segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Pré Milenismo Dispensacionalista A Grande Tribulação

PRÉ-MILENISMO DISPENSACIONALISTA: A Grande Tribulação corresponde à 70ª semana de Daniel (Dn 9:24-27) e acontece antes do Milênio (2 Tm2:12; Ap 20:6).

O Pré-milenismo ensina que Jesus Cristo voltará antes do período milenar (Dn 2:35; Dn 7:27; Sl 2:8-9; Zc 8:23; Ap 5:10; Ap 20:4-6).
Esse entendimento começou a desaparecer com o início da igreja católica, no tempo de Agostinho (354-430 A. D.). O Catolicismo unido com o Estado, na época de Constantino, fez esmorecer a esperança da volta de Jesus.

Os amilenistas (como são conhecidos), não crêem na literalidade do Reino Milenial de Jesus Cristo aqui na Terra. Para eles, o Milênio é uma realidade puramente “espiritual”, que se estende do primeiro advento ao segundo advento de Cristo, período este que já  completou quase 2000 anos e que culminará na Grande Tribulação, para a restauração da igreja e o progresso do testemunho do evangelho.
Eles são preteristas e não futuristas e afirmam, ainda, que os eventos dos fins dos tempos já se cumpriram no ano 70 d. C., quando da destruição do templo de Jerusalém, pelas legiões romanas do General Tito.  
Devemos nos lembrar que, em Mt 24:15, o Senhor Jesus não está se referindo à destruição do templo em 70 d. C., mas Ele está falando dos tempos do fim.

Mateus 24 menciona algo que se cumprirá apenas nos tempos do fim: "a abominação da desolação"
(v. 15) e o versículo 30 prova que os eventos dos fins dos tempos não se resumiram à destruição do templo de Jerusalém no ano 70 d. C., pois o próprio Senhor Jesus Cristo voltará ao seu final.
Devemos observar a "Lei do Duplo Cumprimento", que diz que antes do infalível cumprimento "maior" (literal + completo + definitivo) de uma profecia, às vezes a mesma pode ser cumprida somente num sentido "menor" (simbólico + incompleto + temporário). Ex: a profecia de Jl 2:28-32 (referente ao fim dos tempos), cumprida em escala menor no Pentecostes (At 2:17-21); a destruição de Jerusalém no ano 70 d. C., que é uma "pequena amostra preliminar" da profecia de Dn 9:26, que de modo algum substitui ou impede o cumprimento total e literal da mesma, etc.
Lembremos que sempre houve pré-milenistas. Durante a Reforma, os anabatistas ajudaram a reviver o pré-milenismo.
As bases Bíblicas para o pré-milenismo [embora Ap 20:1-7 seja um forte apoio] são desenvolvidas no A.T. e N.T.

“E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos...” (Ap 20:4)

As alianças do A.T. com Abraão e Davi estabelecem uma promessa incondicional de um reino em Canaã liderado pelo definitivo Filho de Davi (Is 65).


FUTURISMO:

                É uma maneira de se entender as profecias do Apocalipse, segundo a qual, virtualmente todos os eventos ali descritos ocorrerão no futuro, durante a Grande Tribulação, na 2ª vinda de Jesus Cristo e no Milênio.
          O futurismo teve aceitação ampla na Igreja primitiva, que acreditava nos eventos futuros. Um terço da Bíblia é profecia e a maior parte dela versa sobre o futuro. Uma abordagem literal das escrituras será futurista conseqüentemente.
          As vantagens do futurismo são relacionadas a textos da Bíblia que indicam a vinda pessoal e física de Jesus a terra pela segunda vez (At 1:9-11; Lc 21:27).
Na Bíblia lemos sobre dias, meses e anos, que devem ser aceitos literalmente.
         

Como se distinguem entre si "o Dia de Jesus Cristo", "o Dia do Senhor" e o "Dia de Deus"?

Na 1 Tessalonicenses, o apóstolo Paulo fala principalmente do "Dia de Jesus Cristo" (arrebatamento) e na 2 Ts fala do "Dia do Senhor" (Tribulação). No versículo 1, da 2 Ts, ele menciona a "vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" e a nossa "reunião com Ele" (arrebatamento). No versículo 2, do mesmo capítulo, ele fala do "Dia do Senhor".
Vejamos as diferenças:
               
