Posted by : Francisco Souza
sábado, 3 de agosto de 2019
A
casa de Onri
Entre
os anos de 885-874 a.C, o Reino do Norte foi ocupado por Onri, o sexto rei de
Israel e que governou por 12 anos. Onri era comandante do exército de Israel e
a maneira pela qual chegou ao poder foi turbulenta. Quando ele se encontrava
com suas tropas em missão militar perto de Gibeton, foi informado que Zinri, um
dos oficiais do exército, havia usurpado o trono e matado a Elá, filho de
Baasa, para reinar em seu lugar. As tropas de Onri entraram em confronto com as
de Zinri e nessa disputa Onri saiu vencedor.
No
contexto de 1 Reis, onde o cronista enfatiza mais a fidelidade a Deus do que as
conquistas políticas, Onri não recebe muito destaque. Todavia ele foi um
governante habilidoso tanto na sua política interna como externa. Documentos
arqueológicos registram que os assírios se referiam à dinastia fundada por Onri
como “a casa de Onri”. Foi visando expandir suas relações comerciais com outras
nações que Onri casou seu filho Acabe com Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios.
Tendo
se legitimado como rei, Onri comprou a colina de Samaria, estabelecendo nesse
local a nova capital do seu reino. Paul Gardner (2011, p.498) destaca que
“pouco se sabe sobre esse rei, exceto que foi o mais perverso “aos olhos do
Senhor” do que todos os que foram antes dele, até mesmo Jeroboão, filho de
Nebate. Adorava e encorajava a adoração de ídolos, um ponto que foi lembrado na
profecia de Miqueias (6.16). A má influência dessa dinastia afetou mesmo o
reino do Sul. Acazias, de Judá, era filho de Atalia, neta de Onri. Sob a
influência da mãe, ele “fez o que era mau aos olhos do Senhor” (2 Cr 22.2-4; 2
Rs 8.26). Finalmente Onri morreu e seu filho Acabe o sucedeu no trono de Israel
(1 Rs 16.28-30)”.4