Posted by : Francisco Souza
quinta-feira, 18 de julho de 2013
podemos
experimentar a unção de Deus em nossa vida e ministério após
a
descida do Espírito Santo, devemo-lo ao sangue que Jesus verteu por
nossos
pecados.
Ao
receber o poder do óleo do Espírito Santo, somos libertos das
amarras
de prisões espirituais. O profeta Isaías disse o seguinte:
"E
acontecerá naquele dia, que a sua carga será tirada do teu
ombro,
e o seu jugo do teu pescoço; e o jugo será despedaçado
por
causa da unção." (Is 10.27 — I.B.B.)
Todas
as vezes que sinto o toque do poder de Deus, tenho vontade
de
dizer como o salmista: "Levanta-se Deus; dispersam-se os seus
inimigos"
(Sl 68.1).
Num
dos capítulos anteriores, analisamos o processo no qual o
leproso,
que simbolizava o pecador, era purificado pelo sangue. Mas
vimos
apenas a etapa inicial. Vejamos o que acontecia depois. Após a
aspersão
do sangue, o leproso podia ser ungido.
Quando
aquele indivíduo, agora purificado, era readmitido no
arraial
(Lv 14.8), recebia instruções para pegar "dois cordeiros sem
defeito,
uma cordeira, sem defeito, de um ano, e três dízimas de um efa
de
flor de farinha para oferta de manjares amassada com azeite, e
separadamente
um sextário de azeite" (Lv 14.10).
Em
seguida, o sacerdote deveria pegar um dos cordeiros, e oferecêlo
por
oferta pela culpa (Lv 14.12), como forma de reparação de um
pecado
específico. Depois imolaria "o cordeiro no lugar em que se imola a
oferta
pelo pecado e o holocausto, no lugar santo" (Lv 14.13).
É
interessante observar que, após o leproso ter sido considerado
limpo
e readmitido no arraial, ele tinha de oferecer mais holocaustos.
Da
mesma forma, o Senhor Jesus derramou seu sangue somente
uma
vez para a remissão de nossos pecados. Mas nós continuamente
pedimos
a purificação e a proteção que Deus nos oferece por meio dele. E
quando
Jesus ensinou os discípulos a orar, entre outras coisas,
mencionou
que deveriam pedir:
"E
perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado
aos
nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação;
mas
livra-nos do mal." (Mt 6.12,13.)
O
sacerdote aplicava o sangue em três pontos do seu corpo. Mais
uma
vez devo dizer que me inspirei no livro de David Alsobrook, The
Precious
Blood, para entender a aplicação desse processo em nossa vida
hoje.1
Acredito que Deus tem um propósito específico para cada uma
dessas
formas de aplicação do sangue.
Primeiro,
"o sacerdote tomará do sangue da oferta pela culpa, e o
porá
sobre a ponta da orelha direita" do leproso (Lv 14.14).
Aplicando
o sangue ao nosso ouvido, ficamos protegidos das vozes
de
inimigos. O salmista clamou ao Senhor nos seguintes termos:
"Atende-me,
e responde-me; sinto-me perplexo em minha
queixa,
e ando perturbado, por causa do clamor do inimigo e da
opressão
do ímpio; pois sobre mim lançam calamidade, e
furiosamente
me hostilizam." (Sl 55 2,3.)
Nós
os crentes temos autoridade para resistir aos ataques verbais
do
inimigo. A Bíblia afirma:
"Toda
arma forjada contra ti, não prosperará; toda língua que
ousar
contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos
servos
do Senhor." (Is 54.17.)
Qual
é a língua que ousa contra nós? A língua mentirosa dos
inimigos
do Senhor. Mas nós podemos condenar tais vozes pelo sangue
de
Cristo e com a autoridade de sua Palavra.
Sempre
que alguém me diz que o diabo tem estado falando ao seu
ouvido,
costumo citar-lhe as maravilhosas palavras de Jesus: "As minhas
ovelhas
ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem" (Jo 10.27).
Devemos
estar ouvindo é a voz do Salvador, e não a de Satanás.
Para
isso, precisamos aplicar o sangue à nossa audição.
Em
segundo lugar, o sacerdote punha o sangue sobre o "polegar da
sua
mão direita" (Lv 14.14).
1
Alsobrook, op. cit.
As
mãos representam o trabalho que realizamos. É muito bom
saber
que o Senhor nos dá orientação e proteção também com relação ao
trabalho.
