Posted by : Francisco Souza
segunda-feira, 30 de dezembro de 2019
DOUTRINA DE CRISTO EM NOSSA VIDA
1.
Graça: É o poder dinâmico de Deus que provêm imerecidamente para capacitar o homem a desejar e fazer a Sua
vontade (Fp.2:13; Ico.1:4,5; IITm.1:9;
Tg.1:18; IICo.3:5; Hb.13:21; Is.26:12; Jr.10:23; Pv.16:9; 20:24;
ICo.15:10). 2. Predestinação: É o
conselho ou decreto de Deus concernente aos homens decaídos, incluindo a eleição soberana de uns
e a justa reprovação dos restantes
(Rm.8:29,30; 9:11‐24; Ef.1:5,11).
Os dois aspectos da predestinação são:
(a) Eleição: É o ato eterno de
Deus pelo qual Ele, em seu soberano beneplácito, e sem levar em conta nenhum mérito previsto nos
homens, escolhe um certo número deles
para receberem a graça especial e a salvação eterna.
(b)
Reprovação: É o decreto eterno de Deus pelo qual Ele determinou deixar
de aplicar a um certo número de homens
as operações de sua graça especial, e
puní‐los por seus pecados, para a manifestação da sua justiça. Os dois
aspectos da reprovação são preterição e
condenação.
4. União: É a ligação íntima, vital e espiritual entre Cristo e o Seu povo, em razão da qual Ele é a fonte da sua vida e poder, da sua bem‐aventurança e salvação (Ef.5:32; Cl.1:27).
5. Regeneração: É o ato de Deus pelo qual o princípio de uma nova vida é implantado no homem, e a disposição dominante de sua alma é tornada santa.
É a comunicação de vida divina à alma, que implica numa completa mudança de coração (Ez.11;19; 18:31; 36:26; Jr.24:7; Rm.6:4; Ef.2:6; Cl.2:12; Jo.5:21; Jo.6:63; 10:10,28; Rm.6:11,13; IJo.5:11,12; Ef.2:1,5; Cl.2:13; IIPe.1:4; Jo.1:12; 3:3,5; IJo.3:1).
6. Conversão: É o ato exterior, visível e prático da salvação operada na vida do
pecador regenerado (Lc.22:32).
Os dois aspectos da conversão são:
(a) arrependimento: é o aspecto negativo da conversão, porque implica no
abandono do pecado e em dizer não para as coisas pecaminosas.
(b) fé: é o aspecto positivo da coversão, porque implica em voltar em direção a
Deus e em dizer sim para a sua palavra.
7. Arrependimento: É a mudança voluntária e consciente, produzida na vida do
pecador, efetuada pelo Espírito Santo, a qual atinge sua mente, seus sentimentos
e conduz o pecador ao abandono voluntário do pecado (Mt.21:28‐30;
IICo.7:9,10).
8. Fé: É um firme e seguro conhecimento do favor de Deus, para conosco,
fundado na verdade de uma promessa gratuita em Cristo, e revelada às nossas
mentes e seladas em nossos corações pelo Espirito Santo (As Institutas, III, 2,7,
Calvino).
9. Justificação: É um ato judicial de Deus, no qual Ele declara, com base na justiça
de Jesus Cristo, que todas as reivindicações da lei estão satisfeitas a favor do
pecador (At.13:39; Rm.5:1,9; 8:30‐33; Ico.6:11; Gl.2:16; Gl.3:11). Na justificação
estão incluídos o perdão, a adoção, a substituição vicária e a imputação.
Os dois aspectos da justificação são:
(a) Remissão ou Perdão (aspecto negativo/a dívida é anulada): É o resultado da
morte de Cristo e se dá por meio da substituição, na qual, Cristo nosso Cordeiro
Pascal se oferece para morrer em nosso lugar.
