Posted by : Francisco Souza quinta-feira, 7 de setembro de 2017

As prisões do apóstolo paulo


5. O Resumo dos últimos capítulos de “Atos dos Apóstolos”
 Visita final de Paulo à Macedônia e à Acaia, 20:1-4.
 Paulo vai a Jerusalém, 20:1-6. De Filipos a Mileto, 20:5-16. Defesa de Paulo ante os anciãos de Éfeso, 20:17-38. De Mileto ante a Cesaréia, 27:1-14. Paulo com a igreja em Jerusalém, 21:15-26.
 Paulo, prisioneiro em Roma, 21:27-28:31.
a. Detenção e defesa, 21:27-22:29.
b. Perante o sinédrio, 22:30-23:11.
c. Transferência para Cesaréia, 23:12-35.
d. Em Cesaréia, 24:1-26:32. Paulo e Félix, 24:1-27. Paulo e Festo, 25:1-27. Defesa de Paulo perante Agripa, 26:1-32.
e. Viagem a Roma, 27:1-28:16.
f. Paulo em Roma, 28:17-31.


6. A Prisão de Paulo em Jerusalém (Atos 21, 22 e 23)
a) O objetivo da viagem a Jerusalém (21:1-16)
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Entregar a oferta proveniente das igrejas gentílicas para os crentes pobres de Jerusalém. Foi uma

grande oferta. Paulo levou um ano a arrecadá-la, 2 Co 8:10. Todavia, foi avisado muitas vezes, ao passar pelas cidades da Ásia, que essa viagem resultaria em prisão, 20:23. Em Tiro, 21:4, e em Cesaréia, 21:11, o aviso foi repetido com ênfase especial. De cada vez é o Espírito quem adverte. Até
Lucas fez coro na rogativa, 21:12; Mas estava arraigado, definitivamente, no espírito de Paulo que
aquela era a vontade de Deus, mesmo que significasse sua morte, 13:14. Por que esses avisos da parte de Deus? Podia dar-se o caso de Paulo estar enganado e de Deus estar procurando fazê-lo ciente disso? Ou seria que Deus o estava provando? Ou o preparando? De qualquer modo, Paulo estava determinado a fazer a viagem. Uma coisa é que ele a prometera anos antes, Gl 2:10. Considerava aquilo o meio mais prático de demonstrar a unidade da igreja. Levara sua vida a ensinar aos gentios de que podiam ser cristãos sem se tornarem prosélitos dos judeus, razão por que muitos dos seus irmãos judeus o odiavam rancorosamente. Agora, desejava coroar esse trabalho com uma demonstração genuína e proveitosa de fraternidade cristã da parte dos seus convertidos gentios, como último e duradouro sinal de amor fraternal entre judeus e gentios. Vista sob este aspecto, esta visita de Paulo a Jerusalém é um dos eventos históricos mais importantes do N.T. Possivelmente, também, ele nunca podia esquecer a agonia dos crentes judeus, homens e mulheres, quando os lançava em prisão, anos antes, At 8:3, e estava há muito tempo resolvido, tanto quanto estivesse em suas forças, a compensar a Igreja Judaica pelos sofrimentos pelos quais a fizera passar.
b) Paulo em Jerusalém

Chegou ali mais ou menos em junho, 59 d.C., 20:16. Foi a quinta visita que se registra, depois da sua conversão. No decurso deste período, tinha ganho vastas multidões de gentios para a fé cristã, e por causa disto era odiado pelos judeus descrentes.
Depois de ter passado quase uma semana em Jerusalém, cumprindo seus votos no Templo, certos judeus o reconheceram. Começaram a gritar, e dentro de um instante, a turba estava por cima de Paulo como uma matilha de cães. Os soldados romanos apareceram em cena em tempo para salvá-lo de ser morto às pancadas.
Na escada do castelo romano, o mesmo onde Pilatos condenara Jesus à morte 28 anos antes dele, Paulo, com permissão do comandante, fez um discurso à turba, contanto como Cristo lhe aparecera no caminho para Damasco. Escutaram até que mencionou a palavra “gentios”, e então a turba se enfureceu contra ele.

