Posted by : Francisco Souza
sábado, 7 de setembro de 2019
Confrontando os falsos profetasProfetizavam sob encomendo
Os fatos ocorridos no reinado de Acabe vêm mais uma vez
confirmar uma verdade: Nenhum sistema é profético, nenhum profeta pertence ao
sistema. O texto de 1 Reis 18.19, destaca essa verdade. Eram profetas, mas
comiam da mesa de Jezabel. Eram profetas, mas possuíam seus ministérios
alugados para Acabe e sua esposa. Eles profetizavam o que o rei queria ouvir,
pois faziam parte do sistema estatal de governo. Nenhum homem de Deus, nem
tampouco a igreja, pode ficar comprometido com qualquer esquema religioso ou
político. Se assim o fizerem, perdem suas vozes proféticas (1 Rs 22.13).
1. Embora, a princípio, seja difícil perceber, o indivíduo sente-se profundamente ameaçado pelos profetas, os quais são seu principal alvo. Embora ele pareça ter o dom da profecia, seu alvo na verdade é controlar aqueles que se movem na esfera profética.
2. Para aumentar seu favor, o indivíduo muitas vezes se aproxima do pastor e dos líderes locais e depois busca encontrar o elo mais fraco a fim de dominá-lo. Seu objetivo final é governar toda a igreja.
3. Em busca de reconhecimento do pastor e dos membros, o indivíduo forma associações estratégicas com pessoas que são reconhecidas como espirituais e têm influência na igreja.
4. Para parecer espiritual, o indivíduo busca reconhecimento manipulando as coisas e buscando tirar vantagem. Muitas vezes, compartilha sonhos e visões provenientes de sua própria imaginação ou que ouviu de outros.
5. Quando o indivíduo recebe um reconhecimento inicial, geralmente responde com falsa humildade. No entanto, tal atitude não dura muito.
6. Quando é confrontado, o indivíduo se coloca na defensiva. Ele justifica suas ações com frases do tipo: “Estou obedecendo a Deus” ou “Deus me disse para fazer isso”.
7. Muitas vezes, o indivíduo alega ter grandes revelações espirituais sobre o governo da igreja, mas não busca as autoridades legítimas. Em geral, primeiro compartilha suas opiniões com outras pessoas. Sua opinião pessoal muitas vezes se torna a “última palavra” sobre várias questões, fazendo com que se sinta superior ao pastor. No entanto, mesmo que sua revelação seja proveniente de Deus, ele prefere sair falando, em vez de orar.
8. Com motivos impuros, o indivíduo busca se aproximar de outros. Parece desejar fazer “discípulos” e precisa de constante afirmação de seus seguidores.
9. Esse indivíduo prefere orar pelas pessoas em particular (em outra sala ou num canto isolado), para não ter de prestar contas a ninguém. Assim, suas revelações e falsas “profecias” não podem ser questionadas.
10. Ansioso para conseguir o controle, ele reúne as pessoas e procura ensiná-las. Embora, a princípio, o ensino possa ser correto, ele apresenta “doutrinas” que não possuem fundamento na Palavra de Deus.
11. Enganando os outros com profecias carnais e falando aquilo que as pessoas gostam de ouvir, ele busca, acima de tudo, conseguir credibilidade. Profetiza meias verdades ou fatos pouco conhecidos, como se fossem revelações divinas. Também tira proveito da memória fraca das pessoas, torcendo seus pronunciamentos anteriores e fazendo parecer que se cumpriram na íntegra.
12. Embora a imposição de mãos seja um princípio bíblico, esse indivíduo gosta de compartilhar um nível “mais elevado” no espírito ou derrubar as paredes que prendem as pessoas, por meio da imposição de mãos. No entanto, seu toque transmite maldição. Em vez de uma bênção santa, o que ele transmite mediante seu toque é um espírito maligno.
13. Mascarando uma autoestima deficiente com orgulho espiritual, ele deseja ser visto como a pessoa mais espiritual da igreja. Pode ser o primeiro a chorar, clamar, etc., afirmando estar recebendo uma carga de Deus. No entanto, não é diferente dos fariseus que queriam que suas boas ações fossem vistas e suas virtudes, reconhecidas pelos homens.
14. Lamentavelmente, a vida familiar desse indivíduo é turbulenta. Ele pode ser solteiro ou casado. Quando é casado, seu cônjuge em geral é espiritualmente fraco, não convertido ou miserável. Esse indivíduo tem a tendência de dominar todos os membros de sua família.5
Já estou no pastorado de tempo integral por mais de uma década e pude comprovar de forma prática essa palavra Pelo menos três vezes identifiquei claramente esse espírito querendo controlar as pessoas e o meu ministério. Graças a Deus porque Ele me deu o discernimento para que eu não ficasse prisioneiro de Jezabel.
Eram mais numerosos
Acabe e sua esposa Jezabel haviam institucionalizado a idolatria no reino do Norte. Baal e Aserá não eram apenas os deuses principais, mas também oficiais. O culto idólatra estava presente em toda a nação, de norte a sul e de leste a oeste. Dessa forma, para manter a presença da religião pagã na mente do povo, a casa real necessitava de um grande número de falsos profetas (1 Rs 17.32,33). O texto sagrado, por diversas vezes, destaca esse fato (1 Rs 18.19). Quando na presença do povo, Elias pôs isso em evidência (1 Rs 18.22), não havia verdade, autenticidade, nem tampouco qualidade no culto falso, mas apenas quantidade.