Posted by : Francisco Souza
terça-feira, 23 de setembro de 2014
Leia João 11:17-37 Lázaro, o amigo de Jesus, morreu. Imagine suas irmãs aos prantos. Imagine as pessoas que vieram consolar Maria e Marta. Elas também choram. Agora imagine Jesus, que chegou atrasado. Ele, também, está chorando. Por quê?
Vimos Jesus chorar por causa de Jerusalém. (Lucas 19:41) Ele chorou porque seu povo amado se recusava a reconhecer que Ele era Deus, e porque sua cegueira os levaria a um sofrimento terrível.
Por que Jesus chorou com a morte de Lázaro? Eu me lembro de ter ouvido alguém dizer que Jesus não precisava realmente ter chorado. Afinal, logo em seguida ele ressuscitaria Lázaro. Mas Jesus chorou mesmo assim.
Jesus chorou porque Ele optou por se juntar ao sofrimento do povo à sua volta. Ele chorou com eles. Ele era, e é, o Emanuel — “Deus conosco” — em todos os aspectos.
É claro que Jesus fez mais do que chorar. Ele também eliminou o motivo do choro: ressuscitou Lázaro
e, ao fazer isto, revelou a glória de Deus. É isto que Jesus faz. Ele toma o sofrimento do mundo e o transforma em vida e esperança, para a glória de Deus. Vamos imaginar Jesus chorando. Devemos nos lembrar do que ele fez para que algum dia não haja mais
“Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e LÁGRIMAS, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade. (Hebreus 5.7).
Cremos que muitas outras vezes Jesus viveu grandes emoções até as lágrimas, Ele era o homem Deus, obviamente sensível às dores do povo. No entanto, apesar de testemunhar das injustiças sociais, das violências, da religiosidade malvada que escravizava o homem e era usada por fariseus hipócritas e outras castas contra os menos favorecidos, Ele não se entregou a amargura de alma, revolta, sarcasmo, nem usou de meios tumultuosos para mudar a história.
Ele começou a escrever uma nova história com a sua própria vida. Agregou a Si homens comuns, com enfermidades espirituais, psicológicas, deformidade
de caráter, como qualquer outro ser humano, e tratou de, segundo a medida da disposição e da fé de cada um, imprimir-lhes o seu caráter divino, restaurando-os a imagem e semelhança da Trindade. “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”; (Gêneses 1.26) encarregando-os de continuar a sua obra após sua ascensão.


Quanto deve haver gargalhado Ele junto com os seus discípulos, ao ver o mar se encolhendo da sua fúria sob as ordens poderosas do seu Senhor. Quanta dança deve ter tomado seu coração fazendo rodopiar seu corpo ao lembrar a alegria que inundou o coração da Madalena ao receber seu indulto e ainda ser justificada diante dos seus acusadores.
Indubitavelmente Jesus teve razões sobradas para derramar abundantes lágrimas, mas com certeza muito mais motivos de riso, gozo, testemunhando da glória do Pai em favor das multidões marcadas pela dor e conseqüências do pecado.