Posted by : Francisco Souza
sábado, 27 de abril de 2019
O que direi daqueles que raramente – ou nunca – lêem a Bíblia?
Existem milhares que se adaptam a essa descrição. Eles conhecem a Bíblia por nome, eles sabem que é o único Livro que nos ensina como viver e morrer, mas nunca encontram tempo para lê-lo. Jornais, reportagens, livros, romances, tudo isso eles podem ler, menos a Bíblia. E você chama isso de porfiar? De entrar pela porta estreita? Eu falo a homens e mulheres de senso comum. Deixe-os julgar o que digo.
4. O que direi daqueles que nunca oram?
Existem muitos, afirmo veementemente, nessa condição. Sem Deus eles acordam e novamente sem Ele, eles se deitam à noite. Eles não pedem por nada, não confessam nada, não agradecem por nada e nem buscam nada. São todas criaturas entregues à morte e, mesmo assim, deixaram de falar com seu Criador e Juiz! Isso é estar porfiando? Eu falo a homens e mulheres de senso comum. Deixe-os julgar o que digo.
É muito sério ser ministro do Evangelho. É doloroso observar o homem e perceber a forma com que atuam em relação a assuntos espirituais. Nós seguramos firmes em nossas mãos o grande Livro de Deus, o qual declara que sem arrependimento, conversão, fé em Cristo e santidade, nenhum ser humano pode ser salvo. Como um cumprimento de nosso ofício, nós ansiamos para que homens e mulheres se arrependam, acreditem e sejam salvos, mas, para nossa aflição, muitas vezes lamentamos, porque nosso trabalho parece ser vão. Homens e mulheres vão à igreja, escutam, concordam, mas não "porfiam" para serem salvos. Nós mostramos a pecaminosidade do pecado, nós expomos a amabilidade de Cristo, mostramos a vaidade do mundo, levantamos o regozijo que é o serviço de Cristo, oferecemos a água da vida aos cansados e sobrecarregados, mas, para nossa tristeza, muitas vezes parece que falamos aos ventos. Nossas palavras são ouvidas pacientemente aos domingos, nossos
argumentos não são refutados, mas vemos claramente durante a semana que homens e mulheres não porfiam para serem salvos. Então, eis que vem o diabo na manhã de segunda-feira, armando incontáveis ciladas; eis que vem o mundo e apresenta seus prêmios enganosos. Nossos ouvintes sofregamente o seguem. Eles trabalham duro para receber benesses do mundo, trabalham pesado para as licitações do diabo, mas a única coisa que precisam fazer, não fazem: não porfiam por hipótese alguma.
Isso que escrevo não é por ouvir falar. Eu falo porque tenho visto. Escrevo o resultado de trinta e sete anos de experiência no ministério. Durante esse período, aprendi lições sobre a natureza humana que nunca soube antes. Agora vejo quão verdadeiras são as palavras do Senhor sobre o caminho estreito. Tenho visto quão poucos são os que verdadeiramente porfiam para serem salvos.
Seriedade em problemas passageiros é comum. Esforço para tornarse rico e próspero nesse mundo não é algo raro. Afligir-se por dinheiro, negócios, política, trocas, ciência, finas artes, entretenimento, aluguel, salário, trabalho, terras, esse tipo de aflição vejo abundantemente tanto na cidade quanto no interior. Entretanto vejo poucos que se afligem por suas almas, vejo poucos que porfiam para entrar pela porta estreita.