Posted by : Francisco Souza
sexta-feira, 28 de julho de 2017
A SERPENTE DE BRONZE E AS PRIMEIRAS
BATALHAS
Tendo terminado de vagar pelo deserto,
o povo de Israel seguiu um caminho tortuoso em direção ao oriente da terra de
Canaã, rodeando pelo sul do mar Morto, e evitando passar pelas terras de Edom.
Seu caminho os levava por regiões desertas, e também por território ocupado por
cananeus.
O primeiro dos cananeus foi o rei de
Arade, que habitava no Neguebe, a sudoeste do Mar Morto. Ele os atacou e levou
alguns cativos. Israel clamou ao SENHOR e prometeu destruir totalmente as suas
cidades se o SENHOR lhes desse vitória. O SENHOR os ouviu e entregou em
suas mãos os cananeus, que eles então destruíram completamente, como haviam
prometido. O SENHOR já havia anteriormente prometido destruir estes povos
(Êxodo 23:23).
Continuando a viagem, eles passaram do
outro lado do monte Hor, no caminho do mar Vermelho (o golfo de Acaba). É um
caminho deserto e pedregoso, trazendo novamente o desânimo para o povo.
Pela sétima e última vez, eles reclamaram contra Deus e contra Moisés, por
terem sido tirados do Egito e trazidos para o deserto onde não havia pão nem
água, reclamando ainda do maná, que chamaram de pão vil.
No Salmo 78 encontramos as causas das
reclamações do povo:
1.
Obstinação,
2.
Rebeldia,
3.
Inconstância de coração e
4.
Infidelidade de espírito (versículo 8).
5.
Não guardaram a aliança de Deus e
6.
Não quiseram andar na sua lei (versículo 10).
7.
Esqueceram-se das obras e das maravilhas que o SENHOR lhes mostrara
(versículo 11).
Nossas reclamações frequentemente têm
as mesmas causas. Se pudermos corrigir estas ações e atitudes irrefletidas,
deixaremos também de nos queixar quando achamos que as coisas não vão
bem.
O SENHOR fez uso de serpentes
abrasadoras (venenosas) para punir o povo pela sua incredulidade e rebeldia. O
deserto naquelas regiões tem uma variedade de serpentes, algumas das
quais se escondem na areia e atacam sem aviso prévio. A mordida traz grande
sofrimento e pode levar a uma
morte lenta. As serpentes que o SENHOR mandou
sobre o povo de Israel eram mortais, pois morreram muitos dentre eles.
"Havemos pecado" disse o povo
a Moisés ao pedir que ele intercedesse por eles para que fossem tiradas as
serpentes. Todos nós só podemos começar uma nova vida com Deus depois que
reconhecemos que pecamos. Cristo morreu pelos pecadores. Quem não vier a Ele na
categoria de pecador, não pode ser salvo por Ele. O povo não prometeu nada,
apenas reconheceu o seu pecado, e confiou na misericórdia de Deus. Também somos
salvos apenas por reconhecermos o nosso pecado e confiarmos na graça de
Deus revelada em Cristo - Deus não requer uma promessa de nossa parte.
A resposta do SENHOR foi mandar que
Moisés levantasse uma serpenteabrasadora feita de bronze numa estaca à vista de
todos: quem fosse mordido e olhasse para a serpente, seria curado. Quem, porém,
em sua incredulidade não olhasse para a serpente e confiasse em outros
remédios, morreria. Era, portanto, necessário que o que fosse mordido tivesse
fé suficiente apenas para olhar para a serpente.
O Senhor Jesus nos explicou que, da
mesma forma, quem crê nEle não perecerá, mas terá a vida eterna (João 3:14-16).
É suficiente que o pecador convicto olhe para Cristo (Hebreus 12:2), pela fé,
para ser salvo da perdição, não há outra condição. Mas, quem procurar se salvar
por outros meios, nunca o conseguirá.
A serpente de bronze é um símbolo do
pecado julgado e condenado. Bronze nos fala do julgamento de Deus, como no
altar de bronze (Êxodo 27:2) e do julgamento de si próprio, como na bacia de
bronze. A serpente de bronze é uma figura de Cristo feito pecado por nós
(João 3:14, 15; 2 Coríntios 5:21), levando nossa condenação. Historicamente, o
momento foi quando Cristo bradou "Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?" (Mateus 27:46).
Podemos fazer as seguintes comparações:
1.
Serpentes que mordíam. O pecado nos ataca.
2.
A mordida doía pouco no início mas a dor crescia até um grande
sofrimento final. Inicialmente pouco sentimos, mas vai nos trazer grande
sofrimento no fim.
3.
O resultado era a morte. Morremos espiritualmente.
4.
Uma serpente de bronze foi levantada no deserto. Jesus Cristo foi
levantado em uma cruz no Calvário.

Terminado este episódio de castigo e
salvação, o povo prosseguiu pelo caminho determinado pelo SENHOR, parando para
acampar em Obote, Ijé-Abarim, vale de Zerede, na outra margem do Arnom,
e em Beer, o nome de um poço com água abundante para o povo.
Enquanto no deserto eles estiveram se
queixando e lastimando, agora eles cantaram um cântico de alegria por causa do
poço. Notemos o progresso:
1.
a expiação (versículos 8, 9; João 3:14, 15)
2.
a água, símbolo do Espírito Santo (versículo16; João 7:37-39)
3.
a alegria (versículos 17, 18; Romanos 14:17)
4.
o poder (versículos 21:21-24, Atos 4:33).
Saindo de Beer, continuaram indo
primeiro para Mataná, depois Naaliel e Bamote, chegando até um vale no campo de
Moabe, de onde mandaram mensageiros a Seom, rei dos amorreus, pedindo licença
para passar pelo seu território.
O rei Seom
Este território tinha como fronteiras,
ao sul o rio Arnom, que deságua aproximadamente no centro do mar Morto, ao
norte o rio Jaboque, afluente do rio Jordão que fica aproximadamente entre o
mar de Quinerete (Galiléia) e o mar Morto, ao oeste o rio Jordão e ao leste a
fronteira fortificada de Amom.
Assim eles conquistaram seu primeiro
território, mais tarde ocupado pelas tribos de Rúben e Gade. Os versículos 27 a
30 consistem em um poema daquele tempo celebrando a vitória. Camos era o deus
nacional dos moabitas, que não lhes valeu quando os amorreus haviam invadido o
seu território, agora tomado pelos israelitas.
Havia restado um grupo de amorreus em
uma localidade chamada Jazer, dentro daquela área. Depois de um reconhecimento
que Moisés mandou fazer, os israelitas expulsaram os amorreus e tomaram as suas
aldeias.
O povo tomou novamente o rumo do norte,
e foram enfrentados por Ogue, o rei de Basã, cujo território ficava do outro
lado do rio Jaboque. Mesmo antes da batalha o SENHOR já havia dito a Moisés que
havia entregado todo o povo e território de Basã em suas mãos. E assim sucedeu:
todo o povo que ali habitava foi destruido, e Israel com isso adquiriu toda a
região a leste do mar da Galiléia e do rio Jordão, até o monte Hermom
(Deuteronômio 3:8). Mais tarde o território de Basã foi herdado pela tribo de
Manassés.
Deus nos dá vitória sobre os nossos
inimigos espirituais também: a carne, o mundo, e o diabo! Primeiro, porém,
precisamos confiar em Cristo e depois tomar a nossa armadura para combater
(Efésios 6:13-18). fica com Deus pessoal