Posted by : Francisco Souza
quarta-feira, 29 de novembro de 2017
Israel é como uma pasta de figos, como remédio para a
humanidade, para todas as nações. Mas não é em si mesmo que este povo é
salvação e bênção sobre a terra. Israel só pode ser uma ajuda para um mundo
enfermo por causa dAquele que vem de Israel e se tornou o sacrifício para o
mundo: Jesus Cristo. Este já foi o desígnio de salvação de Deus com Abraão,
quando falou ao patriarca de Israel: “…em ti serão benditas todas as famílias
da terra.” (Gn 12.3b). Jesus é o Salvador do mundo, mas foi o judaísmo que o trouxe
ao mundo. Essa é a única razão de ser do povo judeu, do qual o Eterno de Israel
fez vir Seu Filho Jesus Cristo para salvação do mundo inteiro!
Os botânicos descrevem a figueira da seguinte maneira:
– “Tem tronco retorcido com casca clara”. Em si mesmo,
Israel é torto e rebelde, mas resplandece por meio de Jesus Cristo. Tive que
pensar em Moisés, que em si mesmo também era “torto”. Mas quando retornava do
encontro com Deus, “a pele do seu rosto resplandecia” (Êx 34.29).
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Em Isaías 49.3 está escrito: “…e me disse: Tu és o meu
servo, és Israel, por quem hei de ser glorificado” (Is 49.3). Aqui vemos a
identificação de Israel com seu Filho maior, Jesus Cristo. A
figueira Israel,
em conexão com Jesus, o Messias, tornou-se a salvação para o mundo.Por isso está escrito mais adiante: “Sim, diz ele: Pouco é o seres meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel; também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra” (Is 49.6). Aqui a Palavra de Deus não se refere mais a Israel propriamente, mas Àquele que viria de Israel, a Jesus Cristo: “…pouco é o seres o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel…” Pois Israel não poderia restaurar a si mesmo, nem poderia tornar a trazer os remanescentes de si mesmo. E como a figueira Israel em si mesma é torta, resplandecendo somente em seu Messias, assim também é evidente que as palavras seguintes se referem ao Filho maior de Israel: “…também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra”. Por isso Jesus disse em João 4.22b: “…a salvação vem dos judeus.”
2. Profética mente parece que já se delineia também a futura
salvação de Israel – seu próprio restabelecimento se avizinha
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Assim como Ezequias, também Israel ainda terá que enfrentar
angústia mortal. Pois no tempo da Grande Tribulação todas as nações da terra se
voltarão contra Israel e se reunirão em Armagedom para destruí-lo totalmente.
Mas então esse povo, em agonia, como Ezequias outrora, clamará ao Senhor com
suas últimas forças: “Deus de Abraão, Isaque e Jacó! Nosso Messias, vem e
salva-nos dos nossos inimigos!” Ele ouvirá Seu povo e o salvará – Israel poderá
ir ao templo novamente (pois Jesus levantará o templo do Milênio) – Ele
derrotará os inimigos de Israel e protegerá a cidade de Jerusalém.
A história de Ezequias se encaixa no contexto das afirmações
de Deus sobre o futuro de Israel e da vinda de Jesus. Assim talvez já possamos
ver, na pasta de figos, por meio da qual a saúde de Ezequias foi restabelecida,
um paralelo da figueira restabelecida em Mateus 24: “Aprendei, pois, a parábola
da figueira…” E a declaração: “…no terceiro dia subirás à casa do Senhor”, é no
mínimo interessante. Pedro disse: “Há, todavia, uma cousa, amados, que não
deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um
dia” (2 Pe 3.8). Desde a primeira vinda de Jesus a Belém já se passaram quase
dois mil anos (dois dias divinos). Não é em vão que após 1948 anos Deus fez de
Israel novamente um povo na Terra Prometida, e no ano de 1967 lhe devolveu a
cidade de Jerusalém. Será que Israel subirá novamente à casa do Senhor no
“terceiro dia”? Não sabemos o momento exato da vinda de Jesus para a Sua
Igreja, nem o dia da Sua volta para Seu povo Israel. Mas vemos e presenciamos
em nossos dias a restauração da figueira: Israel é conduzido em direção à sua
cura. E nosso Senhor prometeu expressamente: “Em verdade vos digo que não
passará esta geração, sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra,
porém as minhas palavras não passarão” (Mt 24.34-35).