O poeta sacro ora a Deus nos seguintes termos:
"Seja
sobre nós a graça do Senhor nosso Deus; confirma sobre
nós
as obras de nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas
mãos."
(Sl 90.17.)
E
Deus disse a Isaías:
"Dar-lhes-ei
fielmente a sua recompensa e com eles farei
aliança
eterna." (Is 61.8.)
pé
direito" (Lv 14.14).
Os
pés simbolizam nosso caminhar com o Senhor. "Se, porém,
andarmos
na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os
outros,
e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado." (1 Jo
1.7.)
Aspergir
e Derramar
Depois
que o sacerdote aplicava o sangue na orelha, na mão e no pé
do
leproso, seguia-se a aplicação do azeite. Era como se Deus dissesse:
"Agora
vem a unção."
Era
a continuação do processo. As instruções eram as seguintes: o
sacerdote
"tomará do sextário de azeite, e o derramará na palma da
própria
mão esquerda. Molhará o dedo direito no azeite que está na mão
esquerda,
e daquele azeite aspergirá com o dedo sete vezes perante o
Senhor"
(Lv 14.15,16).
Sempre
que o azeite da unção é mencionado na Bíblia, ele
representa
a operação do Espírito Santo em nós, que nos consagra e
capacita
para o serviço cristão.
É
muito importante entendermos que Deus só unge o que já foi
coberto
pelo sangue. A unção do Espírito vem depois do sangue. O azeite
era
aspergido sete vezes — sendo sete o número divino da totalidade —
simbolizando
uma unção completa.
O
passo seguinte pode parecer uma repetição, mas em realidade é
diferente;
é um ato inteiramente novo. O sacerdote pegava o azeite e o
colocava
na orelha direita, no polegar da mão direita e no polegar do pé
direito
do leproso.
Ele
já havia posto sangue nesses mesmos pontos, agora o azeite da
unção
era colocado sobre o sangue. Onde há o sangue da cruz, aí também
há a
unção do Espírito Santo.
Acredito
que a unção amplia os benefícios do sangue.
Quando o sangue é aplicado à nossa audição, deixamos de ouvir
a
voz do inimigo. Depois Deus aplica a unção para que possamos
ouvir
a voz dele.
Quando o sangue é aplicado às nossas mãos, o diabo não pode
tocar
no trabalho que realizamos para Deus. A unção que se segue
vem
multiplicar nossos esforços.
Depois que o sangue é aplicado ao nosso caminhar, Deus unge
nossos
passos para que possamos caminhar com ele.
Nosso
andar também precisa ser lavado com a Palavra. Jesus
afirmou
o seguinte:
"Quem
já se banhou não necessita de lavar senão os pés." (Jo
13.10.)
Nós
fomos remidos e lavados pelo sangue, mas nosso caminhar
precisa
ser purificado pela Palavra diariamente (Ef 5.26). Por quê?
Porque
nossa vida acha-se constantemente em contato com o pó deste
mundo.
Quando
Deus instruiu a Moisés sobre a construção do tabernáculo
no
Velho Testamento, deu-lhe detalhes precisos com relação a todos os
aspectos
dele, inclusive às roupas que os sacerdotes iriam usar. Mas não
deu
nenhuma instrução sobre calçados. (Ver Êxodo 39.) Eles deveriam
com
o pó da terra.2
(Enciclopédia bíblica básica internacional), Grand Rapids, Mich.;
Wm B. Eerdmans Publishing Co., 1982.
Nós
os crentes achamo-nos continuamente em contato com o
mundo.
Por essa razão precisamos orar ao Senhor todos os dias,
pedindo-lhe:
"Senhor,
purifica-me e lava-me de novo."
Da
Cabeça aos Pés
E
agora? O que o sacerdote deverá fazer com o restante do azeite?
Deus
ordenou o seguinte:
"O
restante do azeite que está na mão do sacerdote, pô-lo-á
sobre
a cabeça daquele que tem de purificar-se: assim o
sacerdote
fará expiação por ele perante o Senhor." (Lv 14.18.)
Deus
deseja cobrir-nos totalmente, da cabeça aos pés, com o óleo
do
Espírito Santo. Quer envolver com ele nossos pensamentos, nossa
visão,
nossas palavras, enfim, todo o nosso viver. Depois que
experimentamos
a expiação efetuada pelo sangue, temos também a
unção
do Espírito.
Entretanto
muitas pessoas temem não poder receber a unção
divina,
devido aos erros do passado. Meu amigo, veja a seguir o efeito que
o
sangue derramado por Cristo tem sobre o seu passado.