Posted by : Francisco Souza
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
PRÉ-MILENISMO DISPENSACIONALISTA: A Grande Tribulação corresponde à 70ª semana de Daniel (Dn
9:24-27) e acontece antes do Milênio (2 Tm2:12; Ap 20:6).
O Pré-milenismo ensina que Jesus Cristo voltará antes do
período milenar (Dn 2:35; Dn 7:27; Sl 2:8-9; Zc 8:23; Ap 5:10; Ap 20:4-6).
Esse entendimento começou a desaparecer com o início da
igreja católica, no tempo de Agostinho (354-430 A. D.). O Catolicismo unido com
o Estado, na época de Constantino, fez esmorecer a esperança da volta de Jesus.
Os amilenistas (como são conhecidos), não crêem na
literalidade do Reino Milenial de Jesus Cristo aqui na Terra. Para eles, o
Milênio é uma realidade puramente “espiritual”, que se estende do primeiro
advento ao segundo advento de Cristo, período este que já completou quase 2000 anos e que culminará na
Grande Tribulação, para a restauração da igreja e o progresso do testemunho do
evangelho.
Eles são preteristas e não futuristas e afirmam, ainda, que
os eventos dos fins dos tempos já se cumpriram no ano 70 d. C., quando da
destruição do templo de Jerusalém, pelas legiões romanas do General Tito.
Devemos nos lembrar que, em Mt 24:15, o Senhor Jesus não
está se referindo à destruição do templo em 70 d. C., mas Ele está falando dos
tempos do fim.
Mateus 24 menciona algo que se cumprirá apenas nos tempos do
fim: "a abominação da desolação"
(v. 15) e o versículo 30 prova que
os eventos dos fins dos tempos não se resumiram à destruição do templo de
Jerusalém no ano 70 d. C., pois o próprio Senhor Jesus Cristo voltará ao seu
final.
Devemos observar a "Lei do Duplo Cumprimento", que
diz que antes do infalível cumprimento "maior" (literal + completo +
definitivo) de uma profecia, às vezes a mesma pode ser cumprida somente num
sentido "menor" (simbólico + incompleto + temporário). Ex: a profecia
de Jl 2:28-32 (referente ao fim dos tempos), cumprida em escala menor no
Pentecostes (At 2:17-21); a destruição de Jerusalém no ano 70 d. C., que é uma
"pequena amostra preliminar" da profecia de Dn 9:26, que de modo
algum substitui ou impede o cumprimento total e literal da mesma, etc.
Lembremos que sempre houve pré-milenistas. Durante a
Reforma, os anabatistas ajudaram a reviver o pré-milenismo.
As bases Bíblicas para o pré-milenismo [embora Ap 20:1-7
seja um forte apoio] são desenvolvidas no A.T. e N.T.
“E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o
poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de
Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e
não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram
com Cristo durante mil anos...” (Ap 20:4)
As alianças do A.T. com Abraão e Davi estabelecem uma
promessa incondicional de um reino em Canaã liderado pelo definitivo Filho de
Davi (Is 65).
FUTURISMO:
É uma
maneira de se entender as profecias do Apocalipse, segundo a qual, virtualmente
todos os eventos ali descritos ocorrerão no futuro, durante a Grande
Tribulação, na 2ª vinda de Jesus Cristo e no Milênio.
O futurismo
teve aceitação ampla na Igreja primitiva, que acreditava nos eventos futuros.
Um terço da Bíblia é profecia e a maior parte dela versa sobre o futuro. Uma
abordagem literal das escrituras será futurista conseqüentemente.
As vantagens
do futurismo são relacionadas a textos da Bíblia que indicam a vinda pessoal e
física de Jesus a terra pela segunda vez (At 1:9-11; Lc 21:27).
Na Bíblia lemos sobre dias, meses e anos, que devem ser
aceitos literalmente.
Na 1 Tessalonicenses, o apóstolo Paulo fala principalmente
do "Dia de Jesus Cristo" (arrebatamento) e na 2 Ts fala do "Dia
do Senhor" (Tribulação). No versículo 1, da 2 Ts, ele menciona a
"vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" e a nossa "reunião com
Ele" (arrebatamento). No versículo 2, do mesmo capítulo, ele fala do
"Dia do Senhor".
Vejamos as diferenças:
O "Dia de Jesus Cristo" foi revelado somente no N.
