Posted by : Francisco Souza
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Fundamentos de Fé
Muitas vezes
quando passamos por algum tipo de problema e que achamos não termos como
solucioná-lo, fatalmente recorremos a alguém para pedir ajuda.
Problemas todos
nós passamos, e quando se trata de uma pessoa que tem como objetivo servir a
Cristo, eles apenas fazem com esta pessoa se fundamente ainda mais nas
escrituras e, percebam o quanto é dependente do Senhor Deus e Pai, diz a bíblia
que, a misericórdia do Senhor é a razão de não sermos consumidos. Mas, para que
possamos nos fundamentar nas palavras do Senhor, primeiramente é necessário ter
fé naquilo em que estamos lendo ou ouvindo acerca das maravilhas que Deus fez
durante todo este tempo. As escrituras relatam que a fé é a certeza daquilo que
esperamos e a prova das coisas que não vemos (Hb 11.1), mas como vamos ter
certeza de uma coisa se nós não estamos vendo nada?
Mais uma vez encontramos resposta na bíblia quando ela diz
que a salvação é pela fé e esta mesma fé é dom de Deus, ou seja, quando ainda
estávamos mortos pelos nossos pecados e ofensas, Jesus já nos tínhamos feito
assentar, juntamente com ele, nas regiões celestiais a destra de Deus Pai
Todo-Poderoso. O que estamos querendo dizer é que quando aceitamos a Cristo
como Senhor e Salvador de nossas vidas, estamos deixando o Espírito Santo de
Deus fazer morada em nós, sabe por quê? Por que o senhor nos fez povo seu (Sl
100.3), então, chegamos à conclusão de que a fé é um presente de Deus.
Quando falamos de
fé, imediatamente imaginamos que seja algo que vem da nossa mente, ou seja, da
nossa razão, mas, não é isso que aprendemos quando nos aprofundamos nos
ensinamentos contidos na bíblia, ela nos ensina que quando confessamos com a
nossa boca que Jesus é o Senhor e cremos com o nosso CORAÇÃO que Deus o
ressuscitou dentre os mortos seremos salvos, pois com o coração se crê para
justiça e com a boca se confessa para a salvação (Rm 10.9,10) então notamos,
através desta passagem, que a fé vem do coração e não da mente limitada do
homem. Esta mesma fé pode ocorrer em diferentes níveis, vamos mencionar o que
ocorrera com o apóstolo Tomé, pois como sabemos, ele não estava com os
discípulos quando da aparição de Jesus aos mesmos, pela primeira vez.Tomé, talvez não acreditando na aparição do Mestre Jesus,
disse que somente iria crer na versão dos seus amigos, se ele visse as marcas
dos pregos nas mãos de Jesus e colocasse as suas mãos no lado onde havia sido
cravado aquela lança, e o que aconteceu? Uma semana depois, estavam novamente
reunidos os discípulos de Jesus e, desta vez Tomé estava com eles, quando o
Mestre chegou (leia-se apareceu, pois, naquele momento, as portas estavam
fechadas) e se pôs no meio deles, os cumprimentou e foi diretamente ao encontro
de Tomé mandando que o mesmo colocasse o seu dedo no seu lado, olhasse para as
sua mãos e disse: “pare de duvidar e creia”, Tomé tomado por um ímpeto de
alegria exclamou: “Senhor meu e Deus meu!”, Jesus então, lhe fez uma pergunta:
“Porque me viu, você creu? E continuou dizendo: “felizes os que não viram e
creram”. Aí está a diferença, não precisamos ver para crer e sim crer para ver
os sinais e maravilhas que o senhor tem preparado para o seu povo desde o
princípio pois todas as bênçãos já foram emanadas dos céus pelo nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo.
No capítulo três
da carta de Paulo à igreja de Éfeso, a partir do versículo quatorze, vemos o
apóstolo orando pelos santos daquela cidade. Concluímos que a fé vem sempre
acompanhada do amor a Jesus pelos seus seguidores, ou seja, aqueles que estão
arraigados e alicerçados em amor. Notamos que em sua oração, o apóstolo Paulo
clamava para que Jesus Cristo habitasse no coração do crente por meio da fé
para que este pudesse compreender a largura, o comprimento, a altura e a
profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para
que ele seja cheio de toda a plenitude de Deus, pois só Ele é capaz de fazer
infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu
poder que atua em nós, ou seja, a nossa fé. Interessante que quando falamos de
fé, das coisas que não vemos, do poder de Deus, etc., quase sempre nos
lembramos da cura do cego Bartimeu, diz a bíblia que além da sua deficiência
visual, ele era um homem que mendigava, era uma pessoa discriminada pela
sociedade, mas que apesar de tudo, creu em Deus e um milagre aconteceu em sua
vida, ele não precisou ver para crer ele creu
nos milagres que Jesus já havia
feito, pois alguém o havia dito que o Mestre estava passando, e ele Bartimeu,
começou a clamar o nome de Jesus nome esse que é sobre todo o nome, nome que
cura, que salva, que santifica. Embora algumas pessoas o estivessem
repreendendo, ele não se deixou levar pelas circunstâncias e gritava mais alto:
“Jesus filho de Davi, tenha compaixão de mim”, não deixe as circunstâncias da
vida te assolar, creia em Deus, creia que ele pode solucionar o seu problema,
pois aquilo que impossível para você, é possível para Deus.
