Posted by : Francisco Souza
domingo, 18 de agosto de 2019
Causas da Apostasia
Casamento misto
Ao longo da história bíblica a mistura do povo de Deus com
outros povos foi sempre um perigo real. Vez por outra os limites que demarcavam
a separação entre o santo e profano era ultrapassado e então o povo caía em
pecado. Nos dias pós-cativeiro, Neemias precisou tomar medidas drásticas para frear
essa prática (Ne 13.23-29).
O texto bíblico põe o casamento misto de acabe com Jezabel,
filha de Etbaal rei dos sidônios, como uma das causas da apostasia no Reino do
Norte. As Escrituras destacam que Acabe “tomou por mulher a Jezabel, filha de
Etbaal, rei dos sidônios; e foi e serviu a Baal, e o adorou” (1 Rs 16.31). Foi
em decorrência desse casamento pagão que a idolatria entrou com força em
Israel. Embora se fale de um casamento político, as consequências dele foram,
na verdade, espirituais. A mistura sempre foi um perigo constante na história
do povo de Deus. Os cristãos devem tomar todo o cuidado para evitar as uniões
mistas. A Palavra de Deus, tanto no Antigo como em o Novo Testamento, condena
esse tipo de união (Dt 7.3; 2 Co 6.14,15).
Nos dias atuais, a prática pastoral tem mostrado que esse
ainda continua sendo um dos grandes problemas para o povo de Deus. Todo pastor
pode constatar que a estabilidade de um casamento misto, onde um evangélico se
une com uma outra pessoa fora da sua confissão de fé, é exceção e não a regra.
A regra geral mostra que os conflitos advindos pelo confronto de duas culturas
e, principalmente por realidades espirituais diferentes tornam o relacionamento
tenso e, em muitos casos, insustentável.
O culto idólatra estatal
Quando o rei Acabe casou-se com Jezabel, as consequências
desse ato tiveram um efeito imediato, pois, instigado por sua mulher, ele
“levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificara em Samaria” (1 Rs
16.32). O culto idólatra promovido pelo estado hebreu foi formalizado quando
Acabe “fez um poste-ídolo, de maneira que cometeu mais abominações para irritar
ao Senhor, Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele”
(1 Rs 16.33). Não há dúvida que o culto a Baal estava substituindo o verdadeiro
culto a Deus. Havia uma idolatria institucionalizada e financiada pelo poder
estatal.
A Bíblia nos revela que existem principados espirituais que
dominam até mesmo nações (Dn 10.13-21). Esses seres malignos se valem do poder
estatal para oprimir as pessoas. Vez por outra, temos visto satanás tentando se
valer dos governantes para financiar práticas que são contrárias aos princípios
cristãos. Isso pode ser claramente percebido nos projetos de leis que
descriminalizam o uso de drogas; torna legal o aborto e o casamento de pessoas
do mesmo sexo. Além de orar, a igreja deve também fazer ouvir a sua voz para
que a nação seja um canal de bênção e não de maldição.