísmo (tudo é Deus) ou com o
deísmo que ensina que Deus está presente no mundo apenas com seu poder
(per portentiam) e não com a essência e natureza de ser Ser (per essentiam et
naturam) e que age sobre o mundo à distância. Deus ocupa o espaço
repletivamente porque preenche todo o espaço e não está ausente em nenhuma
parte dele, mas tampouco está mais presente numa parte que noutra
(Sl.139:11,12). Deus ocupa o espaço variavelmente porque Ele não habita na
terra do mesmo modo que habita no céu, nem nos animais como habita nos
homens, nem nos ímpios como habita nos piedosos, nem na igreja como habita
em Cristo (Is.66:1; At.17:27,28; Compare Ef.1:23 com Cl.2:9).

7) Imutabilidade É o atributo pelo qual não encontramos nenhuma mudança em
Deus, em sua natureza, em seus atributos e em seu conselho.

a) A "base" para a imutabilidade de Deus: É Sua simplicidade, eternidade, autoexistência
e perfeição. Simplicidade porque sendo Deus uma substância simples, indivisível, sem mistura, não está sujeito a variação (Tg.1:17). Eternidade porque
Deus não está sujeito às variações e circunstâncias do tempo, por isso Ele não
muda (Sl.102:26,27; Hb.1:12 e 13:8). Auto‐existência porque uma vez que Deus
não é causado, mas existe em Si mesmo, então Ele tem que existir da forma
como existe, portanto sempre o mesmo (Ex.3:14). E perfeição porque toda
mudança tem que ser para melhor ou pior e sendo Deus absolutamente perfeito
jamais poderá ser mais sábio, mais santo, mais justo, mais misericordioso, e nem
menos. Por isso Deus é imutável como a rocha (Dt.32:4).

b) Imutabilidade não significa imobilidade: Nosso Deus é um Deus de ação
(Is.43:13).

c) Imutabilidade implica em não arrependimento: Alguns versículos falam de
Deus como se Ele se arrependesse (Ex.32:14, IISm.24:16, Jr.18:8; Jl.2:13). Tratase
de antropomorfismo (Nm.23:19; Rm.11:29; ISm.15:29; Sl.110:4).

d) Imutabilidade de Deus em Sua natureza: Deus é perfeito em sua natureza por
isso não muda nem para melhor nem para pior (Ml.3:6).

e) Imutabilidade de Deus em Seus atributos: Deus é imutável em suas promessas
(IRs.8:56; IICo.1:20); em sua misericórdia (Sl.103:17; Is.54:10); em sua justiça
(Ez.8:18); em seu amor (Gn.18:25,26).

f) Imutabilidade de Deus em Seu conselho: Deus planejou os fatos conforme a
sua vontade e decretou que este plano seja concretizado. Nada poderá se opor à
sua vontade. O próprio Deus jamais mudará de opinião, mas fará conforme seu
plano predeterminado (Is.46:9,10; Sl.33:11; Hb.6:17).

8) Onisciência Atributo pelo qual Deus, de maneira inteiramente única, conhecese
a Si próprio e a todas as coisas possíveis e reais num só ato eterno e simples.
O conhecimento de Deus tem suas características:

a) É arquétipo: Deus conhece o universo como ele existe em Sua própria idéia

anterior à sua existência como realidade finita no tempo e no espaço; e este
conhecimento não é obtido de fora, como o nosso (Rm.11:33,34).

b) É inato e imediato: Não resulta de observação ou de processo de raciocínio

(Jó.37:16) c) É simultâneo: Não é sucessivo, pois Deus conhece as coisas de uma vez em sua
totalidade, e não de forma fragmentada uma após outra (Is.40:28).

d) É completo: Deus não conhece apenas parcialmente, mas plenamente
consciente (Sl.147:5).

e) Conhecimento necessário: Conhecimento que Deus tem de Si mesmo e de
todas as coisas possíveis, um conhecimento que repousa na consciência de sua
onipotência. É chamado necessário porque não é determinado por uma ação da
vontade divina. (Por exemplo: O conhecimento do mal é um conhecimento
necessário porque não é da vontade de Deus que o mal lhe seja conhecido
(Hc.1:13) Deus não pode nem quer ver o mal, mas o conhece, não por
experiência, que envolve uma ação de Sua vontade, mas sim por simples
inteligência, por ser ato do intelecto divino (veja IICo.5:21 onde o termo grego
ginosko é usado).

f) Conhecimento livre: É aquele que Deus tem de todas as coisas reais, isto é, das
coisas que existiram no passado, que existem no presente e existirão no futuro. É
também chamado visionis, isto é, conhecimento de vista.

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