O "Dia de Jesus Cristo" foi revelado somente no N. T. e se aplica unicamente à Igreja de Jesus. Ele está relacionado quase sempre com bênçãos, com promessas e com a esperança da glória de Cristo. Ele diz respeito ao arrebatamento, retorno dos crentes renascidos para o reino do Pai (a casa do Pai), mas também ao tribunal de Cristo que vai acontecer nessa ocasião. (1 Co 1:7-8; 5:5; 2 Co 1:14; 5:10; Fp 1:6, 10; 2.16; Cl 3:3-4;         1 Ts 4:15-18; 2 Ts 2:1; 1 Tm 6:14; 2 Tm 4:8; 1 Pe 1:7; 4:13 e 1 Jo 2:28).
O "Dia do Senhor" tem a ver com o justo juízo de Deus que cairá sobre o mundo incrédulo e castigará a rebelião contra Ele. Trata-se da intervenção evidente e visível de Deus nos acontecimentos deste mundo. Esse “dia” (semana de anos)  é o dia da Grande Tribulação e começa depois do "Dia de Cristo", ou seja, depois do arrebatamento. (Is 2:12, 19; Ez 30:3; Jl 1:15; 2:1-2; Sf 1:14; Zc 14:4-5, 8; At 2:19-20; 1 Ts 5:1-5; 2 Ts 2:2, 10-12; 2 Pe 1:16; 3:10; Jd 14-15; Ap 6:15-17).
O "Dia de Deus" é (após todos os acontecimentos mencionados anteriormente) o dia em que o próprio Deus triunfará definitivamente, depois que todo o mal tiver sido afastado e tudo estiver implantado na nova situação eterna e permanente, quando Deus será tudo em todos. (1 Co 15:25-28; 2 Pe 3:12-13).

A Importância de estudarmos as 70 semanas de Daniel:


Por que os líderes espirituais de Israel negligenciaram completamente a profecia das 70 semanas de Daniel?
A resposta é realmente bem simples. Vários séculos antes de Jesus Cristo nascer, os líderes judeus começaram a aceitar e a propagar dois ensinos terrivelmente errôneos.

. Primeiro, ensinavam que as Santas Escrituras não deveriam ser interpretadas literalmente, alegando que não eram totalmente inspiradas por Deus e, portanto, continham erros.
. Segundo, ensinavam que as profecias não deviam ser interpretadas literalmente, mas deveriam ser espiritualizadas.

Os livros proféticos, como Daniel, não eram mais lidos, pois continham muitas profecias. Após a passagem de várias gerações, esse pouco caso com as profecias ficou solidificado, e os líderes espirituais no tempo de Jesus desconheciam completamente as 70 semanas de Daniel, dando mais valor às tradições. Assim, "não conheceram o tempo da sua visitação" (Dn 9:25; Lc 19:44).
O mais absurdo é que os magos pagãos que visitaram o menino Jesus conheciam os escritos de Daniel, haja vista que Daniel viveu entre os antepassados deles, na corte do Rei Nabucodonosor. Quando a estrela apareceu no céu, eles sabiam que estava na época daquela profecia se cumprir.
O significado do estudo das profecias para os dias de hoje é simples e óbvio. O mesmo ensino errôneo que nega a inspiração e a inerrância das Escrituras está sendo propagado nos dias atuais.
A maioria das pessoas não sabe que mais de trezentas profecias referentes à segunda vinda de Jesus Cristo já se cumpriram ou estão sendo cumpridas. Essas pessoas não sabem que isso nunca ocorreu antes!
Portanto, muitas pessoas estão negligenciando as profecias e perderão a segunda visitação de Jesus Cristo, correndo assim grande perigo espiritual.
Jesus disse enfaticamente aos judeus que aqueles que conhecem as profecias sobre sua segunda vinda poderão saber quando Ele estará às portas (Mt 24:33). Ele também  disse qual tipo de atitude
precisariam ter ao virem a proximidade da Sua segunda vinda. Ele disse:
“E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai” (Mc 13:37).
Isso significa que nós também (igreja) devemos estar atentos aos eventos mundiais e ler nossas Bíblias diariamente, para que o Espírito Santo nos mantenha fiéis a Jesus Cristo, nesta época de tanta enganação espiritual. É bom lembrarmos que já estamos vivendo em dias como os de Noé! (Mt 24:37).
                No entanto, precisamos também aplicar outro ensino que aprendemos com essa profecia das setenta semanas: Deus é meticuloso no cumprimento de todas as suas profecias. Ele nos diz “Buscai no livro do Senhor, e lede; nenhuma destas coisas faltará, ninguém faltará com a sua companheira; porque a minha boca tem ordenado, e o seu espírito mesmo as tem ajuntado” (Is 34:16).

Nenhuma das profecias de Deus falhará, de modo que Ele nos instrui a "buscar" as profecias aplicáveis para que as conheçamos e não sejamos surpreendidos quando forem cumpridas.

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