T. e se aplica unicamente à Igreja de Jesus. Ele está relacionado quase sempre
com bênçãos, com promessas e com a esperança da glória de Cristo. Ele diz
respeito ao arrebatamento, retorno dos crentes renascidos para o reino do Pai
(a casa do Pai), mas também ao tribunal de Cristo que vai acontecer nessa
ocasião. (1 Co 1:7-8; 5:5; 2 Co 1:14; 5:10; Fp 1:6, 10; 2.16; Cl 3:3-4; 1 Ts 4:15-18; 2 Ts 2:1; 1 Tm 6:14; 2
Tm 4:8; 1 Pe 1:7; 4:13 e 1 Jo 2:28).
O "Dia do Senhor" tem a ver com o justo juízo de
Deus que cairá sobre o mundo incrédulo e castigará a rebelião contra Ele.
Trata-se da intervenção evidente e visível de Deus nos acontecimentos deste
mundo. Esse “dia” (semana de anos) é o
dia da Grande Tribulação e começa depois do "Dia de Cristo", ou seja,
depois do arrebatamento. (Is
2:12, 19; Ez 30:3; Jl 1:15; 2:1-2; Sf 1:14; Zc 14:4-5, 8; At 2:19-20; 1 Ts
5:1-5; 2 Ts 2:2, 10-12; 2 Pe 1:16; 3:10; Jd 14-15; Ap 6:15-17).
O "Dia de Deus" é (após todos os acontecimentos
mencionados anteriormente) o dia em que o próprio Deus triunfará
definitivamente, depois que todo o mal tiver sido afastado e tudo estiver
implantado na nova situação eterna e permanente, quando Deus será tudo em
todos. (1 Co 15:25-28; 2 Pe 3:12-13).
A Importância de estudarmos as 70 semanas de Daniel:
Por que os líderes espirituais de Israel negligenciaram
completamente a profecia das 70 semanas de Daniel?
A resposta é realmente bem simples. Vários séculos antes de
Jesus Cristo nascer, os líderes judeus começaram a aceitar e a propagar dois
ensinos terrivelmente errôneos.
. Primeiro, ensinavam que as Santas Escrituras não deveriam
ser interpretadas literalmente, alegando que não eram totalmente inspiradas por
Deus e, portanto, continham erros.
. Segundo, ensinavam que as profecias não deviam ser
interpretadas literalmente, mas deveriam ser espiritualizadas.
Os livros proféticos, como Daniel, não eram mais lidos, pois
continham muitas profecias. Após a passagem de várias gerações, esse pouco caso
com as profecias ficou solidificado, e os líderes espirituais no tempo de Jesus
desconheciam completamente as 70 semanas de Daniel, dando mais valor às
tradições. Assim, "não conheceram o tempo da sua visitação" (Dn 9:25;
Lc 19:44).
O mais absurdo é que os magos pagãos que visitaram o menino
Jesus conheciam os escritos de Daniel, haja vista que Daniel viveu entre os antepassados
deles, na corte do Rei Nabucodonosor. Quando a estrela apareceu no céu, eles
sabiam que estava na época daquela profecia se cumprir.
O significado do estudo das profecias para os dias de hoje é
simples e óbvio. O mesmo ensino errôneo que nega a inspiração e a inerrância
das Escrituras está sendo propagado nos dias atuais.
A maioria das pessoas não sabe que mais de trezentas
profecias referentes à segunda vinda de Jesus Cristo já se cumpriram ou estão
sendo cumpridas. Essas pessoas não sabem que isso nunca ocorreu antes!
Portanto, muitas pessoas estão negligenciando as profecias e
perderão a segunda visitação de Jesus Cristo, correndo assim grande perigo
espiritual.
Jesus disse enfaticamente aos judeus que aqueles que
conhecem as profecias sobre sua segunda vinda poderão saber quando Ele estará
às portas (Mt 24:33). Ele também disse
qual tipo de atitude
precisariam ter ao virem a proximidade da Sua segunda
vinda. Ele disse:
“E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai” (Mc
13:37).
Isso significa que nós também (igreja) devemos estar atentos
aos eventos mundiais e ler nossas Bíblias diariamente, para que o Espírito
Santo nos mantenha fiéis a Jesus Cristo, nesta época de tanta enganação
espiritual. É bom lembrarmos que já estamos vivendo em dias como os de Noé! (Mt
24:37).
No
entanto, precisamos também aplicar outro ensino que aprendemos com essa
profecia das setenta semanas: Deus é meticuloso no cumprimento de todas as suas
profecias. Ele nos diz “Buscai no livro do Senhor, e lede; nenhuma destas
coisas faltará, ninguém faltará com a sua companheira; porque a minha boca tem
ordenado, e o seu espírito mesmo as tem ajuntado” (Is 34:16).
Nenhuma das profecias de Deus falhará, de modo que Ele nos
instrui a "buscar" as profecias aplicáveis para que as conheçamos e
não sejamos surpreendidos quando forem cumpridas.