(b) Adoção (aspecto positivo/o crédito é imputado): É o resultado da ressurreição
de Cristo e se dá por meio da imputação, na qual a justiça de Cristo, que dá o
direito legal à adoção, é imputada ao crente. A regeneração opera uma filiação
moral enquanto que a adoção opera uma filiação legal.
10. Remissão ou Perdão: É o aspecto negativo da justificação, pois quando Adão
pecou, ele foi condenado pelo que fez de errado (iniquidade), como também
pelo que deixou de fazer de certo, errando o alvo (pecado). Adão, então pecou
por ação (iniquidade = pecado consciente, voluntário, transgressão) e omissão
(pecado, leia IJo.3:4). Cristo em sua obra vicária corrigiu os erros de Adão,
obedecendo passiva e ativamente, negativa e positivamente os mandamentos de
Deus, pois a lei inclui mandamentos negativos (não adulterarás, etc) e
mandamentos positivos (amarás a Deus, etc).
O perdão é, portanto o ato judicial de Deus pelo qual ele concede ao pecador, na cruz,
os benefícios resultantes da obediência passiva de Cristo.
O perdão é resultado da morte de Cristo enquanto que a adoção (o aspecto positivo da justificação) é resultado da ressurreição de
Cristo (Rm.4:25). Na morte Cristo aniquilou o pecado, na ressurreição trouxe
justiça.
O perdão é operado mediante a substituição, a justiça é concedida por
meio da imputação. O perdão é concedido na cruz. A justiça é imputada no
tribunal de Deus (IPe.3:18).
NOTA: Remissão não é o mesmo que redenção. Veja redenção no item 17.
11. Adoção: É o ato judicial de Deus, resultado prático da regeneração, pelo qual
Ele declara seus filhos emancipados e herdeiros da vida eterna (Tt.3:7). Adoção
não deve ser confundida com regeneração, pois na adoção Deus coloca o pecador que já é seu filho regenerado na posição de filho adulto. Na adoção não
há transformação interior (moral). A adoção não muda o interior do pecador,
muda a sua posição perante Deus. Deus não adota pecadores não regenerados,
Deus só adota aqueles que já são seus filhos.
12. Imputação: É o ato de Deus pelo qual Ele debita meritoriamente na conta da
humanidade o pecado de Adão, e judicialmente na conta de Cristo o pecado da
humanidade, e gratuitamente na conta da humanidade a justiça de Cristo.
Imputação significa "debitar", "atribuir responsabilidade" ou "lançar na conta de
alguém". Paulo ensina esta doutrina quando assume a dívida de Onésimo. Do
mesmo modo Jesus Cristo tomou a nossa dívida (Fm.18,19).
13. Substituição: É o ato judicial de Deus pelo qual Ele pune os pecadores pelos
seus pecados, provendo um substituto qualificado, sobre o qual recaiu todo o
pecado e a culpa imputados à humanidade por causa do pecado de Adão
(Is.53:4‐7; Ico.5:7).
Um substituto qualificado deveria possuir:
(a) Perfeita Encarnação: deveria ter natureza humana completa para poder representar adequadamente a humanidade (Hb.2:14‐17; 5:1; Jo.1:14). (b) Perfeita Identificação: deveria ter uma profunda identificação com o sofrimento humano (Hb.4:15; Hb.2:18; Hb.5:2,3). A nossa identificação com Cristo é tão perfeita que somos identificados com Ele na sua morte (Rm.6:3; Cl.2:12).
(c) Perfeita Santidade: Um homem comum não seria um bom representante da raça humana. O substituto deveria ser santo, inocnete, sem mácula, separado dos pecadores (Hb.7:23‐27). Um mortal comum não poderia salvar ninguém, pois sendo mortal, não se salvaria nem a si mesmo. 14. Santificação: É a graciosa e contínua operação do Espirito Santo pela qual Ele liberta o pecador justificado da corrupção do pecado, renova toda a sua natureza à imagem de Deus, e o capacita a praticar boas obras.