No dia seguinte, os oficiais romanos trouxeram Paulo perante o Sinédrio, para descobrir o que os judeus tinham contra ele. Foi o mesmo concílio que entregou Cristo para ser crucificado; o mesmo Concílio do qual Paulo fora membro; o mesmo Concílio que apedrejara Estêvão, e que repetidos esforços fizera para esmagar a Igreja. Paulo correu perigo de ser espedaçado ali, e os soldados o retiraram dali, levando-o de volta ao castelo.
Na noite seguinte, lá no castelo, o Senhor Se revelou a Paulo, assegurando-lhe que protegeria seu caminho até Roma, 1:13. Em Éfeso, foi combinado que Paulo iria a
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Roma depois desta visita a Jerusalém, 19:21, mas depois, Paulo nem teria certeza de sair vivo de Jerusalém, Rm 15:31,32. Mas agora, Paulo estava com absoluta certeza, pois o próprio Deus prometera que faria a viagem.
No dia seguinte, os judeus enredaram outra cilada contra Paulo. Fervia a fúria popular. Tornou-se necessário preparar uma escolha excepcional, de 70 cavaleiros, 200 soldados, e 200 lanceiros para tirar Paulo de Jerusalém, e mesmo assim, na escuridão da noite.

7. A Prisão de Paulo em Cesaréia (Atos 24, 25 e 26)
Essa prisão ocorreu no verão de 59 ao outono de 61 d.C.
Cesaréia fora o lugar onde 20 anos antes Pedro recebera na igreja o primeiro gentio, Cornélio, oficial do exército romano. Possivelmente, foi esta a razão pela qual Félix conhecia alguma coisa a respeito do “caminho”, 24:22.

Lucas esteve com Paulo em Cesaréia. Pensa-se que foi por esse tempo que ele escreveu seu Evangelho. Esta é a única visita de Lucas a Jerusalém de que se tem notícia. Sem dúvida, aproveitou oportunidades de visitar Jerusalém muitas vezes, talvez também a Galiléia, para conversar com todos os apóstolos e primeiros companheiros de Jesus que pôde encontrar. Maria, mãe de Jesus, podia ainda estar viva, de cujos lábios ele pode ter ouvido, diretamente, a história com que inicia o seu Evangelho.

Israel moderno, cônscio da sua história como nação, toma grande cuidado dos monumentos históricos antigos, e há alguns anos Cesaréia recebeu a atenção dos arqueólogos. As obras do porto antigo têm sido examinadas por escafandristas, que obtiveram informações interessantes. O teatro está sendo escavado, e um achado surpreendente tem sido uma inscrição fragmentária com o nome de Pôncio Pilatos. A cidade era seu quartel-general como Procurador romano, e cenário de um debate famoso entre ele e uma deputação de judeus de Jerusalém. Obstinado e arrogante, Pilatos tinha pendurado escudos votivos no palácio de Herodes, consagrado ao Imperador. Os judeus, enviando representantes ao Imperador Tibério, venceram na sua objeção contra símbolos pagãos na Cidade Santa, e Pilatos tinha que levar ao santuário de Roma, em Cesaréia, estes símbolos de sua lealdade desajeitada ao Império.