Que o Senhor nosso
Deus possa continuar nos dando muita paz e tranqüilidade, que a cada dia Ele
possa continuar nos dando sabedoria e entendimento da sua palavra, para que
possamos dar continuidade a pregação do evangelho da salvação àqueles que ainda
não o conhece, que possamos ser usados por Deus, para essa grande comissão
deixada por Jesus Cristo, o filho do Deus vivo.
A Humanidade, portanto, forma um todo orgânico com Jesus
ressuscitado. O evangelho de São João diz
que nós somos os ramos da videira
cuja cepa á Jesus Cristo (Jo 15, 1-8).
Apesar de ser um homem como nós, Jesus Cristo também
pertence à esfera de Deus. Na verdade, a sua interioridade espiritual humana
interage directamente com a interioridade divina do Filho de Deus, graças ao
Espírito Santo, que é o animador desta reciprocidade amorosa humano-divina.
Por estar organicamente unido a nós, Cristo comunica-nos o
Espírito Santo de modo intrínseco, isto é, como sangue do Senhor Ressuscitado,
graças à interacção orgânica e dinâmica que nos une.
Associando a ressurreição de Jesus à comunicação do Espírito
Santo, o evangelho de São João diz que a carne que Cristo nos dá na Eucaristia
é uma realidade espiritual, não biológica (Jo 6, 62-63). Por outras palavras a
carne e o sangue que Jesus nos dá a comer é a comunicação do Espírito Santo que
nos vivifica e diviniza.
Eis as palavras do evangelho de São João: “E se virdes o
Filho do Homem ressuscitar e voltar para onde estava antes. A carne não serve
para nada. As palavras que vos disse são Espírito e Vida” (Jo 6, 62- 63).
Isto quer dizer que a Eucaristia é um sacramento que
proclama, visibiliza e corporiza a acção salvadora de Jesus ressuscitado a
actuar em nós pelo Espírito Santo. É esta a dinâmica do Novo Adão o qual é a
cabeça da Nova Criação, como diz São Paulo (2 Cor 5, 17-19).
Com Cristo ressuscitado, a Humanidade atingiu a plenitude
dos tempos, isto é, o limiar da ressurreição e integração na comunhão da
Família divina. Se Cristo não fosse homem, nós não éramos divinos, pois somos
divinizados pelo facto de formarmos uma união orgânica e dinâmica com ele.
Por outras palavras, ao comunicar-nos o dom do Espírito
Santo, Jesus Cristo torna-se a fonte da vida eterna para nós. Podemos dizer que
Jesus Cristo, ao ressuscitar, colocou a Vida Eterna ao nosso alcance!
Querendo afirmar
que Deus não criou a Humanidade para a morte, o Livro do Génesis diz que no
centro do Paraíso estava a Árvore da Vida cujo fruto dava a Vida Eterna aos que
o comessem (Gn 3, 23). Isto quer dizer que a Vida Eterna não é inerente à
condição natural do ser humano, mas sim uma graça que nos vem da Árvore da
Vida. Depois o Génesis acrescenta que, devido ao seu pecado, Adão ficou
impedido de comer o fruto da Árvore da Vida (Gn 3, 24).
Ao ressuscitar, Jesus Cristo abre de novo as portas do
Paraíso. Segundo a linguagem da Eucaristia a Carne e o Sangue de Jesus, isto é,
o Espírito Santo, é o fruto da Árvore da Vida: “Quem come a minha carne e bebe
o meu sangue tem a vida eterna e eu hei-de ressuscitá-lo no último dia. Na
verdade, a minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue uma verdadeira
bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e eu
nele. Assim como o Pai que me enviou vive e eu vivo pelo Pai, assim também,
quem me come viverá por mim” (Jo 6, 54-57).
Deste modo, a Árvore da Vida renova-nos e liberta-nos do
pecado do velho Adão. É hoje que Cristo Ressuscitado, o Novo Adão, está a fazer
emergir em nós o Homem Novo. A Primeira Carta aos Coríntios, diz que o primeiro
Adão era apenas um ser vivente, enquanto Cristo Ressuscitado é um espírito vivificante,
isto é, a fonte da Vida Eterna (1 Cor 15, 45). Recorrendo à simbologia da
Eucaristia, São Paulo diz que estamos organicamente unidos a Cristo, o Novo
Adão, pois somos membros do seu corpo (1 Cor 12, 27). Nós só podemos dar frutos
de vida na medida em que estivermos organicamente unidos a Cristo, tal como os
ramos da videira estão unidos à cepa (Jo 15, 4-5).
A seiva que vem da cepa para os ramos e os torna fecundos é
o Espírito Santo. Mediante a presença recriadora do Espírito Santo em nós,
somos assumidos e incorporados na Família da Santíssima Trindade.
Isto quer dizer que a plenitude do Homem não é o humano mas
o Divino!