Quando a
ordem espiritual é desprezada, podem ocorrer consequências
QUANDO O
ORDEM ESPIRITUAL É DESPREZADA
Vivemos
dias em que muitos querem privilégios espirituais, mas não desejam a sujeição e
a disciplina que a Palavra de Deus exige. O cenário descrito — alguém que sai
da igreja, abandona o grupo das irmãs, pede bênção para se afastar, mas depois
retorna querendo liderar sem aceitar a disciplina — mostra uma confusão entre
autoridade espiritual e desejo pessoal. Mais do que um comportamento, é uma
quebra de princípios bíblicos fundamentais.
1. DEUS É
DEUS DE ORDEM, NÃO DE CONFUSÃO
"Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as
igrejas dos santos." (1 Coríntios 14:33)
A igreja
de Cristo não é conduzida por sentimentos ou conveniências humanas, mas por
princípios espirituais e ordem estabelecida por Deus. Quando alguém se afasta
voluntariamente da obra, mesmo com bênção, há um processo natural de recomeço.
Ignorar isso é desonrar a ordem e a paz que devem reger o corpo de Cristo.
2. TODO
LÍDER DEVE PRIMEIRO SER EXEMPLO DE SUJEIÇÃO
"Obedecei a vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por
vossas almas como quem há de prestar contas." (Hebreus 13:17)
A
liderança na igreja é para quem se sujeita à autoridade e à comunhão dos
santos. A pessoa que abandona o campo de batalha e depois retorna exigindo
posição demonstra que não compreendeu o valor da obediência. O líder é aquele
que primeiro se submete, que aceita ser moldado, que reconhece que há tempo de
servir em silêncio antes de voltar a liderar.
3. NÃO
BASTA "NÃO ESTAR EM PECADO" — É PRECISO TER BOM TESTEMUNHO
"Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível..." (1 Timóteo
3:2)
A
ausência de pecado público não é suficiente para o exercício de liderança. O
bom testemunho diante da igreja é essencial. A Bíblia exige que quem lidera
tenha uma conduta aprovada, reconhecida, e isso é construído com o tempo, com
humildade e perseverança. Voltar e não aceitar sentar no banco revela orgulho,
e onde há orgulho, não há espaço para Deus operar.
4. A
IGREJA TEM AUTORIDADE PARA DISCIPLINAR E ORIENTAR
"Se ele não os ouvir, diga-o à igreja; e, se também não ouvir a igreja,
considera-o como gentio e publicano." (Mateus 18:17)
A
congregação tem autoridade espiritual dada por Jesus para exercer disciplina e
preservar a saúde do corpo. Quando o grupo de irmãs se reúne para colocar
alguém no banco, não está agindo com dureza, mas com zelo espiritual. Tal
decisão deve ser respeitada, pois visa proteger a santidade do ministério e
restaurar com amor aqueles que desejam servir de forma sincera.
5. A
VERDADEIRA VOLTA É MARCADA POR HUMILDADE E ESPERA
"Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará." (Tiago
4:10)
A volta à
igreja deve ser marcada por arrependimento, humildade e disposição de servir,
mesmo sem visibilidade. A exaltação vem de Deus, não da própria vontade. Quando
alguém volta com o coração ensinável, Deus mesmo abre as portas. Quando volta
querendo impor, fecha-se o caminho da bênção.
Conclusão:
Ninguém está acima da ordem espiritual. Sair da igreja, abandonar a obra e
depois voltar querendo liderança sem passar pelo processo de restauração e submissão
é perigoso. A igreja não julga somente atos externos como fornicação ou pecado
visível, mas também analisa atitudes, espírito e testemunho. O banco não é
punição — é tratamento. Quem entende isso e aceita com coração humilde será
exaltado no tempo certo por Deus.
Autor:
Francisco Souza
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