a) Paulo perante Félix, 24:1-27. As acusações, v. 5: era “uma peste”, acusação muito vaga; “promotor de sedições entre os judeus”, absolutamente falso, porque Paulo invariavelmente ensinava obediência ao governo; “tentara profanar o templo”, v. 6, levando lá Trófimo, 21:29, o que não fez; “principal agitador dos nazarenos”, o que ele reconheceu e que não era contra nenhuma lei, judaica ou romana. Paulo nunca deixou de mencionar a ressurreição, v. 15.
Félix casara-se com uma judia, estava familiarizado com as praxes judaicas e conhecia algo a respeito de Cristo. Estava profundamente impressionado e mandou chamar Paulo para que lhe explicasse mais o Evangelho, com o que ficou aterrorizado. Sua cupidez, porém, v. 26, impediu que ele aceitasse Cristo ou soltasse Paulo.
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Festo foi nomeado sucessor de Félix em 60 d.C. Foi no intervalo entre a partida de Félix e a chegada de Festo que as autoridades de Jerusalém se aproveitaram da ausência de um oficial romano do executivo e assassinaram Tiago, irmão de Jesus.
b) Paulo perante Festo, 25:1-12. Os judeus ainda armavam emboscada a Paulo, v. 3, porque parece que tinham pouca esperança de convencer um governador romano de ter Paulo feito alguma coisa digna de morte. Sendo acusado perante Festo e vendo que este se propunha a agradar aos judeus, e que não havia esperança de que lhe fizessem justiça. Paulo anunciou, ousadamente, a Festo, que estava pronto a morrer se merecesse a morte, e apelou para César o que como cidadão romano tinha o direito de fazer. Diante disto, Festo nada pôde fazer senão anuir à apelação. Naquele tempo o César era Nero, bruto e desumano. Paulo, porém, sabia que, se deixasse o seu caso com Festo, seria devolvido ao sinédrio judaico, o que significaria condenação certa. Sendo assim, escolheu Nero. Além disso, queria ir a Roma.

c) Paulo perante Agripa, 25:13-26:32. O discurso de Paulo perante Agripa e o outro em Atenas são, geralmente, considerados dois dos mais soberbos exemplos de oratória da literatura. São ambos muito breves, simples resumo do que ele deve ter dito, porque é dificilmente crível que, num e noutro caso, ele falasse menos de uma hora.

Esse Agripa era Herodes Agripa II, filho de Herodes Agripa I, que, 16 anos antes, matara Tiago, o irmão de João, 12:2; era neto de Herodes Antipas que matara João Batista e escarnecera Jesus, e bisneto de Herodes, o Grande, que trucidara os meninos de Belém, ao tempo de nascimento de Cristo. Sua capital era Cesaréia de Filipe, próxima do cenário da transfiguração de Jesus, 30 anos antes.
Berenice era sua irmã, vivendo com ele como esposa. Fora casada com dois reis, voltara para ser esposa do próprio irmãos, e mais tarde veio a ser amante de Vespasiano e Tito. Imagine-se Paulo a defender-se diante de um par de pessoas desse quilate.
Agripa, cuja família estivera tão intimamente relacionada com toda a história de Cristo, naturalmente estava curioso por ouvir um homem do calibre de Paulo, que tanta excitação causara entre as nações a respeito de uma Pessoa que sua própria família houvera condenado.
A única discordância que Festo pôde ver entre Paulo e seus acusadores era que aquele pensava ainda estar vivo Jesus, ao passo que os acusadores O julgavam morto, 25:19.
A grande pompa, v. 23, que Festo arranjou para a ocasião era testemunho da personalidade dominante de Paulo, porque certamente um preso comum não provocaria tal exibição de esplendor real.
Notar a cortesia uniforme de Paulo, do princípio ao fim, se bem que conhecesse o caráter dissoluto do rei.
Notar, outrossim, que ele reconheceu ser a ressurreição de Jesus a única causa da questão. (H. H. Halley).
d) Previdência Divina. A história revela que a maldade humana é controlada pela soberania divina. Os judeus desejavam que Paulo fosse transferido de Cesaréia para
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Jerusalém. Tivesse Festo atendido às exigências deles, talvez o Novo Testamento não contasse com Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. (Sanders). Além disso, estava a salvo de todos os judeus.
Chegou a ser manifesto a todos (Filipenses 1:12, 13). Teve oportunidade para testificar aos soldados que o guardavam. Foi visitado por amigos das diferentes igrejas (Filipenses 2:25; 4:10).

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