Posted by : Francisco Souza sábado, 24 de agosto de 2019


O Ministério profético de Elias


Sua vocação e chamada

Em suas notas homiléticas sobre a Missão do profeta Elias, a obra destaca:

1. De onde foi derivada.

Ele não foi ensinado por homem. Ele era inculto e iletrado. O Deus que o separou desde o ventre de sua mãe o chamou pela sua graça. Ele era um mensageiro extraordinário para uma grande emergência. Mas observe: quando Deus usa tal mensageiro, homens cuja missão é derivada diretamente do alto, os “sinais de um apóstolo” são realizadas por eles. Nós não somos obrigados a ouvir um anjo do céu, a menos que ele nos mostre as suas credenciais.
2. Quando foi conferida.

(1) Foi quando a iniquidade abundava. 

Quando Hiel tinha construído Jericó; quando Acabe levantou um templo para Baal; quando Jezabel reuniu seu exército de falsos profetas; quando a fé dos eleitos de Deus estava em perigo. A hora mais escura é sempre antes do amanhecer.

(2) Quando os meios ordinários eram insuficientes. 

Havia verdadeiros sacerdotes em Jerusalém; havia “filhos dos profetas”, provavelmente em Betei e Samaria; havia sete mil fiéis em Israel, mas o que eram estes contra uma rainha como Jezabel, contra toda essa propaganda e um sistema como o dela? A própria existência do povo de Deus estava em jogo. Elias foi convocado para fazer um julgamento, ele estava armado com “poder de fechar o céu que não choveu nos dias de sua profecia”. Somente a luz da verdade, a luz que iluminou a escuridão do mundo, preservou a nação da extinção total.9

A vocação e chamada de Elias foram, portanto, divinas da mesma forma como foram as vocações e chamadas dos demais profetas canônicos. Esse fato é logo percebido quando vemos o profeta Elias colocar Deus como a fonte por trás de suas enunciações proféticas: “Tão certo como vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” (1 Rs 17.1). Em outra passagem bíblica Elias diz que suas ações obedeciam diretamente a uma determinação divina (1 Rs 18.36). Somente um profeta chamado diretamente pelo Senhor poderia falar dessa forma.
A vocação de Elias se manifesta em um contexto onde:
1. Não havia referenciais — no antigo Israel os reis não agiam apenas como governantes do povo, mas também como referencial espiritual. Quando um rei fazia o que era mau aos olhos do Senhor, as consequências de suas ações eram logo sentidas pelo povo. Se havia uma apostasia generalizada, como de fato havia, isso se devia a falta de um modelo ou referencial para seguir. Acabe com sua esposa, Jezabel, infelizmente eram modelos, mas modelos de um culto idólatra. E nesse contexto que Deus levanta o profeta de Tisbe para trazer o povo novamente para o verdadeiro modelo de adoração.

Elias se torna uma referência.


2. Havia uma privatização do ministério profético — Logo que chegou à posição de rainha em Israel, Jezabel empreendeu uma campanha para exterminar os profetas do Senhor (1 Rs 18.4). O holocausto só não foi total porque o Senhor preservou os sete mil que não se dobraram diante de Baal (1 Rs 19.18). No lugar dos verdadeiros profetas, Jezabel pôs seus profetas particulares: “Vendo-o, disse-lhe: És tu, ó perturbador de Israel? Respondeu Elias: Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins. Agora, pois, manda ajuntar a mim todo o Israel no monte Carmelo, como também os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas do poste-ídolo que comem da mesa de Jezabel”(l Rs 18.17-19).
Os profetas que “comiam da mesa de Jezabel” eram aqueles aos quais ela havia alugado. Eram profetas comprados, profetizavam somente o que ela e seu marido gostavam de ouvir. O verdadeiro profeta não se vende porque nenhuma profecia parte da vontade humana (2 Pe 1.20). Nenhum sistema é profético e nenhum profeta se rende ao sistema. Os profetas do Senhor geralmente dizem coisas que não queremos ouvir, mas que precisamos ouvir. Eles não satisfazem vontades, mas necessidades. É um perigo quando nos cercamos de “profetas particulares” que estão sempre amaciando o nosso ego.

Ninguém gosta de ser confrontado, mas a crítica também faz parte do nosso crescimento. Quando o cristão cai na tentação de se autoviti-mar, ficando sempre na defensiva achando que todos estão contra ele, então corre um sério perigo. Ele corre o risco de rejeitar um conselho divino apenas porque ele veio na forma de confronto ou crítica. Evidentemente não podemos viver em função das críticas, mas não devemos nos fechar ao ponto de não vermos em algumas delas um instrumento divino para nos corrigir.
Aprecio o que escreveu John Maxwell (2002, pp.151-156) sobre como tratar corretamente com as críticas:
“Não veja somente o crítico; veja se há uma multidão”. A história a seguir ilustra esse ponto: A Sra. Jones convidou um grande e famoso violonista para entreter o seu chá de tarde. Quando ele acabou a sua apresentação, todos se aglomeraram ao redor. “Eu tenho que ser honesto com você”, disse um dos convidados: “Eu acho que o seu desempenho foi absolutamente terrível. Ouvindo aquela crítica, a anfitriã interpôs: não preste atenção nele. Ele não sabe o que está dizendo. Ele só repete o que ouve de todo mundo. Eu estou sugerindo que você amplie sua visão; vá além do crítico e veja se ele possui um pouco de humor. Considere a possibilidade de que você está ouvindo a mesma crítica de várias pessoas. Se este é o caso, e os críticos estiverem certos, então você precisa perceber que tem um desafio a encarar.”10

A natureza do seu ministério

A natureza divina e, portanto, sobrenatural do ministério do profeta Elias é atestada pela inspiração e autoridade que o acompanhavam. A história do profeta de Tisbe é uma história de milagres. De fato, o primeiro livro dos livros de Reis atribui ao profeta Elias sete grandes milagres: Elias faz cessar as chuvas; multiplica a comida da viúva; restaura à vida o filho da viúva; faz descer fogo do céu no monte Carmelo; restaura as chuvas; invoca fogo sobre soldados e divide as águas do Jordão.11 E, portanto, uma história de intervenções divinas no Reino do Norte. Encontramos por toda parte nos livros de Reis as marcas da inspiração profética no ministério de Elias. Isso é facilmente confirmado pelo cronista bíblico quando se refere à morte de Jezabel (2 Rs 9.35,36). Assim como Elias predisse, aconteceu! Elias possuía inspiração e autoridade espiritual.

Mas não são somente os milagres e a inspiração divina os elementos autenticadores do ministério profético de Elias, mas o seu caráter também. As palavras de Elias eram autenticadas por suas ações. Os falsos profetas também possuem uma certa margem de acertos em suas predições, todavia as suas práticas distanciadas da Palavra de Deus são quem os desqualificam. Elias, portanto, possuía carisma e caráter. Podemos então dizer que o caráter pode não ter dado fama a Elias, mas com certeza lhe deu nome (1 Rs 17.1); pode não lhe ter dado notoriedade, mas certamente lhe conferiu autoridade (1 Rs 17.1); não o transformou em herói, mas o fez reconhecido como profeta (1 Rs 17.2,3); e fez com que ele enxergasse Deus até mesmo onde aparentemente Ele não estava (1 Rs 17. 8-9 — foi sustentado por uma mulher, gentia, viúva e pobre). Com acerto, o pastor Claudionor de Andrade (2007, pp.16,17) destaca com muita precisão alguns dos aspectos do caráter de Elias como sendo: “fidelidade; coragem; determinação; obediência; coragem efragilidade. "12

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